Mai 13, 2025
Arimatea

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A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros.

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

Essa foi a sexta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde agosto de 2006, quando também estava em 14,75% ao ano.

Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que deve ocorrer na próxima reunião, na metade de junho. Apenas afirmou que o clima de incerteza permanece alto e exigirá prudência da autoridade monetária, tanto em eventuais aumentos futuros como no período em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.

“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, destacou o texto.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,43%. Apesar da desaceleração em relação a março, o preço dos alimentos continua impressionando a inflação.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,49% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Os números do IPCA cheio de abril só serão divulgados na próxima sexta-feira (9).

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância.

Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,53%, mais de 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,65%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA, no cenário de referência, chegará a 4,8% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de março, o Copom previa IPCA de 5,1% em 2025 e de 3,9% em 12 meses no fim do terceiro trimestre de 2026.

Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento semelhante. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Agência Brasil
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O cardeal decano do Vaticano, Giovanni Battista Re, espera que o novo papa seja escolhido até a noite desta quinta-feira (8).

O italiano, que não está presidindo o conclave porque tem mais de 80 anos e não pode mais participar da votação - a missão ficou com um dos favoritos, o ex-secretário de Estado de Francisco, Pietro Parolin -, falou com o jornal italiano "La Stampa" após celebrar a Missa de Súplica, em Pompeia, na Itália.

"Espero que esta noite, quando retornar a Roma, eu já encontre a fumaça branca. Estou particularmente feliz por estar aqui no início do Conclave, para que o Espírito Santo sopre forte e seja eleito o Papa de que a Igreja de hoje e o mundo de hoje precisam", afirmou.

Com 91 anos, o cardeal Re foi o responsável por conduzir o funeral do Papa Francisco e também por celebrar a missa na Basílica de São Pedro que deu início ao conclave nesta quarta-feira (7). Ele contou o que espera do novo papa:

"Antes de tudo, ele terá que fortalecer a fé em Deus neste nosso mundo caracterizado pelo progresso tecnológico. Mas que, sob o aspecto espiritual, temos notado um pouco de esquecimento de Deus. Há necessidade de um despertar".

g1
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O Flamengo volta de Santiago del Estero com um ponto após empatar em 1 a 1 com o Central Córdoba em jogo válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Arrascaeta abriu o placar para o Rubro-Negro no primeiro tempo, e Gastón Verón buscou o empate para os argentinos na segunda etapa.

O primeiro tempo
O Flamengo fez um primeiro tempo de controle na Argentina. Teve a posse de bola na maior parte do jogo, fez um gol logo no começo com Arrascaeta em bonita jogada ensaiada com De la Cruz e Gerson. Ainda teve pelo menos outras duas boas chances de ampliar. O Central Córdoba cresceu nos minutos finais, forçando erros na saída de bola e criando boas chances. Rossi evitou um empate em duas oportunidade.

O segundo tempo
Os 45 minutos finais não foram produtivos para o Flamengo. A equipe voltou dos vestiários cometendo erros e com uma postura menos agressiva do que teve no início. Aos poucos os donos da casa passaram a dominar a posse de bola e a rondar a área defendida por Rossi a todo momento. O gol foi consequência. Após cruzamento de Perelló, Heredia raspou de cabeça e a bola ficou com Angulo na segunda trave. O colombiano cruzou para Verón, que tinha entrada apenas há três minutos, cabecear e igualar o placar. Os flamenguistas tentaram reagir, mas não conseguiram criar boas chances. O Central ficou mais perto da virada do que o Fla de vencer.

Como fica
O Flamengo segue na terceira colocação do Grupo C, com apenas cinco pontos somados após quatro rodadas. A LDU lidera com oito, empatada com o próprio Central Córdoba, mas tendo vantagem no saldo de gols.

Próximos compromissos
O Flamengo segue na maratona de partidas do futebol brasileiro e recebe o Bahia no próximo sábado, às 21h, no Maracanã. O próximo jogo pela Libertadores é na quinta-feira (15), às 21h30 também no Maracanã.

Salvo pelo VAR
O prejuízo do Flamengo poderia ter sido ainda maior. Pouco após o empate do Central Córdoba, o árbitro marcou pênalti por toque de mão do zagueiro Léo Pereira. O VAR chamou para revisar o lance porque o zagueiro rubro-negro estava com as mãos coladas ao corpo.

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O Palmeiras garantiu classificação às oitavas de final da Conmebol Libertadores e a liderança de seu grupo com duas rodadas de antecedência, ao vencer o Cerro Porteño por 2 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai. Os gols, marcados por Estêvão e Vitor Roque, fizeram o Verdão seguir como o único time com 100% de aproveitamento após quatro rodadas disputadas na fase de grupos.

O melhor da Libertadores
O Verdão chegou a 12 pontos em 12 possíveis e assim tem a melhor campanha da competição até aqui, além de liderar o Grupo G. Com a vitória do Sporting Cristal por 2 a 1 sobre o Bolívar também nesta quarta, nenhum outro adversário da chave pode passar o time de Abel Ferreira tendo mais dois jogos a disputar. Cerro e Sporting Cristal têm quatro pontos cada, enquanto o Bolívar soma três após quatro jogos.

Redenção no último lance
Vitor Roque selou a vitória do Palmeiras ao marcar aos 47 minutos do segundo tempo, mas poderia ter deixado o seu muito antes. Aos 44 da primeira etapa, ele se atrapalhou cara a cara com o goleiro Martín Arias e Estêvão ao seu lado, ambos sem marcação, desperdiçando uma chance incrível. Após o intervalo, o camisa 9 parecia sentir o erro e empilhava erros. Isto até receber bom passe em profundidade e fazer uma linda jogada individual. Redenção para o atacante em Assunção.

Mais recordes fora de casa
O Palmeiras chegou a 19 partidas sem perder como visitante (16 vitórias e três empates), sua melhor marca desde 1996. São agora oito vitórias consecutivas fora do Allianz Parque, um feito que não era atingido desde maio de 2021. O time de Abel Ferreira segue avassalador longe de sua casa.

Próximos jogos
A próxima rodada da Libertadores será na semana que vem. O Palmeiras recebe o Bolívar, dia 15, no Allianz Parque, enquanto o Cerro Porteño visitará o Sporting Cristal, dia 13.

Como foi o primeiro tempo
O Palmeiras teve mais posse de bola ao longo do todo o primeiro tempo no estádio Nueva Olla, mas encontrava dificuldades para criar chances. As transições se perdiam com tomadas de decisões ruins mais perto do gol do Cerro Porteño, enquanto Estêvão era quem tomava as decisões mais lúcidas. Weverton teve de trabalhar aos sete minutos, após um chute desviado de Jonatán Torres, mas os donos da casa também sofriam para finalizar. Aos 41 minutos, Lucas Evangelista cobrou rápido falta no meio-campo e tocou para Estêvão acertar um belo chute de fora da área, abrindo o placar. O Verdão poderia ter feito 2 a 0 aos 44, quando Vitor Roque fez o desarme e partiu junto do camisa 41, só eles e o goleiro Martín Arias. O centroavante, contudo, tomou a decisão errada e finalizou em cima do arqueiro, matando a chance de o time brasileiro ampliar o placar antes do intervalo.

Como foi o segundo tempo
Depois de desperdiçar uma grande chance no fim do primeiro tempo, o Palmeiras teve uma etapa final controlada, mas sem conseguir matar o placar. Paulinho, aos 24 minutos, acertou o travessão em uma bomba, e Estêvão parou no goleiro Martín Arias aos 31, mas o Cerro Porteño partiu para o abafa nos minutos finais e teve chances para empatar. Aos 42 minutos, Viera e Jonatán Torres, em lances consecutivos, acertaram o travessão e a trave de Weverton, respectivamente. Vitor Roque, que vinha errando muito, fez um belo gol em jogada individual e enfim sacramentou a vitória, aos 47.

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De uma vez só, o Bahia perdeu a invencibilidade na atual edição da Libertadores e sofreu a primeira derrota como mandante na história da competição continental. O algoz tricolor foi o Nacional, que venceu o Esquadrão de virada por 3 a 1, na noite desta quarta-feira. Jean Lucas, Morales, Nico López e Millán marcaram os gols do encontro válido pela quarta rodada do Grupo F na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.

Como fica a tabela
A primeira derrota do Bahia nesta edição da Libertadores adia o sonho de garantir a classificação já nesta quarta rodada, mas o Tricolor segue no G-2 independente do resultado de Atlético Nacional x Internacional, que se enfrentam nesta quinta-feira.

Primeiro tempo
O Bahia teve mais posse de bola e controlou as ações do jogo na maior parte do primeiro tempo, mas a melhor chance foi do Nacional. Nico López se desmarcou para receber passe nas costas do zagueiros e ficou cara a cara com Marcos Felipe, que salvou o Tricolor com uma grande defesa aos 29 minutos. O lance de mais perigo do Bahia foi aos 42 minutos, quando Mejía defendeu cabeçada de Willian José após cruzamento de Erick.

Segundo tempo
Depois de nove finalizações na etapa inicial, o Bahia só precisou de um chute para abrir o placar na segunda etapa. Jean Lucas balançou as redes já no primeiro minuto, depois de ótima troca de passes entre Caio Alexandre e Willian José. A vantagem durou dez minutos, até Morales empatar para o Nacional depois de cobrança de escanteio. Os mandantes foram com tudo para o ataque em busca do segundo gol, mas ficaram expostos e sofreram dois gols em contragolpes dos pés de Nico López e Millán.

Primeira derrota em casa
O Bahia disputa a Libertadores pela quarta vez e sofreu a primeira derrota como mandante na história da competição continental. Agora o cartel tricolor em Salvador tem: sete vitórias, dois empates e uma derrota.

Agenda
O Bahia volta para campo na Libertadores contra o Atlético Nacional, em jogo marcado para Medellín, na Colômbia, às 19h (de Brasília) da próxima quarta-feira. Antes disso, o Tricolor visita o Flamengo pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. O encontro com os cariocas será às 21h (de Brasília) deste sábado, no Maracanã.

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Em sua pior atuação em um ano no qual não faltam atuações ruins, o Vasco foi goleado na noite desta quarta-feira por 4 a 1 pelo Puerto Cabello, na Venezuela, pela quarta rodada da Copa Sul-Americana. Paredes, duas vezes, Padrón e Guerrero marcaram para os venezuelanos; João Victor fez o gol solitário do Vasco. A derrota complicou bastante a vida do time carioca na busca por uma classificação na Copa Sul-Americana. A equipe estacionou na tabela e viu a diferença para o líder Lanús aumentar para três pontos.

Primeira derrota na história
A goleada, além de um duro no golpe na tabela, também significou o fim de uma escrita para o Vasco. Essa foi a primeira derrota sofrida para um time venezuelano em jogos oficiais na história. Antes do resultado desta quarta, o Vasco havia feito nove jogos contra venezuelanos, considerando compromissos pela Libertadores e Sul-Americana, com sete vitórias, dois empates e apenas dois gols sofridos. Além disso, é a primeira vez que uma equipe brasileira sofre quatro gols de uma venezuelana em torneios sul-americanos.

Primeiro tempo apático
Com muitos erros técnicos, o Vasco iniciou a partida em baixa rotação e foi dominado desde o início. Os venezuelanos, por sua vez, esbarravam na limitação técnica, mas eram claramente superiores. A primeira grande chance aconteceu aos 22 minutos, com cabeçada de Padrón para boa defesa de Léo Jardim. Três minutos depois, uma bobeada de Mateus Carvalho na saída de bola terminou em pênalti cometido por Hugo Moura em Dimas Meza. Na cobrança, Paredes abriu o placar. Os venezuelanos quase ampliaram com Guerrero, aos 33, em arremate cara a cara com Léo Jardim, que salvou o time carioca novamente. Após esse novo susto, o Vasco começou a ocupar um pouco mais o campo ofensivo e chegou ao empate na primeira chance clara. Lucas Piton cobrou falta na cabeça de João Victor, que finalizou no cantinho esquerdo de Luis Romero para empatar o jogo. Mas ficou apenas nisso.

Segunda etapa ainda pior
O que já não havia sido bom nos primeiros 45 minutos ficou ainda pior no segundo tempo. Lento e sem nenhum volume ofensivo, o Vasco não ameaçou o gol de Luis Romero durante toda a etapa final e viu o Puerto Cabello construir a goleada com facilidade. A equipe venezuelana aproveitou erros em sequência do sistema defensivo vascaíno para empilhar chances e marcar os gols tranquilamente. Logo aos três minutos, Padrón - de apenas 1,59m de altura - marcou de cabeça após falha coletiva em cobrança de escanteio. Aos 14, Guerrero aproveitou saída de bola equivocada para ampliar; e, por fim, Paredes anotou mais um, depois de novo erro do Vasco na construção de jogo no campo de defesa. Com três gols de desvantagem, o time comandado por Felipe seguiu sem criar oportunidades e sucumbiu com o revés histórico na Venezuela.

Panorama na Sul-Americana
Com o resultado, o Vasco estacionou nos cinco pontos, mas segue na vice-liderança do Grupo G. O time carioca viu a diferença para o Lanús chegar a três pontos e terá vida complicada na busca por uma classificação para a próxima fase. A equipe terá pela frente justamente o time argentino, fora de casa, na próxima rodada. O duelo acontece na próxima terça-feira, no estádio La Fortaleza, em Buenos Aires. O Vasco encerra sua participação na fase de grupos contra o Melgar, em São Januário, no dia 27.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou nesta quarta (7) dois trechos da lei que torna crime hediondo assassinato e lesão corporal de autoridades do Judiciário que abriam brecha para reduzir a transparência dos salários dessas categorias.

”Os dispositivos propostos poderiam implicar a restrição da transparência, e da possibilidade de fiscalização dos gastos públicos pela sociedade, sobretudo da remuneração dos servidores envolvidos”, justificou Lula em mensagem enviada ao Congresso.

A proposta aprovada no Congresso - de seis páginas -, sobre o reforço na segurança de magistrados e punições mais rígidas para atentados contra esses agentes, também previa a alteração da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para que a divulgação de “dados pessoais” das autoridades “sempre” levasse “em consideração o risco inerente ao desempenho de suas atribuições”.

Proteção
Ao vetar o dispositivo, Lula frisou que a LGPD já confere proteção aos agentes públicos. Esse argumento foi exposto por especialistas e entidades da sociedade civil, que apontavam o risco de os “jabutis” desvirtuarem o caráter geral da lei de proteção de dados. O veto, contudo, pode ser derrubado pelo Congresso.

De acordo com especialistas em transparência no poder público, a redação abria margem para que instituições restringissem, limitassem ou vetassem o acesso a informações dos contracheques de magistrados, procuradores, defensores públicos e oficiais de Justiça sob a justificativa de que os dados são pessoais e colocam em risco a integridade desses servidores quando divulgados.

No último dia 23, um grupo de 12 instituições da sociedade civil enviou carta a Lula pedindo o veto aos trechos. As organizações afirmaram no documento que, embora o projeto tivesse “disposições meritórias” voltadas a proteger os agentes públicos “constituem um ‘jabuti’ legislativo cuja finalidade real é criar obstáculos à transparência sobre a remuneração de membros do Poder Judiciário e do Ministério Público”.

O texto foi aprovado na Câmara em 8 de abril. O relator foi o deputado Rubens Júnior (PT-AM), que disse não ter feito alterações na versão recebida do Senado. O relator no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA), não respondeu aos questionamentos da reportagem.

R7
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O presidente Luiz nácio Lula da Silva (PT) participa de um jantar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (8). O evento será no Kremlin, sede do governo russo, que também abriga a residência oficial do líder do país europeu, em Moscou.

Lula está no país a convite de Putin, e participará das comemorações do "Dia da Vitória".

A cerimônia, que será realizada na sexta-feira (9) na icônica Praça Vermelha, marca os 80 anos da vitória soviética e de países aliados sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um dos eventos mais simbólicos da história russa.

Políticos da oposição criticam a vista de Lula a Putin em meio à guerra na Ucrânia e a insistência do presidente russo de não encerrar o conflito.

As nações no Leste Europeu estão em guerra desde que as tropas russas invadiram o território vizinho, há mais de três anos.

Agendas na Rússia
Lula pousou na quarta-feira (7) em Moscou. Além dos compromissos do Dia da Vitória, Lula deve ter reuniões com outros líderes. Uma das reuniões será com Putin.

O conflito entre Rússia e Ucrânia devem ser tema das conversas de Lula com as autoridades russas, além de questões relacionadas ao BRICS, bloco econômico que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, após se confirmar a ida de Lula à Rússia, reforçou o convite para que o presidente brasileiro visite o país europeu.

O embaixador afirmou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "está esperando" a visita de Lula. Não há previsão de que o petista visite o território ucraniano nesta viagem à Europa.

Acompanham Lula na viagem:

  • presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP);
  • vice-presidente da Câmara dos Deputados; deputado Federal Elmar Nascimento (União-BA);
  • ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores;
  • ministro Alexandre Vieira (PSD), de Minas e Energia;
  • ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos;
  • ex-ministro Celso Amorim, assessor-chefe da assessoria especial;
  • embaixador Rodrigo de Lima Baena, embaixador do Brasil na Rússia;
  • primeira-dama, Janja da Silva, viajou uma semana antes de Lula para a Rússia.

Da Rússia para a China
Após as agendas em território russo, Lula seguirá de Moscou para Pequim, onde terá compromissos na segunda (12) e terça-feira (13).

O presidente participará de encontro do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e terá reunião reservada com o presidente da China, Xi Jinping.

A visita ao país asiático, principal parceiro comercial do Brasil, ocorre em um contexto de guerra tarifária entre China e Estados Unidos.

A China é o principal alvo das taxas impostas pelo presidente americano, Donald Trump. Os dois países anunciarão que iniciarão negociações para rever as tarifas.

g1
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Os ministros André Mendonça e Flávio Dino protagonizaram um debate acalorado nesta quarta-feira (7) durante a sessão do Supremo Tribunal Federal. O embate ocorreu na análise de uma ação que questiona aumento de pena para crimes contra a honra quando cometidos contra funcionários públicos em razão de suas funções.

A lei estabelece que essa situação pode agravar a punição em um terço da pena. Os crimes contra a honra são injúria, calúnia e difamação. Dino abriu a divergência e votou pela constitucionalidade do aumento de pena para crimes contra a honra cometidos contra funcionários públicos em razão do cargo que ocupam, mas estando configurada a injúria.

Mendonça acompanhou o voto do relator, ministro Luis Roberto Barroso, para que só o crime de calúnia, que é configurada pela imputação falsa de um crime a alguém, tenha aumento de pena.

Segundo Mendonça, chamar a qualquer servidor de louco, irresponsável, incompetente não é algo específico para impor uma pena superior por ser servidor público.contra ministros da Corte, em meio ao debate sobre liberdade de expressão e honra de agentes públicos.

O ministro Cristiano Zanin afirmou que "não é a crítica, desde que ela não vire ofensa criminal, é o momento que a crítica fica caracterizada como crime contra a honra".Barroso afirmou que quando você diz que alguém é ladrão, está implícito que é crime.Na sequência, Mendonça rebateu: "ladrão é uma opinião, não é fato específico".

Dino respondeu ao colega:

"Pra mim, é uma ofensa grave, não admito que ninguém me chame de ladrão. Essa tese da moral flexível, que inventaram, desmoraliza o estado. Por favor, não admito, é uma ofensa gravíssima e não crítica."

Mendonça então afirmou que "se o cidadão não puder chamar uma político de ladrão ..."

Dino interrompeu: "e ministro do Supremo pode?"

Mendonça: "Eu não sou distinto dos demais".

Dino retrucou: "Ah tá... Se um advogado subisse nessa tribuna e dissesse que vossa excelência é ladrão, ficaria curioso sobre a reação de Vossa Excelência".

Mendonça: "Vai responder por desacato, por crime, na mesma pena que qualquer cidadão teria o direito de ser ressarcido na sua honra.Após o embate, o ministro Alexandre de Moraes votou pelo aumento da pena. Segundo o ministro, isso representa a proteção das instituições. "

Já o ministro Alexandre de Moraes votou pelo aumento da pena. Segundo o ministro, isso representa proteção das instituições.

"Nós não estamos falando em liberdade de expressão. Cercear direito de critica a servidores públicos, magistrado, membros do MP. Direito de crítica é uma coisa e outra coisa é cometimento de crime. A leniência de tratamento faz com que tenhamos até dentro do plenário da câmara ofensa contra servidores públicos. Critica a pessoa que alguém vende sentença não é liberdade de expressão, isso e difamação. Quero me alinhar também manifestação de Flavio dino não acho que alguém pode me chamar de ladrão . As pessoas tem que saber limite da crítica. A impunidade em relação aos crimes contra a honra gera automaticamente possibilidade de agressões, o criminoso se sente incentivado. se visa a proteção institucional", afirmou Moraes.

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A chaminé da Capela Sistina expeliu fumaça preta após a primeira votação do conclave nesta quarta-feira (7), anunciando que um novo papa ainda não foi escolhido pelos cardeais.

A fumaça preta confirmou as expectativas para o primeiro dia do conclave, quando a possibilidade de que o novo pontífice fosse eleito era considerada muito baixa.

Dessa forma, os fiéis da Igreja Católica terão agora de esperar até quinta-feira (8), quando novas rodadas de votação no conclave ocorrerão (saiba mais abaixo sobre o processo de votação).

A votação ocorreu cerca de duas horas após as portas da Capela Sistina serem fechadas, marcando o início oficial do conclave no qual os 133 cardeais aptos a votar para escolher um novo papa se isolam do mundo.

Os clérigos entraram para o processo após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, rezada publicamente na Basílica de São Pedro nesta manhã.

As chances de que um novo nome saísse nesta quarta eram consideradas muito baixas porque, nesta votação inaugural, muitos votos são simbólicos, oferecidos pelos cardeais a seus colegas como gestos de respeito ou amizade antes que a votação mais séria comece no dia seguinte.

Como são necessários dois terços (ou 89) dos votos dos 133 eleitores, a escolha de um papa "de primeira" é altamente improvável.

O primeiro dia, porém, pode apontar os nomes que se sobressaem entre as correntes políticas do Vaticano, impulsionando ou enterrando candidaturas.

De acordo com a própria Santa Sé, a única fumaça do dia — provavelmente na cor preta — deverá sair por volta das 14h, no horário de Brasília.

A duração média dos últimos 10 conclaves foi de 3,2 dias, e nenhum durou mais de cinco. As duas últimas eleições — em 2005, quando o papa Bento XVI foi escolhido, e em 2013, quando Francisco emergiu vencedor — foram concluídas em apenas dois dias.

O conclave ocorre ao longo de quantas rodadas de votação forem necessárias. Se os cardeais da Igreja Católica não tiverem escolhido um novo papa até o terceiro dia do conclave, então as coisas não estarão saindo como planejado.

Conclaves curtos, encerrados em poucos dias, projetam uma imagem de unidade, e a última coisa que os cardeais de vestes vermelhas querem é dar a impressão de que estão divididos e que a Igreja está à deriva após a morte do papa Francisco, no mês passado.

Caso a fumaça branca não saia em três dias, as votações serão interrompidas por 24 horas para que os cardeais tenham um período de oração e reflexão.

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