O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na segunda-feira (27) que abre portas para o banimento de soldados abertamente transgênero no Exército do país.
A ordem divulgada no site da Casa Branca afirma que existe uma "discriminação com base em raça e sexo" nas Forças Armadas, o que "mina a liderança, a meritocracia e a coesão das unidades, e enfraquece a letalidade e a prontidão das tropas".
Horas antes de assinar o decreto a bordo do avião presidencial, Air Force One, Trump disse a congressistas republicanos em Miami que eliminará a "ideologia transgênero" do Exército.
"Para garantir que vamos ter a força de combate mais letal do mundo, eliminaremos a ideologia transgênero de nossas Forças Armadas", afirmou Trump aos congressistas.
"Ideologia transgênero", ou "ideologia de gênero", descrita por Trump em ordem executiva assinada pelo presidente no dia da posse, correspondem ao modo como conservadores se referem a políticas de diversidade e inclusão de minorias, praticadas pelo governo Biden em diversos departamentos durante o mandato do democrata, por exemplo.
Desde que assumiu, Trump prometeu eliminar todas as políticas de diversidade e inclusão do governo dos EUA. Na semana passada, seu governo ordenou o fechamento desses programas pelas agências governamentais e colocou seus funcionários em licença remunerada.
No decreto desta segunda (27), Trump também afirma que as Forças Armadas "têm sido afligidas com uma ideologia de gênero radical para apaziguar ativistas" e que "muitas condições de saúde mental e física são incompatíveis com o serviço ativo".
A ordem afirma que "a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, inclusive em sua vida pessoal".
"A afirmação de um homem de que é uma mulher e sua exigência de que outros honrem essa falsidade não são consistentes com a humildade e a abnegação exigidas de um militar", afirma o texto.
Com isso, a ordem executiva abre portas para o início de um processo de expulsão de soldados abertamente transgênero do Exército dos EUA. Quase 15 mil militares da ativa são trans —um número considerado relativamente baixo perto dos dois milhões de integrantes das Forças Armadas norte-americanas.
As Forças Armadas americanas suspenderam a proibição do recrutamento de pessoas transgênero em 2016, durante o governo do democrata Barack Obama.
Grupos de defesa dos direitos das pessoas transgênero informaram à agência de notícias Reuters que estão se preparando para entrar com um processo judicial, ainda nesta terça-feira, contra a ordem executiva de Trump sobre os soldados transgênero do Exército.
O decreto referente aos soldados transgênero seguiu uma série de ordens executivas relacionadas com o Exército que Trump anunciou ter assinado na segunda-feira. Entre elas, o republicano também pediu a construção de uma versão americana do sistema antimísseis "Domo de Ferro" de Israel e determinou o retorno de militares dispensados por se recusarem a receber a vacina contra a Covid.
Na segunda-feira, o presidente também assegurou que "evitará a doutrinação" dos soldados americanos "por ideologias de extrema esquerda como a teoria crítica da raça". Os conservadores usam esse conceito de forma pejorativa para denunciar o ensino da sensibilização contra o racismo.
O nome de Pete Hegseth foi aprovado para o cargo de secretário da Defesa pelo Senado dos EUA na última sexta-feira. A aprovação ocorreu por margem mínima, a menor da história desde que votações para o chefe do Pentágono começaram a ser feitas, e teve o voto do vice-presidente J.D. Vance como desempate.
Ao assumir formalmente o cargo na segunda-feira, o ex-apresentador da "Fox News" disse aos jornalistas que seu departamento implementará as decisões presidenciais "sem demora e sem exceção".
Combate a políticas de inclusão e de gênero
Durante a campanha presidencial, o republicano prometeu restringir os direitos das pessoas transgênero nos Estados Unidos. Afirmou, em particular, que encerraria "a partir do primeiro dia" o que chamou de "delírio transgênero".
Segundo o Instituto Williams da Universidade da Califórnia, aproximadamente 1,6 milhão de pessoas maiores de 13 anos, incluindo 300 mil adolescentes, se identificam como transgênero nos EUA.
Quase metade dos estados, em sua maioria liderados por conservadores, proíbe a participação de mulheres transgênero nas competições de esportes escolares femininos, outra proibição que Trump também quer ampliar a nível federal.
Em 20 de janeiro, data de sua posse, Trump prometeu varrer as políticas em favor das pessoas transgênero e afirmou que os Estados Unidos apenas reconheceriam "dois sexos, masculino e feminino", definidos ao nascer. Um decreto publicado pela Casa Branca no mesmo dia diz que "esses sexos não são modificáveis e estão ancorados em uma realidade fundamental e incontestável".
Os tratamentos médicos para que menores mudem de gênero ou o acesso de mulheres transgênero às competições esportivas femininas são temas quentes nos Estados Unidos, um país bastante polarizado.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (28) que os Estados Unidos devem ficar cada vez mais isolados no cenário internacional por políticas adotadas pelo presidente Donald Trump.
Em rede social, o político classificou algumas decisões do republicano como políticas negacionistas e afirmou que as decisões não afetarão em posições do governo Lula ligadas às políticas externas.
“A Aliança Global Contra a Fome, a taxação dos super-ricos, a realização da COP30, o financiamento das políticas governamentais para redução dos danos das mudanças climáticas, a desdolarização das transações comerciais e a regulação das redes sociais para combater as “fake news” continuarão pautadas nos maiores fóruns internacionais", afirmou.
Guimarães ainda disse que o país utilizará o momento para incentivos ligados à energia limpa. “O Brasil deve aproveitar esse momento para atrair mais investimentos em energia renovável e outros investimentos na economia sustentável”.
R7
Portal Santo André em Foco
O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) com um pedido de afastamento do ministro da Educação, Camilo Santana. O político justifica a solicitação por supostas irregularidades ligadas ao programa Pé-de-Meia, que teve recursos bloqueados pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
No pedido, divulgado nesta terça-feira (28), Zucco defende que teria havido crime de responsabilidade da parte do ministro. A solicitação ainda pede abertura de um inquérito que avalie outros ministros do governo - como Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento.
A solicitação vem após o plenário do TCU bloquear R$ 6 bilhões por supostas irregularidades. O governo, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), pediu o desbloqueio dos valores. A Bancada da Educação no Congresso também fez a mesma solicitação ao tribunal.
Em dezembro, quando a área técnica defendeu o bloqueio, o Ministério da Educação informou ao R7 que “todos os aportes feitos para o programa foram aprovados pelo Congresso Nacional e cumpriram as normas orçamentárias vigentes. O governo prestou os esclarecimentos preliminares que foram solicitados pelo TCU e, tempestivamente, irá complementar informações”.
Um novo pedido citando a solicitação de afastamento de Camilo Santana foi solicitado pela reportagem, mas o ministério não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto em caso de manifestação.
Entenda
Os R$ 6 bilhões bloqueados são do FGO (Fundo Garantidor de Operações) e do Fgeduc (Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo). Os recursos abastecem um fundo privado criado para custear o Pé-de-Meia, chamado de Fipem.
O argumento para autorizar o bloqueio está no abastecimento do Fipem. Por ser feito pelo FGO e Fgeduc, ocorre sem autorização orçamentária, já que os fundos privados não constam no Orçamento da União nem passam pelo Tesouro Nacional.
A prática pode interferir em questões orçamentárias e financeiras da União, além de colocar em risco a rastreabilidade e a transparência dos valores.
O TCU alega que o aporte de R$ 6 bilhões não estava previsto no Orçamento de 2024 e, portanto, teria sido feito “à margem das regras fiscais vigentes”, como o novo arcabouço fiscal e a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
R7
Portal Santo André em Foco
A aprovação da Emenda Constitucional nº 135, no final de dezembro de 2024, ampliou a DRU (Desvinculação de Receitas da União). Com a inclusão das Receitas Patrimoniais, os valores desvinculados passaram de R$ 21,3 bilhões para R$ 49,8 bilhões, permitindo maior flexibilidade na alocação dos recursos públicos.
Apesar da ampliação, algumas fontes continuam protegidas da desvinculação, como o Fundo Social e as receitas de petróleo e gás destinadas à Saúde e Educação, além das transferências constitucionais e legais. Além disso, a medida pode gerar uma economia extra de R$ 4,2 bilhões, uma vez que parte das receitas liberadas já estava comprometida com despesas primárias no orçamento de 2025.
Entenda
A Desvinculação de Receitas da União é um mecanismo que dá ao governo federal mais liberdade para redistribuir parte dos recursos arrecadados. Criada para reduzir a rigidez do orçamento, a DRU permite o redirecionamento de verbas antes vinculadas obrigatoriamente a setores específicos, garantindo maior eficiência na gestão fiscal.
A vinculação excessiva de receitas pode gerar distorções, resultando em áreas com excesso de recursos enquanto outras enfrentam déficits. Em muitos casos, a rigidez na destinação dos valores obriga o governo a buscar alternativas como o endividamento público, mesmo quando há dinheiro disponível no caixa do Tesouro Nacional.
Além disso, o modelo atual dificulta a avaliação e revisão de políticas públicas, já que algumas áreas recebem recursos automaticamente, sem um acompanhamento periódico sobre sua necessidade ou eficiência. Com a ampliação da DRU, o governo ganha mais margem para ajustar os gastos de acordo com as prioridades econômicas e sociais do país.
R7
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Em um encontro ecumênico na capital paulista que reuniu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministros do governo Lula (PT), o favorito à presidência da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), celebrou o consenso em torno de seu nome, defendeu a importância de “tratar de eleição no momento da eleição” e definiu o centro político como a “ausência de preconceitos”.
“O centro político do país é muitas vezes criticado porque transparece que o centro é uma ausência de posição. Não. O centro é uma ausência de preconceitos. Nós não temos preconceitos por de onde a ideia vem. Se a ideia é boa para o País, nós temos a capacidade de buscar implementá-la em favor da nossa nação”, disse Motta.
Motta participou de uma “pizzada” com a bancada paulista na noite desta segunda-feira, 27. Além do governador Tarcísio de Freitas, marcaram presença o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), além de oito presidentes de partidos: Gilberto Kassab (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Baleia Rossi (MDB), Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União Brasil), Renata Abreu (Podemos), Paulinho da Força (Solidariedade) e Valdemar Costa Neto (PL).
A bancada paulista compareceu em peso, com representantes do PT ao PL. Embora em menor número, bolsonaristas também marcaram presença, entre eles os deputados federais Paulo Bilynskyj (PL) e Rosana Valle (PL). Em seu discurso, Motta fez questão de destacar a presença de políticos de diferentes espectros, mencionando os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PT paulista, Kiko Celeguim, que estavam lado a lado, como um exemplo de que é possível “encontrar convergência na nossa divergência”.
“A Câmara dos Deputados demonstra maturidade política. Demonstra sim, que respeitamos os posicionamentos ideológicos, políticos, eleitorais de quem quer que seja, mas tem algo que é maior do que todos nós, algo que tem que estar acima de toda e qualquer disputa e debate político-ideológico, que é o nosso País. Nós não podemos trabalhar contra o nosso Brasil. Temos que tratar de eleição no momento da eleição”, disse Motta.
O evento foi organizado pelo presidente nacional do Republicanos deputado federal Marcos Pereira, e pelo presidente estadual do PP, deputado federal Maurício Neves. Um dos últimos a tomar a palavra, o governador Tarcísio de Freitas fez um discurso repleto de elogios ao atual presidente da Câmara, Arthur Lira, destacando que ele atendeu a “todas as expectativas” e conduziu a Câmara dos Deputados “em um momento ímpar”.
“(Arthur Lira) mostrou que é um vocacionado, fez a diferença e agora está fazendo o seu sucessor. A única palavra que cabe neste momento, Arthur, que você está se despedindo da presidência da Casa, é muito obrigado. Você não viveu em vão, não passou em branco, fez a diferença”, afirmou Tarcísio, acrescentando que Motta terá uma “grande responsabilidade porque Lira “deixou o sarrafo lá em cima”.
“(Arthur Lira) mostrou que é um vocacionado, fez a diferença e agora está fazendo o seu sucessor. A única palavra que cabe neste momento, Arthur, que você está se despedindo da presidência da Casa, é muito obrigado. Você não viveu em vão, não passou em branco, fez a diferença”, afirmou Tarcísio, acrescentando que Motta terá uma “grande responsabilidade porque Lira “deixou o sarrafo lá em cima”.
“Essa convergência diz muito sobre a sua pessoa e sobre o que o Brasil espera. O Brasil espera essa capacidade de diálogo, essa convergência”, afirmou o governador.
R7 com Estadão Conteúdo
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A arrecadação do governo federal fechou o ano de 2024 em R$ 2,709 trilhões, informou, nesta terça-feira (28), a Receita Federal. É o maior valor registrado na série histórica, iniciada em 1995, e representa crescimento real de 9,6%, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2024 contra o ano anterior. Descontada a inflação, o governo arrecadou R$ 2,653 trilhões no ano.
Segundo a Receita, o aumento decorreu principalmente da expansão da atividade econômica que afetou positivamente a arrecadação e da melhora no recolhimento do PIS/Cofins (Programa de Interação Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) em razão do retorno da tributação incidente sobre os combustíveis, entre outros fatores.
Em entrevista coletiva para apresentar os dados, o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou o aumento na atividade econômica entre os fatores para o resultado.
“Os grandes números refletem os resultados importantes da política econômica nos últimos anos, da reativação da economia que vimos no ano passado e que resulta nesse resultado espetacular. Tivemos a reativação de setores inteiros da economia que, com esse aquecimento, voltaram a recolher valores relevantes de tributos. A mínima histórica do desemprego no Brasil, o grande aumento da massa salarial, que têm papel importantíssimo na arrecadação de 2024”, disse o secretário.
Também contribuíram para a arrecadação recorde o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda (IRRF Capital) sobre a tributação de fundos e o desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação, em razão do aumento das alíquotas médias desses tributos.
“[Esse resultado reflete] uma Receita Federal menos repressiva e mais orientadora do contribuinte, atuando na desoneração do pequeno contribuinte, do empresário produtivo e focando a fiscalização e arrecadação naqueles que antes não contribuíam com a uma parcela justa, especificamente nas grandes rendas passivas no Brasil, na tributação dos super-ricos”, afirmou. “Trabalhamos para trazer para a tributação aqueles que não estavam, trazer para a tributação aqueles com patrimônio de centenas de milhões de reais em fundos fechados, em outros países, e que nunca recolheram”, acrescentou Barreirinhas.
No ano passado, os principais indicadores apontaram para um bom desempenho macroeconômico do setor produtivo. A produção industrial teve cresceu 3,22%; a venda de bens, 3,97%; e a venda de serviços, 2,9%. O valor em dólar das importações teve resultado positivo de 8,65% e o crescimento da massa salarial ficou em 11,78%.
Entre os tributos, a arrecadação da Cofins/PIS-Pasep somou R$ 541,743 bilhões, um aumento de 18,6% em relação ao ano de 2023. As contribuições previdenciárias fecharam em R$ 685,012 bilhões, crescimento de 5,34% em relação a 2023; Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado, com arrecadação de R$ 109,608 bilhões, aumento de 33,75% na comparação com 2023.
O IRRF-Rendimentos de capital fechou o ano passado com arrecadação de R$ 146,539 bilhões, crescimento de 13,12%. Já o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 502,720 bilhões, alta de 2,85%.
No recorte setorial, as maiores altas nominais de arrecadação em 2024 se deram nas áreas de comércio atacadista, que recolheu R$ 171,285 bilhões; entidades financeiras, R$ 288,621 bilhões; combustíveis, R$ 105,354 bilhões; atividades auxiliares do setor financeiro, R$ 86,044 bilhões; e fabricação de automóveis, com R$ 63,907 bilhões.
O resultado da arrecadação também foi positivo em dezembro do ano passado, ficando 7,78% acima da inflação e recolhendo R$ 261,265 bilhões.
g1
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O governo pretende realizar 15 leilões de rodovias em 2025, para concessão ao setor privado. O plano inclui as BRs 364, 040 e 101.
De acordo com o Ministério dos Transportes, que apresentou o cronograma em evento nesta terça-feira (28), os leilões devem movimentar R$ 161 bilhões em investimentos ao longo dos contratos.
Ao todo, serão concedidos ao setor privado 7,2 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais.
Veja as vias que serão leiloadas:
Para 2026, a pasta pretende realizar 20 leilões.
"Como temos muitas otimizações, esperamos fazer vários leilões em 2026. Estamos estruturando uma meta de fazer 20 leilões", declarou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
A jornalistas, o ministro disse que os projetos continuam atrativos, mesmo com a taxa básica de juros da economia em trajetória de alta.
"O que a taxa de juros faz, quando é elevada no país, é que ela reduz a atratividade de investimentos em infraestrutura no longo prazo. Isso é fato. Por isso que disse que, na minha cabeça, o ideal é aumentar a taxa de juros, estabilizar expectativas, [colocar] a inflação na meta de novo, e volta a cair a taxa de juros até 2026", declarou.
Hoje, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após quatro aumentos seguidos. A projeção dos analistas financeiros é que a taxa avance para 13,25% ao ano já na próxima quarta-feira (29).
Com os juros em alta, o governo estuda aumentar a taxa de retorno aos investidores que arrematarem rodovias nos leilões. De acordo com Renan Filho, a medida tem que ser analisada "permanentemente".
O pedágio vai ficar mais caro?
Questionado sobre o valor do pedágio, o ministro disse que "vai ficar bem mais barato do que cobra o estado de São Paulo, o estado de Minas [Gerais], no nosso modelo".
As rodovias privatizadas são pedagiadas. Contudo, segundo o governo, o fato de não cobrar um valor de outorga no leilão ajuda a reduzir a taxa de pedágio.
Isso porque a empresa não vai arrematar a via pelo maior valor oferecido e sim pela maior previsão de investimentos. Ou seja, não vai desembolsar uma outorga paga ao governo, o que reduz o custo do projeto.
A taxa de pedágio só começa a ser cobrada na rodovia privatizada depois do primeiro ano do projeto, quando o investidor atingir os requisitos mínimos de qualidade na via.
Metas de leilões
No ano passado, o governo queria leiloar 13 rodovias, mas só sete foram concedidas.
De acordo com Renan, a meta para esse ano é de 15 leilões, embora o governo não descarte a possibilidade de realizar menos certames que o previsto.
Os leilões também dependem de análises do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Contudo, de acordo com ele, se a pasta conseguir fazer 12 dos leilões previstos já estará batendo o recorde histórico de concessões no ano.
g1
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, avisou ao presidente Lula e a seus ministros nesta segunda-feira (27) que a empresa terá que reajustar o preço do diesel.
O reajuste pode ser aprovado já nesta quarta-feira (29), quando o Conselho de Administração da petroleira se reúne.
Os cálculos ainda estão sendo feitos, mas integrantes da Petrobras afirmaram ao blog que o impacto na bomba deve ficar entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro de diesel.
Em reunião com Lula, Magda Chambriard avaliou que a gasolina e o gás de cozinha, por enquanto, não precisam de reajuste nos preços.
Uma fonte a par do encontro afirmou que o governo recebeu as notícias (incluindo a necessidade de elevar o preço do diesel) com naturalidade.
O aumento dos combustíveis, em especial o diesel, preocupa o governo porque impacta diretamente a inflação e o preço dos alimentos – justamente no momento em que o governo busca aliviar o custo desses produtos na mesa dos brasileiros.
O problema, de acordo com o setor, é que há uma defasagem no preço dos combustíveis.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), na semana passada a defasagem no óleo diesel chegava a 16% em relação ao preço internacional. Na prática, mais de R$ 0,50 por litro.
Na gasolina, ainda segundo a Abicom, a defasagem é menor, de 7%.
Fontes do governo afirmam que, em 2024, a Petrobras manteve preços dos combustíveis estáveis mesmo com queda do valor no mercado internacional – o que ajudou a empresa a fazer um "colchão" para amenizar as perdas de agora.
O governo tem maioria no conselho da Petrobras, que é uma empresa de capital misto – ou seja, também tem acionistas privados.
Se optar por segurar o preço dos combustíveis, o governo não prejudica apenas a própria estatal, como também outros importadores de combustível que atuam no Brasil.
ICMS mais alto a partir de sábado
A partir do próximo sábado (1º), outro fator deve encarecer ainda mais os combustíveis no país: a alta do ICMS, imposto cobrado pelos estados.
A decisão é do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Na gasolina, o imposto sobe R$ 0,10 – de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro.
No diesel, a alta é de R$ 0,06 – o ICMS vai de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.
Taxa de juros
A má notícia em relação ao preço dos combustíveis não deve ser o único tema na economia a incomodar o governo nesta semana.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne e, na quarta, deve anunciar mais uma alta da taxa básica de juros, a Selic. A decisão, assim como as anteriores, terá o objetivo justamente de ajudar a conter a inflação – o que preocupa o governo porque também impacta o crescimento do país.
g1
Portal Santo André em Foco
Balanço das indústrias de construção civil indicou 2024 como um ano em que a mão de obra foi fator decisivo para o aumento de custos no setor. Esses custos acumularam crescimento de 6,54% no ano passado, segundo o Sinduscon-SP, sindicato patronal das empresas paulistas. O destaque foi o aumento nos gastos com trabalhadores que, segundo a entidade, acumularam aumentos de 8,56%, enquanto materiais e equipamentos aumentaram 5,34% e serviços tiveram acréscimos de 3,66%. O Custo Unitário Básico (CUB) representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 2.039,53 por metro quadrado em dezembro. Em 2023 o aumento acumulado foi de 3,49%.
A expectativa para 2025 é de novas elevações, pois tanto o custo de mão de obra quanto a pressão com o aumento de preços são considerados como certos pelo empresariado. Para materiais e equipamentos a pressão inflacionária virá da manutenção de taxas de juros elevadas, que também dificulta a tomada de crédito para a compra de imóveis, e no aumento de custos de materiais tabelados internacionalmente, como o aço, que tem seu preço fixado em dólar e demanda crescente em todo o mundo.
A questão trabalhista, por sua vez, tem dois fatores maiores de pressão: a carreira não consegue atrair jovens e há dificuldade para garantir a formação técnica adequada. O piso da categoria, para a função de servente, varia entre o salário mínimo e um salário mínimo e meio, sendo alta a incidência de contratos por produtividade no setor, medida criticada pelo sindicato dos trabalhadores.
“Tais pagamentos não são formalizados no holerite (contracheque) e, mais grave, não têm o devido recolhimento de FGTS e INSS, o que configura prática ilegal. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracon-SP) reconhece que a falta de mão de obra qualificada contribui para que os empregadores recorram a esses pagamentos extras. Contudo, é importante ressaltar que esses valores não têm respaldo legal, o que dificulta a fiscalização e prejudica os direitos dos trabalhadores”, informou o sindicato por meio de nota à Agência Brasil. Segundo os representantes, o aumento do custo de mão de obra não tem se traduzido em valorização dos trabalhadores, e “a valorização real da categoria deve ocorrer com a garantia de direitos e cumprimento da legislação trabalhista”.
Para David Fratel, coordenador do grupo de trabalho de Recursos Humanos do Sinduscon-SP, o segmento enfrenta falta de mão de obra e um problema de envelhecimento crônico, com a idade média dos trabalhadores em 42 anos, quando a produtividade começa a cair, justamente em um momento de demanda elevada.
Isso se agrava com a dificuldade de atrair trabalhadores que estão ingressando no mercado e não querem investir em formação para tentar posições como pedreiro e carpinteiro, que podem oferecer ganhos acima de R$ 10 mil, ainda que nas modalidades de contrato criticadas pelo sindicato dos trabalhadores.
Uma alternativa, informou Fratel, virá por meio do fórum permanente de negociações das entidades, do qual se espera um plano de carreira e salários padronizado ainda neste ano. “A construção civil está mudando para se adaptar a esse jovem, inovando e dando estabilidade aos trabalhadores, para se adaptar e atraí-lo", explicou o gestor. Entre as iniciativas estão cursos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), já realizados pelas construtoras, e uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação, que levará cursos profissionalizantes para o ensino médio da rede pública e tem previsão de formalização este ano, completou.
Agência Brasil
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Um homem matou a tiros o atual namorado de sua ex-namorada, na cidade de Solânea, no Brejo paraibano. O caso aconteceu nesta segunda-feira (27), e a vítima foi identificada como Geraldo Flávio Pereira da Silva, de 36 anos.
De acordo com o delegado Diógenes Fernandes, responsável pelo caso, a vítima estava na frente da casa da ex-namorada,por volta das 18h, quando o suspeito, identificado como André dos Anjos Pereira, conhecido como Bodinho, de 31 anos, chegou no local e iniciou uma discussão.
Geraldo Flávio sacou uma arma para impedir que André Pereira se aproximasse. Até que um amigo de André, identificado como Stéfano Bruno, se aproximou e segurou a vítima pelas costas, conseguindo pegar a arma e entregar ao suspeito que efetuou vários tiros.
A vítima morreu ainda no local, e os dois homens suspeitos do crime fugiram.
O delegado acredita que o crime tenha sido motivado por ciúmes, uma vez que a namorada da vítima, ex do suspeito, teria postado uma foto dos dois nesta segunda-feira (27). Eles estavam se relacionando há cerca de três semanas.
André dos Anjos e Stefano Bruno são ex-presidiários. O suspeito que efetuou os tiros tem passagens pela polícia por roubo e violência doméstica.
Até a última atualização desta notícia, os dois não haviam sido encontrados.
g1 PB
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