Mai 08, 2025
Arimatea

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A alegria que não será tirada

A alegria que não será tirada é um fruto do Espírito Santo. Quando a Igreja se reúne, ela cresce ainda mais na fé e na caridade. “Há mais alegria em dar que receber” (Atos 20,35). Deus a visita, e Sua presença ativa nos chama ao serviço na gratuidade.

A alegria que não será tirada
São Filipe Néri foi reconhecido por seu bom humor. Sempre com um sorriso de Deus que exalava a santidade, evangelizava e atraía muitos justamente pela sua alegria, delicadeza e a forma concreta como conduzia as pessoas a uma mudança de vida e busca pela confissão. Utilizava-se de histórias simples e bem humoradas que carregavam em si significados profundos e a urgência de conversão. É dele a frase que diz: “Os sofrimentos deste mundo são a melhor escola do desprezo ao mundo; quem não se matricular nesta escola, merece dó, porque é um infeliz”. Quando partimos para servir aos outros, trazemos um coração grato, essencial na vida de dedicação à obra de Deus.

Gratidão é a regra fundamental
Na “escola dos santos”, a gratidão a Deus nas situações mais adversas da vida é uma regra fundamental. À nossa frente está o Kairos, tempo da graça que nos educa para a verdadeira alegria. Nosso Deus, rico em misericórdia, nos convida a crescer na alegria, fruto do Espírito Santo. E, assim, progredirmos na santidade. “Pensar na caridade expande imediatamente o coração, e a mente corre para as palavras inspiradas de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. Concluindo aquele estupendo hino, o Apóstolo cita a tríade das virtudes teologais e exclama: “Por ora, subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade” (1Cor 13,13).”

Diz Papa Francisco em Audiência Geral no dia 15 de maio deste ano. Hoje, convido você ao serviço, com o melhor de si mesmo. Que tal começar com aqueles mais próximos a você? Pense nisso!

Com carinho e orações,

Maria Rosangela Pereira

Canção Nova
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Eventos históricos

1930: Clyde Tombaugh descobre Plutão
1977: Veículo de teste do Enterprise é transportado em seu primeiro "voo" no topo de um Boeing 747

Wikipédia
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São Teotônio, o primeiro santo português e fundador do Mosteiro Santa Cruz

Berço clerical
Nascido em Ganfei (Valença) Portugal, São Teotônio foi religioso. Desde criança, foi confiado aos cuidados de seu tio-avô, Dom Crescónio, que era Bispo de Coimbra. Com o auxílio do tio, estudou filosofia e teologia e, em seguida, foi ordenado sacerdote.

Recusa aos cargos e títulos
Na cidade de Viseu, aos 30 anos, tornou-se prior da Sé. Ofereceram-lhe funções como o cargo de Prior dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho e a Custódia do Santo Sepulcro, quando ele esteve por duas vezes em Jerusalém, na Terra Santa. Também ofereceram o bispado da Sé de Viseu, mas, com liberdade interior, ele recusou a todas.

Coragem na reforma
Ao regressar da Terra Santa para Portugal, foi um dos reformadores da regra dos Cônegos Regrantes, junto com os outros religiosos. Com mais 11 irmãos, fundou a Ordem dos Cônegos Regrantes da Santa Cruz (Mosteiro Santa Cruz). Tornou-se seu primeiro prior.

São Teotônio e a Influência no reinado português
Independência de Portugal
Um homem sábio. Ele foi suporte ao jovem Afonso Henriques, durante a Independência de Portugal, e tornou-se conselheiro do então Rei, Dom Afonso I. Tinha como amigo pessoal São Bernardo de Claraval.

Renúncias com sentido
Com 70 anos, renuncia ao cargo de prior, desejando passar os últimos anos de sua vida dedicados à oração e à contemplação. Morreu 10 anos depois, em 18 de fevereiro de 1862, em Coimbra.

Canonização rápida
Apenas um ano depois de sua morte, foi canonizado; e é o primeiro santo português elevado aos altares. Ficou conhecido por ser um grande reformador da vida religiosa.

Obras no Brasil
A Ordem Religiosa se estendeu até o Brasil, sendo que, no país, há dois mosteiros Ordem dos Cônegos Regrantes da Santa Cruz: um em Guaratinguetá (SP) e outro na Diocese de Anápolis (GO).

Minha oração
“Senhor meu Deus, São Teotônio foi firme no que percebia ser a voz do céu a seu respeito. Eu te peço, Senhor, dai-me a graça de, nas minhas decisões e renúncias, ser firme em Ti, para que eu não fuja da Sua Vontade. Amém.”

São Teotônio, rogai por nós!

Canção Nova
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai levar ao colégio de líderes pedido do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para que seja dada celeridade à análise de dois projetos que tratam do Programa Acredita Exportação, lançado no ano passado com regras de transição para créditos tributários até a conclusão da reforma tributária, em 2032.

Motta e Alckmin reuniram-se no fim da tarde desta segunda-feira (17).

“Recebi duas pautas do ministério. Uma relacionada à ampliação do acesso ao crédito e outra sobre alíquotas diferenciadas para empresas. Vou analisar e levar os projetos para o Colégio de Líderes”, afirmou Motta.

Os projetos são o PLP 167/24, que permite a apuração de créditos tributários sobre receitas com exportação pelos optantes do Simples Nacional, e o PL 4043/24, que permite alíquotas diferenciadas por porte de empresa no Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra).

Segundo o governo, com o chamado “Reintegra de transição”, micro e pequenas empresas exportadoras passarão a ter direito a uma parcela maior na restituição de tributos que incidem no preço de bens industrializados vendidos no exterior.

O programa vai permitir a devolução de 3% do valor exportado imediatamente. Aproximadamente 40% das empresas exportadoras brasileiras são micro e pequenas, gerando um volume de exportações de US$ 2,8 bilhões em 2023.

“O governo quer que nossas micro e pequenas empresas tenham melhores condições de competição com empresas internacionais, criando mais oportunidades e gerando mais empregos”, disse o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, que agradeceu o apoio do presidente Hugo Motta com as pautas.

O impacto orçamentário do programa está estimado em R$ 51 milhões neste ano, e em R$ 58 milhões no ano que vem, de acordo com projeções da Receita Federal.

Agência Câmara
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A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (18) a parcela de fevereiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,81. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 20,55 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,81 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Os beneficiários de 623 cidades receberam o pagamento na segunda (17), independentemente do NIS. A medida beneficiou moradores do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes de abril a junho, e de mais seis estados afetados por chuvas ou por estiagens. Além de todos os 497 municípios gaúchos e 62 do Amazonas, o pagamento unificado ocorreu em 16 cidades do Paraná, 14 de Sergipe, dez de Mato Grosso, nove de São Paulo, sete de Minas Gerais, seis da Bahia e duas do Piauí.

Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Regra de proteção
Cerca de 2,92 milhões de famílias estão na regra de proteção em fevereiro. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 367,63.

Cadastro
Desde julho de 2023, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 31 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 101 mil famílias foram incluídas no programa em fevereiro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta terça-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 2. O valor subiu para R$ 106 neste mês.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,42 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Agência Brasil
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Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram nesta terça-feira (18) na Arábia Saudita para falar sobre a guerra na Ucrânia. As tratativas ocorreram sem a presença de um representante ucraniano e são invalidadas pelo presidente Volodymyr Zelensky.

Durante o encontro, EUA e Rússia concordaram em formar equipes para negociar fim do conflito, segundo o Departamento de Estado americano. O assessor de política externa da presidência russa, Yuri Ushakov, afirmou que a reunião correu bem e que "foi uma conversa séria sobre todas as questões", segundo a agência de notícias russa Ifax.

O encontro marcou a primeira discussão oficial entre os dois países sobre um acordo para o fim do conflito e ocorre menos de uma semana após os presidentes dos EUA e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, falarem pelo telefone e concordarem em iniciar "imediatamente" as negociações pelo fim do conflito.

A reunião, que durou quatro horas e meia, é um marco na reversão da política de isolamento da Rússia aplicada pelo governo dos EUA desde a invasão russa em território ucraniano, em 2022.

Do lado americano, secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, liderou a delegação. Também e representaram Trump nas conversas o enviado especial de Trump para assuntos no Oriente Médio, Steve Witkoff, e o assessor de segurança nacional Mike Waltz.

Do lado russo, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o assessor de política externa da presidência russa, Yuri Ushakov, representaram o presidente Putin.

A reunião também teve como objetivo tratar sobre a restauração das relações bilaterais entre EUA e Rússia e a preparação de um encontro entre o Trump e Putin, segundo o Kremlin. Ushakov disse também que detalhes sobre o encontro entre os presidentes foram discutidos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse ainda na segunda-feira (17) que não participaria do diálogo entre EUA e Rússia para discutir propostas para o fim da guerra e que não aceitará nenhuma proposta de paz vinda dessa negociação.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, pediu nesta terça-feira que a Otan volte atrás na promessa de que a Ucrânia integraria a aliança militar, reforçando a posição do governo russo contra a adesão. Ainda não está claro se a requisição foi apresentada aos EUA durante o encontro.

Durante a reunião entre as autoridades dos EUA e da Rússia, o Kremlin afirmou em coletiva de imprensa em Moscou que os países discordam em questões como a segurança da Ucrânia e alianças militares do país. A presidência russa também disse que não vai ditar questões relativas à soberania ucraniana.

O presidente ucraniano visitará a Arábia Saudita na quarta-feira (19), em agenda que já estava prevista antes do encontro bilateral EUA-Rússia ser anunciado.

A ligação entre Trump e Putin reverteu anos de política dos EUA, encerrando o isolamento de Moscou após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, e foi um choque à Europa, que agora se movimenta para não ficar de fora das negociações para um acordo de paz no conflito.

g1
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A Copa do Brasil começa nesta terça-feira (18) para Vasco e Atlético Mineiro. O clube do Rio de Janeiro enfrenta o União Rondonópolis e o time de Minas Gerais encara o Tocantinópolis.

Com novidades no regulamento da competição, a Copa do Brasil pode render até R$ 100 milhões ao campeão. Nesta fase inicial, 80 clubes disputam a classificação em 40 partidas eliminatórias, realizadas em jogo único.

O mando de campo pertence à equipe com pior posição no Ranking Nacional de Clubes. Com isso, Atlético e Vasco jogam fora de casa hoje.

Uma novidade a partir desta edição, é que não há mais a vantagem do empate para os times visitantes. Em caso de igualdade no placar, a decisão será nos pênaltis.

A segunda fase também será em jogo único. E apenas na terceira fase, entram na competição Botafogo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, Paysandu, Flamengo, CRB, Santos, São Paulo, Corinthians, Bahia e Cruzeiro.

Band
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O presidente Lula (PT) recebeu ministros na Granja do Torto para discutir a crise de popularidade que o governo enfrenta, que atingiu níveis inéditos, segundo o último Datafolha, divulgado na sexta-feira (14).

Na reunião, que aconteceu dois dias depois, no domingo (16), foi apresentado ao presidente o seguinte diagnóstico: desde que Lula assumiu seu terceiro mandato, as medidas que mais desgastaram o governo partiram de ações do Ministério da Fazenda.

Fernando Haddad, o titular da pasta, não estava na reunião. O ministro está fora do país, em visita ao Oriente Médio, desde o dia 14 de fevereiro, e só estará de volta ao país na madrugada da próxima quinta (20).

Estavam presentes, segundo o blog apurou, o núcleo duro do Palácio do Planalto: Alexandre Padilha (SRI), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social). Também participaram a presidente do PT, Gleisi Hoffmann — que é cotada para a vaga de Márcio Macedo, da Secretaria-Geral — e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

O diagnóstico apresentado a Lula, segundo relatos feitos ao blog, é de que a crise das blusinhas, em 2023, e a do Pix, em 2024, foram as medidas que mais prejudicaram a imagem do governo, porque tiveram ampla repercussão nas redes sociais e fora delas, no mundo real e no cotidiano.

Ambas as medidas foram desenhadas pela equipe técnica do Ministério da Fazenda, mais especificamente pela Receita Federal, e foram chanceladas por Haddad.

Além da crise das blusinhas e do Pix, foi discutida também a inflação dos alimentos, que é o terceiro ponto de desgaste do governo. Mas aí a discussão passou por um diagnóstico mais amplo, que guarda relação com o fortalecimento do dólar e que não tem a Fazenda como culpada.

Problema de comunicação
Na reunião, também foi feita a constatação de que, sim, há um problema de comunicação e que existe baixa percepção sobre o que o governo tem feito para melhorar a vida da população.

Em pesquisas internas do governo, detectou-se que as pessoas ouvidas não sabiam dizer qual era a nova marca do governo nem quais foram as mudanças nos programas antigos. “É um deserto de informação”, disse uma fonte ao blog.

A ideia do governo é intensificar o novo padrão de comunicação nos próximos meses e também mudar o foco: centrar a atenção em serviços para o cidadão.

Fritura de Haddad
Desde o início do governo, existe uma disputa nos bastidores entre Haddad e um grupo dentro do Planalto, liderado por Rui Costa. Há uma pressão pela saída de Haddad e de alguns dos auxiliares do ministro.

Decisões tomadas pelo governo, como a revogação da fiscalização do Pix em 15 de janeiro, e o anúncio conjunto do plano de corte de gastos e da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, levaram Haddad a uma derrota. O ministro, que era contra o anúncio duplo, foi voto vencido e, ainda, teve ele mesmo que anunciar as medidas.

O caminhar da carruagem mostra que Lula tem pendido para o lado de Rui Costa em detrimento de Haddad.

Rui Costa, inclusive, foi central na defesa da revogação da portaria que ampliava a fiscalização do Pix.

Do lado do ministro da Fazenda, aliados de Haddad defendem que ele entregou agendas econômicas, mas que está sozinho na defesa de um ajuste fiscal. Também avaliam que ele poderia assumir a Casa Civil, mas assessores de Lula acham essa uma possibilidade remota, uma vez que o presidente tem em Rui Costa um homem forte.

O pano de fundo dessa discussão, claro, é a sucessão de Lula em 2026, que Rui Costa já demonstrou interesse em liderar. Apesar disso, o ministro é acusado, com frequência, de isolar Lula, dificultando a atuação mais direta do presidente no jogo político.

g1
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participará nesta terça-feira (18) de um almoço com um grupo de 15 senadores dos partidos PL, PP, Novo e Republicanos. O encontro, marcado para as 12h30 no Senado, vai marcar o início do ano legislativo do bloco, que usará o almoço para discutir as pautas prioritárias com o ex-presidente. Segundo apurou o R7, um dos temas a ser abordado na reunião é o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas que aconteceram em Brasília em 8 de janeiro de 2023.

Apesar de tramitar em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, os senadores têm interesse no tema e aguardam uma rápida aprovação da proposta na Câmara para que o Senado consiga analisar o texto ainda este ano.

Além da anistia, Bolsonaro e os parlamentares devem conversar sobre a conjuntura nacional e demais pautas que considerem importantes. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse ao R7 que “não há pauta fechada”.

A ida do ex-presidente ao Senado ocorre em meio à queda de popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, acontece em meio à possível denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da União) contra o ex-presidente pela participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A reunião com os senadores acontece cerca de um mês antes das manifestações convocadas em todo o país em prol da anistia e contra Lula, previstas para acontecer em 16 de março. A presença de Bolsonaro no Senado pode pressionar os senadores aliados a irem à manifestação. O ex-presidente já confirmou que estará no ato que vai acontecer no Rio de Janeiro.

PL da Anistia
Conforme mostrou o R7, a proposta de anistia aos presos pelo 8 de Janeiro pode ter uma versão mais “branda” a fim de ganhar celeridade e votos na Câmara dos Deputados. Deputados de oposição avaliam uma anistia parcial aos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na avaliação dos parlamentares, isso tornaria o texto menos radical. Ao todo, os condenados pelo 8 de Janeiro foram enquadrados em cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

Conforme o STF, a maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.

A anistia estudada, em vez de total, perdoaria os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. A oposição acredita que tais condenações são injustas, pois considera que os atos não foram uma tentativa de golpe de Estado.

Assim, as penas poderiam ser reduzidas e enquadradas apenas em dano qualificado e deterioração de patrimônio. Os condenados pelos atos extremistas então poderiam cumprir as penas em regime semiaberto.

Até o momento, o projeto não tem votos suficientes para ser aprovado em plenário. A oposição, contudo, deseja levar a matéria para a análise de todos os deputados assim que angariar apoios suficientes. O grupo considera que partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD devem aderir ao PL da Anistia em breve.

O relator da proposta deve continuar sendo o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), o que para a oposição indica que o apoio do União à proposta estaria “garantido”. Em 2024, Valadares foi designado como relator do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, mas antes que o texto pudesse ser votado no colegiado, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retirou a matéria da comissão e criou uma comissão especial para analisar o mérito.

R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta terça-feira (18), em Brasília (DF), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro. As autoridades europeias cumprem agenda oficial na capital federal até quarta (19). Entre os eventos previstos, está a 14ª Cimeira Brasil-Portugal, que reúne líderes dos dois países para discussões bilaterais. O termo, em Portugal, é usado para descrever cúpulas e conferências.

Os políticos também serão recebidos pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Parte do trânsito na Esplanada dos Ministérios, na área central de Brasília, será interrompido para a chegada dos líderes europeus. A recepção está prevista para 11h.

A delegação portuguesa será formada por cerca de 10 ministros. “A ideia é que eles tenham reuniões com seus homólogos brasileiros para discutir diferentes áreas de cooperação. Deve haver, também, assinatura de atos”, explicou o diretor do Departamento de Europa do MRE (Ministério das Relações Exteriores), Flávio Célio Goldman, em coletiva de imprensa, na última sexta (14).

O embaixador explicou que Portugal é a favor da reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), tema amplamente defendido por Lula. O país europeu participou do G20 no ano passado a convite do Brasil, que presidiu o evento.

“Portugal é um firme apoiador da pretensão brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança. Compartilhamos também valores importantes, como defesa da democracia, direitos humanos, promoção do desenvolvimento sustentável”, afirmou Goldman. Atualmente, os membros permanentes do Conselho de Segurança são Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.

Programação
O presidente português chegou ao Brasil nessa segunda (17) e recebeu, no Recife (PE), o título de doutor honoris causa pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Nesta terça, ele e Montenegro reúnem-se com Lula e os chefes dos demais Poderes para um jantar no Palácio do Itamaraty. Antes, de tarde, Sousa e Montenegro serão recebidos por Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Também está previsto um encontro com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso.

No início da noite, os líderes portugueses participarão ainda da cerimônia de entrega do Prêmio Camões, de 2024, a poetisa Adélia Prado. A honraria é considerada a principal em língua portuguesa. Adélia é poetisa, romancista, contista, filósofa e professora brasileira, natural de Divinópolis, Minas Gerais.

Na quarta (19), ocorrerá a cimeira, quando devem ser discutidos temas como segurança, comércio, saúde, defesa, justiça, ciência, meio ambiente e cultura.

“Ela [cimeira] é uma instância importante de cooperação entre Brasil e Portugal, de diálogo político. É precedida de uma série de reuniões temáticas, de subcomissões dedicadas aos principais temas da cooperação e da relação bilateral. Um número expressivo de acordos deve ser assinado, cobrindo várias áreas importantes”, detalhou Goldman.

Lula em Portugal
Em abril de 2023, o brasileiro foi a Portugal em visita oficial. À época, em encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, o petista defendeu a ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Em discurso, Lula criticou a atual formação do grupo.

“Eles são os membros do conselho e eles decidem a guerra sem ao menos consultar o conselho. Foram os Estados Unidos contra o Iraque, a Rússia contra a Ucrânia, a França e a Inglaterra contra a Líbia; ou seja, eles mesmos desrespeitam as decisões do Conselho de Segurança, e por isso precisamos tentar mudar”, declarou Lula.

Na visita, Lula discursou no Parlamento de Portugal, sob protestos de deputados da direita portuguesa. A fala do petista foi interrompida algumas vezes.

“Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da História. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política”, destacou, na ocasião.

R7
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