O papa Francisco completou três semanas internado nesta sexta-feira (7) para tratar uma pneumonia bilateral. O pontífice passou mais uma noite tranquila e acordou por volta das 8h desta sexta, pelo horário local, informou um comunicado do Vaticano. Não foram fornecidos detalhes sobre a saúde do pontífice. Um novo boletim médico será divulgado no sábado (8).
Na quinta-feira (6), o papa agradeceu aos fiéis pelas orações por sua saúde em uma mensagem de voz divulgada pelo Vaticano. Com a voz frágil e ofegante, o papa, de 88 anos, se dirigiu aos que se reúnem diariamente na Praça São Pedro, em Roma.
Esta foi a primeira vez que o Vaticano divulgou um áudio do pontífice desde a internação, em 14 de fevereiro, para tratar uma pneumonia nos dois pulmões.
"Agradeço do fundo do coração as orações que vocês fazem pela minha saúde na Praça. Eu as acompanho daqui. Que Deus os abençoe e que a Virgem cuide de vocês. Obrigado."
Francisco está realizando fisioterapia respiratória e recebe oxigênio de alto fluxo no hospital Gemelli. Em alguns dias, após crises agudas, ele também respirou com o auxílio de uma máscara, de forma não invasiva, segundo os boletins médicos divulgados pela Santa Sé.
Em um comunicado na quinta, o Vaticano afirma que Francisco segue estável, sem febre e sem novas crises respiratórias.
"As condições clínicas do Santo Padre permaneceram estáveis em relação aos dias anteriores. Também hoje, ele não apresentou episódios de insuficiência respiratória. O Santo Padre continuou, com benefício, a fisioterapia respiratória e motora", diz trecho do boletim médico.
Devido à estabilidade, inclusive, um novo boletim médico só deve ser divulgado no sábado. O prognóstico, contudo, permanece reservado.
A saúde do pontífice havia voltado a se agravar na segunda-feira (3), quando ele sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda e broncoespasmos.
Desde então, porém, os boletins do Vaticano afirmam que ele não teve mais intercorrências médicas.
g1
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Em noite de baixa produção, o Bahia ficou em um empate em 0 a 0, na noite desta quinta-feira, pelo jogo de ida da terceira fase prévia da Libertadores. No estádio Centenário, em Montevidéu, o Tricolor teve mais posse de bola ao longo de toda a partida, mas não conseguiu traduzir em chances claras de gols. Por outro lado, a equipe não teve grandes dificuldades para segurar o adversário e joga por uma vitória simples em casa no confronto de volta para se classificar para a fase de grupos da competição.
Primeiro tempo
Os primeiros 45 minutos foram duros de assistir. O Bahia foi dono da posse de bola, jogou quase o tempo inteiro no campo de ataque, mas poucas vezes levou perigo ao gol adversário. Na verdade, foi uma só, em chute de fora da área de Jean Lucas que Antúnez fez grande defesa. E não passou disso. Ademir foi o atacante mais acionado pelo lado direito, mas não conseguiu boas tramas com Everton Ribeiro. Já Lucho, centroavante tricolor, sequer finalizou. Do outro lado, o Boston River aceitou o domínio dos visitantes e penou até para passar do meio-campo. Donos da casa, os uruguaios terminaram a primeira etapa sem finalização no gol de Marcos Felipe.
Segundo tempo
A etapa final até começou mais animada, com Barcia balançando as redes em finalizações de voleio dentro da área do Bahia. Mas o gol foi anulado por impedimento, e o jogo não mudou muito a partir disso. O Tricolor seguiu com mais posse de bola e esbarrando na falta de criatividade. Se, no primeiro tempo, o time brasileiro teve uma boa chance com Jean Lucas, na etapa final a equipe sequer levou perigo ao gol adversário. O Boston River, que não fez muito também, foi a equipe que mais assustou. Além do gol anulado, um cruzamento de Anello na reta final do jogo levou perigo ao gol de Marcos Felipe.
Segue o jejum
O Bahia segue sem nunca ter conseguido vencer um jogo de Libertadores fora do Brasil. Agora são seis empates e três derrotas em nove jogos disputados. Na única vez que venceu como visitante na competição, o Tricolor encarou o Internacinal em Porto Alegre.
Como fica
Bahia e Boston River se encontram daqui a uma semana, na próxima quinta-feira, desta vez na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, às 21h30 (horário de Brasília). Com o empate, quem vencer em Salvador fica com a classificação. Em caso de nova igualdade, as duas equipes decidem a vaga na fase de grupos nas cobranças de pênaltis.
g1
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Com atraso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou medidas para combater a alta dos preços de alimentos e espera recuperar a aprovação do presidente da República ainda neste primeiro semestre.
Lula vinha cobrando ações para reduzir o custo dos alimentos na mesa dos brasileiros desde o início do ano, mas só agora, em março, fez o anúncio.
Nesta quinta (7), o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo vai zerar a alíquota de importação de nove produtos alimentícios, entre eles carne, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos e massas.
Especialistas avaliam que o impacto não será significativo, mas o governo precisa mostrar que está agindo e prepara novas medidas.
A meta é conter a alta do preço dos alimentos, que tem sido o principal fator de desgaste, e inverter as curvas de aprovação e desaprovação do seu governo.
Até o ano passado, a aprovação superava a desaprovação. Neste ano, as curvas se inverteram e a desaprovação passou a superar a aprovação.
Demora no anúncio
O caminho para mudar esse cenário passa necessariamente por atacar o ponto mais frágil do governo neste momento, que é a alta dos preços dos alimentos.
Daí a decisão de transformar a quinta (6) numa jornada de reuniões internas do governo, depois entre governo e vários representantes do setor privado e, por fim, com o presidente Lula.
Além de zerar a tarifa de importação de nove alimentos, o governo anunciou que irá dar mais subsídios para médios produtores rurais nas culturas de produtos da cesta básica, reformular política de estoque regulatório e pedir a Estados para zerar impostos da cesta básica, como o governo federal já faz.
O governo demorou a tomar medidas para combater a alta dos preços. Anunciou ontem, mas ainda não sabe o impacto exato das medidas para o consumidor.
Espera, porém, que algumas rendam resultado imediatamente, como zerar a alíquota de importação sobre milho, o que pode baratear custo de rações para granjas no país.
Em relação a carne e café, o impacto pode não acontecer, afinal esses produtos estão com preços mais elevados fora do país também. O que pode ajudar é que haverá maior oferta dos produtos no país.
g1
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o julgamento da denúncia sobre suposta tentativa de golpe de Estado deve ser realizado no plenário da Corte, e não na Primeira Turma, como tramita atualmente.
Os advogados também reclamaram de restrições ao acesso a provas do inquérito e apontaram suposto cerceamento de defesa. Por fim, a defesa nega que o presidente tenha cometido qualquer irregularidade.
As alegações estão na defesa apresentada ao STF no caso da tentativa de golpe, em que Bolsonaro, militares e aliados foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nesta atual etapa, o STF vai julgar se aceita ou não a denúncia oferecida pela PGR. Se for aceita, os denunciados passam a responder a um processo.
Julgamento no plenário
Para a defesa, a gravidade do caso e o fato de envolver autoridades como um ex-presidente da República justificam que o julgamento ocorra no plenário do STF, formado pelos 11 ministros, e não em uma das turmas da Corte, que são compostas por apenas cinco ministros cada.
Segundo os advogados, o plenário seria o "juiz natural" do caso.
"Parece ser inadmissível que um julgamento que envolve o ex-Presidente da República não ocorra no Tribunal Pleno. E não se diz isso apenas em função da envergadura do caso, do envolvimento de um ex-presidente e diversos ex-ministros de Estado. A necessidade deriva da Constituição Federal e do regimento interno da Corte", afirma a defesa.
Acesso limitado a provas
Os advogados de Bolsonaro afirmam que não tiveram acesso integral ao material obtido nas investigações da Polícia Federal. Segundo a defesa, foram liberados apenas trechos selecionados, sem o espelhamento completo dos celulares apreendidos, inclusive o do próprio Bolsonaro e de outros investigados.
Para a defesa, essa limitação prejudicou a análise das provas e impediu, por exemplo, a indicação de testemunhas ou a contestação de mensagens que constam no processo.
"Toda prova reunida na investigação deve ser compartilhada integralmente com a defesa", afirma o documento.
Críticas a Moraes
Os advogados ainda argumentam que a atuação do ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, extrapolou o papel esperado de um magistrado, ao determinar diligências e investigações de ofício. Segundo a defesa, isso compromete o sistema acusatório e demandaria a aplicação do modelo do juiz de garantias — figura prevista na legislação brasileira para separar quem investiga e quem julga, mas que ainda não foi implementada na prática.
Segundo a defesa, “o modelo acusatório impõe limites à atuação do julgador, que não pode substituir o papel do Ministério Público”.
Ao final, a defesa reafirma confiança no STF, mas ressalta que pretende exercer o contraditório com base em "vícios processuais" que, segundo os advogados, comprometem a validade da investigação.
Anulação de atos
A defesa do Bolsonaro pede ainda que todos os atos sejam anulados desde que Moraes mandou analisar os dados do celular de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
"Requer-se, portanto, seja reconhecida e declarada a violação ao art. 3-A, do Código de Processo Penal levada a efeito pelo magistrado às , com as consequências legais daí decorrentes, notadamente com a anulação dos atos probatórios e decisórios posteriores e dele derivados, nos termos da Lei", argumenta a defesa.
Nega crime
Na resposta enviada ao Supremo Tribunal Federal, a defesa de Jair Bolsonaro negou que o ex-presidente tenha cometido qualquer crime relacionado à tentativa de golpe de Estado. Os advogados argumentam que não há elementos concretos que conectem Bolsonaro a atos de violência ou grave ameaça contra as instituições.
“Com todo o respeito, a complexidade da ruptura institucional não demanda um iter criminis distendido. De acordo com o Código Penal, ela demanda emprego de violência ou grave ameaça, aptas a impedir ou restringir o exercício dos poderes constitucionais”, afirma a defesa.
O texto sustenta que, ao longo dos 18 meses investigados, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário seguiram funcionando normalmente, sem qualquer restrição ou impedimento causado por Bolsonaro.
“Houve emprego de violência ou grave ameaça ao longo de 18 meses? Os poderes constitucionais foram restringidos ou impedidos de funcionar? É evidente que não”, alegam os advogados.
A defesa também critica o que chama de narrativa forçada para incriminar o ex-presidente, apontando que não há provas de que Bolsonaro tenha comandado, autorizado ou sequer anuído com os atos praticados por outros investigados.
“O enredo criado para sustentar o romance, portanto, não é real. [...] Não há dados concretos que permitam conectar, de forma objetiva, o peticionário à narrativa criada na denúncia, a todos os seus personagens e atos”, diz a defesa.
Sobre os discursos e reuniões de Bolsonaro com militares e assessores, os advogados afirmam que, mesmo que possam ser alvo de críticas políticas, essas ações não configuram crime.
“Ainda que se deseje criticar os discursos, pronunciamentos, entrevistas e lives de Jair Bolsonaro, ou censurar o conteúdo de reuniões havidas com comandantes militares e assessores, tais eventos não se confundem nem minimamente com atos de execução”, argumentam.
Por fim, a defesa reforça que os ataques de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, não foram planejados, incentivados ou coordenados por Bolsonaro.
“Os eventos do dia 8 de janeiro são produto da vontade própria de pessoas que devem responder por seus atos, mas não são (jamais foram) atos direcionados, ordenados ou planejados pelo peticionário”, conclui a defesa.
g1
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta, nesta quinta-feira (6), para fortes chuvas em 71 cidades da Paraíba no Sertão e no Agreste paraibano. O comunicado é válido até às 10h da próxima sexta-feira (7).
As chuvas podem chegar aos 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos (40-60 km/h). Além disso, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
O Inmet orienta a população para que, em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. E também, aconselha que não estacione veículos próximo a torres de transmissão e placas de propaganda.
Confira os municípios sob alerta de chuvas intensas:
Aguiar
Aparecida
Belém do Brejo do Cruz
Bernardino Batista
Boa Ventura
Bom Jesus
Bom Sucesso
Bonito de Santa Fé
Brejo do Cruz
Brejo dos Santos
Cachoeira dos Índios
Cajazeiras
Cajazeirinhas
Carrapateira
Catingueira
Catolé do Rocha
Conceição
Condado
Coremas
Diamante
Emas
Frei Martinho
Ibiara
Igaracy
Itaporanga
Jericó
Joca Claudino
Lagoa
Lastro
Malta
Marizópolis
Mato Grosso
Monte Horebe
Nazarezinho
Nova Floresta
Nova Olinda
Nova Palmeira
Olho d’Água
Patos
Paulista
Pedra Branca
Piancó
Picuí
Poço Dantas
Poço de José de Moura
Pombal
Riacho dos Cavalos
Santa Cruz
Santa Helena
Santa Luzia
Santana dos Garrotes
Santa Teresinha
São Bentinho
São Bento
São Domingos
São Francisco
São João do Rio do Peixe
São José da Lagoa Tapada
São José de Caiana
São José de Espinharas
São José de Piranhas
São José do Brejo do Cruz
São José do Sabugi
São Mamede
Serra Grande
Sousa
Triunfo
Uiraúna
Várzea
Vieirópolis
Vista Serrana
MaisPB
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Uma rampa de acesso a uma balsa que fazia a travessia entre as cidades de Cabedelo e Lucena, no Rio Paraíba, desabou, na manhã desta quinta-feira (6). Segundo o gerente de Transportes do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Antonio Fleming Martins Cabral, ninguém ficou ferido.
À CBN, o representante do DER informou que a balsa, que transportava passageiros e veículos, já estava próximo ao desembarque quando o suporte de uma das rampas de acesso se rompeu. Com isso, os passageiros e veículos desembarcaram por uma segunda rampa de acesso.
Apesar de ninguém ter ficado ferido, os passageiros da balsa tiveram um susto. À TV Cabo Branco, que esteve no local, uma turista chamada Rafaela relatou sobre a situação tensa que enfrentaram. “As crianças começaram a chorar, a gritar, as pessoas ficaram desesperadas. Foi tenso, foi bastante tenso".
O gerente de Transportes do DER informou que a balsa foi substituída.
g1 PB
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Nos dias 9 e 10 de abril, a cidade de Areia, no Brejo paraibano, será palco do Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo Paraibano, evento que reunirá pequenos produtores, especialistas e entusiastas do café na região. A iniciativa é realizada pela Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia (ATURA), Sebrae-PB, Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e Embrapa, com apoio da UFPB, do deputado Eduardo Carneiro, Faepa/Senar-PB e Sebrae-PB.
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) será a sede do evento, reforçando seu papel na difusão de conhecimento e inovação na cafeicultura regional. A ATURA, uma das organizadoras, desempenhou um papel essencial na viabilização do encontro, garantindo recursos por meio de uma Emenda Parlamentar do deputado estadual Eduardo Carneiro para incentivar a produção de café gourmet no Brejo paraibano.
Café no Brejo: tradição e potencial para o turismo
O evento reforça a crescente importância da produção de café no Brejo paraibano, que se destaca como uma atividade econômica e cultural com grande potencial. A cafeicultura local tem sido vista não apenas como uma oportunidade para geração de renda, mas também como um atrativo para o turismo rural e gastronômico. A ATURA foi pioneira ao propor e implementar, em 2022, a Rota do Café, um projeto que integra produtores e empreendimentos turísticos, fortalecendo a identidade do café regional.
Foco nos pequenos produtores
Com o objetivo de capacitar os pequenos produtores da região, o encontro oferecerá palestras e discussões sobre boas práticas para a produção de café de qualidade, abordando desde o cultivo até a comercialização do produto. Entre os especialistas confirmados, destaca-se o professor Guilherme Podestá, do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, e o professor Leonaldo Alves de Andrade, presidente da ATURA e autor do projeto de incentivo à produção de café gourmet e da criação da Rota do Café.
O evento também contará com palestrantes de vários estados do país, especialistas na produção de café gourmet, que trarão experiências e conhecimentos sobre técnicas avançadas de cultivo, beneficiamento e comercialização do produto, ampliando o intercâmbio de informações entre os produtores locais e profissionais de referência no setor. As inscrições para o evento serão disponibilizadas em breve.
Para Leonaldo Andrade, presidente da ATURA, sediar o Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo da Paraíba em Areia representa um marco significativo nesse processo de revitalização, consolidando o município como um polo de produção e turismo cafeeiro, além de incentivar a economia local e preservar a rica história cultural da região.
MaisPB
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A Rússia não vai abrir mão dos territórios conquistados na Ucrânia, afirmou o presidente do país, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (6).
Durante encontro com parentes de soldados mortos durante a invasão ao território ucraniano, o russo disse que busca um acordo de paz que proteja a Rússia e que não recuará nos ganhos obtidos no conflito.
"Devemos escolher para nós uma opção de paz que seja adequada para nós e que garanta a paz para nosso país a longo prazo", afirmou Putin, que foi questionado sobre a devolução de terrenos ocupados durante a guerra pela mãe de um dos mortos.
A Rússia atualmente controla pouco menos de um quinto da Ucrânia - cerca de 113.000 km² -, segundo a agência de notícias Reuters.
Já em encontro com líderes europeus, também nesta quinta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu apoio à uma ideia de trégua por ar e mar entre seu país e o governo russo, disse esperar uma nova reunião com os Estados Unidos para a próxima semana e afirmou:
"Queremos a paz, mas não ao custo de desistir da Ucrânia".
Putin também fez uma crítica indireta ao presidente francês, Emmanuel Macron, dizendo que os líderes ocidentais não devem subestimar o povo russo e devem ter em mente o destino de Napoleão Bonaparte, cuja invasão da Rússia em 1812 terminou em desastre.
Tensões diplomáticas
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores russo já havia feito críticas a Macron: o acusou de fazer "chantagem nuclear" em um discurso "altamente combativo", um dia após o francês classificar a Rússia como uma ameaça à Europa e afirmar que Paris consideraria colocar outros países sob sua proteção nuclear.
"Foi claramente perceptível um tom de chantagem nuclear no discurso de Macron. As ambições de Paris de se tornar o 'patrono' nuclear de toda a Europa vieram à tona, oferecendo seu próprio 'guarda-chuva nuclear', quase como um substituto para o americano. Isso não levará ao fortalecimento da segurança nem da própria França nem de seus aliados", afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo.
O ministro Sergei Lavrov disse que a retórica nuclear de Macron representa uma ameaça à Rússia e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse também que os comentários do presidente francês, feitos em um discurso à nação na quarta-feira, indicam que a França busca prolongar a guerra na Ucrânia.
"O discurso de Macron é realmente extremamente combativo. Dificilmente pode ser visto como um discurso de um chefe de Estado que está pensando na paz. Pelo contrário, do que foi dito, pode-se concluir que a França está mais focada na guerra, na continuação da guerra", disse Peskov a jornalistas.
Segundo Peskov, Macron omitiu fatos importantes e não mencionou as "preocupações e temores legítimos" da Rússia em relação à expansão da Otan para leste, aproximando-se das fronteiras russas. Também nesta quinta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, chamou o presidente francês de "charlatão" e disse que ele está "desconectado da realidade".
Sob a liderança de Macron, a França forneceu armas à Ucrânia e afirmou estar disposta a considerar o envio de tropas para garantir a implementação de um eventual acordo de paz. Peskov voltou a dizer nesta quinta-feira que a Rússia considera inaceitável a presença de tropas pacificadoras da Otan na Ucrânia, e que isso significaria a entrada oficial desses países na guerra.
Inclusive, os russos devolveram a ameaça nesta quinta-feira, dizendo que a resposta do país a um possível envio de tropas pacificadoras da Otan à Ucrânia é "obvia para todo mundo". Putin ameaçou usar armas nucleares caso isso acontecesse.
Macron também afirmou, no discurso de quarta-feira, que a França está pronta para discutir a possibilidade de estender a proteção de seu arsenal nuclear a outros países europeus. (Leia mais abaixo)
Peskov afirmou que isso equivale a uma "pretensão de liderança nuclear na Europa", o que, segundo ele, é "muito, muito combativo".
Macron também afirmou na quarta que planeja realizar na semana que vem uma reunião com os chefes das Forças Armadas de países europeus que estejam dispostos a enviar tropas para a Ucrânia após um eventual acordo de paz com a Rússia.
Macron defende colocar arsenal nuclear francês à disposição de aliados
Em pronunciamento à nação na quarta-feira (6), o presidente Emmanuel Macron classificou a Rússia como uma ameaça à Europa, defendeu a união do continente em defesa da Ucrânia e disse que vai discutir com líderes europeus a possibilidade de colocar o arsenal nuclear francês à disposição de aliados como força de dissuasão.
Macron também criticou a administração Trump por seu alinhamento a Moscou e pela guerra tarifária lançada contra aliados, como o Canadá.
"A ameaça russa existe e afeta os países da Europa", disse Macron. Ele afirmou que Moscou continua a se rearmar e que, até 2030, "planeja aumentar ainda mais seu Exército, para ter mais 300 mil soldados, 3.000 tanques e mais 300 aviões de caça".
Para se contrapor a um possível projeto expansionista de Vladimir Putin, o presidente francês defendeu colocar seu arsenal nuclear à disposição de aliados do continente, como estratégia de dissuasão.
"Respondendo ao chamado histórico do futuro chanceler alemão [Friedrich Merz], decidi abrir o debate estratégico sobre a proteção de nossos aliados no continente europeu por meio de nossa dissuasão (nuclear). Aconteça o que acontecer, a decisão sempre esteve e permanecerá nas mãos do Presidente da República, chefe das Forças Armadas."
Desde a saída do Reino Unido da União Europeia, a França é o único país do bloco a ter um arsenal nuclear.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta quinta-feira (6) que vai adiar mais uma vez a cobrança de tarifas sobre as importações que chegam ao país vindas do México.
Segundo uma publicação de Trump em sua conta na rede Truth Social, o México não terá que pagar tarifas sobre nenhum produto que se enquadre no Acordo USMCA (acordo comercial entre EUA, México e Canadá).
O adiamento da taxação será válido até 2 de abril, data em que outras tarifas impostas por Trump devem começar a valer. (veja detalhes mais abaixo)
Trump atribuiu sua decisão ao trabalho do México na fronteira com os EUA. "Nosso relacionamento tem sido muito bom e estamos trabalhando duro, juntos, na fronteira, tanto em termos de impedir que estrangeiros ilegais entrem nos Estados Unidos quanto, da mesma forma, impedir o Fentanil", escreveu.
O presidente ainda agradeceu à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, por seu "trabalho duro e cooperação".
A Casa Branca já havia anunciado, nesta quarta-feira (5), que decidiu adiar por 30 dias a cobrança de tarifas sobre os veículos importados do México e do Canadá para os EUA. O governo americano disse às montadoras, porém, que deveriam migrar suas operações para o país para evitar a taxação após esse período.
Mais cedo, nesta quinta, o Secretário do Comércio dos EUA já havia dito que o país poderia estender essa suspensão das tarifas para todos os produtos que fazem parte do Acordo USMCA.
Até agora, porém, só as importações do México foram isentas até o começo de abril.
Sobre o Canadá, Trump escreveu na noite desta quarta-feira que conversou com o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, sobre as questões tarifárias entre os países. O presidente americano disse, no entanto, que não está "convencido" de que o governo canadense atuou o suficiente para resolver os problemas de entrada de fentanil e de imigrantes ilegais nos EUA.
Depois, na manhã desta quinta, Trump disse que Trudeau está "usando os problemas das tarifas, que ele causou em grande parte, para concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro".
O 'tarifaço' de Trump
Depois de um primeiro adiamento de 30 dias, as tarifas de 25% sobre todas as importações que chegam aos EUA do México e Canadá entrou em vigor na última terça-feira (4), junto a uma taxa adicional de 10% sobre as importações vindas da China — o que gerou retaliações desses países e reações negativas em mercados financeiros no mundo todo.
Trump impôs essas tarifas (as primeiras de uma série de taxas anunciadas no último mês) alegando que elas eram decorrentes dos problemas de entrada de drogas e imigrantes pelas fronteiras dos países vizinhos e pelo envio de drogas vindas da China.
No mesmo dia em que as medidas entraram em vigor, Canadá e China já retaliaram.
O Canadá afirmou que vai impor tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos dos EUA em até 21 dias. Em entrevista, o primeiro-ministro canadense também disse que buscaria "diversas medidas não tarifárias" se fosse necessário para combater as taxas americanas.
Já a China impôs taxas de 10% a 15% sobre os produtos agrícolas que chegam ao país vindos dos EUA e anunciou restrições de exportações e investimentos a 25 empresas americanas.
O México não chegou a anunciar nenhuma medida, mas a presidente do país afirmou que não havia "justificativa" para as tarifas de 25% impostas pelos EUA e disse que estudava uma forma de retaliação. "Ninguém ganha com esta decisão", disse Sheinbaum.
Além das taxas sobre os três países, Trump também já anunciou uma série de outras medidas semelhantes, como:
O presidente americano também já prometeu que vai anunciar mais tarifas sobre outros tipo de produtos, como carros, produtos farmacêuticos, medicamentos e madeira, por exemplo.
A alternativa para que não haja a cobrança das taxas, segundo Trump, é que "as empresas se mudem para os EUA"
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Turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália voltarão a ter a exigência de visto para entrar no Brasil a partir de 10 de abril. O processo para a emissão do visto será totalmente eletrônico e, caso aprovado, será enviado por e-mail ao turista.
Segundo o Ministério do Turismo, a expectativa é que a documentação possa ser obtida no prazo de 24 horas, de forma on-line e sem a necessidade de deslocamento aos consulados.
Para a emissão do visto, será preciso pagar uma taxa de US$ 80,90 (cerca de R$ 468). O visto para os turistas desses países será necessário quem chega ao Brasil por via aérea, marítima ou terrestre.
Desde junho de 2019 cidadãos dos três países estão isentos dessa autorização por um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao assumir a presidência, em 2023, o presidente Lula foi no sentido contrário e derrubou a decisão, com base no princípio da reciprocidade. Os Estados Unidos, Canadá e Austrália exigem visto para a entrada de brasileiros.
A decisão deveria entrar em vigor em outubro de 2023, mas após pressões e problemas no atendimento aos turistas desses países, o prazo foi adiado para abril deste ano.
Segundo o Ministério do Turismo, o fim da isenção é “uma decisão da diplomacia do Brasil, em respeito ao princípio da reciprocidade”. A pasta afirma ainda que trabalha com o Ministério das Relações Exteriores para facilitar a emissão dos documentos.
O sistema para solicitação dos vistos eletrônicos está disponível desde 2023 e prevê apenas quatro etapas:
O primeiro passo é fazer um cadastro no site da VFS Global e preencher o formulário. Após preenchido, é necessário enviar uma cópia do passaporte e uma foto.
Para menores de idade ainda será necessário anexar uma cópia da certidão de nascimento e uma autorização para emissão de visto para menor de idade, assinada pelos pais e autenticada em cartório.
A próxima etapa é realizar o pagamento da taxa de US$ 80,90 (cerca de R$ 468).
Após o pagamento da taxa, o solicitante receberá um e-mail confirmando o status da inscrição, indicando se a inscrição foi aprovada, rejeitada ou se a documentação adicional será necessária. Com a solicitação aprovada, o solicitante receberá um arquivo em PDF com o eVisa por email.
Depois disso é só baixar, imprimir e apresentar o visto eletrônico no momento do embarque e desembarque no Brasil.
O visto eletrônico estará disponível apenas para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Turistas de outros países que precisam de visto para entrar no Brasil devem consultar os consulados para a emissão de visto.
Em 2024, mais de 720 mil turistas dos Estados Unidos desembarcaram no Brasil. O país ocupou a segunda posição no número de turistas que chegaram em destinos brasileiros, atrás apenas da Argentina.
Quem precisa de visto
O Brasil exige visto para pessoas de mais de 60 nacionalidades fazerem uma visita simples ao país.
Entre eles estão: Angola, Arábia Saudita, China, Cuba, Egito, Irã e Iraque.
Há outras nacionalidades que podem entrar no Brasil sem visto, mas para ficar no máximo 30, 60 ou 90 dias — a depender do país de origem.
A exigência de vistos, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores ocorre na maior parte dos casos com base no princípio da reciprocidade, comumente aplicado na diplomacia.
Isso significa que, se um país pede visto de entrada para brasileiros, o Brasil também pedirá para os habitantes desse país.
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