Foi definida para segunda-feira (22) a data da mudança nas contas de energia das cidades de Campina Grande e João Pessoa. A mudança estava prevista para ter iniciado no dia 1º de julho, mas a data foi adiada.
De acordo com a concessionária de energia elétrica Energisa, o objetivo da mudança é tornar o processo de pagamento mais fácil e rápido, já que o boleto amplia a rede de recebimento da fatura, permitindo que o pagamento seja feito em qualquer agência bancária, independente de convênio, casa lotérica, correspondente bancário e meios eletrônicos.
Com a mudança, o formato da conta fica um pouco maior e o cliente pode pagar o boleto bancário mesmo após o vencimento, sendo que a cobrança de encargos por atraso no pagamento será feita apenas na próxima fatura.
"É fundamental que o cliente fique atento na hora de pagar pelo internet banking, aplicativo de celular ou no caixa eletrônico: em vez de escolher a opção ‘água, luz, telefone e gás’, ele deve optar por boleto bancário”, orienta Cristiana Rios, gerente corporativa de Recursos Financeiros da Energisa.
Para tirar dúvidas sobre a mudança, o cliente tem à disposição um guia explicativo no site da Energisa, além dos outros Canais de Atendimento, como o 0800 083 0196, o aplicativo Energisa On ou em uma das 223 agências de atendimento presencial, em todos os municípios da Paraíba.
G1 PB
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Foram presos o padrasto e a mãe do menino de sete anos que era acorrentado e torturado na cidade de Boqueirão, a 146 km de João Pessoa. Maria Aparecida Sousa Silva e Edilson Cosme Albuquerque foram presos por força de mandados de prisão preventiva expedidos a pedido da Polícia Civil.
Os suspeitos foram encaminhados para delegacia seccional da cidade de Queimadas. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (18) pelo delegado Iasley Almeida, responsável pela investigação do caso.
A criança de sete anos deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, em estado de desnutrição e com ferimentos no dia 10 de julho. De acordo com a Polícia Civil, a criança estaria sofrendo maus-tratos praticados pela mãe e pelo padrasto. O laudo finalizado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) confirmou que a criança sofria agressões físicas prolongadas e contínuas, o que se configura como tortura.
Conforme explica Márcio Leandro, chefe do Numol, no momento do exame o menino estava muito debilitado, desnutrido e com um quadro de anemia profunda. "Tinha lesões por todo corpo, nas costas e lesões nos glúteos, o que indica que ele passou bastante tempo imóvel, imobilizado, por estar acorrentado. As agressões foram tão prolongadas que se tornou tortura", explica o chefe do Numol.
A criança deve passar por cirurgias plásticas após tratamento dos ferimentos no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Segundo informações repassadas pela unidade de saúde, o menino tem um ferimento tão grave na cabeça que vai precisar passar por uma cirurgia plástica para reconstituir o tecido lesionado. O diretor-técnico do hospital Gilney Porto, explicou que é preciso primeiro esperar a cicatrização dos ferimentos.
De acordo com Márcio Leandro, uma reavaliação precisa ser feita na criança para que sejam identificados os graus das lesões que devem permanecer no menino. No entanto, isso só vai acontecer após a cirurgia.
O menino de sete anos permanece internado no Hospital de Trauma de Campina Grande, com estado de saúde considerado estável. Ainda não há previsão de receber alta médica.
G1 PB
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A proposta do programa Future-se está disponível na internet para consulta pública.
Qualquer pessoa pode acessar o sistema e fazer um cadastro. É preciso informar nome, e-mail e CPF (Cadastro de Pessoa Física), além de criar uma senha de acesso. O prazo para enviar contribuições vai até dia 15 de agosto, segundo o Ministério da Educação (MEC).
O programa, voltado para universidades e institutos federais, foi apresentado ontem (17), em Brasília.
Entre as estratégias está a criação de um fundo de natureza privada, cujas cotas serão negociadas na Bolsa de Valores, para financiar as instituições federais. Esse fundo contará, inicialmente, com R$ 102,6 bilhões. A intenção é que esses recursos financiem pesquisa, inovação, empreendedorismo e internacionalização das instituições de ensino.
A proposta pode ser lida na íntegra na página da consulta pública. Em seguida, é possível acessar, separadamente, os nove trechos do texto e, para cada um deixar, um comentário e dizer se acha que o tópico está totalmente claro, claro com ressalvas ou se não está claro. Ao final, é possível deixar ainda um comentário geral sobre a proposta.
Mudança
As contribuições serão compiladas e uma proposta de mudança na legislação será apresentada posteriormente. Um projeto de lei para possibilitar a implementação do programa, será, então, encaminhada ao Congresso Nacional.
Nesta quarta-feira (17), em entrevista coletiva, reitores de universidades federais disseram que têm dúvidas sobre o programa e que irão realizar reuniões e pesquisas a fim de melhor se posicionar sobre a questão.
A intenção, como apresentada pelo MEC, é que as instituições federais tenham mais autonomia financeira e que não fiquem à mercê de flutuações no orçamento da União.
Este ano, o MEC bloqueou para equilibrar as contas públicas, em média, 29,74% do orçamento discricionário das universidades federais. Esses recursos são usados principalmente para o pagamento de energia.
Agência Brasil
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A partir de hoje (18), a lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni) estará disponível para consulta pelas instituições de ensino superior privadas participantes do programa.
Todos os candidatos que estão na lista deverão ir às instituições apresentar a documentação de comprovação das informações prestadas na inscrição.
A lista de espera do Prouni estará à disposição das instituições com a classificação dos estudantes por curso e turno, segundo as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018.
O prazo para que os candidatos que integram a lista compareçam às faculdades onde concorrem a uma vaga começa amanhã (19) e vai 22 de julho. A lista com a documentação necessária está disponível na página do ProUni.
A lista de espera será, então, usada pelas próprias instituições para preencher as bolsas de estudos que não foram ocupadas nas duas chamadas regulares do programa.
ProUni
Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade, e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade.
As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo. As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos.
O ProUni é voltado para candidatos que não tenham diploma de curso superior e que participaram do Enem 2018.
Os estudantes devem ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsistas integrais. É preciso ainda ter obtido nota mínima de 450 pontos na média aritmética das notas nas provas do Enem.
Também podem participar do programa estudantes com deficiência e professores da rede pública.
Agência Brasil
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A UFPB oferece gratuitamente no Campus I, em João Pessoa, tratamento a crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (ETA). O projeto de extensão “Intervenção em linguagem em crianças com síndrome autística” tem ajudado as crianças no processo de comunicação e de interação social.
Para participar do projeto, pais ou responsáveis devem se dirigir à Clínica Escola, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus I, em João Pessoa, com RG, CPF, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e laudo médico da criança. Mais informações pelo telefone (83) 3216.7926.
As sessões gratuitas são realizadas todas as sextas-feiras pela manhã na Clínica Escola de Fonoaudiologia da UFPB. De acordo com a coordenadora do projeto Flávia Rego, explicou que até a quinta-feira (17), seis crianças de dois a seis anos são atendidas na clínica. Ainda segundo Flávia Rego, o trabalho é intervencionista, a fim de prevenir atraso prolongado no desenvolvimento da fala.
“Trabalhamos com crianças com menor idade cronológica, que estejam no início dessa estimulação e começamos a interferir para que elas desenvolvam a linguagem o mais rápido possível”, comenta.
O projeto conta com quatro voluntários que realizam as sessões de terapia, sob a supervisão da Flávia Rego.
“A gente usa a teoria do brincar, sempre trazendo brinquedos que tenham a ver com o tema que vamos trabalhar com o paciente”, conta a voluntária Alícia Belarmino. O tratamento não tem um tempo definido e as sessões podem continuar até a criança desenvolver uma comunicação efetiva.
G1 PB
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O aumento dos casos de câncer na população entre 20 e 49 anos, de 1997 a 2016 chamou a atenção de especialistas. Nesse período, a incidência por ano do câncer da glândula tireóide registrou uma elevação de 8,8%, o de próstata 5,2% e o de cólon e reto 3,4%. Os dados fazem parte do estudo elaborado pelo Observatório de Oncologia, que teve como tema Câncer antes dos 50: como os dados podem ajudar nas políticas de prevenção.
O trabalho foi apresentado nesta quarta-feira (17), durante o Fórum Big Data em Oncologia, que ocorreu no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O encontro foi organizado pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC).
De acordo com o estudo, houve aumento ainda na mortalidade por alguns tipos da doença. O maior percentual foi de câncer no corpo do útero, que subiu 4,2% por ano; seguido por cólon e reto com 3,2%, mama 2,5%, cavidade oral 1,2% e colo de útero 1%.
A líder do TJCC e presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, disse que após pesquisas da Sociedade Americana de Câncer, divulgadas em fevereiro, nos Estados Unidos, identificando a ligação entre obesidade e o aumento nos casos de câncer em indivíduos mais jovens, especialistas do Observatório de Oncologia, que pertence ao TJCC, se dedicaram ao estudo para verificar o que ocorria no Brasil e analisaram dados gerados no setor de Saúde. Foram analisados dados do DATASUS e do Inca.
O resultado, além de um alerta, vai servir para indicar tipos de políticas que podem ser adotadas pelos gestores e impedir que a tendência tenha um crescimento maior.
“Os que aumentaram na incidência e na mortalidade eram cânceres relacionados ao tipo de vida. A gente está pressupondo que álcool, tabaco, alimentação não saudável e falta de prática de exercício podem estar refletindo no aumento de incidência”, detalhou Merula Steagall.
A pesquisadora ainda diz acreditar que o aumento da mortalidade se deu porque as pessoas procuram o tratamento em estágio avançado da doença. ”Como se espera que o câncer é uma doença depois dos 50 anos mais predominantemente, porque as células estão mais envelhecidas e começa uma produção irregular que acarreta no câncer, a pessoa entre 20 e 50 não está atenta para isso. O sistema não facilita o fluxo para ir rápido para um diagnóstico”.
Demora
No encontro, os especialistas destacaram dois fatores que contribuem para esses números: a falta de acesso a informações e aos tratamentos. “Esse fator da demora de acesso a um especialista e a um centro adequado também acarreta na mortalidade e a pessoa perde o controle da doença”, contou.
Merula acrescentou que em termos de tecnologia, nesses 20 anos, houve avanços, então, para o especialista é triste verificar que o progresso científico não teve impacto na vida das pessoas. “Não teve resultado para muitos tipos de cânceres. Dos 19 analisados, 10 aumentaram a mortalidade”, observou, destacando a importância da mídia no alerta e na divulgação da vida saudável.
“Você tem que planejar a sua terceira idade enquanto é jovem. Só que as pessoas jovens acham que a mortalidade para elas está distante. Falo isso como uma pessoa com doença genética e como a morte estava sempre próxima sempre me cuidei, me tratei, procurei fazer esportes e tive alimentação saudável. É importante alertar porque precisamos planejar o nosso envelhecimento.”
Diagnóstico
A médica mastologista, Alice Francisco, teve uma experiência própria com diagnóstico precoce. Ao fazer um exame de rotina para verificar um histórico familiar de hipotireoidismo ficou constatado, mesmo sem ter sintomas, que tinha câncer na tireóide. A avaliação foi há 12 anos, o tratamento foi feito, o tumor sumiu, mas dois anos depois voltou. “Precisei fazer novamente o tratamento. Foi uma coisa bem inesperada para a situação do meu diagnóstico naquele momento”, revelou.
Alice completou que foi muito importante ter o diagnóstico precoce e que pôde ver o quanto é relevante o impacto nos resultados dos tratamentos. A médica reforçou a necessidade de ter bons hábitos alimentares e físicos. “Para mim, isso foi muito importante e adaptar ao meu dia a dia. Hoje eu repercuto muito isso como profissional de saúde e estudo tudo. Uma das minhas linhas de estudo é a atividade física, então, mudou muito a minha forma de ser profissional depois de ter passado por isso”, indicou.
Parceria
Segundo a presidente da Abrale, o objetivo da entidade é trabalhar junto com o Ministério da Saúde para a definição, entre outras medidas, de maior divulgação de informações sobre o que é a doença, como pode ser diagnosticada e quais são os fatores de risco.
No encontro, foi apontada a diferença de acesso das informações e à disponibilidade de tratamento entre as regiões do país, com maior dificuldade no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. O diretor do Departamento de Informática do SUS (DATASUS/SE/MS), Jacson de Barros, que participou dos debates, reconheceu que é preciso qualificar mais as equipes de atendimento, que podem apresentar um diagnóstico precoce, facilitar o tratamento e em muitos casos evitar a morte do paciente. Para ele, isso pode também reduzir as sub-notificações. “A gente quer mudar a forma de disponibilizar os dados do DATASUS para que todo mundo consiga além do acesso, poder fazer estudos longitudinais, acompanhar o desfecho. A ideia é aprimorar todo esse sistema”, disse.
O diretor afirmou que falta infraestrutura para permitir o registro adequado da informação. Um estudo do ano passado dos hospitais que têm mais de 50 leitos mostra que mais da metade não tem prontuário eletrônico, ou seja, faz o básico quando o paciente entrou, se precisou ficar internado e quantos dias permaneceu na unidade, mas não é feita uma análise clínica. “Mesmo assim, com as informações que a gente tem ainda dá para sair muito suco de laranja, mesmo não tendo as informações clínicas”, afirmou.
Para resolver o problema das regiões onde há carência de acesso à informação, ao diagnóstico e ao tratamento, o diretor disse que o Ministério da Saúde está fazendo um mapeamento para adequar o primeiro atendimento a fazer o registro adequado. “Será um mapeamento baseado na classificação do IBGE, e para cada região vamos subsidiar soluções para investimento de infraestrutura na ponta e para melhor atender e registrar”, disse.
Agência Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (18) não aprovar os gritos de "mande-a de volta", direcionados à deputada de origem somali Ilhan Omar durante comício na noite anterior.
"Eu me senti um pouco mal", disse Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.
"Eu diria que não fiquei feliz com aquilo. Eu discordo daquilo. Mas, de novo, não fui eu quem gritou – foram eles. E eu discordei", completou o norte-americano.
Durante comício na Carolina do Norte, Trump acusou a deputada oposicionista Ilhan Omar – que nasceu na Somália – de minimizar os atentados terroristas de 11 de Setembro e de "rir de norte-americanos que alertavam sobre a Al-Qaeda".
Em seguida, os apoiadores do republicano gritaram, em coro: "Mande-a de volta".
Omar: Trump espalha 'ideologia fascista'
Nesta quinta-feira, Omar acusou Trump de espalhar "ideologia fascista" ao dizer que cidadãos norte-americanos "devem ir embora por não concordar com as políticas nocivas [do presidente] aos EUA".
"Aqui nos EUA, a discordância é bem-vinda, o debate é bem-vindo, e principalmente na Casa do povo [Câmara dos Representantes] todas nossas vozes são ouvidas e levadas em conta", afirmou Omar.
Omar é uma das quatro deputadas do Partido Democrata sobre as quais Trump escreveu uma publicação considerada racista, no domingo. No texto, o presidente afirmou que elas deveriam "voltar e ajudar a consertar os lugares totalmente quebrados e infestados de crime de onde vieram".
"É tão interessante ver parlamentares democratas 'progressistas', que vieram originalmente de países cujos governos são uma catástrofe total e completa, dizendo cruelmente ao povo dos Estados Unidos como o nosso governo deve ser administrado", disse Trump, em uma série de três comentários no Twitter.
G1
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Como uma garrafa abandonada nas Ilhas Canárias, Jean-Jacques Savin cruzou o oceano Atlântico e foi parar no Caribe. O aventureiro – que apesar dos 72 anos, tem ousadia de garoto – foi o primeiro a fazer a travessia a bordo de um tonel, levado apenas pela força das correntes marítimas e os ventos.
O equipamento, especialmente concebido para a proeza, tem apenas dois metros de altura e uma área de 6 metros quadrados – um desafio e tanto para quem passou 127 dias em uma viagem solitária. Savin partiu de El Hierro, na Espanha, e desembarcou no norte de Porto Rico. Ele se inspirou na façanha de seu conterrâneo Alain Bombard, que há quase 70 anos tentou reproduzir a experiência de um náufrago e se lançou no mar praticamente sem infraestrutura.
“Foi uma comunhão comigo mesmo e com a natureza. Pude me esvaziar durante quatro meses e gostaria que o Atlântico fosse ainda mais extenso e o trajeto fosse de 7 mil quilômetros, e não 5,5 mil, porque foi uma plenitude. Foi fabuloso”, conta o marinheiro e ex-militar paraquedista, em entrevista à RFI.
Sujeita aos caprichos da natureza, a aventura durou um mês a mais do que o previsto – o que significa que o francês ficou sem mantimentos. Ele capturou muitos peixes ao longo do trajeto, mas os equipamentos para pesca também terminaram.
O projeto só não foi abortado porque dois navios pararam para dar alimentos a Savin.
Na solidão, amizade é com cardumes
No caminho, apreciou como poucos a biodiversidade marinha e a experiência de viver ao lado dos peixes.
“Eu tinha quatro janelinhas e a tampa do tonel, como se fosse um imenso aquário, que era a minha televisão. Pude ver uma baleia, tartarugas, duas baleias jubarte e o tonel até foi atacado por um tubarão. Mas o que mais vou lembrar é dos cardumes de pequenos peixes que me acompanharam durante dois meses, cada um”, relembra o francês. “É nesses momentos que a natureza dialoga com você. A cada vez que eu saía para limpar o casco do tonel das algas, os peixes ficavam com medo, no início. Mas, logo, eles perceberam que a limpeza trazia comida para eles e vinham direto na minha mão. Era uma alegria, uma felicidade para eles.”
A comunhão com seus “amigos peixes” foi tal que, ao ser resgatado por um petroleiro americano, no fim da viagem, Savin saltou novamente à agua para dizer adeus aos companheiros de viagem.
“A gente acaba se apegando a qualquer coisa, quando não tem nada em volta e a comunicação com o exterior é tão limitada”, indica. “Mas o que mais me fez falta foi não ter encontrado nenhuma sereia. Poderíamos ter passado uma boa noite”, brinca o marinheiro, que ao ser perguntado sobre se a idade não foi uma barreira, respondeu que ela "é apenas um número". "Idade é um estado de espírito."
Sem tempo para tédio
Ao contrário do que possa parecer, Savin garante: não teve um único momento de tédio. Mais de 25 mil fãs acompanharam a travessia pelas redes sociais, possível graças ao telefone por satélite pelo qual o ex-militar se comunicava com a equipe de apoio em terra firme.
“Os dias passam super rápido. A contemplação é simplesmente magnífica. Todos os dias, o nascer e o pôr do sol são diferentes, o mar está sempre mudando”, frisa. “É um prazer incrível poder nadar com 6 mil metros de profundidade abaixo dos seus pés. Você está no meio daquele imenso azul, que te embebeda.”
Tempestade mostra que “tudo passa”
Em todo o trajeto, Savin só enfrentou uma noite de tempestade em alto mar. O tonel se virou três vezes de lado, mas acabou retornando à posição correta, sempre na superfície. Muito mais do que um susto, para o aventureiro francês, a experiência reforçou a lição de que “tudo passa” na vida.
“Ninguém se acostuma com uma tempestade. É um momento que é bastante singular. Também peguei ventos de 70 km/h”, relata. “Passar por isso é difícil, mas depois voltam os ventos mais tranquilos, de 40 ou 50km/h, e tudo fica bem. Você sabe que vai passar e fica sereno. Uma tempestade ou uma depressão duram isso: uma noite, ou várias horas.”
A experiência de Jean Jacques Savin vai virar um livro e, já no ano que vem, ele planeja voltar ao mar – ainda não decidiu se para o Atlântico norte ou o Pacífico.
RFI
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Um incêndio criminoso em um estúdio de animação na cidade de Kyoto, no oeste do Japão, deixou 33 mortos nesta quinta-feira (18), informaram os bombeiros. Os trabalhos das equipes de resgate já foram encerrados.
Cerca de 70 pessoas estavam nos estúdios da Kyoto Animation por volta das 10h30 no horário local (22h30 em Brasília) quando um homem não identificado entrou no imóvel de três andares e jogou um líquido inflamável. Durante a ação, ele gritou: "Morram".
Testemunhas disseram que as chamas se espalharam rapidamente e ainda não se sabe quantas pessoas conseguiram deixar imóvel ilesas.
O autor do ataque, de 41 anos, feriu-se na ação e foi levado sob custódia para um hospital. Ainda não se sabe o que teria motivado a sua ação e nem se ele teria algum vínculo com a empresa.
Bombeiros de Kyoto disseram que 37 pessoas foram levadas para vários hospitais, das quais dez em estado grave.
Cerca de 40 caminhões de bombeiros foram mobilizados para conter as chamas.
Tradicional estúdio
A Kyoto Animation, mais conhecida como KyoAni, tem cerca de 160 funcionários. Criada em 1981, o tradicional estúdio produz desenhos animados, cria personagens e concebe produtos derivados de suas séries inspiradas de mangás japoneses famosos. Entre suas produções estão "K-ON!", "A Melancolia de Haruhi Suzumiya" e " "Lucky Star".
Embora a companhia não seja muito conhecida internacionalmente, ela foi responsável por um trabalho secundário de animação utilizado em "Pokemon" e "Winnie the Pooh".
As redes sociais japonesas testemunharam muitas manifestações de solidariedade com o estúdio, e alguns usuários publicaram imagens de animações. Muitos usaram a hashtag "#PrayForKyoani", uma referência à Kyoto Animation.
Baixos índices de violência
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, publicou uma mensagem no Twitter julgando a situação “amedrontadora demais para descrever com palavras”.
Os crimes violentos são relativamente raros no Japão, mas incidentes graves ocasionais chocaram o país.
Em 2016, 19 pessoas morreram esfaqueadas por um homem que invadiu uma clínica para pessoas com deficiência, em Sagamihara, de acordo com a Associated Press.
O pior caso de incêndio criminoso nos últimos tempos ocorreu, em 2001, em Kabukicho, distrito de Tóquio conhecido pelas casas de entretenimento adulto. Quarenta e quatro pessoas morreram.
G1
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Previsto para ser anunciado na segunda-feira (22), o novo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas não deve trazer um novo contingenciamento, disse hoje (18) o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ao sair de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele declarou que o governo trabalha para evitar bloqueios de verbas.
“Recebemos um orçamento apertado e temos o desafio de continuar as ações do governo. Mas não estamos pensando em um novo contingenciamento de gastos”, disse Lorenzoni no início da tarde. Ele e Guedes participaram de reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão regulamentado no mês passado para acompanhar o Orçamento e definir ações de política fiscal.
O contingenciamento é o bloqueio que o governo faz das despesas para cumprir a meta fiscal. Neste ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias permite um déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões.
Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia reduziu de 1,6% para 0,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) para este ano. A nova projeção levará o governo a rever para baixo a estimativa de receitas para este ano no relatório a ser divulgado na segunda-feira.
Uma saída para evitar novos contingenciamentos é a utilização da reserva de emergência de R$ 1,562 bilhão que o governo ainda tem em caixa. Inicialmente de R$ 5,373 bilhões, a reserva foi parcialmente usada em maio para liberar recursos para os Ministérios da Educação e do Meio Ambiente e para prevenir novos bloqueios no Orçamento, depois do contingenciamento de R$ 29,5 bilhões anunciado no fim de março.
Agência Brasil
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