Os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos votaram nesta quinta-feira (17) contra o processo movido por governos estaduais comandados pelo Partido Republicano no ano passado que tentava invalidar o programa de acesso a planos de saúde implementado pelo presidente Barack Obama.
A decisão, aprovada com 7 votos a 2, foi contrária aos argumentos de que todo o Obamacare deveria ser descartado mesmo se uma cláusula, conhecida como obrigação individual, fosse considerada inconstitucional.
A cláusula em questão exige que as pessoas obtenham um plano de saúde ou paguem uma penalidade financeira e era questionada pelos legisladores com o apoio da gestão do então presidente Donald Trump.
Obamacare
A lei foi feita no governo de Obama para incluir pessoas que não poderiam pagar planos de saúde – nos EUA, não há um sistema público de saúde universal como no Brasil (SUS) e Reino Unido (NHS), por exemplo.
O programa foi aprovado em 2010, é conhecido como a Lei de Saúde Acessível (ACA, na sigla em inglês) e tido como uma das políticas mais importantes da gestão de Obama.
Mais de 20 milhões de americanos têm o seguro com base na lei, incluindo adultos pobres, jovens de 26 anos ou menos que são beneficiados por meio do seguro de seus pais, e pessoas cujas condições médicas preexistentes provocaram a recusa de um plano de saúde comercial.
Os novos juízes
Em 2012, a Corte aprovou, por 5 votos contra 4, a constitucionalidade da lei. No entanto, de lá para cá a composição do tribunal mudou: Trump designou três juízes conservadores. Agora há seis conservadores, de um total de nove integrantes do tribunal.
O presidente da Suprema Corte, John Roberts, um conservador moderado, foi um dos que votaram pela constitucionalidade do programa.
BBC
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