O anúncio do Evangelho hoje
Anunciar o Evangelho, hoje, não é repetir fórmulas antigas com linguagem moderna. É testemunhar, com a vida, aquilo que os lábios proclamam. É deixar que Cristo transpareça nas escolhas, no olhar, nos gestos concretos do dia a dia.
São Paulo VI escreveu, na Evangelii Nuntiandi, que o mundo contemporâneo escuta mais facilmente as testemunhas do que os mestres — e se escuta os mestres, é porque antes foram testemunhas. Não se trata, portanto, apenas de pregar. Trata-se de viver o que se prega. De encarnar o Evangelho nas contradições do nosso tempo.
Vivemos numa cultura que relativiza tudo, inclusive a verdade
Que confunde liberdade com egoísmo. Que ridiculariza a fé, chamando de ignorância o que, na verdade, é luz. É nesse ambiente que o Evangelho precisa ser anunciado — não com agressividade, mas com coragem.
Na Evangelii Gaudium, o Papa Francisco nos convoca a uma Igreja “em saída”, capaz de ir ao encontro de todos, especialmente dos mais feridos. E isso exige uma evangelização que não apenas informa, mas transforma. Que não impõe, mas propõe. Que não se contenta em conservar, mas se arrisca a fecundar.
O anúncio do Evangelho precisa de cristãos com fogo no coração e pó nos pés
Gente disposta a amar quem não entende, a escutar quem discorda, a não rejeitar quem não crê, porque o Evangelho não é uma ideia, mas uma Pessoa viva que transforma tudo o que toca.
Evangelizar, hoje, é tornar Jesus visível no meio do barulho do mundo. E isso começa por dentro, num coração que foi ferido de amor por Ele e não consegue mais guardá-Lo só para si.
Flávio Crepaldi
Canção Nova
Portal Santo André em Foco
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