Dias após o audacioso ataque de drones a aviões de guerra russos, a Ucrânia atacou a ponte da Crimeia nesta terça-feira (3) com explosivos instalados debaixo d'água.
Esta é a terceira vez que a ponte foi alvo dos ucranianos desde a invasão russa em larga escala no território da Ucrânia, em 2022. Os outros ataques ocorreram em 2022 e 2023.
➡️ A Crimeia é uma ilha ucraniana, mas que a Rússia reivindica como sua e ocupa desde 2014. A ponte é considerada ilegal pelos ucranianos por ser utilizada pelos russos para abastecer suas tropas.
Imagens do ataque foram divulgadas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). A operação teve vários meses de preparo, com explosivos colocados nas bases de sustentação da estrutura por agentes do órgão.
“Já atingimos a ponte da Crimeia duas vezes, em 2022 e 2023. Hoje, continuamos essa tradição, agora debaixo d'água. Nenhuma estrutura ilegal da Federação Russa tem lugar em nosso território", afirmou chefe do SBU, o tenente-general Vasyl Maliuk. Ele coordenou o planejamento da operação e supervisionou pessoalmente a explosão.
"Por isso, a ponte da Crimeia é um alvo absolutamente legítimo — especialmente considerando que o inimigo a utiliza como uma artéria logística para abastecer suas tropas. A Crimeia é Ucrânia, e qualquer manifestação de ocupação [russa] receberá uma resposta dura da nossa parte", continuou.
Segundo a SBU, a ponte está "em estado crítico" após a explosão, e os pilares submersos da ponte foram "severamente" danificados. Foram usados 1.100 kg de explosivos do tipo TNT na ação, que não deixou vítimas.
O governo russo afirmou que suspendeu o tráfego de veículos na ponte por conta da explosão. O tráfego marítimo também foi suspenso nas águas de Sevastopol, no sudeste da Crimeia, segundo a agência estatal russa RIA Novosti.
A explosão na ponte da Crimeia ocorreu dois dias após um ataque surpresa de drones que destruiu 41 aviões de guerra russos. O ataque, considerado audacioso e sem precedentes, foi arquitetado também pela SBU e aconteceu em bases aéreas em diferentes locais da Rússia.
g1
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