Junho 06, 2025

Trump conversa com Xi Jinping sobre tarifaço: ‘conclusão muito positiva para ambos os países’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que conversou nesta quinta-feira (5) com o presidente da China, Xi Jinping, sobre as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação recentemente firmado entre os dois países.

"A conversa durou aproximadamente uma hora e meia e resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países. Não deve haver mais dúvidas quanto à complexidade dos produtos de Terras Raras", afirmou Trump em publicação no Truth Social, sem dar mais detalhes sobre a conversa com o líder chinês.

O republicano também indicou que representantes dos dois países devem se reunir em breve, em local a ser definido, para discutir o tema.

"Seremos representados pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, pelo secretário do comércio, Howard Lutnick, e pelo representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer", disse Trump.

Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Trump disse que as conversas entre os dois países continuam em andamento e estão em "boa forma".

A conversa entre os dois líderes ocorreu apenas um dia após Trump criticar Xi, dizendo que ele era “muito duro” e que era “extremamente difícil” firmar um acordo com o presidente chinês.

O republicano, que mantém um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que afetou diversos países, firmou um acordo temporário com o governo chinês em 12 de maio.

Representantes dos Estados Unidos e da China concordaram em reduzir, por 90 dias, as tarifas americanas sobre importações chinesas de 145% para 30%, e as tarifas chinesas sobre produtos dos EUA de 125% para 10%. O acordo foi firmado após um encontro entre delegações dos dois países em Genebra, na Suíça.

Desde a assinatura do acordo temporário, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar o acordo sobre tarifas.

Em resposta, o Ministério do Comércio da China classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger seus interesses.

Nesta quinta-feira (5), Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para China e Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV.

Xi também teria afirmado que ambos os países devem se empenhar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”.

Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.

A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.

Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".

Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.

A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.

O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.

Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.

Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.

Outros acordos comerciais na mira
Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (5), Trump também afirmou que espera fazer "um bom acordo comercial" com a Alemanha. O republicano fez as afirmações ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz.

"Nós teremos um grande acordo comercial. Acredito que isso será majoritariamente determinado pela União Europeia, mas vocês são uma parte muito importante disso", disse o republicano a Merz no Salão Oval.

"Espero que cheguemos a um acordo ou faremos algo, sabe, aplicaremos tarifas", completou.

Trump ainda disse que quer fazer com que os novos acordos comerciais feitos pelos EUA com seus parceiros incluam cláusulas que tratem sobre petróleo e gás.

g1
Portal Santo André em Foco

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