Junho 18, 2025

Cristina Kirchner começa a cumprir pena em prisão domiciliar e usará tornozeleira eletrônica

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, começou a cumprir sua pena em prisão domiciliar nesta terça-feira (17), segundo a imprensa local. A Justiça determinou ainda o uso de tornozeleira eletrônica.

A ex-presidente foi condenada a seis anos de prisão por corrupção. Na semana passada, a Suprema Corte da Argentina rejeitou os recursos apresentados pela defesa e determinou o início imediato do cumprimento da pena.

Os advogados de defesa pediram que a pena fosse cumprida em prisão domiciliar, com base em uma lei argentina que prevê essa possibilidade para pessoas com mais de 70 anos. Como Cristina tem 72, o pedido foi aceito, apesar da oposição do Ministério Público.

De acordo com o jornal "Clarín", os juízes definiram que ela permaneça em um apartamento no bairro de Monserrat, em Buenos Aires. Cristina também deverá usar tornozeleira eletrônica para garantir o "monitoramento efetivo da execução da pena".

Ainda segundo o jornal, Cristina já foi notificada da decisão. Com isso, ela está proibida de sair de casa, e o cumprimento da pena já está em curso.

A ex-presidente também deve enviar à Justiça uma lista de familiares que estarão autorizados a visitá-la durante o período que permanecer presa.

No início do mês, Cristina havia anunciado a intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, tentando uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires. No entanto, com a decisão da Suprema Corte que rejeitou os recursos para anular a condenação, ela não poderá concorrer.

Condenação
Cristina foi condenada por favorecer Lázaro Báez, dono de uma empreiteira e amigo do casal Kirchner. Segundo a denúncia, o empresário venceu 51 licitações para obras públicas, muitas delas superfaturadas e sequer concluídas.

De acordo com a acusação, após vencer as licitações, Báez repassava parte dos recursos públicos das obras para Cristina e seu marido, Néstor Kirchner — que governou a Argentina entre 2003 e 2007 —, além de empresas de familiares do casal.

A ex-presidente foi acusada de chefiar uma organização criminosa e de conduzir uma administração fraudulenta ao longo de 12 anos, período que inclui o governo de Néstor e os dois mandatos dela. O esquema teria causado um prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Cristina nega todas as acusações e afirma que o tribunal já tinha a sentença pronta desde o início do processo. Quando foi condenada em primeira instância, ela disse que a Justiça agia como um “pelotão de fuzilamento”.

Além da ex-presidente, Báez e outras duas pessoas também foram condenados a seis anos de prisão. Néstor Kirchner morreu em 2010.

g1
Portal Santo André em Foco

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