Mai 10, 2025
Arimatea

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A mineração representa importante frente para o desenvolvimento da infraestrutura competitiva do Brasil. Por esse motivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, no município de Parauapebas, no Pará, do anúncio de investimentos de R$70 bilhões da Vale na expansão da mineração de ferro e cobre em Carajás, a ser realizado de 2025 a 2030.

Durante a cerimônia, o presidente abordou a conexão da mineração com a descarbonização. “Nós precisamos discutir uma estratégia para desenvolver o Brasil nessa transição energética, para que a gente possa, a quem quiser vir produzir aqui, vender tudo verde. Carne verde, feijão verde, arroz verde, aço verde, energia verde, tudo que for verde, a gente quer vender, porque o Brasil merece”, afirmou.

“Eu quero te dizer, Pimenta [Gustavo Pimenta, CEO da Vale], que a Vale precisa voltar a ocupar os primeiros lugares entre as empresas de mineração. Não me contento com a Vale ser a 14ª. Se depender do governo, se depender daquilo que a gente possa fazer, a Vale voltará a ocupar os primeiros lugares nas empresas de mineração”, ressaltou Lula.

Lula concluiu seu discurso com um pedido para o líder da empresa: “Pimenta, me ajude a fazer com que a Vale volte a ser a primeira empresa do mundo em mineração de ferro, de materiais críticos, em mineração do que quiser e, sobretudo, a primeira do mundo no tratamento respeitoso ao povo que trabalha para vocês”.

IMPORTÂNCIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pontuou que a mineração faz parte da vida de todas as pessoas. “Ela está nos fertilizantes, que trazem mais alimento para a mesa de brasileiras e brasileiros. No cobre, que conduz a eletricidade. No cimento, na construção civil. E no lítio, das baterias e dos telefones celulares. Sem a mineração, a vida, o mundo como conhecemos, não existiria”, disse. Nesse sentido, ele ressaltou que o Governo Federal atua com determinação e seriedade para garantir que o setor opere com sustentabilidade e segurança, gerando mais benefícios para a população.

AVANÇO — Silveira também abordou a meta que o governo traçou para o setor. “Se hoje nossa mineração representa 3% do PIB [Produto Interno Bruto], a meta é chegar a 6% em uma década. Nos aproximaremos do Canadá, cuja mineração representa 8% do PIB. Estamos fazendo isso de forma organizada, com políticas claras que atendam ao interesse da sociedade, aliando desenvolvimento econômico com sustentabilidade, com resultados sociais e segurança”, explicou.

EMPREENDIMENTO — O programa batizado de Novo Carajás tem foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e expansão da produção em cobre, segundo a empresa. A região de Carajás é rica em minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética.

O projeto reúne o potencial de Carajás, incluindo as minas em operação, expansões e novos alvos, para impulsionar o beneficiamento de minerais críticos para a produção de aço verde (minério de ferro de alta qualidade) e de metal para transição energética (cobre), considerados essenciais para a redução das emissões de carbono. A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a 200 milhões de toneladas por ano em 2030. No caso do cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para cerca de 350 mil toneladas. A estimativa é de uma contribuição relevante no PIB do Pará, em até R$100 bilhões por ano.

“Em seu primeiro mandato, presidente, mais precisamente em julho de 2004, o senhor esteve aqui conosco em Carajás na inauguração da Mina de Sossego. Não tenho dúvidas, portanto, que hoje é um dia histórico para a Vale. Ainda mais por se tratar de um ano tão especial para o Pará e para o Brasil, com a realização da COP30, que temos certeza que será um enorme sucesso”, declarou o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.

DESENVOLVIMENTO — O governador do Pará, Helder Barbalho, também mostrou seu apoio às iniciativas da empresa. “Nós acreditamos, seja pelos movimentos que estão acontecendo na companhia — e um deles é estar aqui a participar do lançamento deste importante projeto, o Novo Carajás —, que possa apontar cada vez mais investimentos que possam trazer desenvolvimento para o Brasil, desenvolvimento para o Pará, Parauapebas, Canaã e para todas as cidades onde a companhia Vale atua e desenvolve os seus projetos. No que couber ao governo do estado, nós estaremos sempre buscando valorizar essas parcerias”, frisou Barbalho.

PARCERIA — Em Carajás, cerca de 800 mil hectares de Floresta Amazônica, área equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo, são protegidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No local é onde fica a principal operação de minério de ferro da Vale, que ocupa menos de 3% dessa floresta protegida. Nesse conjunto de unidades, a Vale mantém equipes de guardas florestais que monitoram a área 24 horas por dia. Para o trabalho de recuperação de áreas, a empresa mantém parceria com a Cooperativa dos Extrativistas de Carajás, que faz a coleta de sementes adquiridas pela Vale para o plantio. De 2019 a 2023, foram coletadas mais de 22 toneladas de sementes de 120 espécies diferentes, o que gerou R$4 milhões em renda às famílias.

METAIS BÁSICOS — Concentram-se também no Pará as operações de metais básicos da companhia no Brasil: a Vale Metais Básicos. A empresa, criada em 2023, abrange as operações de cobre, com a mina do Sossego, em Canaã dos Carajás (2004), e a mina do Salobo, em Marabá, inaugurada em 2012. Em 2024, a produção total de cobre no Brasil foi de 265,2 mil toneladas. Deste total, a Salobo respondeu por 199,8 mil toneladas e a Sossego por 65,4 mil toneladas.

ESTRADA DE FERRO CARAJÁS — A Vale opera a Estrada de Ferro Carajás (EFC), que liga a mina, em Parauapebas (PA), ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). A ferrovia corta quatro municípios no Pará (Parauapebas, Marabá, Bom Jesus do Tocantins e Curionópolis) e 23 municípios maranhenses. Para transportar o minério de ferro produzido, foi construído um ramal ferroviário de 101 Km de extensão, interligando a mina, em Canaã, à ferrovia, no município de Parauapebas. Além de transportar minérios e carga geral (grãos e combustíveis), a EFC também opera um trem de passageiros, que atende a mais de 1.300 pessoas por viagem entre o Pará e o Maranhão.

Agência Gov
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira (14) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro tem garantido amplo acesso às provas do inquérito que apura a trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A afirmação está na decisão na qual Moraes julgou prejudicado o pedido feito pela defesa de Bolsonaro para ter acesso à íntegra do conjunto probatório da investigação, incluindo o espelhamento dos celulares, computadores e pen drives apreendidos.

Segundo o advogado Celso Vilardi, a medida é necessária para garantir que a defesa seja exercida com "paridade de armas".

Na decisão, o ministro disse que os advogados de Bolsonaro sempre tiveram "total acesso" aos autos, inclusive antes da retirada do sigilo da investigação.

"Como se vê, o amplo acesso aos elementos de prova já documentado nos autos está plenamente garantido à defesa dos investigados, incluído o requerente Jair Messias Bolsonaro, o que permanecerá até o encerramento da investigação", afirmou.

Em novembro do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

As acusações fazem parte do chamado inquérito do golpe, cujas investigações concluíram pela existência de uma trama golpista para impedir o terceiro mandato de Lula.

A expectativa é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) denuncie o ex-presidente e outros acusados ao Supremo na próxima semana. Se a denúncia for aceita pela Corte, Bolsonaro passará à condição de réu e responderá a um processo criminal.

Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem enfrentado uma crise na sua popularidade nos últimos meses, disse nesta sexta-feira (14) que 2025 é o ano de "derrotar a mentira". Lula fez referência às fake news na política.

Ele também afirmou que, neste ano, vai provar que é a melhor opção para presidir o país.

Lula fez um discurso para funcionários da mineradora Vale em Belém do Pará.

Pouco antes do evento, pesquisa Datafolha mostrou que os brasileiros que aprovam seu governo são 24%, o pior patamar de Lula em todos os seus três mandatos até aqui.

O presidente, em sua fala, não mencionou diretamente a pesquisa.

"A gente tem que derrotar a era da mentira. Vivemos em um período da era da mentira. O importante é você mentir o tempo todo. O cara se tranca no quarto com o telefone celular e fica inventando mentira, fazendo provocação, provocando os outros. Vamos ver o que está acontecendo nos EUA", afirmou Lula, aproveitando para alfinetar o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.

Em seguida, Lula falou de seus planos para 2025.

"Eu dediquei 2025 para derrotar a mentira. 2025 vai ser o ano da verdade. Eu quero provar que somos melhores que os outros para governar este país", completou.

Por fim, ainda em tom de aspirações para o ano, disse para a plateia "nunca desistir".

"Nunca desistam. Porque, mesmo que a situação esteja difícil, temos que levantar a cabeça todo santo dia", concluiu Lula.

'Tempestade perfeita'
Aliados do presidente atribuem o mau resultado nas pesquisas a uma "tempestada perfeita", formada por inflação dos alimentos, alta do dólar e a crise de comunicação sobre o Pix.

"Nós tivemos uma tempestade perfeita. Teve o aumento no preço dos alimentos por causa do aumento do dólar, a crise sem precedentes do PIX. Mas já estamos saindo. [...] O prognóstico é melhor que o diagnóstico. Com as medidas que o governo vai anunciar, vamos melhorar. O pior momento já passou, já temos um prognóstico melhor daqui para frente", afirmou o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Na mesma linha de Randolfe, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse em uma rede social que a pesquisa divulgada nesta sexta é o "reflexo dos dois meses mais difíceis para este governo".

"Tivemos a especulação desenfreada com o câmbio, que também afetou os preços dos alimentos, o aumento do imposto estadual sobre a gasolina, as péssimas notícias sobre o aumento dos juros, o terrorismo sobre o resultado fiscal e a maior 'fakenews' de todos os tempos, sobre a taxação do PIX", publicou a parlamentar.

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) disse avaliar que o presidente Lula está "virando o jogo", acrescentando que a pesquisa "reflete uma situação anterior". "Em 2025 vamos para as entregas e chegarmos firmes em 2026", acrescentou.

g1
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Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta sexta-feira (14) aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam.

Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam.

Segundo o Datafolha, é o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula, e a reprovação também é recorde.

Antes, Lula havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato, que ocorreu de 2003 a 2006. Já o maior índice de ruim e péssimo tinha sido registrado em dezembro de 2024, e foi de 34%.

O levantamento ouviu 2.007 eleitores de 113 cidades entre segunda-feira (10) e terça-feira (11). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, a aprovação de Lula era de 35% e a reprovação, 34%. Consideraram o governo regular 29% e 1% não soube ou não respondeu.

Veja os números:

  • Ótimo/bom: 24% (eram 35% em dezembro);
  • Regular: 32% (eram 29% em dezembro);
  • Ruim/péssimo: 41% (eram 34% em dezembro);
  • Não sabem: 2% (era 1% em dezembro).

De acordo com o levantamento, no mesmo período do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha uma reprovação semelhante: 40% consideravam seu governo ruim ou péssimo e 31% achavam ótimo ou bom.

Segmentos da pesquisa
A aprovação do governo Lula também teve queda tanto entre homens quanto em mulheres, sendo que 24% dos dois gêneros aprovam o presidente (eram 38% das mulheres e 33% dos homens em dezembro).

Entre os que ganham até dois salários mínimos, o Datafolha aponta que a aprovação caiu de 44% para 29% de dezembro de 2024 para fevereiro. A margem de erro deste grupo é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Já entre os que ganham acima de dez salários mínimos a aprovação passou de 32% para 18%. A variação fica dentro da margem de erro, que é de 12 pontos percentuais para mais ou para menos.

No segmento religião, Lula teve sua aprovação cair de 48% em dezembro para 24% entre os católicos. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Entre os evangélicos, foi de 30% em dezembro para 21% (a margem deste segmento é de seis pontos).

Entre os que têm Ensino Fundamental, a pesquisa mostra uma queda de 15% na aprovação, de 53% para 38%. A margem de erro deste segmento é de quatro pontos para mais ou para menos.

Na região Nordeste, onde o presidente tradicionalmente tem mais força, consideraram ótimo ou bom 33% dos entrevistados (eram 49% em dezembro). A margem de erro para esta região é de quatro pontos.

A "Folha" não divulgou dados de eleitores que consideram o governo Lula "ruim ou péssimo" e "regular" nos segmentos da pesquisa.

g1
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Um acidente grave entre um carro e um caminhão deixou uma pessoa presa nas ferragens, no início da tarde desta sexta-feira (13), em Alcantil, na Região Metropolitana de Campina Grande. A colisão ocorreu na BR-104, no km 175 da rodovia.

Algumas pessoas que presenciaram a batida prestaram apoio aos condutores enquanto aguardava a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A Polícia Rodoviária Federal está em atendimento no local. A vítima do veículo menor foi socorrida e encaminhada para o Hospital Regional.

O trânsito na região deve apresentar lentidão até a retirada do veículo. A PRF segue no trecho orientando os motoristas que trafegam pelas imediações.

MaisPB
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba prendeu, na noite da última quinta-feira (13), um casal de idosos suspeitos de praticar furto a um supermercado em Patos, no Sertão da Paraíba. A carga foi recuperada e será devolvida ao seu dono.

A condutora do veículo, uma senhora de 70 anos, e o passageiro, um senhor de 74 anos, ainda vestiam as mesmas roupas de quando foram flagrados cometendo o delito. Ambos já tem antecedentes criminais por furto.

Durante inspeção no interior do veículo, foram localizadas 16 caixas de carne de charque. Os indivíduos não portavam nota fiscal da mercadoria avaliada em R$ 2.475,00. Conforme o boletim de ocorrência realizado na Polícia Judiciária pela gerente do supermercado, o casal de idosos aproveitou um momento oportuno para furta as 16 caixas de carne de charque que estavam reservadas para outro cliente. Ato registrado pelas câmeras de segurança.

Na ocasião, policiais realizavam fiscalização de rotina, quando foram comunicados pela equipe do Centro de Comando e Controle Regional (C3R) da PRF na Paraíba, que um veículo Hyundai Creta de cor prata, suspeito de ter sido utilizado para praticar furto em um supermercado estaria se deslocando pela rodovia federal.

Às 21h20, já no município de Campina Grande, na BR-230, km 146, policiais do Núcleo de Policiamento e Fiscalização (NPF) da PRF visualizaram e abordaram o carro que aparece nas câmeras de segurança do supermercado.

Eles foram detidos e encaminhados para Central de Flagrantes do município, onde poderão responder criminalmente por furto a estabelecimento comercial. A mercadoria passará pelos trâmites cabíveis para ser devolvida ao seu legítimo dono.

MaisPB
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que só irá se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, depois que um plano para a paz for negociado entre Kiev com o governo de Donald Trump e a Europa, nesta sexta-feira (14).

"Eu me encontrarei com apenas um cara russo, com Putin. Somente depois que tivermos um plano comum com Trump, Europa, e nos sentaremos com Putin e pararemos a guerra. Somente neste caso estou pronto para me encontrar", afirmou.

Durante uma roda de debate na Conferência de Segurança de Munique, o ucraniano disse que Trump é "um homem forte" e que acredita que ele é a chave para acabar com a guerra entre seu país e o governo russo.

Questionado por um repórter, Zelensky também confirmou que o presidente dos Estados Unidos lhe deu seu número direto de celular e disse que ele pode ligar a qualquer hora.

Mais tarde, o presidente ucraniano e o vice de Trump, J.D. Vance, tiveram uma reunião bilateral, acompanhados do secretário de Estado americano, Marco Rubio. Zelensky disse que ela foi "boa" e que EUA e Ucrânia estão trabalhando no acordo proposto recentemente por Trump de troca de "terras raras" por apoio.

"Nossas equipes continuarão a trabalhar no documento. (...) Estamos prontos para avançar o mais rápido possível em direção a uma paz real e garantida. Valorizamos profundamente a determinação do Presidente Trump, que pode ajudar a parar a guerra e garantir justiça e garantias de segurança para a Ucrânia", escreveu ele no X.

Mais cedo, Vance se encontrou separadamente com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier; o secretário-geral da Otan, Mark Rutte; e o secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy. Ele usou os compromissos para reiterar o apelo da administração republicana para que os membros da Otan gastem mais em defesa.

“Queremos ter certeza de que a OTAN seja realmente construída para o futuro, e achamos que uma grande parte disso é garantir que a OTAN compartilhe um pouco mais de responsabilidades na Europa, para que os Estados Unidos possam se concentrar em alguns dos nossos desafios no Leste Asiático”, disse Vance a Rutte.

Negociações entre EUA, Ucrânia e Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (13) uma reunião em Munique, na Alemanha, entre integrantes do "alto escalão" de Rússia, Ucrânia e EUA. O encontro deve acontecer na sexta-feira (14). No entanto, o governo ucraniano negou que vai participar.

"Têm uma reunião em Munique amanhã [sexta-feira]. A Rússia vai estar lá com nossa gente. A Ucrânia também está convidada. Não tenho certeza exatamente de quem vai representar cada país, mas será gente do alto escalão de Rússia, Ucrânia e Estados Unidos", disse Trump.

Na quarta-feira (12), Trump conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por telefone. Os dois debateram vários temas durante a conversa, incluindo a guerra na Ucrânia.

Já nesta quinta-feira, o presidente norte-americano disse acreditar que Putin quer a paz e afirmou confiar no líder russo sobre assuntos que envolvem a guerra na Ucrânia.

Especialistas militares europeus demonstraram preocupação com declarações recentes do governo dos Estados Unidos, incluindo uma possível entrega de territórios da Ucrânia à Rússia. Segundo eles, algumas concessões poderiam colocar a segurança da Europa em risco.

g1
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O grupo terrorista Hamas afirmou nesta sexta-feira (14) que irá libertar três reféns israelenses neste sábado, cumprindo o combinado no acordo de cessar-fogo, e divulgou suas identidades.

Os reféns que serão libertados são:

  • Sagui Dekel-Chen, cidadão americano-israelense;
  • Alexandre Sasha Troufanov, russo-israelense;
  • e Iair Horn, israelense.

Troufanov será libertado pela Jihad Islâmica, grupo terrorista palestino aliado do Hamas. Veja as fotos dos reféns abaixo. Como contrapartida, Israel deve libertar 369 prisioneiros palestinos, segundo o escritório de mídia do Hamas.

O anúncio abaixa o clima das tensões entre Israel e Hamas e veio após dias de incerteza sobre a manutenção do cessar-fogo, após acusações cruzadas de violação dos termos e a suspensão do Hamas "até nova ordem" nas entregas de reféns. As diferenças foram resolvidas nesta quinta-feira graças a intensos esforços de mediadores egípcios e cataris nesta semana para manter o acordo apoiado pelos EUA.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que atuou nas trocas de reféns por prisioneiros entre o Hamas e Israel, afirmou nesta sexta-feira que está "muito preocupado" com a situação dos sequestrados que permanecem em Gaza.

"As últimas operações de libertação reforçam a necessidade urgente de que o CICV possa ter acesso aos reféns. Estamos muito preocupados com a situação dos reféns", afirmou a Cruz Vermelha em um comunicado na rede social X.

A preocupação da Cruz Vermelha, que intermedia as libertações dos reféns com o Hamas em Gaza, se dá pelo aspecto físico, de extrema magreza, dos três reféns libertados no último sábado (8), que chamou atenção e causou fúria em Israel. Veja aqui um antes e depois e também no vídeo abaixo.

g1
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O autor do atropelamento em Munique, que deixou dezenas de feridos, tem "tendências islamistas" e confessou a intenção de realizar o ataque, afirmou a polícia da Baviera nesta sexta-feira (14).

"Ele admitiu que dirigiu deliberadamente contra os participantes da manifestação. Sou muito cautelosa ao fazer julgamentos precipitados, mas com base em tudo o que sabemos até o momento, me arriscaria a falar em uma motivação islamista para o crime", afirmou a promotora alemã Gabriele Tilmann.

A polícia alemã afirmou ainda que o número de feridos no ataque subiu para 36 nesta sexta-feira. Dois deles estão em estado grave, uma criança e um adulto. Não há nenhum morto até o momento.

As autoridades não deram mais detalhes sobre as "tendências islamistas" identificadas no suspeito, um afegão de 24 anos solicitante de asilo com passagem pela polícia por crimes ligados a roubo e tráfico de drogas.

O suspeito foi preso pela polícia no local do crime, em uma região central de Berlim, logo após o atropelamento, na manhã de quinta-feira. (Leia mais sobre o caso abaixo)

Apesar das tendências reportadas, a polícia alemã disse não ter encontrado ligações do suspeito com grupos terroristas, como o Estado Islâmico. Tilmann acredita que o afegão teve motivações religiosas.

Quando foi abordado pela polícia, o suspeito gritou "Allahu Akbar", expressão religiosa que significa "Alá é o maior", e orou logo após sua prisão, segundo a promotora. Por essa razão, a Agência da Bávara para o Combate ao Extremismo e Terrorismo (ZET) assumiu a investigação do caso.

O atropelamento reascendeu o já inflamado discurso anti-imigração na Alemanha, mote da extrema direita do país chefiada pelo partido AfD. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse ma quinta-feira que o afegão "tem que ser punido e deixar o país".

Ainda segundo Tilmann, a polícia encontrou uma conversa do suspeito com um parente na qual ele se despedia, e falou "talvez eu não esteja por aqui amanhã".

Atropelamento em Munique
O carro dirigido pelo suspeito avançou sobre uma multidão por volta das 10h30 no horário local (6h30 no horário de Brasília), a 500 metros da estação central de trem de Munique. O local também fica a cerca de 1,5 quilômetro do local que sediará a Conferência de Segurança de Munique, prevista para começar na sexta-feira (13) e que reunirá lideranças de países europeus e dos EUA.

O governador da Baviera, Markus Söder, indicou a possibilidade do atropelamento ter sido um ataque. "Provavelmente é um ataque, existem muitos indícios disso", afirmou.

"É simplesmente terrível quando você recebe a notícia de que alguém dirigiu um carro contra uma multidão de novo. É um tapa na cara. Algo tem que mudar na Alemanha", disse Söder.

Duas pessoas ficaram em estado grave e helicópteros de resgate foram empregados para socorrer as vítimas, que faziam manifestação ligada ao setor de transportes, segundo a polícia. O prefeito de Munique, Dieter Reiters, afirmou que há crianças entre os feridos.

Uma grande operação conjunta entre polícia, bombeiros e equipes de resgate foi mobilizada para responder ao incidente, e isolaram a área em volta. Ainda não se sabe se o atropelamento foi intencional ou acidental, segundo o jornal alemão "Bild". A polícia da cidade agora busca por informações que possam ajudar a apurar o ocorrido e pediu ajuda da população.

O atropelamento atingiu pessoas que participavam de uma manifestação ligada a uma greve organizada pelo sindicato Verdi, do setor de transportes. Cerca de 1.500 pessoas participavam do protesto, segundo a polícia. Após o atropelamento, havia pessoas "sentadas no chão, chorando e tremendo", segundo um repórter da emissora local "BR24".

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estarão na Conferência de Segurança. Vance chegou à cidade ainda na manhã desta quinta-feira.

O ataque também ocorre a dez dias das eleições parlamentares na Alemanha. O partido de extrema direita AfD, que prega discurso anti-imigração, deve ter seu resultado mais expressivo na história recente do país, segundo projeções.

Outras cidades alemãs também tiveram ataques terroristas no último ano. Em dezembro, um atropelamento em uma feira de Natal no sul da Alemanha deixou cinco mortos e dezenas de feridos. Em agosto, um ataque a facas no oeste do país deixou três feridos e oito feridos. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.

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Em uma reunião com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na manhã desta sexta-feira (14), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse que as tarifas que estão sendo impostas a diversos países pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem apresentar um efeito menor no Brasil do que em outras economias, como a do México.

"Essa menor relação, ou conexão comercial, do Brasil com os Estados Unidos, comparativamente com o México, induziu sensação por parte dos agentes de mercado de que eventualmente uma política de tarifas mais pesadas possa prejudicar mais o México do que o Brasil", afirmou. No entanto, Galípolo ressaltou que o melhor seria não haver "guerra comercial".

"Perceba que há uma sutileza aqui: eu não estou dizendo, que com as tarifas, é melhor para o Brasil. Com certeza, não há dúvida de que em qualquer condição do comércio global é melhor não ter uma guerra tarifária. O que eu estou colocando aqui simplesmente é que no relativo, ou seja, comparativamente, talvez para o Brasil seja menos prejudicial do que, por exemplo, para o México", disse o presidente do Banco Central.

Reciprocidade
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil vai aplicar o princípio de reciprocidade, caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país. “Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente, ou vamos denunciar à Organização [Mundial] do Comércio [OMC], ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista à Rádio Clube do Pará, em Belém.

Trump vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países que têm superávit comercial com os Estados Unidos, como a China, e até a parceiros mais próximos como México e Canadá. O presidente americano também anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre os quais, o Brasil.

“Fantasmas”
Ainda durante a conversa com os empresários, Galípolo afirmou que o Banco Central tem uma atuação preventiva e conservadora na definição de sua política, agindo sempre com base em tendências, e não em volatilidades, e mantendo cautela na interpretação dos dados.

“Por isso, eu disse que é importante o Banco Central ter o tempo necessário para consumir esses dados e ter clareza se não estamos assistindo simplesmente a uma volatilidade que responde por esses dados de alta frequência e ter certeza se estamos conseguindo observar uma tendência", ressaltou. “Seria um equívoco ser preventivo a um fantasma que não está ali colocado. Este é um tema que oferece desafio ao endereçamento da política monetária."

Questionado pelos empresários sobre a alta taxa de juros no país, Galípolo disse que essa medida surtirá efeito para conter a alta inflação no país. “No horizonte que a gente consegue enxergar, as projeções apresentam a inflação fora da meta. O Banco Central reage caminhando com a taxa de juros, num patamar restritivo e de relativa segurança. O mandato do Banco Central é colocar a taxa de juros em um patamar restritivo o suficiente e pelo tempo que for necessário para que a inflação possa fazer a convergência para a meta”, acrescentou.

“O remédio vai funcionar. O Banco Central tem as ferramentas para conduzir a política monetária, para perseguir a meta, e não vai se furtar a fazer isso", concluiu.

Agência Brasil
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