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Lula vai à Rússia em maio e deve conversar com Putin sobre guerra na Ucrânia Featured

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja a Moscou, capital da Rússia, no próximo mês, para o 80º aniversário do Dia da Vitória, celebrado em 9 de maio. O convite ao petista partiu do presidente russo, Vladimir Putin, em janeiro deste ano, durante telefonema. A data marca o triunfo sobre a Alemanha nazista, na Segunda Guerra Mundial. Lula, que estará no país entre 8 e 10 de maio, deve ter reuniões reservadas com Putin e discutir soluções para a guerra na Ucrânia. O conflito no Leste Europeu dura mais de três anos.

O brasileiro iria à Rússia em outubro do ano passado, para a cúpula do Brics — que reúne, além de Brasil e Rússia, Índia, China e África do Sul. O petista, no entanto, cancelou a viagem e participou do evento por videoconferência após sofrer uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.

Em maio, Lula e Putin também devem conversar sobre temas bilaterais e questões relacionadas ao Brics. O grupo é presidido pelo Brasil neste ano, e a cúpula de líderes será no Rio de Janeiro (RJ), no início de julho. O NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês), conhecido como o Banco do Brics, também deve ser foco das discussões. Atualmente, a instituição é liderada pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Guerra no Leste Europeu
Lula confirmou a intenção de debater com Putin a situação na Ucrânia no fim do mês passado, durante giro pela Ásia. “Eu já tive a oportunidade de ligar para o Putin, dizer a ele que era importante voltar à política e encontrar um caminho para solução [para o conflito com a Ucrânia]. Eu pretendo ir à Rússia dia 9 de maio para a comemoração dos 80 anos da vitória da Segunda Guerra Mundial. Depois vou à China. E em todos esses fóruns vou tentar discutir a questão da paz”, declarou a jornalistas, no Vietnã.

À época, o petista aproveitou para elogiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas iniciativas em torno da paz no Leste Europeu, ao destacar que é importante conversar com os “dois lados” em um conflito. A fala faz referência à atitude da Europa, que, no início da guerra, era favorável a dialogar apenas com a Ucrânia.

“Eu poderia ser radical contra o Trump. Mas na medida que ele toma decisão de discutir a paz na Ucrânia, que o [ex-presidente Joe] Biden [com quem Lula mantém afinidade ideológica] deveria ter tomado, sou obrigado a dizer que, nesse aspecto, o Trump está no caminho certo. Agora, a Europa não quer ficar de fora e quer que o Zelensky entre também. E eu acho que tem que entrar. Devemos colocá-los à mesa, com quem eles convidarem para participar. Parar de atirar, começar a plantar comida e discutir paz”, completou Lula.

Ida à China
Depois da visita à Rússia, Lula deve ir à China, em meio à guerra tarifária do país asiático com os Estados Unidos. A viagem será nos dias 12 e 13 de maio, e o petista participa da Cúpula da China e países da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Lula deve encontrar-se com o presidente chinês, Xi Jinping, e discutir as medidas protecionistas adotadas por Trump. O brasileiro recebeu Jinping em Brasília (DF) em novembro do ano passado. Será a segunda visita oficial de Estado de Lula à China. A primeira ocorreu em abril de 2023.

Logo no início do mandato, em janeiro, o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs tarifas comerciais para diversas nações, com destaque para a China, cujos produtos importados pelos EUA foram taxados em 145%.

As ações do republicano desencadearam uma guerra comercial, especialmente com o país asiático.

R7
Portal Santo André em Foco

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