O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em mensagem enviada ao Congresso nesta segunda-feira (2), que o governo continuará "a pautar gestão pelo compromisso com o equilíbrio fiscal" em 2025.
O petista não participou da sessão. O texto foi levado ao Legislativo pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e foi lido por um deputado na sessão que marcou a retomada dos trabalhos do Congresso neste ano.
"Em 2025, continuaremos a pautar nossa gestão pelo compromisso com o equilíbrio fiscal. Isso está expresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como no conjunto de medidas fiscais enviadas em novembro de 2024 ao Congresso Nacional, que permitirão economizar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026", escreveu Lula.
O presidente também declarou que o governo teve compromisso com as contas públicas em 2024 e que fez o "sexto maior ajuste fiscal do mundo e o terceiro maior entre os países emergentes, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)".
Lula reiterou, na mensagem enviada ao Congresso, que conta com o Legislativo para criar "condições para a construção de um país mais desenvolvido e justo".
"Com crescimento econômico, geração de emprego e renda e responsabilidade fiscal, social e ambiental. Em 2024, começamos a colher o que semeamos desde o início do nosso Governo. Em 2025, seguiremos plantando, em busca de colheitas ainda mais generosas", disse o presidente.
Lula afirmou ainda que a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional em 2024 torna o sistema tributário mais justo e impulsiona o desenvolvimento econômico.
Sessão tumultuada
A sessão do Congresso de abertura dos trabalhos legislativos foi marcada por uma "batalha de bonés" e trocas de provocações entre parlamentares governistas e da oposição.
Aliados de Lula utilizaram bonés com as inscrições "o Brasil é dos brasileiros", enquanto adversários do petista vestiram acessórios com a frase "comida barata novamente", uma crítica à recente alta dos preços dos alimentos.
Além da utilização dos bonés, os parlamentares gritaram palavras pró e contra o governo Lula. Em um determinado momento, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) pediu cordialidade aos colegas para dar prosseguimento à sessão.
g1
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O Congresso realiza nesta segunda-feira (3) a tradicional cerimônia de abertura do ano Legislativo sob o comando do novo presidente Davi Alcolumbre (União-AP), eleito no sábado para comandar o Senado pelos próximos dois anos.
?O presidente do Senado é quem comanda as sessões do Congresso. Por isso, coube a Alcolumbre presidir a sessão solene que marcou o início dos trabalhos do Poder Legislativo.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), novo presidente da Câmara, também compôs a mesa de abertura.
Compareceram à cerimônia os ministros de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também participa do evento.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lerá a mensagem presidencial com as prioridades do Executivo para 2025.
A cerimônia de abertura foi marcada por 21 tiros de canhão, acionados pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha, considerada uma honra oferecida aos chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário federal, em momentos solenes.
Emendas, Orçamento e ministérios
A reabertura dos trabalhos no Legislativo ocorre em meio à indefinição sobre a votação do Orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado no final do ano passado, mas acabou adiada.
Além disso, o governo tenta reorganizar sua base de apoio, principalmente na Câmara, abrindo mais espaço para o Centrão na Esplanada.
A expectativa é de que o PSD da Câmara seja contemplado com algum ministério na reforma prevista para este primeiro semestre.
Atualmente, o indicado pelos deputados do partido comanda o Ministério da Pesca, considerada uma pasta de pouca expressão e baixo orçamento.
Os parlamentares também buscam uma reacomodação na indicação de emendas, após as decisões do ministro do STF Flavio Dino, que cobraram mais transparência na alocação das verbas.
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Os gabaritos do concurso da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) começaram a ser divulgados nesta segunda-feira (3) e pode ser conferido no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos da instituição.
?Confira o gabarito do concurso da UFCG
As provas objetivas do certame foram aplicadas no domingo (2) em Campina Grande, Patos e Cajazeiras.
O concurso oferece mais de 150 vagas imediatas para para cargos técnico-administrativos, distribuídas entre 38 funções.
O maior número de oportunidades é para o cargo de assistente em administração, sendo 68 vagas. O segundo maior número de vagas é para técnico de tecnologia da informação, com 12.
Veja a lista de cargos com vagas abertas:
Os salários vão de R$ 3.120,13 a R$ 5.556,92. Mas os empossados ainda podem receber benefícios e adicionais.
O resultado definitivo da prova objetiva será publicado no dia 11 de março.
Os aprovados poderão ser nomeados para em qualquer um dos sete campi da instituição, localizados nas cidades de Campina Grande, Cajazeiras, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé.
Concurso UFCG
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu que Elon Musk não pode tomar decisões por conta própria ao falar com jornalistas nesta segunda-feira (3).
O presidente, que nomeou o bilionário para comandar o Departamento de Eficiência Governamental de seu governo, disse que Musk "não pode e não fará" nada sem "aprovação" ao ser questionado sobre as últimas declarações do empresário, que fez críticas e falou em fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
Trump ainda falou que Musk não terá permissão para ir a lugares onde haja conflito.
Também nesta segunda, uma autoridade sênior da Casa Branca afirmou à agência de notícias Reuters que Musk é um "funcionário especial do governo", mas não recebe salário dos EUA e "está cumprindo a lei".
Mais cedo, Elon Musk afirmou que deve fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid, na sigla em inglês), órgão de ajuda externa do governo norte-americano.
“Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”, disse Musk durante uma transmissão de áudio ao vivo no X com seu ex-companheiro no comando do DOGE, o também bilionário Vivek Ramaswamy e os senadores republicanos Joni Ernst e Mike Lee.
Ele afirmou ainda na transmissão que o presidente dos EUA, Donald Trump, concorda que a agência deve ser fechada.
De acordo com um funcionário da Casa Branca que falou á Reuters sob condição de anonimato, o presidente realmente está considerando fundir a agência com o Departamento de Estado para aumentar sua eficiência e garantir que seus gastos estejam alinhados com a agenda de seu governo.
"O presidente Trump confiou a Elon a supervisão da eficiência desta agência", disse, acrescentando que houve discussões sobre o envio de uma notificação ao Congresso dos EUA para informar os legisladores sobre os planos da administração.
Após a transmissão de Musk, a sede da USaid, em Washington, amanheceu fechada, e funcionários foram instruídos a não comparecer ao local.
A USaid é o maior doador individual do mundo. No ano fiscal de 2023, os EUA destinaram por meio da agência um total de US$ 72 bilhões (cerca de R$ 420,7 bi) em ajuda humanitária para diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/AIDS, segurança energética e combate à corrupção.
Em 2024, a agência, que tem mais de 10 mil funcionários, forneceu 42% de toda a ajuda humanitária no mundo rastreada pelas Nações Unidas (ONU).
O site da USaid ficou fora do ar desde sábado (1º), e alguns usuários ainda não conseguiam acessá-lo no domingo (2).
O site da agência, que tem mais de 10 mil funcionários, permanecia fora do ar até a última atualização desta reportagem, na manhã desta segunda-feira. A conta da USaid no Instagram, que tem mais de 400 mil seguidores, está suspensa.
No domingo, o governo Trump removeu dois altos funcionários de segurança da USaid durante o fim de semana, após tentarem impedir representantes do DOGE de acessarem áreas restritas do prédio do órgão, segundo três fontes ouvidas pela agência de notícias.
Após esse episódio, Musk chamou a USaid de "organização criminosa". "A USaid é uma organização criminosa. É hora de acabar com ela", afirmou em resposta a um comentário no X no domingo.
Congelamento de ajuda externa
Na semana passada, Trump já havia ordenado o congelamento global na maioria dos fundos de ajuda externa dos EUA como parte de sua política “EUA em primeiro lugar”, o que já está causando impacto em diversas partes do mundo.
Hospitais de campanha em campos de refugiados na Tailândia, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para milhões de pessoas com doenças como HIV estão entre os programas em risco de serem eliminados.
Musk estimou que o governo Trump poderá reduzir o déficit dos EUA em US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,84 trilhões) no próximo ano.
Ele afirmou, por exemplo, que “quadrilhas estrangeiras de fraude profissional” estão roubando grandes quantias ao se passarem por cidadãos digitais falsos dos EUA. Musk não apresentou evidências para sustentar sua afirmação nem explicou como chegou ao valor mencionado.
Acesso ao Tesouro
O anúncio de Musk acontece também em meio a preocupações sobre o acesso de Musk ao sistema do Tesouro dos EUA.
O jornal norte-americano "The New York Times" revelou que o sistema, responsável por mais de US$ 6 trilhões (cerca de R$ 35 tri) anuais em pagamentos para agências federais, também contém dados pessoais de milhões de americanos que recebem benefícios da Previdência Social, restituições de impostos e outros pagamentos do governo.
O democrata Peter Welch, membro do Comitê de Finanças do Senado, pediu explicações sobre a razão de Musk ter recebido acesso ao sistema de pagamentos, que inclui dados sensíveis dos contribuintes.
“É um abuso grosseiro de poder por parte de um burocrata não eleito e mostra que dinheiro pode comprar poder na Casa Branca de Trump”, disse Welch em um comunicado por e-mail.
Musk tem o apoio de Trump, e sua equipe já obteve acesso ou assumiu o controle de vários sistemas governamentais, inclusive informações confidenciais da USaid.
Na sexta-feira, assessores de Musk encarregados de administrar a agência de recursos humanos do governo dos EUA bloquearam o acesso de servidores de carreira a sistemas que contêm dados pessoais de milhões de funcionários federais, segundo dois funcionários da agência.
Uma equipe composta por funcionários atuais e ex-funcionários de Musk assumiu o controle do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês) em 20 de janeiro, dia da posse de Trump, segundo a Reuters.
Desde que assumiu o cargo há 11 dias, Trump iniciou uma ampla reformulação do governo, demitindo e afastando centenas de funcionários públicos em seus primeiros passos para reduzir a burocracia e instalar mais aliados leais.
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Uma nova pirâmide foi encontrada nesta semana nas proximidades de Caral, um sítio arqueológico pré-hispânico que é considerado o berço da civilização mais antiga da América, com cerca de 5.000 anos de antiguidade.
O edifício está localizado no assentamento urbano de Chupacigarro, ao norte de Lima, detalhou o Ministério da Cultura do Peru.
Caral é considerada contemporânea de outras civilizações, como as da Mesopotâmia, e é tomada como a primeira sociedade a estabelecer um grau de desenvolvimento urbano e social avançado na América, inclusive com o estabelecimento de construções piramidais.
"As recentes explorações arqueológicas permitiram identificar este novo edifício, que estava coberto por um pequeno conjunto de árvores secas e vegetação. Ao remover esses arbustos, foram revelados os muros de pedras que formam, pelo menos, três plataformas sobrepostas", explicou um comunicado do Ministério da Cultura.
Nos muros, há grandes pedras posicionadas verticalmente, chamadas huancas, que marcam os cantos do edifício quadrangular, além de uma escadaria central que permitia o acesso ao topo.
Importância histórica
O Ministério da Cultura afirmou que as pesquisas permitirão à equipe liderada pela arqueóloga Ruth Shady compreender o traçado urbano completo de Chupacigarro, complementando sua valorização para que possa ser visitado juntamente com Caral.
Chupacigarro faz parte, junto com a Cidade Sagrada de Caral, de um sistema maior que inclui vários sítios arqueológicos no vale de Supe, pertencentes à antiga civilização de Caral.
Na local onde a pirâmide foi encontrada encontram-se dispersas 12 estruturas consideradas públicas ou cerimoniais, situadas no topo de pequenas colinas ao redor de um espaço central.
Características arquitetônicas e urbanísticas
Os especialistas indicam que os edifícios variam em tamanho, orientação e características, aparentemente por razões funcionais. Na periferia, foi identificada uma arquitetura considerada residencial, com pequenos edifícios organizados ao redor de uma estrutura principal que possui uma praça circular rebaixada, típica desse período histórico.
"Esses indícios nos permitem afirmar a existência de um pequeno centro urbano com vários edifícios públicos e seculares, abrangendo uma área de 38,59 hectares [385,9 mil metros quadrados]", destacou o comunicado.
Chupacigarro foi estabelecido em um local geográfico estratégico, devido à sua proximidade com o vale inferior e o litoral, de onde obtinha produtos do mar. Seus habitantes também tinham acesso à floresta ribeirinha, a nascentes, a pedreiras e a campos agrícolas.
"O assentamento não era visível do vale, o que sugere que fazia parte de uma extensão da Cidade Sagrada de Caral, possivelmente com uma função mais privada ou religiosa", ressaltou o Ministério da Cultura.
Um dos achados mais representativos do local é um geoglifo de 62,1 metros por 30,3 metros, visível apenas a partir de um ponto estratégico de Chupacigarro.
O grande desenho mostra uma cabeça de perfil no estilo pré-hispânico do norte, de Sechín, traçada com pedras angulares. A imagem apresenta o rosto voltado para o leste, o olho fechado, a boca aberta e uma representação do cabelo agitado pelo vento ou de sangue saindo cabeça.
Deutsche Welle
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O Panamá decidiu recuar e anunciou que não irá mais participar do plano global de infraestrutura da China, o chamado Cinturão e Rota, nesta segunda-feira (3).
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, comemorou a decisão e afirmou que a medida é "um grande passo à frente" para estreitar os laços entre o governo americano e o panamenho.
Após conversas com Rubio, que visitou o país em sua primeira viagem oficial, o presidente do Panamá, José Raul Mulino, disse que o amplo acordo de seu país para contribuir com a iniciativa chinesa não será renovado e ainda pode ser rescindido antecipadamente.
O acordo expiraria em dois a três anos. Mulino, que vinha rebatendo as ameaças do presidente americano, Donald Trump, em relação ao Canal do Panamá, não deu mais detalhes de quais serão os próximos passos.
"O anúncio do presidente @JoseRaulMulino, de que o Panamá permitirá que sua participação na Iniciativa do Cinturão e Rota do PCC expire, é um grande passo à frente para as relações EUA- Panamá. Um Canal do Panamá livre é outro exemplo da liderança do @POTUS para proteger nossa segurança nacional e proporcionar prosperidade ao povo americano", postou Rubio, elogiando o presidente americano, Donald Trump, no X.
A jornalistas, nesta segunda, Trump também comentou a decisão. Disse que ainda não está "feliz", mas admitiu que o Panamá já concordou em "algumas coisas" e que tem uma ligação marcada com autoridades panamenhas para sexta-feira (7).
Na ONU, o embaixador chinês Fu Cong disse lamentar a decisão do Panamá e ponderou que, apesar do discurso de alguns políticos americanos, acredita que "EUA e China podem trabalhar juntos em muitas coisas" e alertou:
"Há muito em jogo. Algumas reações impulsivas precisam parar e elas não são justificadas".
Nesta segunda, após impor tarifas de 10% sobre a importação de produtos chineses, Trump ainda afirmou que ainda pode aumentar as tarifas e que deve conversar com o governo de Xi Jinping nas próximas 24 horas.
g1
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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta segunda-feira (3) que fez um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pausar as tarifas anunciadas por ele durante um mês.
Em uma publicação feita em sua rede social X, Sheinbaum afirmou que teve uma conversa com o presidente americano, "com grande respeito" pelo relacionamento entre os dois países. Com isso, chegaram a uma série de acordos:
Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, a presidente mexicana disse que os chefes de Estado entenderam que essa seria a melhor forma de continuarem competitivos com a China e outras nações do mundo.
Sheinbaum informou que o México passa a ter três mesas de trabalho conjuntas com o governo norte-americano.
"Já temos uma mesa com a Secretaria do Departamento dos Estados Unidos, onde o subsecretário está trabalhando fortemente para a defesa dos nossos irmãos mexicanos e sobre todos os temas que tenham a ver com imigração", disse a presidente mexicana.
"Agora, se abrem duas novas mesas de trabalho, uma para tratarmos sobre o tema de segurança e outra sobre o tema de comércio", completou Sheinbaum, reforçando o quanto considera importante a pausa das tarifas. "Teremos um mês para trabalhar e convencer a todos que esse é o melhor caminho".
]Trump também comentou o acordo em sua rede social, Truth Social. O presidente americano descreveu a conversa como "muito amigável" e destacou que os soldados enviados pelo México para a fronteira serão "designados especificamente para interromper o fluxo de fentanil e migrantes ilegais" para os EUA.
Trump também confirmou a suspensão das tarifas previstas, indicando que o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário do Comércio, Howard Lutnick, liderarão as negociações com "representantes de alto nível do México".
"Estou ansioso para participar dessas negociações, com a presidente Sheinbaum, enquanto tentamos alcançar um 'acordo' entre nossos dois países", escreveu Trump.
Imigração e economia
Questionada sobre os impactos do novo acordo na economia mexicana e se pretendia estimular o consumo de produtos domésticos, Sheinbaum relembrou o recente anúncio do governo sobre o plano de desenvolvimento econômico, chamado "Plano México".
“O plano México vai nessa direção, de [permitir] o acordo comercial, mas também para fortalecer a produção no nosso país, [de uma maneira] que permita um crescimento econômico, com proteção dos empregos e do meio ambiente”, disse.
“É muito importante essa pausa nas tarifas [porque isso] nos permite trabalhar, negociar e reconhecer a importância do tratado e com o mercado de continuar fortalecendo nosso desenvolvimento”, completou a presidente mexicana.
Sheinbaum reforçou, ainda, que tem feito reuniões semanais com os secretários da Fazenda e da Economia do México, para tratar sobre temas como gastos, receitas, políticas financeiras do país e até mesmo o andamento do próprio “plano México”.
Sheinbaum reforçou que tem feito reuniões semanais com os secretários da Fazenda e da Economia do México para tratar de temas como gastos, receitas, políticas financeiras do país.
“A economia do México é muito forte e [esse acordo com os EUA] nos dá tranquilidade e força, em temos da relação que temos com qualquer país do mundo. [...] Sempre tomamos decisões frente à situação”, completou a presidente.
Por fim, Sheinbaum também destacou que o grupo de trabalho do governo, voltado para imigração, continua com conversas frequentes com os EUA, "sempre em defesa dos mexicanos".
“Eles sempre terão nosso apoio. Sempre. Acima de qualquer coisa. É dever da presidente defender os mexicanos em qualquer lugar do mundo, e em particular nos EUA, situação que fazemos com muita convicção, solidariedade e amor”, completou.
Canadá segue caminho oposto
No sábado, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, decidiu retaliar a imposição de tarifas e anunciou uma taxa de 25% sobre produtos dos EUA, em resposta às taxas adotadas pelo governo norte-americano.
Trudeau afirmou que as tarifas prejudicariam os EUA, um aliado de longa data, e encorajou os canadenses a comprar produtos canadenses e passar férias no Canadá, em vez de nos EUA.
Ele mencionou que as tarifas de 25% afetariam uma variedade de produtos, incluindo cerveja, vinho, bourbon, frutas, sucos de frutas (como o suco de laranja da Flórida), além de roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos.
Trudeau também afirmou que o governo estuda medidas não tarifárias, incluindo restrições ligadas a minerais críticos, aquisição de energia e outras parcerias.
Questionada sobre se a decisão de fortalecer a produção doméstica por parte do Canadá poderia ser uma saída para o México, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou que é mais interessante para o país manter o acordo comercial com os EUA.
"É interessante para nós manter o acordo comercial com os EUA. Consideramos que é benéfico para o México e para os Estados Unidos", afirmou Sheinbaum, destacando que o país já implementou seu plano de recuperação, chamado "Plano México", anunciado em janeiro.
Tarifaço de Trump
Na sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que os EUA iriam impôr, a partir do sábado (1º), tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de taxas de 10% para a China.
A imposição de tarifas pelos EUA está alinhada com as promessas do presidente Donald Trump de taxar seus três principais parceiros comerciais. São países que os EUA têm déficit na balança comercial, ou seja, gastam mais com importações do que recebem com exportações.
Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas sobre a União Europeia, mas não detalhou a alíquota ou quando isso acontecerá.
Até sexta-feira, Trump não havia adotado medidas concretas de taxação, o que vinha gerando reflexos positivos nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Nesta segunda-feira, o mercado reagia com cautela e o dólar ganhava força globalmente, temendo que a troca de tarifas fosse o início de uma guerra comercial que poderia aumentar os preços dos produtos e dificultar a redução dos juros pelos bancos centrais.
Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país.
Esses fatores indicam que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados no país no país.
O cenário afeta o Brasil porque juros mais altos nos EUA fazem os títulos públicos norte-americanos renderem mais. Isso atrai investidores, que levam recursos para os EUA, valorizando o dólar frente a outras moedas. Esse conjunto de eventos altera o fluxo de investimentos no mundo todo.
A fuga de capital pode levar o Banco Central (BC) a elevar a taxa Selic no Brasil, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil pode ser afetado por uma desaceleração da economia chinesa caso Trump confirme taxações elevadas contra os asiáticos.
Outro reflexo para o Brasil é a possível sobreoferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.
g1
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A produção média diária de petróleo e gás natural em 2024 atingiu a marca de 4,322 milhões de barris de óleo equivalente, mantendo-se próximo ao patamar recorde atingido no ano anterior, de 4,344 milhões de barris. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A queda de 2023 para 2024 foi 0,5%, puxada pelo petróleo, cuja produção diária de 3,358 milhões de barris recuou 1,29% em relação ao ano anterior. Já a produção de gás natural cresceu 2% e chegou a 153 milhões de metros cúbicos por dia.
A maior parte da produção de petróleo e gás natural (78,29%) é proveniente dos reservatórios da camada pré-sal. A produção do pós-sal respondeu por 16,33%, enquanto os campos em terra foram responsáveis por 5,38% do total.
A média da produção de dezembro de 2024 foi 4,435 milhões de barris de óleo equivalente, sendo 3,421 milhões de barris de petróleo e 161,13 milhões de metros cúbicos de gás. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 89,37% do total produzido.
A produção de petróleo cresceu 3,3% em relação a novembro e caiu 4,6% na comparação com dezembro de 2023. Já a produção de gás cresceu 2,1% ante novembro e 2,9% em relação a dezembro do ano anterior.
O aproveitamento de gás natural em dezembro foi de 96,5%. Foram queimados 5,65 milhões de metros cúbicos por dia, uma redução de 9%, em relação ao mês anterior, mas aumento de 66,4% na comparação com dezembro de 2023.
“O principal motivo para o aumento da queima de gás, com relação ao ano anterior, foi a continuação do comissionamento da FPSO Marechal Duque de Caxias, no Campo de Mero, iniciada em novembro”, explicou a ANP.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 5,5% para 5,51% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas a projeção era de que a inflação fechasse o ano em 4,99%.
Para 2026, a projeção da inflação também subiu de 4,22% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,9% e 3,74%, respectivamente.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), a projeção do mercado financeiro é de 2,06% este ano, a mesma da semana passada. Há quatro semanas, a previsão era de que o crescimento da economia fechasse o ano em 2,02%.
Para 2026, o boletim mostra uma projeção de crescimento do PIB de 1,72%. Já para 2027 e 2028, a projeção de expansão da economia é de 1,96% e de 2%, respectivamente.
Juros
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada, de 15% para este ano, projeção que se mantém há quatro semanas.
Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,5%. Para 2027, a projeção é de uma taxa de juros de 10,38% e de 10%, em 2028.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic, elevada para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.
Essa foi a quarta alta seguida da Selic, que está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. O colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual, com a justificativa de incertezas em torno da inflação e da economia global, da alta recente do dólar e dos gastos públicos.
A medida foi criticada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante coletiva para apresentar o resultado da geração de empregos no Brasil, que fechou o ano de 2024 com saldo positivo de 1.693.673 empregos formais.
Os juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Além disso, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.
Câmbio
Em relação ao câmbio, a previsão de cotação é de R$ 6 para este ano, a mesma projeção para 2026. Para 2027, o câmbio também deve cair, segundo o Focus, para R$ 5,93, subindo novamente para R$ 6, em 2028.
Agência Brasil
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Os novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se reuniram com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (3) no Palácio do Planalto. O encontro ocorreu antes da sessão solene do Congresso Nacional para abrir os trabalhos do ano, prevista para as 16h.
Segundo Davi, o momento foi um gesto de aproximação e de maturidade institucional entre os Poderes Executivo e Legislativo em prol do benefício para o povo brasileiro. Ele afirmou que a relação com o presidente da República será “verdadeira, profícua e duradoura”.
— Nosso país ainda tem muita desigualdade. A gente não tem tempo de criar crise onde não existe, porque o nosso tempo tem que ser aproveitado integralmente para entregar para as pessoas. Precisamos entregar enquanto Poder Legislativo, precisamos apoiar a agenda do governo e precisamos debater na casa do Povo todas essas agendas importantes que são prioritárias para o governo. Inclusive participar mais propondo mais iniciativas — disse.
Hugo Motta apontou que o Congresso Nacional estará à disposição para construir “pautas positivas” e que o diálogo entre os Poderes garantirá a independência e harmonia previstas na Constituição Federal. Lula afirmou que os presidentes "não terão problemas na relação política com o Executivo" e se comprometeu a sempre consultar as lideranças parlamentares antes de propor leis.
— Jamais eu mandarei um projeto sem antes ouvir as lideranças dos partidos políticos, que são os que vão brigar lá dentro para aprovar os projetos.
Agenda prioritária
Na próxima semana o governo federal deve apresentar uma agenda detalhada de projetos considerados prioritários, que incluirá regulamentação da inteligência artificial e isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, entre outros. As informações foram apresentadas pelo chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após a reunião de Lula. Segundo ele, o assunto também foi tema da reunião de Lula com Davi e Motta.
Veja os temas indicados por Padilha:
Projetos que protegem pessoas, famílias e negócios de crimes em ambiente digital, como projeto de lei que regulamenta a inteligência artificial (PL 2.338/2023) e que protege crianças de crimes virtuais (PL 2.628/2022);
Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, ainda em elaboração pelo Ministério da Fazenda com vistas a implementação em 2026;
Projeto na área da educação, como o Plano Nacional de Educação, que tem validade de 10 anos;
Projetos que “reforcem o Brasil como um país protagonista no enfrentamento às mudanças climáticas”, como aumento de penas para crimes de incêndio e fortalecimento de respostas a incêndios;
Estímulo ao micro e pequeno empreendedor.
Agência Senado
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