Um compromisso de amor e gratidão

“Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim” (1Cor 11, 25). A comunhão é a expressão máxima de nosso relacionamento com Deus, é o ato que materializa nossa aliança com Ele e nos recorda o compromisso, o amor e a gratidão devidos.

Aliança e relacionamento autênticos
Vivemos tempos nos quais os relacionamentos são tão voláteis e descartáveis; por outro lado, a comunhão é um convite a um relacionamento de verdadeiro comprometimento, um que vai além de meras palavras e intenções, mas sim de vida.

Tempos voláteis e cultura do cancelamento
Em tempos de cancelamento, em que uma discordância pode levar uma amizade de anos a ser simplesmente deletada por um capricho do ego, onde é mais fácil fugir, isolando-se, somos convidados a viver relacionamentos genuínos, inspirados em nosso relacionamento com Deus.

O Evangelho e o convite à mudança
Quando alguém nos contraria, quando não concordamos, quando somos confrontados com uma verdade dura, isso não é um convite a uma atitude covarde, mas para amadurecer nosso relacionamento, entendendo que aquilo que nos incomoda, nos convida a crescer. Não falamos de atitudes tóxicas ou violentas, mas de questões do ego. Assim como somos confrontados diariamente pela verdade do Evangelho, que nos convida a mudar nossas atitudes, abandonando o pecado e buscando a santidade.

O Amor e o conformismo
Deus não se adequa a nós, Ele não muda a verdade do Evangelho para nos deixar confortáveis, antes, querendo o nosso bem, nos confronta em nossos vícios e pecados e nos chama à mudança. Um sadio relacionamento funciona de igual forma, não podemos nos conformar, ao ver aquele com quem temos um sincero vínculo, se destruir; no lugar disso, somos compelidos pelo amor a tentar salvá-lo, motivando-o à mudança.

Reflexão sobre nossos relacionamentos
Hoje, ao falarmos do momento da comunhão, somos convidados a refletir sobre como temos nos relacionado, se de maneira superficial, excluindo aqueles que nos confrontam, e nos calando diante da destruição alheia, ou se realmente manifestamos esse amor, ainda que sob o risco do momentâneo desconforto do alvo deste amor.

Seu irmão,
Jonatas Passos

Canção Nova
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