O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira (8) por telefone com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e prestou solidariedade em razão do atentado terrorista ocorrido na região da Caxemira no dia 22 de abril.

Lula está em Moscou (Rússia) para participar da cerimônia de 80 anos da derrota das tropas nazistas de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, e a informação sobre o telefonema com Modi foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

A Índia e o Paquistão têm prosseguido com os ataques na fronteira da disputada região da Caxemira mesmo após os confrontos mais violentos em duas décadas entre as duas potências nucleares vizinhas.

Segundo os balanços mais recentes divulgados pelas duas partes, as hostilidades provocaram pelo menos 44 mortes de civis, 31 do lado paquistanês e 13 do lado indiano.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na tarde desta quinta-feira, 8 de maio (14h de Moscou), para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Em conversa que durou 30 minutos, Lula manifestou a solidariedade do Brasil às vítimas do atentado terrorista ocorrido na região da Caxemira, no dia 22 de abril", informou o Palácio do Planalto nesta quinta-feira.

"O presidente Lula reiterou a expectativa de que o primeiro-ministro possa participar da Cúpula do Brics, a ser realizada no Rio de Janeiro em 6 e 7 de julho. [...] O primeiro-ministro indicou que fará o possível para vir ao Brasil e que seu país apoia a agenda definida pela presidência brasileira do BRICS, em particular no que tange à defesa do multilateralismo e da paz", acrescentou o Planalto.

Também em nota divulgada nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que tem monitorado a situação dos brasileiros que vivem na região.

Segundo o Itamaraty, não há brasileiros entre as vítimas. E a orientação do governo é que os brasileiros não se dirijam à região se não for "essencial".

"O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, as ações militares na região da Caxemira, em áreas administradas pela Índia e pelo Paquistão", informou o Itamaraty.

"O governo brasileiro reitera seu repúdio a todo ato de terrorismo. O Brasil apela às partes envolvidas que exerçam máxima contenção de modo a evitar uma escalada das tensões", completou o ministério.

g1
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