Mai 13, 2025
Arimatea

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O ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta quinta-feira (27) que não vê nenhum elemento que o impeça de julgar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Nas informações enviadas à Presidência da Corte, Zanin cita que, inclusive, já teve uma conversa "republicana e civilizada" com o ex-presidente no aeroporto de Brasília (leia mais abaixo).

"Tampouco tenho qualquer sentimento negativo que possa afetar minha atuação como magistrado no caso em questão. Ilustro tal aspecto com o registro de que tive um único contato até apresente data com o ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro", justifica Zanin.

"De fato, no segundo semestre de 2024, enquanto aguardávamos no aeroporto de Brasília um voo com destino a São Paulo, Sua Excelência [Bolsonaro] tomou a iniciativa devir até mim — na van onde eu aguardava —, e tivemos uma conversa republicana e civilizada", prosseguiu o ministro.

O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Bolsonaro, pediu ao Supremo que declare os ministros Zanin e Flavio Dino impedidos para julgar a denúncia.

Pelo regimento do STF, cabe ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, analisar o pedido. Barroso solicitou uma manifestação dos ministros.

Segundo os representantes do ex-presidente, o pedido se sustenta porque os dois ministros do STF já moveram ações contra Bolsonaro na Justiça.

No caso de Zanin, os advogados destacam que o ministro se declarou impedido de julgar um recurso de Bolsonaro contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível e o condenou por abuso de poder político e por uso indevido dos meios de comunicação.

"Ele [Zanin] observou que, ao atuar como advogado na campanha eleitoral de 2022, também apresentou um pedido de instauração de investigação judicial eleitoral, pela Federação Brasil da Esperança, contra o ex-presidente pelos mesmos motivos que deram origem ao recurso que estava em análise perante a Suprema Corte, qual seja, a reunião realizada por Jair Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros para falar sobre as eleições, sobre o STF e o TSE", disse a defesa de Bolsonaro.

"A garantia da imparcialidade judicial surge como decorrência da leitura sistemática dos direitos fundamentais elencados na Constituição Federal", completam os advogados.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a parceria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante visita a São Paulo, nesta quinta-feira (27).

Tarcísio e Lula estão em espectros opostos da política. O governador de São Paulo é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi ministro do governo anterior e lançado por ele como candidato ao governo paulista.

O político da direita também tem sido cotado para disputar a Presidência em 2026, em razão da inelegibilidade de Bolsonaro.

"Tarcísio você está fazendo história nestas parcerias que estamos construindo. Você pode ficar certo que o povo compreende o que está acontecendo. Tem gente do lado do Tarcísio que não gosta de vê-lo do meu lado e tem gente do meu lado que não gosta de me ver do teu lado", disse o presidente.

A fala do petista ocorreu durante evento em Santos (SP), sobre o lançamento de obras de mobilidade urbana do estado.

Durante o evento, Lula voltou a defender que pretende manter relações políticas com governadores e prefeitos, seja qual for o lado político.

"Eu jamais vou perseguir alguém porque votou contra em mim, jamais, jamais vou deixar de emprestar dinheiro para um prefeito, jamais vou deixar de ter uma relação com o governador. Não foi pra isso que eu quis ser presidente outra vez. Eu quis ser presidente mais uma vez para provar que é possível de forma civilizada resolver o problema desse país", frisou o petista.

Ele também afirmou que manterá a parceria com o governo paulista e brincou ao falar que não estava pedindo Tarcísio em casamento.

"Eu não estou propondo casamento para ele nem ele está propondo para mim. O que nós estamos propondo é um jeito de trabalharmos juntos, e eu faço isso com 27 governadores de estado", disse.

O presidente afirmou ainda que, se depender dele, os encontros serão recorrentes.

"Tarcísio não se preocupe, que vai ter muita foto eu e você junto, o que é mais grave para nosso adversário, que é a gente estar rindo na foto. Pode até ter enfarto na história".

Segurança pública
O presidente também aproveitou a ocasião para, mais uma vez, defender a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia as atribuições do governo federal na área de segurança.

Discutido há quase um ano, o projeto ainda não foi enviado ao Congresso Nacional.

Lula destacou que o Ministério da Justiça decidiu incluir as guardas civis no texto da PEC. A proposta vai delinear as funções que cabem às novas forças para impedir sobreposição com as polícias civil e militar.

"Não adianta ficar falando que questão da segurança é responsabilidade do estado. Segurança interessa ao prefeito e nós vamos colocar na PEC o direito das prefeituras terem sua guarda municipal. Interessa ao governo federal sem que a gente se meta no papel constitucional do governador", declarou Lula.

A mudança no texto busca o apoio de prefeitos, que poderiam auxiliar no convencimento de deputados e senadores, responsáveis por votar a proposta. Governadores, sobretudo de oposição, são críticos da PEC da Segurança.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi nesta quarta-feira (26) à agência da Caixa Econômica Federal no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), acompahar a estudante Joyce Lourenço, de 18 anos, beneficiária do programa Pé-de-Meia. Ela é concluinte do ensino médio no ano passado e está aprovada em dois vestibulares de medicina por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ao lado de Lula, ela sacou a poupança, cujos primeiros pagamentos de 2025 começaram nessa terça (25). Joyce ganhou do petista um jaleco com o nome dela bordado.

“Essa menina é um exemplo, que eu peço a Deus que toda a juventude siga. Muita dedicação, para ela passar em cinco faculdades de medicina. A gente acha que todo ser humano quer prosperar na vida, e eu acho que ela é um exemplo”, elogiou Lula.

O Pé-de-Meia, iniciado em março do ano passado, pretende combater a evasão escolar no ensino médio por meio da concessão de bolsa a estudantes de baixa renda. Atualmente, a política atende 3,9 milhões de alunos, segundo o MEC (Ministério da Educação), com custo anual estimado em R$ 12,5 bilhões. Se alcançar a frequência mínima, obtiver aprovação escolar e realizar o Enem, o beneficiário pode receber R$ 9.200 ao fim dos três anos da etapa.

‘Chance’
Joyce mora na zona rural de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, distante cerca de 33km da área central de Brasília. A aluna passou para medicina na UFG (Universidade Federal de Goiás) e conseguiu bolsa de estudos integral do Prouni (Programa Universidade para Todos) na Uniceplac (Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos).

“O jovem, quando sai do Ensino Médio, para quem decide só estudar para passar em curso concorrido, não consegue trabalhar, ainda mais a gente que vem de baixa renda. O Pé-de-Meia é a chance para o estudante comprar apostila, fazer cursinho ou guardar para poder comprar materiais”, afirmou Joyce.

“Essa menina veio receber o Pé-de-Meia dela, vai depositar na poupança porque ela não quer gastar, ela quer gastar o dinheiro com o curso dela, comprar as coisas que precisa. E eu acho que ela é uma referência para quem quiser vencer na vida”, exaltou Lula, ao compará-la à ginasta e medalhista olímpica Rebeca Andrade.

“Ela significa para os estudantes brasileiros aquilo que a Rebeca [Andrade] significa para o esporte. Só vai ganhar o prêmio quem se dedica”, completou.

Joyce relatou que usou parte dos recursos do programa educacional para garantir acesso à internet. “Com o dinheiro do Pé-de-Meia, eu consegui pagar a internet todos os meses para poder estudar. A outra parte, eram R$ 200, com os outros R$ 100 eu fui guardando e, com ajuda de duas tias, eu consegui comprar um tablet que com certeza será muito útil na universidade”, contou.

R7
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (26) que o Brasil está realizando o maior volume de concessões públicas de sua história e que não há pensamento diferente no Governo Federal quanto à adoção de medidas necessárias para respeito ao compromisso fiscal neste e no próximo ano. Ao participar de painel em São Paulo sobre as oportunidades de investimentos para o Brasil, promovido pelo banco BTG Pactual, o ministro reforçou a responsabilidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cumprir o arcabouço fiscal.

"Nós estamos com absoluto sucesso, nesses dois anos, na implementação de algo que o Governo Federal pouco incentivava, que é o modelo de PPPs. O dado é extremamente positivo: nós tivemos R$ 160 bilhões em contratos assinados, envolvendo projetos de PPPs e concessões", afirmou Costa, destacando os benefícios dessa cooperação para o consumidor, o contribuinte e a sociedade como um todo.

Ao responder a pergunta da moderadora do evento sobre os investimentos públicos e privados mobilizados por meio do Novo PAC, Rui Costa ressaltou que o programa foi estruturado para possibilitar que a maior parte do volume venha da iniciativa privada. "O que se buscou no Novo PAC foi investir em questões estruturais que vão impactar positivamente a economia brasileira como a melhoria da infraestrutura logística, retirando gargalos e montando uma infraestrutura que possa ter impactos positivos na economia", disse.

O ministro também comentou as projeções e indicadores econômicos para o país neste ano, assegurando que não haverá medidas excepcionais para impulsionar o crescimento da economia. "Não tenham dúvida da absoluta responsabilidade fiscal do governo do presidente Lula. Basta olhar o que foi feito nesses dois anos. Em 2024, nós materializamos o melhor resultado primário em 10 anos - com exceção de 2022, em que houve uma manobra contábil em que não se pagou, entre outras coisas, os precatórios no valor de R$ 90 bilhões", disse.

"Para cumprir o arcabouço fiscal, nós cortamos R$ 20 bilhões do Novo PAC no ano passado - bloqueando ou contingenciando. Se necessário, todas medidas para o cumprimento fiscal serão adotadas. E não há pensamento diferente dentro do governo", acrescentou.

Ele também aproveitou a oportunidade para refletir sobre os desafios de se conviver com o impacto de notícias falsas e episódios repetidos de desinformação sobre cada medida do governo, ainda que ela nem sequer tenha sido ou irá ser publicada. "Você vive uma permanente luta diária para fazer prevalecer os fatos e não as versões", observou.

Agência Gov
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou, na manhã desta quarta-feira (26/2), de sessão especial de Reunião de Sherpas da presidência brasileira do Brics, em Brasília. Os sherpas são enviados dos chefes de estado/governo dos integrantes do Brics, com responsabilidade de conduzir discussões rumo à Cúpula de Líderes, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

Lula reforçou que a liderança do Brasil neste ano vai ressaltar o espaço para o diálogo na busca de soluções e propostas, com ênfase no multilateralismo. “A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas. Esses objetivos guiarão o nosso trabalho ao longo deste ano”, adiantou o presidente brasileiro.

Ao destacar a importância e responsabilidade histórica do bloco neste momento, Lula lembrou a chegada da Indonésia como mais recente membro pleno do grupo e afirmou que esta é a primeira vez que o bloco se reúne no Brasil em seu novo formato.

"Neste momento de crise, nossa responsabilidade histórica é buscar soluções construtivas e equilibradas. Ao longo das últimas quatro presidências do G20, sob a liderança da Indonésia, da Índia, do Brasil, e agora da África do Sul, o Brics tem sido central para avanços importantes. O Brics também continuará a ser peça-chave para que os ideais da Agenda 2030, do Acordo de Paris e do Pacto para o Futuro possam ser cumpridos. A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas", disse Lula.

É a primeira vez que o Brics se reúne no Brasil em seu formato ampliado, com países-membros e parceiros. “É uma satisfação receber a Indonésia como mais recente membro pleno e a todos os demais membros e parceiros”, disse Lula.

SHERPAS – Enviados dos chefes de estado/governo dos integrantes do Brics, os sherpas têm a responsabilidade de conduzir as discussões que vão culminar na Cúpula de Líderes, agendada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Além dos representantes de países-membros do Brics (Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), o encontro na capital brasileira contou com a presença de embaixadores de países parceiros do bloco, casos de Belarus, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

EIXOS – Ao longo de seu discurso, Lula listou os eixos prioritários de discussão durante a presidência brasileira no Brics:

  • Reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, com reforma das Nações Unidas, inclusive do Conselho de Segurança
  • Parceria para eliminação de doenças socialmente determinadas e doenças tropicais negligenciadas
  • Contribuição para aprimoramento do sistema monetário e financeiro internacional
  • Atenção aos efeitos da crise climática no planeta
  • Discussão sobre o papel da inteligência artificial e seus desafios éticos, sociais e econômicos
  • Aumento da institucionalidade do Brics, para garantir mais eficiência nas decisões e ações com maior impacto global possível

COP 30 E G20 - Lula reforçou o caráter estratégico da COP 30, conferência da ONU sobre mudança do clima, que será realizada em novembro, em Belém (PA), e a importância de dar sequência às discussões realizadas no âmbito do G20, no Rio de Janeiro, no ano passado, na sequência dos debates do bloco, que este ano ocorrerão na África do Sul. “Atuar de forma coordenada pelo sucesso da presidência sul-africana do G20 e da presidência brasileira da COP 30 é defender o futuro compartilhado deste planeta. Teremos uma presidência intensa, que nos conduzirá a uma belíssima cúpula de chefes de Estado e de governo no Rio de Janeiro”, ressaltou o presidente.

OBJETIVOS - O Brics é um agrupamento que serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas. Os objetivos incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros, bem como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional. O grupo busca melhorar a legitimidade, a equidade na participação e a eficiência das instituições globais, como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC. Além disso, visa impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social.Íntegra dp

Agência Gov
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A Paraíba tem o 3º maior percentual do Brasil de adultos sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte dos resultados preliminares do Censo Demográfico 2022.

De acordo com o levantamento, o percentual de paraibanos sem instrução ou que não concluíram o ensino fundamental caiu de 73,6%, em 2000, para 47,5%, em 2022.

Dessa forma, os resultados paraibanos são melhores apenas dos que foram obtidos por Alagoas, que de 48,4%, e pelo Piauí, de 49,1%.

O índice paraibano também é maior do que o registrado na média nacional, que é 35,2%, e da regional, que é de 45,2%.

Por outro lado, considerando a população com 25 anos ou mais de idade no estado, a proporção de pessoas com nível superior quase triplicou entre 2000 e 2022, passando de 5,3% para 14,5%. Mesmo assim, o indicador paraibano ficou abaixo da média brasileira, de 18,4%, sendo o 8º menor do país.

No entanto, a Paraíba ficou acima da média nordestina, que tem um percentual de 13%. Assim, conquistou o 3º maior índice da região, abaixo apenas dos valores observados no Rio Grande do Norte, de 15,1%, e de Sergipe, de 14,9%.

Também houve um aumento de 11,2% para 26,3% na proporção de pessoas com nível médio completo ou superior incompleto no mesmo período. E a parcela da população com ensino fundamental completo e médio incompleto passou de 8,1% para 11,7%.

g1 PB
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A prefeitura de Campina Grande determinou ponto facultativo nas repartições públicas municipais durante o período do Carnaval 2025.

De acordo com o decreto, não haverá expediente na segunda-feira (3), terça-feira (4) e quarta-feira (5) de março. O retorno das atividades acontecerá na quinta-feira (6).

A decisão segue o modelo adotado em anos anteriores, garantindo que atividades administrativas sejam suspensas durante o período carnavalesco. Com isso, servidores municipais terão uma pausa prolongada, considerando que a Quarta-feira de Cinzas também será ponto facultativo.

Apesar do ponto facultativo no Carnaval, o decreto não afeta os serviços essenciais de Campina Grande, como as áreas da saúde, segurança e coleta de lixo, que continuarão funcionando normalmente para garantir o atendimento à população.

g1
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O presidente Donald Trump nesta quarta-feira (26) que "Gold card" ("cartão ouro", em tradução livre), o programa de venda de cidadania americana para estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões, deve entrar em vigor em duas semanas.

O programa, direcionado a estrangeiros milionários, foi anunciado por Trump na terça-feira (25). O presidente dos EUA — que prometeu expulsar todos os imigrantes irregulares do país — disse que concederá cidadania norte-americana a quem pagar US$ 5 milhões (cerca de 28,7 milhões).

Nesta quarta, o presidente dos EUA disse também que as vendas devem "ajudar os EUA a pagarem a dívida pública do país, e ao mesmo tempo, ofereceria às principais empresas uma maneira de atrair os melhores trabalhadores imigrantes".

▶️ Contexto: Trump afirmou que quer atrair estrangeiros dispostos a investir e gerar empregos nos Estados Unidos.

  • O secretário do Comércio, Howard Lutnick, disse que o Gold Card deve substituir o atual programa para investidores, conhecido como EB-5.
  • Atualmente, o EB-5 permite que estrangeiros solicitem residência permanente se criarem empregos para americanos ou investirem em empreendimentos no país.
  • Lutnick afirmou que há muitas fraudes no EB-5 e que o programa concede residência permanente a preços baixos.

? Como vai funcionar? O governo dos EUA ainda divulgou poucos detalhes sobre o programa. Veja o que se sabe até agora:

  • Os vistos serão vendidos por cerca de US$ 5 milhões.
  • O Gold Card deve ser semelhante ao Green Card e conceder residência permanente a imigrantes.
  • Trump afirmou que o Visto Dourado terá mais privilégios, mas não especificou quais.
  • Os interessados passarão por uma análise das autoridades americanas.
  • Segundo Trump, o Gold Card será um caminho para a cidadania americana.
  • Outros detalhes do programa devem ser divulgados em duas semanas, quando as vendas poderão começar.

? O que querem os EUA? O governo afirmou que a venda dos Gold Cards ajudará a reduzir o déficit financeiro do país.

  • Trump também sugeriu que, além de gerar empregos, o programa poderá atrair mão de obra qualificada.
  • Segundo o presidente, empresas americanas poderão comprar o visto para trabalhadores estrangeiros especializados.
  • A medida também busca atrair novos investimentos estrangeiros.

⚠️ Quais os riscos? Países europeus têm ou já tiveram programas semelhantes, mas a Comissão Europeia recomendou sua suspensão ou restrição.

  • Na Europa, autoridades demonstraram preocupação com segurança interna e lavagem de dinheiro.
  • Alguns países concediam um "Golden Visa", garantindo residência permanente a estrangeiros que comprassem imóveis caros.
  • Reino Unido, Portugal e Espanha decidiram encerrar ou restringir o programa após recomendações da Comissão Europeia.
  • Nos EUA, após o anúncio, jornalistas perguntaram a Trump se o Gold Card poderia facilitar a entrada de oligarcas russos no país.
  • "Sim, possivelmente. Eu conheço alguns oligarcas russos que são pessoas muito boas", respondeu o presidente.

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Um órgão ligado ao Departamento de Estado dos EUA fez uma crítica ao bloqueio de redes sociais americanas por parte das autoridades brasileiras. O texto não cita diretamente, mas faz uma alusão à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes em relação à plataforma Rumble.

"Respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, inclusive para o Brasil", diz a mensagem do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental. "Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão."

Moraes determinou o bloqueio da rede social Rumble no Brasil na última sexta-feira (21). O ministro alega que a rede social cometeu "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros" e que instituiu um "ambiente de total impunidade e 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras".

Antes de determinar o bloqueio, Moraes havia solicitado que a plataforma indicasse à Justiça o seu representante legal no Brasil.

Processo nos Estados Unidos
O Rumble é uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual. Lançada em 2013, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias.

A rede apresentou à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.

As empresas acusam Moraes de censura e pedem que ordens feitas pelo ministro contra o Rumble no Brasil fossem derrubadas e que não tivessem efeito legal nos Estados Unidos.

Apesar de não ser diretamente afetado por decisões do STF, o Trump Media & Technology Group — responsável pela rede social Truth Social, criada por Trump quando ele foi banido do Twitter, em 2021 — alega que as ordens do juiz brasileiro interferem e vão contra a Primeira Emenda à Constituição norte-americana, que protege a liberdade de expressão.

A Justiça americana, porém, rejeitou o pedido em decisão liminar, sem analisar o mérito do caso. A juíza afirmou que havia falhas na entrega de documentação, além de questões de jurisdição a serem analisadas.

g1
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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26) que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky irá a Washington, nos Estados Unidos, nesta semana para assinar o acordo para exploração de recursos minerais na Ucrânia pelos Estados Unidos.

A visita de Zelensky ocorrerá na sexta-feira (28), disse ainda Trump, que afirmou ver o acordo como uma forma de os EUA recuperarem parte das ajudas financeira e militar transferidas para a Ucrânia desde o início da guerra.

"Vamos recuperar nosso dinheiro", disse Trump durante a primeira reunião ministerial de seu governo, realizada na tarde desta terça em Washington.

O presidente americano afirmou, ao anunciar o encontro, que os dois países assinarão de fato o acordo. A Ucrânia ainda não havia confirmado isso, mas, mais cedo Kiev afirmou ter chegar a um acordo "preliminar" para transferir a receita de alguns de seus recursos minerais para os Estados Unidos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vinha pedido garantias de segurança em troca dos direitos minerais, mas Trump não esclareceu se essas demandas foram atendidas.

Uma cópia do rascunho do acordo que a agência de notícias Reuters teve acesso e datada de 25 de fevereiro dizia: "O governo dos Estados Unidos da América apoia os esforços da Ucrânia para obter as garantias de segurança necessárias para estabelecer uma paz duradoura".

"O principal para mim é que não somos devedores. Não há dívida de US$ 500 bilhões no acordo, nem US$ 350, nem US$ 100 bilhões, porque isso seria injusto. Este acordo pode ser um grande sucesso ou pode passar silenciosamente. E o grande sucesso depende da nossa conversa com o presidente Trump", diz Zelensky.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal, disse que o governo da Ucrânia irá autorizar a redação das propostas acertadas mais tarde nesta quarta, para que o texto, que ele descreveu como um acordo "preliminar", pudesse ser assinado.

"Depois que o presidente ucraniano e o presidente dos EUA concordarem sobre como vincularemos este acordo preliminar às garantias de segurança dos Estados Unidos para o nosso país, na presença de (ambos) os presidentes, um representante do governo ucraniano assinará este acordo preliminar", disse ele.

Segundo Shmyhal, pelo acordo, Kiev contribuiria com 50% de "todos os rendimentos recebidos da futura monetização dos ativos de recursos naturais estatais e infraestrutura relevantes" e esses lucros iriam para um fundo sob o controle conjunto dos Estados Unidos e da Ucrânia.

"Depósitos, facilidades, licenças e aluguéis já existentes não estão sujeitos a discussão ao criar este fundo", ressaltou o primeiro-ministro ucraniano, acrescentando que nenhuma decisão sobre a governança do fundo poderia ser tomada sem a autorização de Kiev.

De acordo com uma fonte ucraniana informada sobre o conteúdo do acordo e contatada pela agência de notícias AFP, a reivindicação financeira de US$ 500 bilhões que havia sido feita pelos EUA inicialmente não está mais no texto, assim como outras cláusulas que haviam sido contestadas pelas autoridades da Ucrânia.

Ainda segundo a fonte, o texto do acordo incluiria uma referência à segurança da Ucrânia, mas nenhuma garantia concreta.

"Esta é uma cláusula geral, que indica que os Estados Unidos investirão em uma Ucrânia soberana, estável e próspera, e trabalharão por uma paz duradoura", disse.

Os Estados Unidos ainda não se pronunciaram sobre as declarações do presidente e do primeiro-ministro ucranianos.

Enquanto as discussões sobre o acordo aparentemente avançam, o governo dos EUA também inicia negociações com a Rússia nesta quinta-feira (27), em Istambul.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que elas acontecerão para resolver disputas bilaterais que são parte de um diálogo mais amplo que os dois países consideram crucial para acabar com a guerra na Ucrânia.

Os mineirais da Ucrânia
A Ucrânia é responsável por cerca de 5% dos recursos minerais do mundo. Aqueles nos quais Trump está particularmente interessado não estão sendo explorados, são de difícil acesso ou estão localizados em território ocupado pela Rússia.

Segundo a AFP, o país produz três minerais essenciais em particular: manganês (oitavo maior produtor mundial, segundo o World Mining Data), titânio (11º maior produtor do mundo) e grafite (14º maior produtor), essencial para baterias elétricas.

O Serviço Geológico Francês afirma que a Ucrânia é também "um dos principais países da Europa em termos de potencial" para a exploração de lítio, essencial na fabricação de baterias para carros elétricos.

O governo ucraniano afirma ter "uma das maiores reservas" de lítio da Europa. Elas não estão sendo explorada atualmente, porque isso exigiria investimentos colossais.

Como exemplo, o governo ucraniano aponta que somente a exploração da mina de Novopoltavske, na região de Zaporizhzhia, exigiria um investimento de cerca de US$ 300 milhões, o equivalente a R$ 1,7 bilhão. O local teria apatita, tântalo, nióbio, estrôncio, terras raras e até urânio, mas tudo isso está em território ocupado pelos militares russos, e o Kremlin descartou ceder áreas sob seu controle.

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