Mai 22, 2025
Arimatea

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a expectativa é que a proposta (PL 1087/25) que isenta o pagamento de Imposto de Renda (IR) para que ganha até R$ 5 mil mensais seja votada no Plenário somente no segundo semestre.

Segundo Motta, a avaliação é que a discussão na comissão especial dure aproximadamente dois meses para que o texto possa cumprir todos os prazos regimentais. Ele participou nesta segunda-feira (28) do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo, que teve discussões sobre conjuntura macroeconômica e geopolítica do Brasil e do mundo.

Motta afirmou que a proposta do governo tem uma boa aceitação entre os deputados, mas disse que texto será alterado para garantir que os benefícios não tragam impacto negativo para a economia.

“O desafio é tentar encontrar a maneira menos danosa para que essa medida possa se estabelecer, mas, do ponto de vista da justiça tributária, temos um assunto bem pacificado”, defendeu o presidente.

Gastos públicos
O parlamentar voltou a cobrar que o Executivo lidere a agenda de revisão dos gastos públicos. Segundo ele, o Congresso está disposto a debater esse tema, mas a iniciativa deve partir do governo.

Para Hugo Motta, é preciso avançar nessa agenda, sem que o governo precise prejudicar sua plataforma política. Uma das propostas que o Parlamento está disposto a debater, segundo o presidente, são as isenções tributárias.

“Temos mais de R$ 650 bilhões em renúncias, e isso é pesado para nossa máquina”, ressaltou.

Motta também defendeu a discussão sobre eficiência da máquina pública. Ele destacou que algumas mudanças não precisam passar por iniciativas de alterações na Constituição, como uma reforma administrativa. Conforme o presidente, há projetos infraconstitucionais que podem ajudar o cenário econômico e melhorar a eficiência da administração pública.

“Daríamos um grande passo para que nossa máquina pública seja mais eficiente, mais enxuta e isso ajudaria no cenário econômico”, disse Motta.

Responsabilidade
Hugo Motta afirmou ainda que o Congresso vai agir com responsabilidade fiscal e buscar sempre propostas que tornem o ambiente mais seguro para investimentos. Ele ressaltou que o crescimento econômico e o aumento na geração de empregos podem sinalizar a adoção de medidas que tornem o país mais forte e atrativo.

“Vamos procurar a condução mais equilibrada e serena possível para o nosso país”, disse o presidente.

Agência Câmara
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta segunda-feira (28) em sua ideia de anexar o Canadá em uma mensagem na qual desejou "boa sorte" ao país vizinho no dia das eleições legislativas.

Trump pediu que os canadenses escolham como primeiro-ministro "o homem que tenha a força e sabedoria para reduzir os impostos pela metade" e obter outros benefícios caso o Canadá se torne "o 51º estado dos EUA". O republicano disse ainda em sua plataforma Truth Social que isso traria "apenas benefícios, sem prejuízos".

"Boa sorte ao grande povo do Canadá. Elejam o homem que tenha a força e a sabedoria para cortar seus impostos pela metade, aumentar seu poder militar, gratuitamente, para o nível mais alto do mundo, fazer com que suas indústrias de automóveis, aço, alumínio, madeira, energia e todos os outros setores QUADRUPLIQUEM de tamanho, SEM TARIFAS OU IMPOSTOS, se o Canadá se tornar o querido 51º estado dos Estados Unidos da América. Chega de linhas artificiais desenhadas há muitos anos. Vejam como este território seria lindo. Acesso livre, SEM FRONTEIRA. SÓ PONTOS POSITIVOS, SEM NEGATIVOS. É PARA SER! Os EUA não podem mais subsidiar o Canadá com as centenas de bilhões de dólares por ano que temos gastado no passado. Isso não faz sentido a menos que o Canadá seja um estado!", afirmou Trump.

Trump fala sobre anexar o Canadá aos EUA desde o início de seu mandato, em janeiro. Múltiplas autoridades canadenses e até americanas rechaçaram a ideia. O ex-primeiro-ministro Justin Trudeau, que comandava o país à época, disse que o Canadá "nunca, jamais, o Canadá fará parte dos EUA". Já o premiê provisório, Mark Carney, chamou a ideia de "loucura".

Representantes canadenses ainda não se manifestaram sobre a fala de Trump desta segunda-feira até a última atualização desta reportagem.

A atuação de Trump como chefe do Executivo americano balançou o cenário político do país vizinho. O partido do Trudeau, no poder há mais de 10 anos, ganhou força após o então premiê defender o país contra os avanços do republicano.

Eleições legislativas no Canadá
Os canandenses escolherão nesta segunda-feira (28) um novo primeiro-ministro em eleições antecipadas e marcadas pela influência do "fator Trump".

O pleito ocorre de forma antecipada —originalmente, as eleições ocorreriam no fim do ano, mas o abalo político causado pela renúncia do primeiro-ministro liberal Justin Trudeau, em janeiro, alterou o calendário.

As eleições legislativas antecipadas no Canadá acontecem na segunda-feira (28). O conflito com o vizinho norte-americano, alimentado pela guerra comercial e pelas ameaças de anexação de Donald Trump, mudou completamente o cenário desta eleição.

Cerca de 29 milhões de eleitores canadenses são chamados às urnas para eleger 343 novos deputados.

Sem maioria absoluta no Parlamento, seu sucessor, Mark Carney, pediu a dissolução da Câmara dos Comuns logo após sua nomeação, o que levou à convocação das eleições antecipadas.

g1
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Os Estados Unidos devem assinar o primeiro acordo comercial sobre as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, entre essa e a próxima semana, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta segunda-feira (28).

Bessent afirmou que entre 15 e 18 países já estão em negociações com os EUA, reiterando que muitas dos principais parceiros comerciais norte-americanos fizeram propostas "muito boas" para evitarem as tarifas.

"Eu diria que a Índia será um dos primeiros acordos comerciais que assinaremos", disse Bessent à CNBC.

O secretário do Tesouro norte-americano ainda reiterou que as tratativas com os parceiros comerciais asiáticos estão indo "muito bem", destacando que os EUA tiveram "negociações substanciais" com aliados japoneses.

As falas de Bessent, no entanto, vão na direção contrária a posicionamentos recentes dados por líderes asiáticos. Mais cedo nesta segunda-feira (28), por exemplo, o principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, afirmou que o país continuará a exigir a remoção total das tarifas dos Estados Unidos em uma segunda rodada de negociações programada para esta semana.

"Não há mudança em [nossa] posição", disse Akazawa a repórteres, acrescentando que o Japão não sacrificará seus produtos agrícolas em troca de automóveis nas negociações tarifárias com os Estados Unidos.

Já um alto funcionário do governo sul-coreano descartou que Seul concordaria com um pacote comercial com Washington pelo menos até 3 de junho, quando o país realizará uma eleição presidencial antecipada.


Na semana passada, os países concordaram em elaborar um pacote comercial com o objetivo de remover novas tarifas dos EUA antes que uma pausa nas tarifas recíprocas seja suspensa em 8 de julho, disse a delegação de Seul em Washington após suas primeiras negociações formais sobre tarifas na última quinta-feira.

Analistas políticos observaram, no entanto, que pode ser difícil para a Coreia do Sul assumir qualquer compromisso firme em grandes projetos de energia e custos de defesa.

É "teoricamente impossível" que os dois países decidam sobre um pacote comercial abrangente até o final de maio ou início de junho, disse Park Sung-taek, vice-ministro do Comércio, Indústria e Energia, aos repórteres.

"Explicamos detalhadamente nossa situação política aos EUA durante nossas últimas conversas. Os EUA também entendem que a situação política especial da Coreia pode ser um fator limitante nas negociações."

Já sobre a situação com a China, Bessent afirmou que há uma "relação complicada" entre as duas potências mundiais, reiterando que o governo norte-americano está em contato com o país asiático e que cabe a ele reduzir as tarifas.

Nas últimas semanas, declarações conflitantes de líderes dos dois países aumentaram a confusão no comércio global sobre um possível acordo para cessar a guerra comercial.

Na sexta-feira, por exemplo, em entrevista à Time Magazine, Trump afirmou que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países.

A China, porém, negou que esteja conversando com o republicano e afirmou que os EUA deveriam "parar de criar confusão". O posicionamento do gigante asiático foi reforçado nesta segunda-feira (28), após o ministério das relações exteriores da China ter reafirmado que o presidente chinês não falou recentemente com Trump e reiterado que seus respectivos governos não estão tentando fechar um acordo tarifário.

"Gostaria de reiterar que a China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre a questão das tarifas", disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério. "Se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio de diálogo e negociação, devem parar de ameaçar e chantagear [a China]", completou.

Bessent, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira que as recentes medidas da China de isentar certos produtos norte-americanos de suas tarifas retaliatórias mostraram que ela quer diminuir as tensões comerciais com os Estados Unidos, e disse que os EUA evitaram o aumento da tensão embargando esses produtos.

Relação com o Brasil
Apesar de, na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter citado o Brasil como um dos que "sobrevivem" e que "ficaram ricos" impondo tarifas sobre as importações norte-americanas, ainda não há sinalização de um acordo entre os dois países.

Nesta segunda-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apesar de já existirem conversas dentro do governo para tratar sobre o tarifaço de Trump, o país precisa continuar com sua política de "manter seus canais de comércio abertos".

"O Brasil mantém seus canais de comunicação para acordos com a China, com a União Europeia e com os Estados Unidos. E não é de agora", afirmou o ministro, em evento promovido pelo Banco Safra.

g1
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O governo russo anunciou nesta segunda-feira (28) um novo cessar-fogo de três dias na Ucrânia. A trégua ocorrerá em 8, 9 e 10 de maio.

O Kremlin afirmou que o novo cessar-fogo ocorrerá por "razões humanitárias", mas disse também que a data foi escolhida também pelo presidente russo, Vladimir Putin, para marcar o 80º aniversário do chamado Dia da Vitória, quando tropas da União Soviética e aliados venceram a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.

Segundo o Kremlin, o cessar-fogo de 72 horas vigorará do início de 8 de maio ao final de 10 de maio, e a Rússia pediu à Ucrânia que também aderisse à trégua. Em comunicado, no entanto, o Kremlin disse também que, em caso de violações por parte da Ucrânia, as Forças Armadas russas dariam uma "resposta adequada e eficaz".

O governo ucraniano ainda não havia se manifestado sobre o anúncio do Kremlin até a última atualização desta reportagem, mas o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que Kiev quer "um cessar-fogo imediato e duradouro".

A trégua ocorre também após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticar ataques russos feitos a Kiev na semana passada, acusar Putin de querer prolongar a guerra e ensaiar uma reaproximação com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Trump e Zelensky conversaram no fim de semana em encontro no Vaticano, durante o funeral do papa Francisco. Os dois haviam travado um bate-boca durante visita do líder ucraniano à Casa Branca em fevereiro, em um momento em que o presidente norte-americano mostrava aproximação com a Rússia, com quem inclusive travou negociações bilaterais sobre o fim da guerra sem nem sequer consultar Kiev.

Após o encontro do fim de semana no Vaticano, o presidente norte-americano disse que "Zelensky está mais calmo", afirmou que a Ucrânia está lutando "contra uma força muito maior" e disse que Vladimir Putin tem de "parar com os bombardeios, sentar e assinar um acordo" de cessar-fogo definitivo entre as duas partes, que vem sendo mediado pelos Estados Unidos.

Este é o segundo cessar-fogo anunciado por Putin na Ucrânia. No primeiro, há cerca de dez dias, a Rússia declarou trégua de 30 horas por conta da Páscoa, mas a Ucrânia acusou Moscou de violá-lo. A guerra na Ucrânia já dura mais de três anos, e ainda não há perspectiva de um acordo.

Um dos principais pontos de discórdia é o que será feito com as regiões ucranianas dominados pela Rússia. Atualmente, tropas de Moscou ocupam cerca de 20% do território da Ucrânia, a maior parte no leste do país, mas também a Crimeia, a península ucraniana anexada por Putin em 2014.

Zelensky exige todos os territórios de volta para aceitar o cessar-fogo, mas a Rússia alega que essas regiões já foram anexadas e que não as devolverá. Trump tem indicado que a Ucrânia deverá aceitar as anexações em troca de paz.

g1
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Um apagão de energia elétrica atingiu grandes partes da Espanha e de Portugal nesta segunda-feira (28).

Aeroportos e estações de trem nos dois países foram afetados pelo apagão. As empresas de transporte relatam atrasos e operações limitadas.

As telecomunicações também sofreram interrupções. Há problemas generalizados para chamadas de voz. O serviço de mensagens WhatsApp opera em velocidade reduzida. Caixas eletrônicos e sistemas de pagamentos ficaram indisponíveis.

Há registros de engarrafamentos em grandes centros urbanos, como Madri, por falhas em semáforos.

Às 12h30 do horário de Brasília, cinco horas após o apagão, a operadora da rede elétrica espanhola informou que o fornecimento de energia havia sido regularizado "em áreas da Catalunha, Aragão, País Basco, Galícia, Astúrias, Navarra, Castela e Leão, Extremadura e Andaluzia".

Às 14h21, a REE afirmou que mais de 1/5 da demanda já havia sido recuperada e quase metade das subestações da rede de transmissão haviam sido recuperadas:

"A energia está sendo restaurada progressivamente em todas as zonas elétricas do país, com 45% das subestações da rede de transmissão já energizadas".

A causa oficial do apagão ainda é desconhecida. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disse que uma "forte oscilação" na rede elétrica da Europa ocasionou na falha na distribuição de energia. Mas o que está por trás dela segue em análise, e nenhuma hipótese foi descartada.

Segundo o primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro, não há indicações de que a falha tenha sido causada por um ataque cibernético.

Às 15h30, o ministro do Interior espanhol declarou emergência nacional por causa do apagão.

Interrupção de serviços
A falta de luz começou por volta das 12h do horário local - 7h de Brasília.

A empresa ferroviária nacional da Espanha, Renfe, informou que todos os serviços continuam suspensos. As linhas do metrô da capital Madri também permanecem fechadas.

A operadora de aeroportos do país, a Aena, afirmou que houve atrasos, mas que geradores foram ativados. Várias companhias aéreas relatam problemas nos aeroportos de Barajas, em Madri, e El Prat, em Barcelona. Controladores de tráfego aéreo também falam em restrições ou reduções de tráfego no aeroporto de Lisboa.

O trânsito no centro de Madri ficou caótico pelos engarrafamentos causados pela falta de semáforos, segundo relatos de rádios espanholas.

Em Portugal, a polícia também confirmou que os semáforos foram afetados em todo o país. O metrô foi fechado em Lisboa e no Porto, e os trens não estavam circulando. Sistemas de pagamento e caixas eletrônicos também ficaram indisponíveis no país.

A queda de energia afetou também as telecomunicações. Segundo o jornal "El País", há problemas generalizados para fazer chamadas. O serviço de mensagens WhatsApp está operando na metade da velocidade.

O torneio de tênis Madri Open foi interrompido pela falta de luz.

Operação de emergência
Segundo a operadora da rede elétrica de Portugal, o fenômeno foi causado por oscilações anormais nas linhas de alta tensão devido às variações extremas de temperatura no interior da Espanha. Essas oscilações causaram "falhas de sincronização" entre os sistemas. Essa hipótese ainda não foi confirmada pelo governo espanhol.

A operadora espanhola Red Elétrica afirma que está trabalhando para restabelecer o serviço junto a outras empresas em um post na rede social X:

"Planos de restauração do fornecimento de energia foram ativados em colaboração com empresas do setor após a queda de energia na península. As causas estão sendo analisadas e todos os recursos estão sendo dedicados para resolvê-las".

Os sete reatores nucleares da Espanha estão em condições seguras, informou o conselho de segurança nuclear do país. Segundo o conselho, quatro reatores pararam de operar automaticamente após a queda de energia, e depois os geradores de emergência entraram em ação.

Os outros três reatores não estavam em operação no momento, mas geradores de emergência também começaram a funcionar para mantê-los em condições seguras.

Os governos espanhol e português se reuniram para discutir a queda de energia e um comitê de crise foi criado na Espanha, diz a agência de notícias Reuters.

Na França, a operadora de rede RTE informou que houve uma breve interrupção, mas a energia já foi restaurada.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitou o centro de controle da operadora de transmissão de eletricidade Red Eléctrica.

"O governo está trabalhando para determinar a origem e o impacto deste incidente e está dedicando todos os recursos para resolvê-lo o mais rápido possível", disse o governo espanhol.

Em um post na rede social X, o ministro da Energia ucraniano, German Galuschenko, afirmou que a Ucrânia está pronta para ajudar: "Estamos prontos para compartilhar o conhecimento e a experiência, incluindo aqueles adquiridos durante os ataques sistemáticos russos à infraestrutura energética".

g1
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As contas externas do país tiveram saldo negativo em março, de US$ 2,245 bilhões, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2024, o déficit foi de US$ 4,087 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

A melhora na comparação interanual é resultado do aumento de US$ 1,3 bilhões no superávit comercial, em razão, principalmente, do aumento das exportações, e do recuo de US$ 895 milhões no déficit em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas). Em contrapartida, o déficit em serviços aumento US$ 460 milhões, contribuiu para o saldo negativo nas transações correntes.

Em 12 meses encerrados em março, o déficit em transações correntes somou US$ 68,467 bilhões, 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB), (a soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 70,310 bilhões (3,28% do PIB) no mês anterior. Já em relação ao período equivalente terminado em março de 2024, houve aumento significativo no déficit, com o resultado em 12 meses negativo em US$ 26,307 bilhões (1,17% do PIB).

De acordo com o BC, as transações correntes têm cenário bastante robusto e vinham com tendência de redução nos déficits em 12 meses, que se inverteu a partir de março de 2024. De fevereiro para março desde ano, isso se inverteu. De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, é preciso observar, nos próximos meses, se esse resultado significa uma inflexão ou foi pontual no mês.

Ainda assim, o déficit externo está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país, que têm fluxos e estoques de boa qualidade.

Balança comercial e serviços
As exportações de bens totalizaram US$ 29,449 bilhões em março, um aumento de 5,3% em relação a igual mês de 2024. Enquanto isso, as importações atingiram US$ 21,812 bilhões, com elevação de 0,9% na comparação com março do ano passado.

Com os resultados de exportações e importações, a balança comercial fechou com superávit de US$ 7,637 bilhão no mês passado, ante o saldo positivo de US$ 6,352 bilhões em março de 2024.

De acordo com Fernando Rocha, os principais produtos exportados no mês foram café, soja, carnes e celulose. Ele destacou, ainda, o aumento do comércio de soja, já que o país está no período de exportação da safra, o que contribuiu para resultados comerciais mais robustos no mês.

O déficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 4,352 bilhões em março, ante os US$ 3,893 bilhões em igual mês de 2024.

Segundo o BC, há crescimento na corrente de comércio de serviços, com diversificação na conta. Na comparação interanual, uma das maiores altas, de 70,5%, foi no déficit em serviços de propriedade intelectual, ligados a serviços de streaming, totalizando US$ 1,117 bilhão.

Outro destaque foram as despesas líquidas com transporte, que aumentaram 20,3%, somando US$ 1,148 bilhão, resultado dos aumentos na corrente de comércio e no preço dos fretes internacionais. Ainda, os gastos líquidos com aluguel de equipamentos tiveram alta de 15,2%, acumulando US$ 1,095 bilhão, associados ao aumento dos investimentos das empresas.

No caso das viagens internacionais, em março, o déficit na conta fechou com alta de 0,2%, chegando a US$ 766 milhões, resultado de US$ 773 milhões nas receitas - que são os gastos de estrangeiros em viagem ao Brasil - e de US$ 1,539 bilhão nas despesas de brasileiros no exterior.

Rendas
Em março de 2025, o déficit em renda primária - lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários – chegou a US$ 5,781 bilhões, 13,4% abaixo do registrado em março do ano passado, de US$ 6,675 bilhões. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no exterior.

A conta de renda secundária – gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 251 milhões no mês passado, contra superávit US$ 129 milhões em março de 2024.

Financiamento
Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,990 bilhões em março deste ano, ante US$ 10,236 bilhões em igual mês de 2024. Rocha explicou que, em março do ano passado, houve ingressos atípicos, por isso a grande diferença interanual.

O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 68,213 bilhões (3,19% do PIB) em março, ante US$ 72,459 bilhões (3,38% do PIB) no mês anterior e US$ 64,095 bilhões (2,85% do PIB) no período encerrado em março de 2024.

Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo.

No caso dos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saída líquida de US$ 1,780 bilhão em março, composta por retiradas líquidas de US$ 841 milhões em títulos da dívida e de US$ 939 milhões em ações e fundos de investimento. Nos 12 meses encerrados em março, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram saídas líquidas de US$ 6,1 bilhões.

O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 336,157 bilhões em março, aumento de US$ 3,649 bilhões em comparação ao mês anterior.

Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (28), em São Paulo, que o Brasil deverá “viver uma situação nova” com a reforma tributária.

“Se tem uma coisa que me dá otimismo, é essa reforma. Ela é muito mais profunda do que se pode imaginar e está lidando com questões centrais para o aumento da produtividade da economia brasileira. Porque a disputa, a partir dessa reforma, não se dará entre as empresas por quem tem o melhor planejamento tributário, mas de quem é mais produtivo”, disse.

Segundo o ministro, o governo já está trabalhando em um sistema que deve entrar no ar a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano e que irá facilitar e simplificar o processo de tributação no país. “Acho que nós estamos preparados para não dar um salto apenas legislativo. Eu acho que nós vamos dar um salto de TI [tecnologia da informação] no Brasil, como poucos países têm condição de fazer.”

“Acredito que vamos ver isso acontecer no sistema tributário. Vai ser tudo digital, não vai ter papel. Você vai conseguir fazer o acompanhamento de tudo online, você vai saber tudo o que está acontecendo online, em tempo real, até as estimativas de projeção e de crescimento você vai ter no computador. Isso vai dar capacidade de planejamento para o Estado e capacidade de planejamento para empresas.”

Com tudo isso, defendeu o ministro, não haverá mais guerra fiscal no país. “O Brasil, que sempre patinou a vida toda nessa área, vai poder dar um salto de qualidade”, falou. “Penso realmente que o Brasil vai viver uma situação nova.”

Na manhã de hoje, o ministro participou do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo. Durante o evento, ele informou que deverá ir para a Califórnia, na próxima sexta-feira, para divulgar o plano nacional de data centers, uma política que ele acredita que vai fazer o investimento melhorar muito no país.

“Queremos começar a divulgar o marco regulatório do Plano Nacional de Data Center. Somos deficitários na balança de serviço. Nós contratamos 60% da nossa TI fora do país, o que significa não apenas remessa de dólares para fora, mas subinvestimento no Brasil e acredito que o lançamento dessa política vai fazer o investimento melhorar muito”, acrescentou.

Turbulência estrangeira
Também durante o evento, o ministro declarou que o Brasil tem tudo para crescer neste ano, apesar das turbulências estrangeiras. “Nós estamos falando de um cenário em que o Brasil tem tudo para crescer, mesmo com as turbulências geopolíticas que estão acontecendo que, na minha opinião, vão acabar sendo endereçadas ainda esse ano. Eu penso que o Brasil, em qualquer cenário, menos ou mais favorável do ponto de vista externo, se cumprir com esse programa [econômico atual], vai se desenvolver com sustentabilidade”, disse.

Para o ministro, ainda é preciso “prudência” para analisar os possíveis impactos da política de taxação do governo norte-americano. “O grau de incerteza sobre qual é o ponto de chegada dessa turbulência que foi causada ainda é grande. Nós temos que aguardar um pouquinho. Quando a incerteza é tamanha, você vai ter que ter alguma prudência, embora as conversas estejam acontecendo a todo vapor”.

Segundo ele, a situação de incerteza econômica no mundo dificulta o planejamento do governo, mas destacou que a habilidade diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um trunfo para o país.

"O presidente tem um muita autoridade junto aos BRICs e muita autoridade junto ao G20. Ele tem uma boa interlocução com líderes europeus. Felizmente temos uma pessoa na Presidência da República que é um ativo para o país do ponto de vista da diplomacia. O presidente é uma pessoa que não tem portas fechadas e que não vai não vai permitir que as portas se fechem para nós, porque entende o papel do Brasil no cenário global”.

Neste cenário, disse o ministro, o Brasil tem mantido abertos os canais de comércio com os três grandes blocos mundiais - Estados Unidos, China e Europa – mas sem deixar o multilateralismo de lado. “De 2023 para cá, nós nos reunimos não apenas com os três blocos, mas com diversos chefes de Estado em busca de fortalecer o multilateralismo”, falou. “O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra”, reforçou.

Agência Brasil
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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,57% para 5,55% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta terça-feira (22), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação variou de 4,5% para 4,51%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em março, a inflação fechou em 0,56%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar dessa pressão, o IPCA perdeu força em relação a fevereiro, quando marcou 1,31%. No acumulado em 12 meses, a inflação soma 5,48%.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano. A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o BC, a inflação cheia e os núcleos - medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia - continuam em alta.

O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a taxa Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso.

Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permanece em 2%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) também ficou em 1,7%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,95.

Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta “melhora progressiva” dos exames laboratoriais do fígado e se encontra estável clinicamente, sem dor ou febre e com a pressão arterial controlada. Segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (28), ele permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital privado em Brasília, sem previsão de alta.

A equipe médica informou que iniciará nesta segunda-feira a oferta oral de “água, chá e gelatina”. O comunicado ressalta que, apesar da gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago), há sinais de movimentos intestinais espontâneos.

“Mantém-se o suporte calórico e nutricional por via parenteral (endovenosa). Continua realizando a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa”, diz o boletim.

Internação
O ex-presidente foi submetido a cirurgia após passar mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, no último dia 11, quando sentiu dores e distensão abdominal. De acordo com os médicos, a operação foi necessária devido a uma obstrução intestinal.

Apesar da recomendação para não receber visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, visitou Bolsonaro na terça-feira (22).

No dia anterior, Bolsonaro disse que apresentava melhoras “significativas”. Nas redes sociais, ele informou que os drenos do abdômen foram retirados e o curativo da incisão cirúrgica foi trocado.

“Sigo internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, ainda em acompanhamento pós-operatório. Estou sem febre e com a pressão arterial controlada”, escreveu o ex-presidente.

Cirurgia
Realizada “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue” em 13 de abril, a cirurgia no intestino de Bolsonaro durou 12 horas. Segundo os médicos, apesar de o prcedimento ter sido bem-sucedido, o ex-presidente ainda precisa dos cuidados da UTI.

De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, quando se faz uma operação deste porte, o corpo do paciente fica mais inflamado, e isso pode levar a uma série de intercorrências, exigindo monitoramento da pressão arterial e ações para possíveis infecções. Ainda segundo os médicos, Bolsonaro continua se alimentando por via venosa e, até o momento, não há previsão para que a alimentação oral seja retomada.

Intimação
Nessa quarta-feira (23), o ex-presidente foi intimado sobre a abertura de ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal). A notificação ocorreu dentro da UTI onde ele está internado após procedimento cirúrgico, em Brasília.

Bolsonaro recebeu a intimação após aparecer em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A partir da exibição, o STF entendeu que o ex-presidente estaria em condições de ser formalmente comunicado e determinou a diligência.

Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, publicou nota em redes sociais contestando a medida. Segundo ele, a entrega do documento em ambiente hospitalar contraria o Código de Processo Penal, que veda citação de pessoa em estado grave de saúde.

R7
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Câmeras de segurança registraram o momento em que o dono de um mercadinho entrou em luta corporal com criminosos antes de ser baleado, em Lagoa Seca, na Paraíba.

O crime ocorreu na noite de sábado (26), e a vítima foi identificada como Leandro Cavalcante. Ele estava dentro do mercado quando dois homens invadiram o estabelecimento.

Um dos suspeitos e a vítima entraram em luta corporal e caíram no chão. O outro suspeito se aproximou e também se envolveu na briga, momento em que os criminosos dispararam contra o dono do mercadinho.

A vítima ficou no chão, escondida atrás de máquinas do estabelecimento. Um dos suspeitos retornou ao interior do local e pega algo nas prateleiras.

O caso está sendo investigado para confirmar se o caso é um latrocínio — quando há roubo seguido de morte — ou se foi um homicídio. Ninguém foi preso até o momento.

g1 PB
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