Homens novos para um mundo novo: o chamamento à transformação cristã

Vivemos tempos de rápidas mudanças, desafios inesperados e profundas transformações sociais. No meio deste cenário, surge uma pergunta essencial para nós, cristãos: como podemos ser “homens novos” para construir um “mundo novo”? Essa expressão, tão presente na tradição da Igreja e tão cara ao Monsenhor Jonas, faz eco no chamamento de Cristo para a renovação interior e a ação concreta no mundo.

Ser um homem novo não significa apenas adotar novos hábitos ou costumes
Trata-se de uma conversão profunda do coração, uma abertura à graça de Deus que nos transforma desde o interior. São Paulo exorta-nos: “Revesti-vos do homem novo, criado segundo Deus, em justiça e santidade verdadeiras” (Ef 4,24). Esta renovação é fruto do encontro pessoal com Jesus Cristo, que nos chama a abandonar o egoísmo, o orgulho e a indiferença, para abraçar o amor, a humildade e a solidariedade.

O mundo novo que desejamos construir começa em cada um de nós. A sociedade só será verdadeiramente renovada quando cada pessoa se deixar transformar pelo Evangelho. Isso implica um compromisso diário com a verdade, a justiça e a paz. Implica também uma coragem profética de denunciar as injustiças e anunciar a esperança, mesmo diante das adversidades.

A Igreja, como comunidade de discípulos missionários, é chamada a ser sinal desse mundo novo
Por meio do testemunho, do serviço aos mais necessitados, da promoção da dignidade humana e do cuidado com a Criação, os cristãos são convidados a ser sementes de transformação, “fermento na massa”. A caridade, vivida de modo concreto, é o caminho privilegiado para tornar visível o Reino de Deus já presente entre nós.

Portanto, ser homens novos para um mundo novo é mais do que um ideal: é uma missão. É a resposta generosa ao chamamento de Cristo para sermos luz do mundo e sal da terra (Mt 5,13-14). Que, guiados pelo Espírito Santo, possamos renovar a nossa fé e o nosso compromisso, tornando-nos verdadeiros construtores de uma sociedade mais justa, mais fraterna e cheia de esperança.

Paula Ferraz (Missionária da CN- 2º Elo; Fátima – Portugal)

Canção Nova
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