O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira (13) de Cúpula Brasil-Caribe e deve debater temas como segurança alimentar, mudanças do clima, transição energética, gestão de riscos de desastres e conectividade física e digital com representantes de pelo menos 17 países. A recepção dos chefes de Estado será realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, às 8h30.
O encontro marca a retomada da agenda de aproximação com a região do Caribe. Estarão na cerimônia líderes dos 15 países da Caricom (Comunidade do Caribe), de Cuba e da República Dominicana. Também vão participar representantes de organismos regionais, como o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Associação dos Estados do Caribe.
Fazem parte da Caricom:
Segundo a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Gisela Padovan, a ideia é fazer “uma cúpula voltada para resultados concretos, problemas reais”. “Não ficar discutindo o mundo, o globo. Vamos centrar nesses cinco temas concretos”, disse.
A reunião da cúpula deve começar às 9h15, após a recepção oficial dos chefes de Estado e a foto oficial.
A programação conta com 1h15 de debate aberto entre os participantes, que será sucedido por assinatura de atos e almoço com apresentação cultural.
Principais eixos de debate
Segundo Padovan, no âmbito da segurança alimentar, o Brasil pretende usar sua capacidade produtiva para apoiar países caribenhos que dependem da importação de alimentos.
“De um lado, você tem um grupo de países que importa de 60% a 80% dos seus alimentos, e de outro, o Brasil, que tem um superávit alimentar de 1,4 bilhão de pessoas. Nós produzimos comida para 1,6 bilhão de pessoas, e somos apenas 200 milhões”, disse.
Além disso, durante o encontro os países vão apresentar uma declaração conjunta com posições para a COP30, que será realizada em novembro, no Pará.
Outros pontos em debate serão os mecanismos de gestão de risco de desastres existentes na região. “A ideia é articular os seis mecanismos para gestão de riscos, que é um tema já cotidiano, principalmente para os países do Caribe, que são pequenas ilhas em desenvolvimento que sofrem desproporcionalmente com a subida dos oceanos”, disse.
Na parte de conectividade, o Brasil pretende impulsionar o comércio, turismo e a cooperação entre as nações do Caribe e América do Sul.
Em termos comerciais, o bloco de países do Caricom movimenta cerca de US$ 4 bilhões em intercâmbio com o Brasil — valor semelhante ao comércio bilateral Brasil-Peru. A balança é positiva para o Brasil, que exportou US$ 2,7 bilhões e importou US$ 1,3 bilhão no ano passado.
Esse comércio, no entanto, é altamente concentrado: três países — Guiana, República Dominicana e Trinidad e Tobago — respondem por 75% desse total.
R7
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