O México iniciou, nesta terça-feira (4), o envio de militares para a fronteira com os Estados Unidos.
A informação foi dada pela presidente, Claudia Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa diária. O reforço na fiscalização, que busca frear o tráfico de drogas na região, faz parte do acordo para que o presidente americano, Donald Trump, não imponha tarifas alfandegárias de 25% ao país vizinho.
"Os militares já começaram a ser enviados. O plano foi feito pelo general secretário (da Defesa) com sua equipe", disse Sheinbaum, afirmando que os soldados foram mobilizados de outros estados que "não têm tanto problema de segurança" e que a transferência "não deixa o resto do país sem segurança".
Ela disse, ainda, que o envio dos militares também ajudará a fortalecer as operações de segurança na fronteira norte, que tem sido sacudida pela violência vinculada ao crime organizado.
Desde as primeiras horas desta terça, a imprensa mexicana reportou a mobilização de militares e efetivos da Guarda Nacional rumo a diferentes cidades da fronteira com os Estados Unidos, como Tijuana e Matamoros.
Militares embarcaram, por exemplo, em Cancún, na Riviera Maya, grande destino turístico do país. De acordo com a AFP, cerca de 300 militares estavam no aeroporto de Mérida.
Na coletiva, Sheinbaum falou ainda sobre a decisão do Equador de aplicar tarifas de 27% sobre todos os produtos mexicanos. A presidente mexicana minimizou o impacto na economia e afirmou que as exportações para o país sul-americano provavelmente representam apenas 0,4% do total de embarques do México para mercados estrangeiros.
Nesta segunda-feira (3), o México se comprometeu com o governo de Donald Trump a enviar 10 mil militares para a fronteira com os Estados Unidos para conter o tráfico de drogas, particularmente o de fentanil.
Trump, por sua vez, pausou por um mês a cobrança de tarifas de 25% sobre as exportações mexicanas, que havia anunciado no sábado passado, quando acusou o México e o Canadá, seus parceiros no tratado de livre comércio T-MEC, de permitir a entrada de migrantes irregulares e drogas em seu território.
O governo Trump, inclusive, acusou o México de ter uma "aliança" com cartéis do narcotráfico, o que Sheinbaum repudiou durante o fim de semana, qualificando a afirmação de "calúnia".
Os Estados Unidos são o destino de mais de 80% das exportações mexicanas e por isso tarifas mais altas significariam um duro golpe para a segunda maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil.
g1
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As negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza começaram na manhã desta terça-feira (4), disse o porta-voz do grupo terrorista Hamas.
O acordo de trégua na guerra entre Israel e Hamas no território palestino, anunciado no dia 15 de janeiro pelo Catar —líder das mediações junto com EUA e Egito— previa um acordo de três fases, sendo as duas últimas com termos a serem negociados durante a implementação da primeira fase. Leia mais sobre o acordo abaixo.
Durante o cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, 18 reféns que estavam em poder do Hamas em Gaza foram libertados, e em troca Israel soltou prisioneiros palestinos. Também houve um aumento na entrada de ajuda humanitária aos habitantes do território.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça que enviará "no final da semana" uma delegação ao Catar na retomada das negociações do cessar-fogo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e Netanyahu se encontrarão nesta terça-feira em Washington D.C. e discutirão, entre outros assuntos, o cessar-fogo em Gaza, segundo uma alta autoridade dos EUA ouvida pela agência de notícias Reuters.
Netanyahu chega ao encontro com Trump enfrentando pressões opostas: dos membros da extrema direita que compõem sua coalizão de governo, que querem o fim da trégua temporária na guerra, e de israelenses cansados da guerra, que desejam o retorno de todos os reféns e o fim do conflito, que já dura 15 meses.
Trump se mostra cauteloso sobre a viabilidade da trégua a longo prazo, mesmo assumindo o crédito por pressionar Hamas e Israel a chegarem a um acordo de cessar-fogo e troca de reféns.
"Não tenho garantias de que a paz será mantida", disse Trump a repórteres na segunda-feira.
Segundo a autoridade americana ouvida pela Reuters, Trump enxerga a Faixa de Gaza como um canteiro de demolição e acha desumano forçar pessoas a viverem em uma terra inabitável.
Antes de viajar para o encontro, Netanyahu falou sobre planos para "redesenhar o Oriente Médio" com a ajuda de Trump. Leia mais sobre isso abaixo.
O acordo
Confira, em detalhes, como será o acordo de cessar-fogo em Gaza.
? 1º etapa, que durará seis semanas: o cessar-fogo prevê que 33 reféns sob o poder do Hamas sejam libertados. Entre eles estão mulheres, crianças e homens acima dos 50 anos. Além disso:
? 2º etapa, que ainda está sendo negociada: conclusão da libertação dos reféns sob o poder do Hamas, incluindo a devolução dos corpos daqueles que morreram. Além disso:
? 3º etapa, que ainda será negociada: consiste nas negociações sobre a reconstrução de Gaza, que levaria ao fim da guerra. Porém, ainda existe um debate sobre quem comandará a região. Não há garantias de que o encerramento do conflito aconteça de fato.
Encontro Netanyahu e Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe nesta terça-feira (4) na Casa Branca o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que enviará nesta semana uma delegação ao Catar para a retomada das negociações sobre o cessar-fogo em Gaza.
Netanyahu é o primeiro governante estrangeiro convidado à Casa Branca desde o retorno de Trump ao poder, em 20 de janeiro, um símbolo da relação estreita entre o líder israelense e o magnata republicano.
Na segunda-feira, duas fontes do Hamas afirmaram à agência de notícias France Presse (AFP) que o movimento está "pronto" para reiniciar as conversações e aguarda a convocação dos mediadores (Catar, Egito e Estados Unidos).
Trump também deve abordar com Netanyahu o tema da normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita, potência regional no Oriente Médio, pelo qual já trabalhou durante seu primeiro mandato.
O acordo de trégua permitiu a interrupção de mais de 15 meses de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista Hamas e a libertação de vários reféns israelenses em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
O pacto contempla três fases. A primeira, de seis semanas, também deve servir para negociar os detalhes da segunda, que deve incluir a libertação dos demais reféns ainda vivos e o fim definitivo da guerra.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque surpresa do Hamas contra o sul de Israel, que provocou as mortes de 1.210 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Israel respondeu com uma campanha aérea e terrestre contra Gaza que devastou o território e deixou pelo menos 47.487 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera confiáveis.
Em seu ataque, os milicianos islamistas também sequestraram 251 pessoas. Destas, 76 permanecem retidas em Gaza, mas o Exército israelense considera que 34 morreram em cativeiro.
Quando a primeira fase da trégua acabar, o Hamas ainda terá quase 50 reféns, entre vivos e mortos.
'Redesenhar' o mapa do Oriente Médio
Antes de viajar, Netanyahu afirmou que "trabalhando de maneira estreita" com Trump seria possível "redesenhar ainda mais" o mapa do Oriente Médio.
O presidente dos EUA gerou polêmica internacional recentemente ao propor "limpar" Gaza e transferir seus habitantes para locais "mais seguros", como Egito e Jordânia, que afirmaram que são contrárias à ideia.
Também questionou a continuidade do acordo de trégua em Gaza, apesar de, no momento do anúncio, poucos dias antes de sua posse, ter reivindicado um papel fundamental na concretização do cessar-fogo.
Seu emissário especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, expressou um leve otimismo e disse que acredita em "libertar os reféns, salvar vidas e chegar a uma resolução pacífica de tudo".
A recusa de Jordânia e Egito a receber os 2,4 milhões de habitantes de Gaza não parece desanimar Trump, que aborda cada desafio diplomático como a negociação de um contrato de negócios.
"Fazemos muito por eles e eles vão fazer", insistiu na quinta-feira da semana passada.
O presidente republicano receberá em 11 de fevereiro o rei Abdullah II da Jordânia e conversou no sábado (1) com seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al Sisi.
A Jordânia já abriga quase 2,3 milhões de refugiados palestinos e o Egito tem uma fronteira com a Faixa de Gaza crucial para a entrada da ajuda humanitária que o território tanto precisa.
Em uma mudança expressiva em relação ao seu antecessor, Joe Biden, Trump desbloqueou a entrega a Israel de bombas de 900 quilos que havia sido suspensa pelo democrata. Também anulou as sanções financeiras que o ex-presidente havia determinado contra colonos israelenses acusados de violência contra palestinos na Cisjordânia.
g1
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A taxa básica de juros da economia, a Selic, deve aumentar novamente em um ponto percentual (p.p), em março. É o que aponta a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira (4). Segundo o Copom, o cenário de inflação de curto prazo segue adverso, principalmente em razão do aumento nos preços dos alimentos. Mantido esse cenário, o comitê aponta que a inflação deve ficar acima da meta pelos próximos 6 meses.
“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, informa o Copom.
Na semana passada, o comitê aumentou a Selic para 13,25% ao ano, por entender que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta. A ata destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi.
Com relação aos bens industrializados, o movimento recente de aumento do dólar pressiona preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos meses.
Para os integrantes do comitê, esse aumento tende a se propagar para o médio prazo. "Essa decisão [de aumentar a Selic] é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", explica o comitê na ata.
Ainda segundo o Copom, a inflação de serviços segue acima do nível compatível com o cumprimento da meta, de acordo com as observações mais recentes. A ata destaca que, ao longo dos últimos trimestres, a atividade econômica manteve o dinamismo, em particular, no ritmo de crescimento do consumo das famílias.
Outro ponto destacado é que o mercado de trabalho também se mostrou aquecido, juntamente com o mercado de crédito. Esse quadro foge do cenário-base defendido pelo comitê para o recuo da inflação. Esse cenário envolve uma política econômica contracionista, com desaceleração da atividade econômica.
“Foi destacado, na análise de curto prazo, que, em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos 6 meses consecutivos. Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas”, disse o Copom.
O regime de meta de inflação determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Se ficar acima do limite da banda por mais de 6 meses seguidos, há o descumprimento da meta.
O BC voltou a apontar o dinamismo da economia com vigor nas concessões de crédito amplo, política fiscal expansionista e o fomento do pleno emprego como fatores que têm dado suporte ao consumo e à demanda agregada, pressionando a inflação.
O Copom adiantou que vai seguir observando esses fatores para o desempenho da “estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.
"Como o mercado de trabalho segue aquecido, é difícil avaliar em que medida uma eventual desaceleração refletiria enfraquecimento da demanda ou pressões de oferta, portanto, com impactos diferentes sobre a inflação. O Comitê seguirá acompanhando a atividade econômica e reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta”.
Em relação ao cenário externo, o Copom aponta ainda que o cenário também permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. O cenário-base do comitê segue sendo de desaceleração gradual e ordenada da economia norte-americana.
Entretanto, o comitê chama a atenção para algumas incertezas na política econômica, tais como a introdução de tarifas à importação, adoção de possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho, e alterações importantes em preços relativos decorrentes de reorientações da matriz energética, “o que pode impactar negativamente as condições financeiras e os fluxos de capital para economias emergentes.”
“O comitê acompanhou com atenção os movimentos do câmbio, que tem reagido, notadamente, às notícias fiscais domésticas, às notícias da política econômica norte-americana e ao diferencial de juros. A consecução de determinadas políticas nos Estados Unidos pode pressionar os preços de ativos domésticos”, diz a ata.
Agência Brasil
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O senador Davi Alcolumbre assume a cadeira de presidente do Congresso Nacional com 56 vetos pendentes de análise — 33 deles já estão trancando a pauta de votações. Trata-se do maior acúmulo de vetos no início do ano pelo menos desde 2018. Desde 28 de maio do ano passado os parlamentares não se reúnem em sessão conjunta para diminuir a lista.
As negociações sobre os vetos podem evidenciar a dinâmica entre as novas presidências das Casas do Congresso e as lideranças parlamentares que iniciam em 2025 suas funções. Para o consultor legislativo do Senado Rafael Silveira, a pauta dos vetos será um teste que medirá a sincronia entre Davi e o recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
— Nós devemos verificar o nível de união dessas Casas exatamente nessa primeira etapa de avaliação dos vetos — disse em entrevista no sábado (1) à TV Senado.
Negociações
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional, os vetos serão votados após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (PLN 26/2024), em março. Já o ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal, Alexandre Padilha, afirmou que as negociações podem começar com o início das atividades legislativas iniciadas esta semana.
— Não tem nada acertado ainda sobre os vetos. Agora que vamos começar a sentar para discutir quando vai ser a sessão no Congresso Nacional, quais vetos vão ser discutidos ou não — disse Padilha.
A informação foi apresentada por ambos em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (3) após reunião entre Davi, Motta e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, os três sinalizaram relação produtiva e de amizade.
Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), líder do PSDB no Senado, a oposição deve insistir nas versões dos projetos aprovadas pelos parlamentares e derrubar os vetos.
— São absurdamente numerosos os vetos feitos pelo presidente da República. Eu tenho um princípio: se a gente aprovou aqui, eu sou contra o veto. Se depender de mim, eu voto contra todos os vetos, porque nós aprovamos. Não tem porque a gente [da oposição] aceitar veto de governo.
Vetos
Um dos vetos polêmicos ocorreu no âmbito do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), de autoria do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente Lula barrou a permissão para estados abaterem uma parte de suas dívidas com a União por meio da execução de despesas estratégicas, como obras de responsabilidade do governo federal (VET 5/2025).
O senador Efraim Filho (União-PB), líder do União Brasil no Senado, afirmou que o veto é um dos que está no radar dos senadores.
— Vamos entender quais foram os fundamentos que levaram o governo ao veto, quais foram os acordos assumidos pela própria liderança do governo aqui dentro do Senado para que a gente possa se posicionar — disse o senador.
Outra intervenção de Lula que foi alvo de críticas dos senadores é o veto integral à indenização única por danos morais de R$ 50 mil a pessoas com deficiência causada pelo vírus zika durante a gestação (VET 2/2025). Segundo o projeto que criava a indenização (PL 6.064/2023), o valor se somaria a uma pensão mensal vitalícia de R$ 7.786,02. Como alternativa, Lula editou medida provisória (MP 1.287/2025) que dá R$ 60 mil de apoio financeiro em parcela única, restrita a este ano e a crianças nascidas entre 2015 e 2024.
A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que apresentou o projeto em 2015 quando era deputada federal, disse que não medirá esforços para retomar o texto do projeto.
— É uma obrigação do Estado. Essas famílias não tiveram saneamento básico adequado, o governo não conseguiu parar a epidemia do mosquito no Norte e no Nordeste. Essas crianças nasceram com microcefalia, muitas já faleceram. Estamos falando de 1.500 crianças, não é um número de milhões. São crianças que não ouvem, não falam, não enxergam, têm deficiência intelectual e, na maioria das vezes, paralisia física.
O veto mais recente ocorreu no dia 23 de janeiro, no âmbito do novo Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), que incentiva o investimento em energia de baixa emissão de carbono através de juros mais baixos. O veto (VET 8/2025) retirou a possibilidade de que as empresas aceitas no Paten fossem automaticamente elegíveis para receber recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC). Segundo o governo, o trecho permitiria que recursos do fundo fossem para investimentos que não necessariamente reduzissem o efeito estufa.
Veja aqui a lista completa de vetos que aguardam análise dos parlamentares.
Agência Senado
Portal Santo André em Foco
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que sua condução à frente da Casa será focada na responsabilidade fiscal, a fim de dar mais segurança jurídica e diminuir a burocracia para garantir mais investimentos públicos e privados no País.
Segundo o presidente, os parlamentares vão tratar com equilíbrio e diálogo todos os projetos que visem aumentar a arrecadação e melhorar a qualidade do gasto público.
Incerteza internacional
Ao deixar a reunião da bancada do Republicanos nesta manhã, Motta afirmou que o País vive momentos de incerteza em relação ao cenário internacional com a elevação do dólar e as primeiras medidas de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Segundo ele, a Câmara deve dar respostas eficientes do ponto de vista econômico. “Devemos ser mais eficientes no ponto de vista da economia. Temos um cenário de um curto prazo de muitas incertezas, e isso tem atrapalhado o País", disse Motta. "Nessa agenda, temos total disponibilidade de ajudar o Poder Executivo e o setor privado para a redução dos juros, controle da cotação do dólar e garantir um crescimento mais sustentável”, acrescentou o presidente da Câmara.
Agência Câmara
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Orçamento, atualização da tabela do imposto de renda e segurança pública devem estar entre os principais debates e votações nas comissões e no Plenário do Senado em 2025. O aumento da inflação, o preço dos alimentos, o poder de compra da população e a insegurança nos municípios estão entre as maiores desafios do país, de acordo com senadores que estiveram na sessão solene do Congresso Nacional nesta segunda-feira (3). O evento marcou a abertura dos trabalhos legislativos, com a presença de parlamentares e representantes dos demais Poderes.
Antes mesmo de qualquer medida, os senadores entendem que o tema com maior urgência é o projeto da Lei Orçamentária Anual (PLN 26/2024). A proposta orçamentária não foi votada no ano passado devido à discussão em relação ao repasse de emendas ao Orçamento. Sem a Lei Orçamentária, o Poder Executivo fica autorizado a realizar apenas despesas consideradas essenciais ou obrigatórias.
— A votação do Orçamento é uma coisa importantíssima, preservando exatamente a capacidade de execução que o governo tem e garantindo que se faça isso no espaço de tempo mais curto possível — declarou o senador Humberto Costa (PT-PE), segundo vice-presidente da Casa. A previsão do governo, conforme o líder do PT no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), é que a matéria seja votada após o carnaval, entre os dias 10 e 20 de março.
Para além do Orçamento, os senadores acreditam que, já no primeiro semestre de 2025, o Senado deve dar atenção especial ao segundo projeto da regulamentação da reforma tributária, que trata do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), responsável por arrecadar o imposto (PLP 108/2024).
A primeira parte da regulamentação, aprovada no ano passado, define regras para a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual — que compreende a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), federal, e o IBS, partilhado entre estados, Distrito Federal e municípios. Agora é preciso definir as regras do Comitê Gestor.
— Falta ainda aprovar uma lei complementar que cria os conselhos, que estabelece os fundos de compensação, importante para os estados, para os municípios. E eu espero que essa matéria possa tramitar e possa ser aprovada e depois ir para o Plenário do Senado Federal. Ela é a complementação da reforma tributária. A última Lei Complementar que está faltando — avaliou o senador Otto Alencar (PSD-BA), cotado para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Isenção do IR
Ainda de acordo com Humberto Costa, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais deve ser prioridade no Senado.
— A segunda grande agenda, eu entendo que é a conquista da isenção tributária para pessoas que ganham até R$ 5 mil. Essa é uma proposta importantíssima para o governo e para o Brasil. É uma forma de se fazer diminuição de desigualdades — acrescentou.
Na avaliação do senador Marcos Rogério (PL-RO), cotado para assumir a presidência da Comissão de Infraestrutura, o Congresso deve ter um olhar atento à matérias da pauta econômica, em especial ao pacto fiscal. Ele também saiu em defesa da atualização da tabela do imposto de renda, com isenção do imposto para o contribuinte que recebe até R$ 5 mil. Segundo Marcos Rogério, a oposição será sensível e terá um olhar atento sobre o tema, no entanto, considera que o governo precisa sinalizar de forma clara quais as suas prioridades e não cometer irresponsabilidades fiscais em razão de “populismo”.
Ele citou como irresponsabilidade o anúncio de medidas de cortes de gastos pelo governo, no ano passado, acompanhado pela proposta de atualização da tabela do imposto de renda. Segundo ele, essa atitude levou ao fracasso da agenda econômica.
— Eu particularmente defendo a atualização da tabela do imposto de renda (…) essa é uma pauta que a direita já defendeu. A questão é que hoje o governo, ele manda sinais trocados o tempo todo. Mandou, lá atrás, uma proposta de corte de gastos. Paralelamente, ele sinaliza que vai encaminhar a proposta da revisão do imposto de renda, mas quer que o Congresso diga de onde vai cortar. Ou seja, cabe ao governo estabelecer quais são as suas prioridades. Uma proposta como essa não pode ser uma proposta populista. Tem que ser realmente uma proposta que atenda os interesses da população brasileira. A oposição defende o corte de impostos, o corte de gastos, mas isso é algo que o governo não entendeu ainda.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) observou que a agenda econômica é o “foco de todos” e que existe uma cobrança natural sobre a responsabilidade fiscal do governo e dos demais Poderes. Porém, para ela, não se pode perder de vista a agenda do desenvolvimento social, com o combate de desigualdades históricas registradas no país, e por isso defendeu entre as prioridades a revisão de renúncias fiscais que, segundo ela, não trazem retorno para as pessoas que mais precisam.
— Não existe responsabilidade fiscal só do Executivo. Para a gente diminuir as desigualdades desse país, para crescer, precisamos proibir, aqui nesta Casa, no Congresso Nacional, as remissões de dívidas de grandes empresas que fazem renúncias fiscais. Então onde está a responsabilidade fiscal? Quando se faz renúncias fiscais estamos tirando recurso da saúde, da educação, da segurança pública e da assistência social.
Agência Senado
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A nova legislatura da Assembleia Legislativa da Paraíba teve seus trabalhos iniciados nesta terça-feira (4) com uma mensagem do governador João Azevêdo (PSB) ao parlamento estadual. Na sessão, o chefe do Executivo estadual agradeceu os trabalhos realizados nos anos anteriores e reforçou os desafios definidos pela gestão para os próximos dois anos na Paraíba.
Inicialmente, o governador agradeceu a parceria nos trabalhos realizados na legislatura anterior. "A busca por soluções dos problemas estruturais do nosso estado nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, a necessidade de diálogo permanente e vontade de trabalharmos juntos, permitindo aos poderes executivos e legislativos a execução ininterrupta de políticas transformadoras", destacou.
Dentre as ações já anunciadas pelo chefe do Executivo estadual, e ressaltadas na mensagem à ALPB, está a universalização do programa Tá na Mesa, agora chegando nos 223 municípios paraibanos. O programa será implantado em mais 66 cidades e em quatro bairros de João Pessoa e quatro bairros de Campina Grande, representando investimentos de R$ 82 milhões.
O gestor também assegurou a implantação das novas rodovias que somam 863 km e a requalificação de 220 km de rodovias que somam investimentos de R$ 2,4 bilhões.
Sobre a economia paraibana, o governador João Azevêdo ressaltou números relevantes para a economia local, entre eles, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "É bom ressaltar a importância do equilibrio fiscal do estado para realização de sonhos e projetos", disse.
Nas considerações finais, o governador convidou os deputados para percorrer a Paraíba durante as entregas das obras que estão em fase de finalização. "Entre o final de março e a primeira quinzena de abril, nós vamos juntos pegar a estrada e percorrer todas as regiões da Paraíba para entregar obras que promovem desenvolvimento e transformam vidas com investimentos de R$ 478 milhões de reais", frisou.
"A Paraíba permanece no caminho do seu desenvolvimento e progressos. Seu potencial e dimensão nacional, finalmente, alcançou o patamar exigido por sua gente acolhedora. Trilhamos muito chão para chegar até aqui. Falta muito pouco para chegar até lá, no topo do desenvolvimento irreversível", finalizou.
Biênio 2025-2026 na ALPB
A Mesa Diretora que irá administrar o Poder Legislativo no próximo biênio será composta pelo presidente reeleito Adriano Galdino; Felipe Leitão – 1º vice-presidente; Cida Ramos – 2º vice-presidente; Taciano Diniz – 3º vice-presidente; Fábio Ramalho – 4ª vice-presidente; Tovar Correia Lima – 1º secretário; Eduardo Carneiro – 2º secretário; Anderson Monteiro – 3º secretário; Jane Panta – 4º secretário; Sargento Neto – 1º suplente; Galego Souza – 2º suplente; Eduardo Brito – 3º suplente e Júnior Araújo – 4º suplente.
g1 PB
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Um ataque a tiros aconteceu dentro de uma escola para adultos em Orebro, cidade a 200 km de Estocolmo, a capital da Suécia, nesta terça-feira (4).
Segundo a polícia local, cinco pessoas foram baleadas, e ambulâncias, serviços de resgate e polícia foram ao local depois que o alarme de que algo estava errado foi dado às 12h33 do horário local.
O tiroteio ocorreu dentro de um campus onde estão localizadas diversas escolas, tanto para crianças quanto para adultos. A polícia disse que os alunos foram mantidos em ambientes fechados na escola afetada, Risbergska, e também nas outras por "motivos de segurança".
"Atualmente, isso é visto como tentativa de homicídio, incêndio criminoso e crime de porte de arma agravado", informou o porta-voz da polícia.
De acordo com o jornal sueco "Expressen", o autor do crime atirou em si mesmo após o ataque.
Pouco antes das 15h, pouco mais de duas horas depois do começo da operação, os policiais começaram a evacuar o local.
O jornal "Daily Aftonbladet", citando fontes não identificadas, informou que várias pessoas ficaram feridas.
Uma pessoa que conhece um professor da escola contou que recebeu uma declaração dele através de mensagem de texto durante o ataque:
'Ele escreveu que estão atirando com armas automáticas na escola e que eles se protegeram em uma sala. Depois, ele escreveu que me ama.'"
O hospital da região entrou em estado de emergência para atender os feridos e, em um comunicado, a polícia disse que o perigo ainda não acabou e pediu para que moradores sigam longe do local.
O ministro da Justiça sueco se pronunciou sobre o ataque à emissora local STV Orebro e garantiu: "As informações sobre atos violentos em Örebro são muito sérias. A polícia está no local e a operação está a todo vapor. O governo está em contato próximo com a polícia e acompanha os acontecimentos de perto".
Não havia informação sobre o autor dos disparos e o estado de saúde dos feridos até a última atualização desta reportagem.
A Suécia tem lutado contra uma onda de tiroteios e atentados a bomba decorrentes de um problema endêmico de crimes de gangues, embora ataques fatais em escolas ainda sejam raros.
Dez pessoas foram mortas em sete incidentes de violência mortal em escolas entre 2010 e 2022, de acordo com o Conselho Nacional Sueco para Prevenção ao Crime. Em um dos crimes de maior repercussão na última década, um agressor mascarado de 21 anos motivado por motivos racistas matou um assistente de ensino e um garoto, enquanto feriu outros dois em 2015.
g1
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Um acidente envolvendo uma moto e um caminhão deixou uma pessoa ferida, na BR-101, sentido Bayeux-João Pessoa. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a rodovia chegou a ser interditada, mas já foi liberada.
A vítima, uma mulher de 31 anos, estava na motocicleta e foi atendida por uma equipe do Samu no local do acidente, com o apoio da PRF. Em seguida, ela foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
No momento do acidente, chovia bastante na Grande João Pessoa. Apesar da via ter sido liberada, há acúmulo de água no local. A PRF orienta que os motoristas redobrem a atenção no trânsito.
g1 PB
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Um homem incendiou a casa da companheira na tarde desta segunda-feira (3) no município de Queimadas, no Agreste paraibano. Segundo relatos de Maria José, mãe da vítima, à TV Paraíba, o casal mantinha um relacionamento conturbado, marcado por brigas frequentes e crises de ciúmes.
O crime aconteceu no final da tarde, quando o suspeito, que, de acordo com a mãe da vítima, apresentava sinais de embriaguez, chegou à residência e ateou fogo no imóvel. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, ao chegar ao local, encontrou a casa já tomada pelas chamas. O incêndio causou perda total. No momento do incêndio, a vítima estava na casa da mãe com os filhos.
Após cometer o crime, o homem fugiu e, até o momento, não foi localizado.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima já vinha sofrendo ameaças do companheiro, mas nunca havia registrado queixa contra ele. No entanto, na manhã desta segunda-feira, poucas horas antes do incêndio, ela decidiu formalizar uma denúncia contra o suspeito por conta das ameaças.
Maria José, mãe da vítima, disse à TV Paraíba que o casal havia iniciado um processo de separação, mas continuava vivendo junto. Segundo ela, as brigas eram recorrentes e motivadas, principalmente, por ciúmes do agressor, que suspeitava que a mulher estivesse se relacionando com outra pessoa, apesar de ele próprio manter relacionamentos extraconjugais.
A vítima foi encaminhada à delegacia de Queimadas para registrar um boletim de ocorrência. A Polícia Civil deve investigar o caso.
g1 PB
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