As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos importados da China agora somam 145%, afirmou a Casa Branca nesta quinta-feira (10).
O presidente americano Donald Trump anunciou nesta quarta (9) um aumento das taxas contra os chineses de 125%, com efeito imediato, devido às retaliações aplicadas por Pequim.
Agora, a Casa Branca esclareceu que esse aumento é em relação à taxa de 84% anunciada por Trump nesta semana, que, por sua vez, se soma à tarifa de 20% relacionada ao fentanil e imposta anteriormente à China.
Entenda como a taxa sobre a China chegou a 145%:
Escalada da guerra comercial
Trump justificou o novo aumento na taxação contra Pequim na quarta-feira (9) "com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais", por causa da retaliação do país ao tarifaço.
O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
Aos "países que não retaliaram de forma alguma", Trump reduziu as taxas "recíprocas" para 10%, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.
Trump segue dizendo que está confiante em chegar a um acordo com Pequim. "Ele é meu amigo, o presidente Xi (Jinping). Eu gosto dele, eu o respeito", afirmou Trump durante uma sessão de perguntas e respostas com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca na noite de quarta-feira (9).
"É um cara inteligente que ama seu país, isso é um fato, eu o conheço muito bem", disse.
Até a tarde desta quinta-feira (10), a China não havia anunciado uma retaliação ao novo aumento. No entanto, durante a madrugada, o porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou que não vai recuar.
"Ao usar tarifas como arma para exercer a máxima pressão em benefício próprio, os EUA estão se colocando contra o resto do mundo", afirmou o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao.
"Embora a China permaneça aberta a conversas, qualquer negociação deve ser baseada no respeito mútuo e conduzida em pé de igualdade. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra comercial, a China lutará até o fim", disse, em comunicado.
"Pressão, ameaças e chantagem não são a maneira certa de lidar com a China. Não permitiremos, de forma alguma, que alguém tire os direitos e interesses legítimos do povo chinês, ou que alguém sabote as regras do comércio internacional e o sistema multilateral de comércio".
g1
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