Mai 14, 2025
Arimatea

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O subprocurador-geral da República Augusto Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o cargo de procurador-geral da República (PGR).

A informação foi dada pelo próprio presidente nesta quinta-feira (5), em um evento no Ministério da Agricultura.

"Já estou apanhando da mídia. Esse é um bom sinal, sinal que a indicação nossa é boa. Acabei de indicar o senhor Augusto Aras para chefiar o Ministério Público Federal", anunciou Bolsonaro durante a cerimônia de inauguração do Observatório da Agropecuária..

Segundo o presidente, Aras terá "respeito" ao produtor rural, a fim de casar "preservação" e o trabalho no campo. "Uma das coisas conversadas com ele, já era sua prática também, é na questão ambiental. O respeito ao produtor rural e também o casamento da preservação do meio ambiente com o produtor", declarou Bolsonaro.

O mandato da atual procuradora-geral, Raquel Dodge, termina no próximo dia 17. Até lá, se o nome de Aras ainda não tiver sido aprovado pelo Senado, assumirá temporariamente o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, o subprocurador Alcides Martins. Nessa hipótese, Martins fica no "mandato-tampão" até a posse de Augusto Aras.

Mais cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a tramitação da indicação do PGR no Senado "não vai ser com toda essa celeridade".

Ele disse que, como o mandato de Dodge termina no próximo dia 17, o Senado teria somente 12 dias para analisar o nome do indicado por Bolsonaro. "Até para isso, tem o procurador substituto, o vice-procurador, para ocupar esse espaço", disse Alcolumbre. O indicado tem de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por votação no plenário do Senado.

Após o anúncio de Bolsonaro, a assessoria do Planalto divulgou a mensagem ao Senado que oficializa a indicação de Aras.

Augusto Aras não integrou a lista tríplice de nomes sugeridos pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) à Presidência da República para assumir a PGR.

Bolsonaro não é obrigado a escolher alguém da lista. Nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e também nos dois de Dilma Rousseff o escolhido para a PGR foi o primeiro da lista. O ex-presidente Michel Temer escolheu Raquel Dodge, segunda da lista.

Nos bastidores do MPF, Augusto Aras é chamado de "PGR biônico", numa alusão à nomeação de prefeitos, governadores e até senadores durante a ditadura militar (1964-1985) sem passar pelo voto popular.

O subprocurador-geral da República reuniu-se ao menos três vezes com o presidente. Os encontros não constaram na agenda oficial de Bolsonaro, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Aras integra o Ministério Público desde 1987 e define-se publicamente como conservador. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" em abril, afirmou ser crítico da lista tríplice por entender que uma eleição interna para escolha do procurador reproduz os vícios da política partidária.

No início de agosto, Bolsonaro afirmou que esperava indicar um procurador-geral da República que trate da questão ambiental "sem radicalismo".

Nesta semana, o presidente disse que queria um procurador-geral "alinhado" com ele, comparou o governo com um jogo de xadrez no qual, ele, Bolsonaro, era o "rei" e o PGR, a "dama".

Ele também defendeu que o escolhido tenha "tratamento adequado" com as Forças Armadas e que não atue de "forma xiita" em relação às minorias.

Perfil
Augusto Aras é atualmente subprocurador-geral da República, especializado nas áreas de direito público e direito econômico. Tem 60 anos. Nasceu em Salvador (BA), em 4 de dezembro de 1958.

Como entrou na carreira do Ministério Público Federal (MPF) em 1987, antes da promulgação da Constituição Federal, Aras pôde optar por atuar no Ministério Público e manter suas atividades como advogado.

Integrantes do órgão que ingressaram na carreira após a Constituição não possuem esse direito. Se for aprovado pelo Senado, deverá devolver à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a carteira de advogado.

Aras é doutor em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005); mestre em Direito Econômico pela Universidade Federal da Bahia (2000); graduado bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador (1981). Atualmente é professor da Universidade de Brasília (unB)

Ingressou no MPF em 1987, como procurador da República e atualmente é subprocurador-geral da República. Como subprocurador, atuou nas câmaras das áreas constitucional, penal, crimes econômicos e consumidor. É o atual coordenador da 3ª Câmara da PGR, que cuida de temas econômicos.

Função
Cabe ao procurador-geral da República chefiar o Ministério Público da União por dois anos. O MPU abrange os ministérios públicos Federal, do Trabalho, Militar, do Distrito Federal e Territórios.

O procurador-geral tem a função de representar o Ministério Público no Supremo Tribunal Federal (STF) e, às vezes, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também desempenha a função de procurador-geral eleitoral.

No STF, o procurador-geral tem, entre outras prerrogativas, a função de propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) e ações penais públicas.

Cabe ao procurador-geral, também, pedir abertura de inquéritos para investigar presidente da República, ministros, deputados e senadores. Ele também tem a prerrogativa de apresentar denúncias nesses casos.

O PGR pode ainda criar forças-tarefa para investigações especiais, como é o caso do grupo que atua na Operação Lava Jato. Também pode encerrá-las ou ampliá-las.

O PGR, contudo, não é o chefe no sentido clássico. Existe a independência funcional dos membros, não sendo possível fazer um controle hierárquico no âmbito do Ministério Público.

G1
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Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que o vírus Zika, além de se replicar no cérebro de pessoas adultas, também causa prejuízos de memória e problemas motores. O estudo foi publicado hoje (5), em Londres, no Nature Communications.

O estudo foi iniciado na época do surto de Zika no país, nos anos de 2015 e 2016. “[Na época] aumentou o número de casos e, junto com a microcefalia, que foi o que chamou mais a atenção, começaram a aparecer complicações em pacientes adultos”, disse uma das coordenadoras da pesquisa, a neurocientista Claudia Figueiredo.

Apesar de a doença ser autolimitada, com sintomas leves, muitos pacientes apresentavam quadro mais grave: alguns entravam em coma ou tinham internações por períodos mais longos. “Então, surgiu a nossa pergunta: os pesquisadores têm mostrado que o vírus se replica em células progenitoras, que são aquelas do feto, do nervo central. Será que esse vírus não infecta também o neurônio maduro? Foi aí que começou a nossa abordagem”, relatou Claudia.

Neurônio maduro
Os pesquisadores da UFRJ usaram tecidos de acesso, ou seja, tecidos sem doença, de pacientes adultos que haviam se submetido a cirurgias do cérebro, mas não tinham Zika. Eles fizeram cultura em laboratório e colocaram o vírus Zika nesse tecido, que tem neurônio maduro. Observaram então que o vírus infectava aquelas células, principalmente os neurônios desse tecido, e se replicava nesse tecido. Ou seja, produzia novas partículas virais.

Nesse meio tempo, surgiram achados clínicos de que em alguns pacientes se detectava o vírus no sistema nervoso central, no líquor, que é o líquido que envolve o cérebro. Os pesquisadores da UFRJ decidiram então ver que tipo de efeito aconteceria se infectassem o cérebro de um animal adulto com esse vírus. “A gente fez a administração do vírus dentro do cérebro do camundongo adulto e observou várias coisas”, disse Cláudia.

Replicação
Constatou-se então que o vírus se replicava no cérebro do animal adulto e tinha preferência por áreas relacionadas com a memória e o controle motor. “E era justamente isso que estava alterado nos pacientes quando eles tinham o vírus em quadros mais complicados. Não só o vírus se replicou, mas ele [camundongo] ficou com prejuízo de memória e prejuízo motor”. Isso pode acontecer com pessoas adultas também, confirmou a coordenadora do estudo. “Quando o vírus infecta, em algumas pessoas, não se sabe por quê, o vírus chega ao sistema nervoso central, em outras não, depende de vários fatores, e pode causar esse tipo de dano”.

A neurocientista destacou que o prejuízo de memória ocorreu não apenas na fase adulta da infecção. Os cientistas perceberam que os sintomas permanecem mesmo após a infecção ter sido controlada nos camundongos. O vírus se replicou e teve um pico de replicação de vários dias. “Só que até 30 dias depois que o vírus já está com quantidade baixa no cérebro, o animal ainda continua com prejuízo de memória. O prejuízo de memória persiste”. A pesquisadora esclareceu que 30 dias na vida de um animal equivalem a dois, três ou quatro anos na vida de um humano. “É muito tempo”.

A pesquisa alerta que talvez seja necessário avaliar a memória dos pacientes infectados após alguns anos. O estudo também concluiu que o vírus induz uma informação importante no cérebro: que esses períodos de memória estão associados a quadros inflamatórios muito intensos. Os pesquisadores usaram um anti-inflamatório e viram que esse tratamento melhora o prejuízo de memória, levando o paciente a recuperar a função prejudicada. Os cientistas acreditam que a descoberta pode contribuir para a elaboração de políticas públicas para tratamento de complicações neurológicas por Zika em pacientes adultos.

Doenças neuropsiquiátricas
A pesquisa agora deverá estudar outras alterações, isto é, se os pacientes que saem de um quadro de infecção de Zika ficam mais suscetíveis a outras doenças neuropsiquiátricas. Para isso, estão submetendo um animal que já se recuperou e melhorou do prejuízo de memória, para ver se ele fica mais suscetível, por exemplo, a eventos de estresse que podem levar a um quadro depressivo. Claudia Figueiredo afirmou que a continuidade dos estudos depende de novos apoios financeiros. A Faperj, por exemplo, já ampliou a Rede Zika por mais um ano.

Os pesquisadores querem avaliar ainda o efeito de outras arboviroses, isto é, os vírus transmitidos por mosquitos, entre os quais a Chikungunya, sobre esse tipo de alteração, principalmente na questão da dor. “Que tipo de dor induz. Se é um quadro similar à artrite, se há um componente neurológico nessa dor, algum componente central”, informou a pesquisadora.

A pesquisa contou com financiamento da Rede de Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue no Estado do Rio de Janeiro, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além de Claudia Figueiredo, também coordenou a pesquisa, Sergio Ferreira, do Instituto de Bioquímica da UFRJ. A virolgista Andrea Da Poian, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ colaborou.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) suspendeu o uso de ar-condicionado nas dependência da instituição nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeiras e Litoral Norte. O ofício foi enviado para pró-reitores, diretores de centro, diretores de órgãos suplementares e gestores prediais da reitoria. A medida faz parte do contingenciamento que acontece dentro da instituição e bloqueio de verbas pelo Governo Federal.

Não são atingidos pela medida os locais onde o uso do ar-condicionado e imprescindível, como laboratórios de pesquisa, espaços onde funcionam equipamentos que demandam refrigeração ou salas sem janelas, onde não há circulação de ar.

A reitoria também solicitou à comunidade acadêmica que seja feito um uso racional da iluminação nos ambientes, evitando deixar luzes acesas durante o dia e sempre apagar quando sair do local.

Quando houver necessidade de uso do ar-condicionado, o aparelho deve ser ligado em 23ºC, com atenção especial em horários de pico, como a partir das 17h.

Segundo o documento, a UFPB permanece com 30% do orçamento contingenciado, o que corresponde a R$ 49,6 milhões destinados à manutenção, como serviços de limpeza, segurança, energia e água, entre outros. Sem o descontingenciamento dos recursos, o funcionamento da Universidade está comprometido.

As medidas não atingem o Hospital Universitário Lauro Wanderley, porque a unidade de saúde é administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

G1 PB
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O presidente da Colômbia, Iván Duque, descartou nesta quinta-feira (5) uma intervenção militar na Venezuela diante das tensões que surgiram nos últimos dias entre os dois países e que levaram à realização de manobras pelas forças armadas venezuelanas na fronteira.

"A Colômbia não ataca ninguém, este é um país que sempre respeita a territorialidade de outras nações", declarou o presidente.

No dia anterior, o ministro das Relações Exteriores Carlos Holmes Trujillo alertou que a Colômbia estava pronta para defender sua soberania contra as "ameaças" do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que declarou um "alerta laranja" na área de fronteira devido a supostas ameaças de Bogotá.

Segundo Maduro, Duque usaria o rearmamento recente de alguns ex-comandantes das FARC que deixaram o pacto de paz assinado em 2016 como uma desculpa para "iniciar um conflito militar" com Caracas.

O presidente socialista convocou exercícios militares na fronteira de 10 a 28 de setembro e a implantação de um sistema de mísseis terrestres e antiaéreos.

Duque acusa Maduro de proteger e dar refúgio a um grupo dissidente do que era a guerrilha mais poderosa da América, liderada por Iván Márquez, ex-número dois das FARC e que na semana passada anunciou uma nova rebelião armada.

France Presse
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O Papa Francisco saudou nesta quinta-feira (5) o acordo de paz recentemente assinado em Moçambique, a primeira etapa de sua turnê africana, e disse "compartilhar o sofrimento" das milhares de pessoas afetadas pelos dois ciclones que devastaram o país este ano.

"Vocês assinaram, cerca de um mês atrás, (...) o acordo do cessar-fogo definitivo entre irmãos moçambicanos. É um marco que comemoramos e esperamos ser decisivo", disse o pontífice em seu primeiro discurso desde sua chegada na quarta-feira à noite a Moçambique.

Um tratado de paz histórico foi assinado em 6 de agosto entre o governo de Maputo e a Renamo, a antiga rebelião que se tornou o principal partido de oposição. Apesar de a guerra civil ter terminado 27 anos atrás, a Renamo nunca havia se desarmado.

O papa Francisco, que falou nesta quinta diante do presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e do líder da Renamo, Ossufo Momade, elogiou "os esforços que foram feitos para trazer a paz".

"Não à violência que destrói, sim à paz e à reconciliação! A paz é a melhor maneira de enfrentar (...) os desafios que vocês têm como nação", declarou o líder de 1,3 bilhão de católicos, dirigindo-se às autoridades moçambicanas e a membros da sociedade civil reunidos em Maputo.

Um dos países mais pobres do planeta, Moçambique tenta se reconstruir depois de dois ciclones devastadores, Idai e Kenneth, em março e abril, que deixaram mais de 700 mortos.

"Minhas primeiras palavras de (...) solidariedade" vão para as vítimas Idai e Kenneth, disse o papa.

France Presse
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Uma pessoa morreu e 30 ficaram feridas, uma delas em estado grave, em um choque entre um trem e um caminhão em uma passagem de nível em Yokohama, no Japão, anunciaram os serviços de emergência e a companhia ferroviária nesta quinta (5).

"Trinta pessoas foram transportadas para o hospital, duas delas em estado grava e uma delas faleceu mais tarde", afirmou o corpo de bombeiros de Yokohama.

A vítima fatal é o motorista do caminhão, segundo a imprensa local.

A colisão aconteceu na linha que liga Tóquio com a região metropolitana, entre as estações de Kanagawa-Shinmachi e Nakakido, em Yokohama.

O trem envolvido no acidente é de alta velocidade e não para em todas as estações.

France Presse
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O Banco Central (BC) informou nesta quinta-feira (5) que os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 1,315 bilhão no mês de agosto.

Ainda de acordo com dados do BC, a retirada líquida de recursos da poupança (ou seja, saques acima dos depósitos) foi de R$ 14,788 bilhões nos oito primeiros meses deste ano.

Durante todo o ano de 2018, os depósitos superaram os saques em R$ 38,260 bilhões.

Volume total de recursos
Conforme o BC, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado na poupança, registrou aumento em agosto.

Em julho de 2019, o saldo da poupança estava em R$ 802,063 bilhões. Em agosto, passou para R$ 806,387 bilhões.

Além dos depósitos e dos saques, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança.

Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia para 6% ao ano, a caderneta de poupança passou a render menos, assim como outros investimentos em renda fixa.

Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.

G1
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A Petrobras elevou nesta quinta-feira (5) o preço médio da gasolina em suas refinarias em 0,0223 real por litro e o do diesel em 0,0525 real por litro, informou a estatal em seu site.

A informação confirma matéria publicada na véspera pela Reuters, com informações da consultoria INTL FCStone, que teve acesso aos dados após a petroleira ter informado os reajustes às distribuidoras por meio de canal com clientes.

Em nota, a FCStone informou na quarta-feira que, de acordo com seus cálculos, a empresa manteve a margem média do diesel com a qual vem trabalhando desde o começo do ano, além de aumentar a margem na gasolina.

"Como (na quarta-feira) a alta foi muito forte no mercado internacional, a janela para importação de diesel contra mercado spot ainda está fechada e a gasolina próxima a neutralidade", disse a consultoria à Reuters.

Os repasses dos reajustes aos consumidores finais, nos postos, dependem de diversas variáveis, como margens de distribuidoras e revendedoras, tributos e mistura de biocombustíveis.

Preços nas bombas
Na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do país ficou em R$ 4,303, ante R$ 4,320 na semana anterior, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já o valor do diesel caiu para R$ 3,516 ante R$ 3,528 na semana anterior.

Reuters
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A agricultura brasileira bateu recordes em várias culturas importantes no ano passado, que fizeram com que o valor de produção atingisse o recorde de R$ 343,5 bilhões, alta de 8,3% em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada hoje (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na publicação Produção Agrícola Municipal (PAM 2018).

Segundo o IBGE, o valor de produção é o mesmo que valor bruto de produção. Eles pegam o chamado “preço de porteira", que é o preço livre de fretes e impostos, e multiplicam pelo total produzido. O resultado é o valor de produção.

De acordo com o gerente de Agricultura do IBGE, o engenheiro agrônomo Carlos Alfredo, as principais explicações para o recorde no valor de produção foram as condições climáticas, boas no início do ano para algumas culturas. O clima foi ruim para a segunda safra do milho mas, em termos de valor, a falta do milho fez com que o preço do produto subisse, explicou à Agência Brasil. “Então, impactou também nesse valor da produção”, disse Alfredo. Foram plantados ao todo 78,5 milhões de hectares, redução de 0,6% na comparação com 2017.

O gerente de Agricultura observou que quando se olha o grupo dos grãos, principais produtos na categoria de cereais, leguminosas e oleaginosas, percebe-se que não conseguiu ser batido em 2018 o recorde de 2017, quando o clima foi excelente para as culturas. “Mesmo assim, a gente teve uma produção de 227,5 milhões de toneladas. É uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior, mas, mesmo assim, foi uma produção boa”. Em termos de valor da produção, que atingiu para essa categoria de produtos R$ 198,5 bilhões, foi apurada expansão de 13,6%. “É a questão dos preços, que aumentaram bastante em 2018”. Carlos Alfredo disse que apesar da queda de 16% na produção de milho, ocorreu aumento de 14,1% no valor.

As dez principais culturas (soja, cana-de-açúcar, milho, café, algodão herbáceo, mandioca, laranja, arroz, banana e fumo) representaram quase 85,6% de todo o valor gerado no ano passado. A soja liderou, com participação de 37% no valor da produção, seguida pela cana-de-açúcar (15%) e milho (11%). A soja teve R$ 127,5 bilhões arrecadados, expansão de 13,6%; cana-de-açúcar, R$ 52,2 bilhões (-3%); e milho, R$ 37,6 bilhões (+14,1%).

Alta em 25 anos
A PAM 2018 revela que desde o Plano Real, em 1994, a soja liderou o ‘ranking’ de culturas nacionais em termos de valor da produção, à exceção de 1996, quando foi substituída pela cana-de-açúcar. Em 25 anos, a soja subiu de um patamar anual de R$ 3,8 bilhões para R$ 127,5 bilhões, em 2018, incremento de 3.222,1%, com a área colhida evoluindo 201,6% (de 11,5 milhões de hectares para 34,8 milhões de hectares. A produção de soja cresceu 372,8% no período (de 24,9 milhões de toneladas para 117,9 milhões de toneladas). A cana-de-açúcar também ampliou o valor da produção em 25 anos em 1.539,6% (de R$ 3 bilhões para R$ 52,2 bilhões), enquanto o milho aumentou o valor arrecadado em 1.111,7% (de R$ 3,1 bilhões para R$ 37,6 bilhões). Houve crescimento também da área plantada de cana-de-açúcar, de 4,4 milhões de hectares para 10 milhões de hectares; e de milho, de 14,5 milhões de hectares para 16,5 milhões de hectares.

Também no café foi registrada safra boa, com recordes na produção (3,6 milhões de toneladas produzidas, alta de 32,5% ante o ano anterior) e no valor de produção (R$ 22,6 bilhões, expansão de 22%). Carlos Alfredo salientou que “a questão climática ajudou bastante” nos resultados apresentados por essa cultura. A espécie café arábica teve um ano de bienalidade positiva em 2018, de alta produção. “A gente teve um recorde na produção de café no ano passado”. Ele explicou que no caso do café, houve queda no preço, que vem caindo nos últimos anos, provocando reclamações dos produtores, que se ressentem do aumento do custo de produção, enquanto os preços não acompanham esse aumento.

O gerente de Agricultura do IBGE afirmou que o mercado internacional está cheio de café, o que fez com que o preço dessa ‘commoditie’ (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior) fosse reduzido. Além disso, o Brasil enfrenta a concorrência da Colômbia e da Indonésia, que têm produzido bastante. “Isso tem aumentado muito a quantidade de café no mercado”.

Também o algodão herbáceo (em caroço) elevou muito a produção no ano passado, alcançando o recorde de 3 milhões de toneladas (aumento de 29%), considerado o maior da série histórica iniciada em 1974. Também o valor da produção subiu 52,3% (R$ 12,8 bilhões). “A demanda por algodão tem sido muito grande, principalmente por causa da China, cujos estoques caíram bastante. Eles estão recompondo os estoques e aí aumentaram bastante a demanda. E mesmo tendo muito algodão, o preço continua alto, diferente do café”, disse o gerente do IBGE.

Agência Brasil
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O dólar opera em queda nesta quinta-feira (5), em baixa pelo terceiro pregão consecutivo, após aprovação proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois do anúncio de nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos que deve ocorrer em outubro.

Às 15h23, a moeda norte-americana caía 0,19%, vendida a R$ 4,0974. Na mínima, o dólar atingiu R$ 4,0694.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,78%, vendida a R$ 4,1051.

Nesta quinta, China e Estados Unidos concordaram em realizar negociações comerciais de alto nível no início de outubro em Washington, em meio a temores de que uma crescente guerra comercial possa desencadear uma recessão econômica global. As negociações foram acertadas em ligação telefônica entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

No cenário doméstico, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta "preservar" a regra que impõe um teto para os gastos públicos, um dia após ter dito que mudança "é uma questão de matemática". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite de quarta que o teto de gastos é "sólido" e que revisar a norma para aumentar as despesas seria "besteira".

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na quarta-feira (4) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Com a aprovação, o texto seguirá para o plenário do Senado, onde será submetida a dois turnos de votação.

De acordo com o relator Tasso Jereissati, as mudanças feitas na PEC principal foram supressões e ajustes redacionais. Por isso, caso o parecer seja mantido pelo plenário, o texto irá a promulgação sem precisar ser reanalisado pela Câmara.

Atuação do Banco Central
Há pouco, o Banco Central informou que vendeu ao mercado todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda à vista. Em operação simultânea, colocou o lote integral de 11.600 contratos de swap cambial reverso, destaca a Reuters.

Em evento em Brasília, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse nesta manhã que as intervenções cambiais visam dar estabilidade ao mercado.

Depois de um conturbado mês de agosto, no qual o real sofreu a maior depreciação mensal desde 2015, o Goldman Sachs acredita em algum espaço de recuperação para a divisa brasileira. "Contudo, a significativa ligação macroeconômica entre Brasil e Argentina... continua a sugerir potencial para alguma fraqueza nos ativos (brasileiros) caso riscos de cauda na Argentina se materializem", afirmaram profissionais do banco em nota a clientes.

G1
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