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Grupo criminoso abria contas bancárias em nome de 'laranjas' e usava cartões para compra de carros de luxo, diz polícia

Pelo menos 18 carros de luxo foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (8), durante uma operação contra uma suposta organização criminosa envolvida em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

Segundo a polícia, o grupo teria movimentado mais de R$ 106 milhões entre outubro de 2019 e novembro de 2024. O valor total dos veículos apreendidos foi estimado pela polícia em R$ 3,8 milhões.

As investigações que resultaram na "Operação Select" apontam que a organização abria contas bancárias em nome de "laranjas", com apoio de uma gerente bancária que atuava em uma instituição financeira de João Pessoa, capital paraibana.

"Os criminosos abriam contas em nome de terceiros em uma agência localizada na Paraíba, voltada para clientes de alto poder aquisitivo e com limites elevados. De posse dos cartões, realizavam transações fraudulentas em estabelecimentos comerciais para obtenção de dinheiro em espécie, sacavam limites bancários e financiavam outras fraudes, principalmente relacionadas a placas de energia solar. Além disso, investiam em veículos de luxo para dissimular a origem ilícita dos valores", informou a polícia.

Durante a operação, três suspeitos foram presos em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e obstrução de investigação.

Ao todo, foram cumpridos 14 mandados judiciais nas cidades de Natal, Parnamirim e Santa Cruz. Armas, munições, veículos de luxo, documentos e outros materiais foram apreendidos.

Segundo a polícia, os investigadores ainda apuram se os "laranjas" tinham conhecimento do uso dos seus dados e se receberam algo em troca.

A investigação é conduzida pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor).

Policial militar entre os investigados
Segundo a polícia, entre os alvos identificados estão lideranças e integrantes do grupo, a gerente bancária, o responsável pelo recrutamento dos “laranjas” e um empresário que utilizava suas empresas para lavar o dinheiro. Além disso, foi constatado o apoio de um policial militar, que exercia a função de “tesoureiro do crime”.

Além dos veículos, foram apreendidas armas de fogo, munições, documentos e outros materiais que subsidiarão o andamento das investigações.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações tiveram início a partir de denúncias e de informações repassadas por instituições financeiras lesadas.

O nome "Operação Select" faz referência à agência bancária utilizada para abertura das contas fraudulentas.

g1 PB
Portal Santo André em Foco

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