Abril 26, 2025
Arimatea

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira, 15 de abril, o decreto que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e estabelece os parâmetros técnicos e ambientais de eficiência energética, reciclabilidade e segurança que fabricantes e importadores de veículos devem seguir para a comercialização no Brasil a partir de junho de 2025. O ato ocorreu durante cerimônia de lançamento industrial da empresa automotiva japonesa Nissan em Resende (RJ).

O que aconteceu no Brasil é exatamente isso: o dinheiro começou a circular, as pessoas começaram a se informar melhor, começaram a ganhar um pouco mais e o salário mínimo passou a crescer um pouco mais do que a inflação
Luiz Inácio Lula da Silva,
Presidente da República

O texto também incentiva a adesão a programas de rotulagem veicular que informem o consumidor, de forma transparente, sobre o desempenho ambiental e energético dos modelos disponíveis no mercado. Com o impulso do Programa Mover e da Nova Indústria Brasil (NIB), lançados em 2024, o setor automotivo anunciou R$ 130 bilhões em investimentos nos próximos anos, o que envolve ampliação de fábrica e lançamentos de novas tecnologias sustentáveis.

“Até 2012, 3,6 milhões de carros eram vendidos. Quando eu voltei para a presidência em 2023, vocês sabem quantos carros eram vendidos nesse país? 1,6 milhão de carros, menos da metade do que vendia entre 2010 e 2012. Quantas concessionárias fecharam nesse país? Porque não tinha carro para vender e quando tinha o povo não tinha dinheiro para comprar”, disse Lula, no evento que marcou o início da produção do Novo Nissan Kicks no Brasil. Essa iniciativa amplia a geração de empregos e é parte do plano de investimentos de R$ 2,8 bilhões da marca no país, anunciado pela empresa em novembro de 2023 durante reunião com o presidente.

Lula ressaltou que os avanços registrados no Brasil “não acontecem de forma gratuita” e não são por “sorte”, mas, sim, frutos das medidas adotadas pelo Governo Federal para garantir estabilidade, previsibilidade e impulsionar o crescimento econômico. “O que aconteceu no Brasil é exatamente isso: o dinheiro começou a circular, as pessoas começaram a se informar melhor, começaram a ganhar um pouco mais e o salário mínimo passou a crescer um pouco mais do que a inflação”, declarou.

EXPANSÃO — O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enfatizou o grande esforço do presidente Lula em fazer o setor crescer no Brasil. “A indústria está na ponta da inovação e da tecnologia, agrega valor, paga salários mais altos, promove o desenvolvimento do país”, afirmou Alckmin.

INCENTIVO — Durante a cerimônia, o presidente da Nissan América Latina, Guy Rodríguez, abordou a importância de haver previsibilidade no país para que as empresas possam planejar seus investimentos, o que o Governo Federal torna possível por meio de políticas públicas voltadas ao estímulo da indústria. “Estamos falando sobre como podemos trabalhar para melhorar, para baixar os custos logísticos e como fazer investimentos para trazer tecnologia. Por isso o programa Mover é tão importante. Hoje, o vice-presidente falou de alguns projetos que ele está assinando para promover ainda mais integração de novas tecnologias no Brasil. E isso nos permite investir com confiança, com previsibilidade e oferecer o melhor que a Nissan tem no mundo para o cliente aqui no Brasil”, disse.

Só em 2025, o Mover prevê R$ 3,8 bilhões de incentivos. O programa estimula investimentos em novas rotas tecnológicas e aumenta as exigências de descarbonização da frota automotiva brasileira, incluindo carros de passeio, ônibus e caminhões.

CRÉDITO DO TRABALHADOR — O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, aproveitou a oportunidade e falou aos funcionários da Nissan sobre o Crédito do Trabalhador, empréstimo consignado lançado pelo governo para trabalhadores com carteira assinada. “Até ontem à tarde, mais de 1,1 milhão de trabalhadores tinham fechado contrato nessa operação e um valor de quase R$ 6,7 bilhões já tinha sido ofertado. O depoimento que recebemos é ‘conseguimos baixar os juros e podemos melhorar a nossa vida’”, compartilhou Marinho.

COMPLEXO — Além do lançamento do novo veículo, nesta terça-feira (15), o Complexo Industrial da Nissan em Resende (RJ) completou 11 anos de atividades. Para modernizar o empreendimento, foram instalados 98 novos robôs e criados 297 postos de trabalho na linha de produção. Além disso, a fábrica ganhou 29 novos veículos guiados automatizados (AGVs, na sigla em inglês), totalizando 202 unidades desses pequenos robôs autoguiados que conduzem carrinhos de peças e plataformas, fazendo com que a operação seja mais flexível, segura e silenciosa. O complexo é formado por uma fábrica de veículos e uma de motores e conta com um ciclo completo de produção. A unidade tem cerca de 2.200 funcionários da própria Nissan. O número ultrapassa 3 mil pessoas quando inclui funcionários de fornecedores que atendem a produção ou prestam serviços internos.

RESULTADOS — Em 2023, a Nissan comercializou no Brasil 72.548 veículos, crescimento de 35% em relação ao ano anterior, enquanto a média do mercado foi de 11%. No ano passado, a empresa teve crescimento de 21%, com 87.441 unidades vendidas, acima dos 14% da média do setor como um todo.

Agência Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil não pode ser um país "eternamente pobre", que vive do pagamento de Bolsa Família.

Lula deu a declaração durante visita à fábrica da montadora Nissan em Resende, no Rio de Janeiro.

No discurso, o presidente voltou a defender investimentos em educação, em especial para que pessoas de baixa renda consigam estudar, o que viabiliza melhores salários e permite sobreviver sem depender de programas sociais.

“Eu voltei à Presidência da República para provar que esse país não pode ser um país eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família", declarou.

O presidente também criticou quem considera "muito alto" pagar a um funcionário um salário mínimo.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.518, após um reajuste de 7,5% concedido neste ano. Para 2026, o governo propõe elevar o valor para R$ 1.630.

"Tem quem na hora que vai pagar um salário mínimo acha que o salário mínimo é muito alto. Mil reais não é alto, nem mil e quinhentos", disse Lula.

O presidente repetiu a defesa do trabalho do governo na economia, com dois anos de crescimento, geração de empregos e desemprego baixo.

"O que está acontecendo no Brasil não é sorte [sobre economia]. Quisera Deus que esse país só tivesse presidente que tem sorte", afirmou.

Apesar de indicadores positivos, Lula sofre com a inflação, em especial de alimentos, fator que tem impactado na avaliação negativa do governo.

g1
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o salário mínimo em 2026 seja de R$ 1.630, aumento de R$ 112 em relação ao valor de 2025. O Executivo prevê que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem será de 2,5%, enquanto para 2025 a previsão é de alta de 2,31%, índice mais positivo do que a expectativa do Banco Central (leia mais abaixo).

O projeto da LDO será enviado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15), data limite para apresentação da proposta. No texto, o governo federal destaca a meta fiscal de superávit de 0,25% para o 2026, como afirmou na semana passada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Não tem previsão de mudança daquilo que estava projetado na LDO do ano passado, a não ser o fato de que tem um ano a mais agora de projeção”, destacou a jornalistas.

O cálculo de superávit de 0,25% do PIB, segundo o governo, corresponde a cerca de R$ 34,3 bilhões. O limite total previsto das despesas da União é de R$ 2,43 trilhões.

As regras fiscais dão margem para que a meta fique até 0,25 ponto percentual acima ou abaixo de 0,25% — ou seja, o resultado pode variar de 0% a 0,5%.

Lula tem tido como uma das principais bandeiras a política de valorização real do piso salarial do país. O valor do salário mínimo proposto pelo governo está próximo do que apurou o R7 antes da divulgação do projeto da LDO. À reportagem, foi informado que o cálculo subiria o piso para R$ 1.627.

No fim de março, o Banco Central revisou a projeção de crescimento do PIB do Brasil neste ano e reduziu a expectativa, de 2,1% para 1,9%. Em 2024, o aumento foi de 3,4%, maior resultado desde 2021, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O que é a LDO?
A LDO define as metas e prioridades da gestão para o próximo ano. O valor do salário mínimo, no entanto, pode sofrer alterações ao longo da tramitação do projeto, já que o reajuste deve ter crescimento real, ou seja, acima da inflação e proporcional ao crescimento do PIB em 2025.

A lei determina quais normas deverão ser seguidas na construção do Orçamento do próximo ano, a ser votado no segundo semestre, e guia a distribuição dos recursos para cada área. O projeto precisa ser analisado pelos deputados e senadores até 17 de julho, quando começa o recesso parlamentar.

R7
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A Polícia Civil deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro e tráfico de drogas interestadual, com atuação em Campina Grande, na Paraíba. A ação mirou cinco suspeitos, incluindo dois presidiários, resultou na apreensão de veículos de luxo e no bloqueio de dezenas de contas bancárias que movimentaram milhões de reais para o grupo.

A Operação Fachada foi realizada nesta segunda-feira (14), mas os detalhes da ação foram divulgados nesta terça-feira (15). De acordo com a polícia, a organização criminosa lavava o dinheiro do tráfico por meio de um salão de beleza e uma loja de material de construção.

As investigações começaram no final de 2024, mas foi no início deste ano que a apreensão de 300 kg de maconha e a prisão de um dos integrantes do grupo ajudaram os investigadores a identificar os envolvidos no esquema e as empresas de fachada. Segundo a Polícia Civil, o grupo também mantinha conexões com traficantes da região Sul do país.

A ação resultou na apreensão de mais de oito veículos, incluindo carros e motocicletas de alto luxo. A polícia informou ainda que dezenas de contas bancárias pertencentes aos criminosos e aos indivíduos utilizados como laranjas foram bloqueadas.

Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em diversos pontos da cidade. Dois homens que foram alvos da operação já estavam presos no Presídio do Serrotão, em Campina Grande, de onde davam ordens à organização criminosa.

Além dos detentos, também foram presas pessoas próximas aos suspeitos e uma funcionária contratada da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Segundo o delegado Elton Vinagre, a atuação da funcionária no esquema criminoso não tem relação com a gestão municipal. Ela é irmã do principal líder do grupo, que está preso no Serrotão, e atuava como laranja da organização criminosa.

A Prefeitura de Campina Grande, por meio de nota, afirmou que adotará todas as providências cabíveis, a partir da identificação da suposta servidora, com a instauração de um processo administrativo disciplinar e o imediato afastamento da funcionária dos quadros do Município.

g1 PB
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Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que um motorista dirigindo um carro em alta velocidade atropela três pessoas no município de Alagoa Nova, no Cariri da Paraíba.

O caso aconteceu na noite de domingo (13) e todas as vítimas foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.

Pelas imagens, é possível ver que se trata de um carro branco. O condutor tenta, aparentemente, fazer um retorno na rua em que está, mas acaba batendo numa moto que vinha em sentido contrário.

De acordo com testemunhas, um homem que estava na moto foi atingido e arremessado para longe, caindo próximo ao meio fio. Outras duas mulheres que caminhavam nas proximidades da calçada também foram atingidas.

As três vítimas foram internadas. As duas mulheres já receberam alta, mas o homem segue internado. A situação dele é considerada estável.

g1 PB
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Armas e drogas foram apreendidas nessa segunda-feira (14), em João Pessoa, pela Polícia Civil da Paraíba. O detalhe é que, segundo as investigações, o material tinha sido enviado do Rio de Janeiro para a capital paraibana por meio de uma transportadora de carga.

A ação criminosa entrou no radar dos policiais paraibanos na semana passada, quando uma apreensão do tipo foi realizada no Rio Grande do Norte.

A partir daí, policiais do estado vizinho informaram que remessas do tipo também seriam enviadas para a Paraíba, o que provocou o início das investigações em território paraibano.

Até que, nessa segunda-feira (14), uma operação policial foi desencadeada. Ao menos nove pistolas e 20 kg de drogas como maconha e tabletes de crack foram apreendidas. Dois homens também foram presos em flagrante.

As apreensões e prisões aconteceram num apartamento localizado no bairro de Muçumagro, em João Pessoa. E os remetentes seriam criminosos da capital fluminense.

g1 PB
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A Casa Branca afirmou nesta terça-feira (15) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer que a Universidade de Harvard se desculpe por episódios de "antissemitismo" na instituição. O governo fez referência a protestos pró-Palestina e contra a guerra na Faixa de Gaza que ocorreram em várias universidades americanas ao longo de 2024.

A declaração foi feita um dia após o governo Trump determinar o bloqueio de mais de US$ 2,2 bilhões em recursos de Harvard. Na segunda-feira (14), a universidade afirmou que não iria atender a uma série de exigências do governo, como encerrar programas de inclusão e equidade.

Mais cedo, nesta terça-feira, Trump afirmou que avalia a possibilidade de cancelar a isenção fiscal concedida a Harvard e passar a taxá-la como uma "entidade política" por promover "doença inspirada em política, ideologia e terrorismo".

Ao ser questionada sobre o assunto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump quer que a universidade peça desculpas.

"O presidente foi claro: eles devem seguir a lei federal", disse Leavitt. "Ele também quer ver um pedido de desculpas de Harvard, que deve se retratar pelo antissemitismo flagrante que ocorreu no campus contra estudantes judeus americanos."

Leavitt disse ainda que Harvard possui um fundo de mais de US$ 50 bilhões. Sendo assim, o governo está avaliando o motivo de enviar recursos públicos para a instituição, considerando que a universidade tem "bilhões no banco".

"Muitos americanos estão se perguntando por que seus impostos estão indo para essas universidades, quando elas não apenas estão doutrinando os estudantes do país, mas também permitindo que comportamentos ilegais e flagrantes ocorram", continuou.

Batalha
Em uma carta enviada a Harvard na sexta-feira (11), o governo pediu reformas amplas na administração da universidade, a adoção de políticas de admissão e contratação “baseadas em mérito”, além da realização de uma auditoria com estudantes, professores e dirigentes.

As exigências também incluem a proibição do uso de máscaras — uma medida vista como direcionada a manifestantes pró-Palestina. O governo alega que manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza em 2024 foram movidas por antissemitismo.

As regras impostas a Harvard fazem parte de um esforço mais amplo para usar dinheiro público como forma de pressionar grandes instituições acadêmicas a seguir a agenda política de Trump e influenciar as políticas nos campi.

O presidente de Harvard, Alan Garber, afirmou em uma carta que as exigências violam os direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA e "excedem os limites legais da autoridade do governo sob o Título VI", que proíbe discriminação contra estudantes com base em raça, cor ou origem nacional.

“Nenhum governo — independentemente do partido que estiver no poder — deve ditar o que universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir ou contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, escreveu Garber.

“Esses objetivos não serão alcançados por meio de imposições de poder, desvinculadas da lei, para controlar o ensino e a aprendizagem em Harvard e ditar como operamos”, afirmou. “A tarefa de enfrentar nossas falhas, cumprir nossos compromissos e incorporar nossos valores cabe a nós, enquanto comunidade.”

Na sequência, o Departamento de Educação dos Estados Unidos anunciou o congelamento dos recursos, afirmando que a declaração de Harvard mostra que a "mentalidade" da instituição desrespeita leis de direitos civis.

Campanha de pressão
Harvard é uma das várias universidades da Ivy League alvo de uma campanha de pressão, que já levou à suspensão de financiamentos federais para as universidades da Pensilvânia, Brown e Princeton, como forma de forçar a adesão à agenda do governo.

A carta de exigências enviada a Harvard é semelhante à que motivou mudanças na Universidade Columbia sob ameaça de cortes bilionários.

As medidas do governo Trump levaram um grupo de ex-alunos a escrever para os dirigentes da universidade, pedindo que “contestem legalmente e se recusem a cumprir exigências ilegais que ameaçam a liberdade acadêmica e a autonomia universitária”.

“Hoje, Harvard defendeu a integridade, os valores e as liberdades que sustentam o ensino superior”, disse Anurima Bhargava, uma das ex-alunas por trás da carta.

“Harvard lembrou ao mundo que o aprendizado, a inovação e o crescimento transformador não se curvam à intimidação e a caprichos autoritários.”

A decisão do governo também provocou um protesto no fim de semana, com a participação de membros da comunidade de Harvard e moradores de Cambridge, além de um processo judicial movido na sexta-feira pela Associação Americana de Professores Universitários contestando os cortes.

Na ação, os autores argumentam que a administração Trump não seguiu os procedimentos exigidos em lei antes de iniciar os cortes de financiamento, incluindo o envio de notificações tanto à universidade quanto ao Congresso.

“Essas exigências amplas e, ao mesmo tempo, indefinidas, não são medidas corretivas direcionadas às causas de qualquer descumprimento da lei federal. Em vez disso, visam claramente impor à Universidade Harvard visões políticas e preferências ideológicas do governo Trump, comprometendo a universidade a punir discursos que o governo desaprova”, escreveram os autores da ação.

g1
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A Europa é "nosso aliado", mas não pode ser um "vassalo permanente" dos Estados Unidos nas áreas de segurança e comércio, declarou o vice-presidente americano, J.D. Vance, em uma entrevista ao portal de notícias britânico UnHerd, publicada nesta terça-feira (15).

Em uma das raras declarações favoráveis à União Europeia e ao Reino Unido, o vice de Donald Trump afirmou amar a Europa, mas voltou a criticar a dependência do continente dos EUA:

"Eu amo a Europa... Eu amo os europeus. Não é bom para a Europa ser vassalo permanente dos Estados Unidos em termos de segurança. Não quero que os europeus simplesmente façam o que os americanos mandam. Não acho que seja do interesse deles, e também não acho que seja do nosso interesse. Consideramos a Europa como nosso aliado. Queremos apenas uma aliança em que os europeus sejam um pouco mais independentes, e nossas relações de segurança e comércio vão refletir isso. A realidade é que - é brutal dizer, mas é verdade - toda a infraestrutura de segurança europeia tem sido, desde que nasci, subsidiada pelos Estados Unidos", afirmou.

JD Vance ainda apontou que, com exceção da França, Reino Unido e Polônia, "a maioria dos Estados europeus não tem um Exército capaz de fornecer uma defesa razoável".

Essa não é a primeira crítica de Vance aos líderes europeus. Em um discurso em Munique, em fevereiro, ele acusou a Europa de sufocar a liberdade de expressão e de não combater a imigração de maneira suficiente.

Desde que retornou à Casa Branca no início do ano, o presidente Donald Trump colocou em dúvida seu compromisso com a Otan, afirmando que a Europa deve cuidar de sua própria segurança.

France Presse
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A China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da empresa americana Boeing, em resposta à decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 145% sobre produtos chineses, noticiou a Bloomberg News nesta terça-feira (15).

Pequim pediu ainda que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, segundo a reportagem, o que deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país.

O governo chinês também está considerando maneiras de ajudar as companhias aéreas que alugam jatos da Boeing e estão enfrentando custos mais altos devido ao tarifaço, ainda conforme a Bloomberg.

As ações da Boeing — que vê a China como um dos seus maiores mercados em crescimento e onde a rival Airbus detém uma posição dominante — caíam 2% no início do pregão.

As três principais companhias aéreas da China — Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines — planejavam receber 45, 53 e 81 aviões da Boeing , respectivamente, até 2027.

Agora, a interrupção representa mais um revés para a fabricante de aviões, que ainda se recupera de uma greve trabalhista. A empresa também perdeu mais de um terço de seu valor desde a explosão da porta de uma aeronave durante um voo no ano passado.

A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

A decisão da China sobre a Boeing está em linha com a sua decisão da semana passada de aumentar os impostos sobre as importações dos EUA para 125%, em retaliação às tarifas americanas.

A medida aumentaria significativamente o custo dos jatos da Boeing entregues às companhias aéreas chinesas, o que as levaria a considerar alternativas como a Airbus e a empresa doméstica COMAC, explicou a Reuters.

As crescentes tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo correm o risco de paralisar o comércio de bens entre os dois países, segundo analistas, que foi avaliado em mais de US$ 650 bilhões em 2024.

g1
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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse nesta terça-feira (15) que os efeitos benéficos do Bolsa Família vão muito além da retirada de dezenas de milhões de pessoas da pobreza, ajudando, ao mesmo tempo, a economia local nos mais diversos municípios, resultando no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Para Wellington Dias, os erros de projeção de crescimento do PIB cometidos pelo mercado, sempre mais pessimista com relação à economia, têm sido uma constante exatamente por não levar em conta os efeitos de políticas públicas, como o Bolsa Família, para a economia.

Segundo ele, o mercado continuará a errar nessas projeções. “Temos tudo para crescer, de novo, entre 3% e 4% em 2025, enquanto o mercado diz que será 1,5%. Digo isso porque é a economia dos mais pobres o que está alavancando o crescimento no Brasil. São esses milhões de pessoas que antes não tinham dinheiro nem para comer, mas agora têm renda de trabalho; ou que ganha um dinheirinho ao se tornar um empreendedor ou com sua produção rural”, argumentou ao associar, de forma direta, saída da pobreza com crescimento econômico.

Colchão de proteção
O ministro disse ainda que as políticas públicas que vêm sendo implementadas pelo governo federal, como seguro desemprego, aposentadoria rural e o próprio Bolsa Família são, na verdade, “um colchão de proteção” que possibilitou, ao Brasil, retirar 33,1 milhões de brasileiros da fome.

“Quando o presidente Lula assumiu, essas pessoas estavam passando fome. Nós já reduzimos [esse índice em] 85%. Este dinheiro que circula na economia no Amazonas, em Brasília, no Rio Grande do Sul, no Piauí e em todas as regiões do Brasil é também um fator para o próprio desenvolvimento do país”, disse.

“A circulação desse dinheiro ali, onde essas pessoas vivem, gera um mercadinho; uma feira; açougue, verdureira; vira salão de beleza. Enfim, gera uma atividade econômica”, completou.

Antecipação do Bolsa Família
Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Wellington Dias anunciou que o governo federal libera, a partir desta terça-feira (15), cerca de R$ 14 bilhões antecipados para os beneficiários que vivem em estados e municípios que se encontram em situação de emergência ou calamidade em razão de enchentes ou de seca.

“Tomamos a decisão de antecipar o pagamento para este dia 15, nestes municípios de emergência [devido a enchentes]. Esse pagamento quebra aquele interstício do calendário e paga todo o benefício. Ele é liberado e disponibilizado nas agências da Caixa e na rede autorizada. É uma forma de poder as pessoas ter ali um dinheirinho para esses momentos de grande dificuldade”, disse o ministro, referindo-se a estados do Sul e do Norte, além do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná.

Segundo o ministro, há casos em que essa situação de emergência é em razão de seca, em especial no Nordeste, como é o caso do Piauí e Ceará. A antecipação visa, também, fazer com que as pessoas passem o feriado de Páscoa com o benefício já no bolso.

Mudança de critérios
Dias criticou algumas manifestações preconceituosas com relação ao programa. Essas críticas partiriam da premissa de que o Bolsa Família supostamente desestimularia os beneficiários a buscarem outras fontes de renda, como empregos.

“Até entendo [essas críticas, quando feitas por] pessoas que não passaram fome ou que não conviveram de perto com quem já viveu a fome”, disse o ministro. “A questão é que quem passa fome não tem disposição para outra coisa a não ser ir atrás de comida. A ponto de se submeter a situações constrangedoras”, acrescentou ao afirmar que, entre as consequências maléficas da fome, está a prostituição e “pessoas que se dispõem a dedicar um dia inteiro de serviço por um prato de comida”.

A fim de garantir que o programa cumpra a função de ajudar as pessoas a superarem a pobreza, Wellington Dias disse que algumas mudanças profundas foram implementadas a partir de 2023, inclusive possibilitando que o benefício não seja cancelado imediatamente, após o beneficiário ter sua carteira de trabalho assinada.

“Ter a carteira assinada não pode ser critério para cancelar benefício, uma vez que o objetivo é alcançar a superação da pobreza. Havia um medo [entre os beneficiários] de, quando alcançar uma determinada renda, deixar de receber o Bolsa Família. Isso porque, tinha uma fila do tamanho do mundo [para, posteriormente, caso perca o emprego, se retornar ao Bolsa Família]”.

“Alteramos isso. Agora quem entra no cadastro único do Bolsa Família só sai para cima, através de uma renda de superação da pobreza. E se perde essa renda, volta automaticamente ao programa”, completou.

Sazonais e empreendedores
Dias lembrou que as mudanças que vêm sendo implementadas no programa está atenta à situação dos trabalhadores que prestam serviços de modo sazonal, de forma a evitar que alguma renda extra temporária resulte no fim do benefício.

“Sabemos que tem aquelas pessoas que, em um mês de trabalho apenas, recebe um salário mais elevado do que o primeiro, e acaba saindo por conta do salário daquele mês. Para evitar isso, agora a gente divide esse salário por 12 meses. E consideramos a média da renda de 12 meses”, explicou o ministro.

Segundo ele, só com essas modificações o sistema beneficiou 4 milhões de famílias, o que equivale a algo como 10 milhões de pessoas que recebem Bolsa Família e salário.

“Tem também os que estão empreendendo. Quando a renda sobe e chega à faixa de saída da pobreza. Estamos falando aqui de 7 milhões de pessoas que, nesse instante, estão trabalhando e recebendo o Bolsa Família. Foram 16,5 milhões de brasileiros que passaram a trabalhar [empreendendo], além dos muitos com emprego sazonal”.

Agência Brasil
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