O presidente Jair Bolsonaro aproveitou uma cerimônia da qual participaram alunos do Ensino Fundamental para falar sobre a reforma da Previdência para os adolescentes. Após o ato de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que os estudantes são o futuro do país e chegou a dizer, brincando, que a aposentadoria dos ministros dependeria do trabalho dos estudantes, inicialmente sem mencionar o regime de capitalização , que dispensaria essa contribuição dos mais jovens para quem está aposentado.
— Até vocês, quando vocês estiverem trabalhando, vocês vão garantir a nossa aposentadoria, desse pessoal que está aqui atrás. Então, nós precisamos bem formar vocês — disse o presidente, interrompido por risos dos ministros.
Também rindo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez sinal de negativo com a mão, lembrando que o regime de capitalização dispensaria essa contribuição dos pequenos. Bolsonaro se referia ao atual sistema de repartição, em que os que estão trabalhando contribuem para pagar os benefícios dos inativos.
— Nós vamos libertá-los deste peso — disse Guedes.
Em seguida, o presidente faz referência ao novo sistema de capitalização, que vem sendo contestado por parlamentares. No modelo, cada trabalhador seria responsável pela própria poupança no futuro. A capitalização seria voltada apenas para novos entrantes no mercado de trabalho.
— Nós estamos tentando aqui... Não vou explicar aqui... Uma outra forma de aposentadoria, mas não vai ser de uma hora para outra — continuou Bolsonaro, emendando outra brincadeira com seu ministro da Economia: — O Paulo Guedes vai depender do INSS com toda certeza, está quase se aposentando.
O presidente recomendou ainda que as crianças estudem para garantirem um futuro melhor:
— O que vai fazer vocês felizes lá na frente vai ser o conhecimento que vocês adquirirem na escola agora. E só tem uma maneira de adquirir conhecimento: respeitar professor, respeitar o símbolo da República, respeitar os mais velhos, pedir bênção para papai e para mamãe logo cedo. Porque assim todos nós seremos felizes no futuro.
Essa é a segunda vez que o presidente reúne ministros para participar da cerimônia de hasteamento da bandeira no Alvorada. Os alunos que participaram do evento são da Escola Municipal Bela Vista, do Novo Gama (GO). A escola foi convidada para o ato no último sábado e levou 36 alunos para a cerimônia, todos do 5º ano do Ensino Fundamental.
Além de ouvirem o discurso do presidente, os alunos cantaram o Hino Nacional durante o hasteamento da bandeira nacional. Três deles interpretaram o Hino em Libras e depois conversaram na língua de sinais com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A cerimônia ocorreu antes da 12ª reunião do Conselho de Governo, da qual participam todos os ministros.
O Globo
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Adolescentes e jovens negros têm maior chance de cometer suicídio no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O risco na faixa etária de 10 a 29 anos foi 45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre brancos no ano de 2016. A diferença é ainda mais relevante entre os jovens e adolescentes negros do sexo masculino: a chance de suicídio é 50% maior neste grupo do que entre brancos na mesma faixa etária.
Enquanto a taxa de mortalidade por suicídio entre jovens e adolescentes brancos permaneceu estável de 2012 a 2016, o número aumentou 12% na população negra com a mesma idade. Analisando esses dois grupos em 2016, nota-se que a cada 10 suicídios em adolescentes e jovens aproximadamente seis ocorreram em negros e quatro em brancos.
Os dados são da cartilha Óbitos por Suicídio entre Adolescentes e Jovens Negros, lançada pelo Ministério da Saúde (MS) durante o Seminário Nacional de Saúde da População Negra na Atenção Primária. Os números foram calculados a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do ministério.
Segundo a médica Rita Helena Borret, organizadora do seminário realizado no sábado (18), o maior risco de suicídio na população jovem negra está relacionado ao racismo estrutural, que causa maior sofrimento e adoecimento entre os jovens e adolescentes do que entre os brancos da mesma idade.
Adolescentes homens têm maior risco
A taxa de mortalidade por suicídio entre adolescentes e jovens negros apresentou um crescimento significativo no período de 2012 a 2016. Em 2012, a taxa foi de 4,88 óbitos por 100 mil. O número aumentou 12% e chegou a 5,88 óbitos por 100 mil mo ano de 2016.
No mesmo período, a taxa de mortalidade por suicídio entre os jovens e adolescentes brancos permaneceu estável. Em 2012, a taxa nesse grupo foi de 3,65 óbitos por 100 mil. Em 2016, essa taxa foi de 3,76 óbitos por 100 mil.
Em todos os anos analisados, o número de suicídios foi maior entre adolescentes e jovens negros quando comparados com os brancos.
Em 2012, a cada 100 suicídios entre adolescentes e jovens brancos ocorreram 134 em adolescentes e jovens negros. O maior risco foi observado em 2016: neste ano, a cada 100 suicídios em adolescentes e jovens brancos, ocorreram 145 suicídios entre negros. Assim, o risco de suicídio foi 45% maior na população jovem negra.
Na população negra de 10 a 29 anos do sexo masculino o risco foi ainda mais elevado: 50% maior que entre homens da mesma idade brancos.
O grupo de maior vulnerabilidade é composto por homens negros mais jovens, com idade entre 10 e 19 anos. O risco de suicídio neste grupo foi 67% maior do que entre adolescentes brancos do sexo masculino.
Construção de identidade na juventude
Para entender porque o suicídio atinge mais jovens negros do que jovens brancos é necessário analisar os impactos do racismo na sociedade, segundo a médica Rita Borret, presidente da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio de Janeiro.
Organizadora do Seminário Nacional de Saúde da População Negra na Atenção Primária, Borret explica que o racismo causa impactos danosos que afetam significativamente os níveis psicológicos e psicossociais de qualquer pessoa. No caso dos jovens e adolescentes, os efeitos são ainda mais graves.
"O jovem negro, quando está na fase de construir sua própria identidade, a constrói a partir do entendimento de que ser negro é ser inferior, ser feio, ser menos valorizado", explica. "Essa percepção de não pertencimento faz com que esse jovem tenha um sofrimento e um adoecimento muito maior e pode, em muitos casos, levar ao suicídio negro."
A cartilha do Ministério da Saúde reconhece o racismo como um dos fatores de risco para suicídio. Rejeição, discriminação e racismo são fatores determinantes de risco para o suicídio, segundo o ministério.
"Um dos grupos vulneráveis mais afetados pelo suicídio são os jovens e sobretudo os jovens negros, devido principalmente ao preconceito, à discriminação racial e ao racismo institucional", aponta a cartilha.
Segundo o documento, o estigma em torno do suicídio pode ser ainda maior quando há questões raciais envolvidas.
"Muitas vezes as queixas raciais podem ser subestimadas ou individualizadas, tratadas como algo pontual, de pouca importância, o que acaba culpabilizando aquele que sofre o preconceito", atesta o relatório.
Para Borret, os dados da cartilha recém-lançada comprovam que o racismo e a desigualdade racial afetam a ocorrência de problemas de saúde e potencializam seus fatores de risco.
"Viver em uma sociedade que trata diferente pessoas negras e brancas é adoecedor, gera um sofrimento e uma sensação de preterimento", explica a médica. "Por isso são necessárias políticas públicas focadas na saúde da população negra."
Racismo nos serviços de saúde
Criada em 2009, a Política Nacional de Saúde da População Negra (PNSIPN) visa garantir a equidade e a efetivação do direito à saúde de negras e negros. Apesar de ter sido criada há mais de 10 anos, a política ainda é pouco aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS).
"Os gestores muitas vezes acreditam que não existe racismo no Brasil e por isso não há necessidade de aplicar as políticas nacionais para combater esse problema", afirma a médica Rita Borret.
Um levantamento de pesquisadores da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e da USP mostrou que, em um universo de mais de 5 mil municípios brasileiro, somente 57 colocaram em prática a PNSIPN. Segundo a pesquisa, o estado de São Paulo é onde mais cidades aderiram à estratégia, com 27 municípios participantes. Empatados em segundo lugar estão Minas Gerais e Paraná, com apenas 4 municípios cada.
"As instituições de saúde brasileiras também são instituições racistas, tanto pelo silenciamento das situações de racismo que ocorrem dentro delas como pela reprodução do racismo estrutural que existe na nossa sociedade", diz a médica Rita Borret.
Apenas 17,6% dos médicos brasileiros são negros, segundo pesquisa de 2014 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A população negra, que inclui pessoas pretas e pardas, corresponde a 50,7% dos brasileiros, conforme o Censo 2010 do IBGE.
G1
Portal Santo André em Foco
O quinto caso de malária foi confirmado no município do Conde, Litoral Sul da Paraíba, nesta segunda-feira (20). De acordo com a secretária de saúde da cidade, Renata Martins, uma mulher de 27 anos deu entrada no pronto atendimento na última sexta-feira (17) com os sintomas semelhantes.
A malária foi confirmada após a realização do exame de sangue, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira. A mulher é moradora do Conde e, após ser comunicada sobre o resultado positivo para a malária, informou que está viajando, mas que retornaria para iniciar o tratamento.
A paciente não será transferida para o Hospital Universitário (HU) Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, porque não está inserida em um grupo de risco e está na fase inicial da doença.
O tratamento vai ser realizado em casa, com medicamentos. De acordo com a secretária, a paciente mora na mesma região das pessoas dos outros 4 casos. "Quando antes tratar, melhor, para evitar que outro mosquito seja vetor da doença", explicou Renata.
Uma comissão especial foi formada com trabalhadores da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica da cidade para elaborar um relatório sobre o assunto, no prazo de 60 dias desde a data da descoberta da primeira paciente.
Outros quatro casos confirmados
O primeiro caso da doença no estado, este ano, foi constatado em uma mulher, de 35 anos, moradora do município do Conde, na Região Metropolitana da capital paraibana. Ela foi internada no mesmo hospital no dia 29 de março e, após passar por tratamento, recebeu alta no dia 9 de abril.
Já o segundo caso foi diagnosticado em um homem, de 53 anos, que deu entrada inicialmente no Hospital de Ortotrauma de Mangabeira e, depois, foi transferido para o HU no dia 5 de abril, quando exames confirmaram a suspeita. Ele mora no município de Tavares, mas trabalha no Conde, segundo a Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Saúde do Conte. Ele recebeu alta médica no dia 12 de abril.
O terceiro caso foi identificado em uma mulher, de 40 anos, moradora do bairro de Jacumã, no Conde. Ela deu entrada no HU no dia 11 de abril, quando a confirmação de malária foi feita por meio de um teste rápido, e recebeu alta no dia 22 do mesmo mês.
A confirmação do quarto caso foi identificada em um idoso, de 60 anos, que mora no bairro Village Jacumã, no Conde. Após o diagnóstico, o tratamento foi iniciado no município, mas devido a outras doenças, ele foi transferido para o Hospital Universitário (HU) Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa. Ele recebeu alta no dia 8 de maio.
Malária
As secretarias chamam a atenção para os seguintes casos suspeitos:
A malária não é uma doença comum no estado, mas é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que pode ser encontrado na Paraíba nas espécies An.aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis.
É necessário que o mosquito esteja infectado pelo protozoário Plasmodium nas espécies P. vivax, P. falciparum e P. malariae, que age na corrente sanguínea para causar a doença.
Além da transmissão por mosquito, a doença pode ser difundida por contato de uma corrente sanguínea com o sangue contaminado.
G1 PB
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Após a falência da RR Donnelley, que imprimiria o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não precisará abrir uma nova licitação para selecionar a gráfica que fará o serviço. A empresa substituta é a Valid Soluções S.A., pelo valor global de R$ 151,7 milhões, segundo publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira (21).
Ela será responsável pela diagramação, manuseio, embalagem, impressão, rotulagem e entrega dos cadernos de provas para os Correios. As etapas devem ocorrer em condições especiais de segurança e em sigilo.
Opções após falência
A RR Donnelley entrou com o pedido de falência no dia 1º de abril. Diante disso, para garantir que o Enem ocorresse dentro do cronograma, o Inep teve duas opções: iniciar um novo processo de seleção - que demoraria meses - ou contratar a Valid, segunda colocada na licitação de 2016.
No dia 25 de abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou que o órgão convocasse esta outra gráfica. Para isso, no entanto, o Inep precisaria comprovar que não haveria tempo suficiente para abrir uma nova licitação. As provas do Enem serão aplicadas em 3 e 10 de novembro, e o trabalho da gráfica deveria se iniciar ainda em maio.
A dispensa da licitação foi formalizada nesta terça. O G1 entrou em contato com o Inep para saber mais detalhes do processo, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.
Dispensa de licitação
A alternativa de dispensa de licitação é permitida por lei em casos de emergência, como perturbação da ordem, calamidade pública, fornecimento de energia ou quebra de barreiras. Também é válida para situações em que há rescisão contratual, e um serviço deixa de ser prestado. A lei determina que, nesse contexto, seja respeitada a ordem de classificação da licitação.
Contrato até 2020
A RR Donnelley prestou serviços para o Inep na impressão do Enem desde 2009, quando foi contratada em caráter de urgência por causa do roubo dos cadernos de prova. Até então, a empresa responsável pelo exame era a Plural.
No ano seguinte, foi aberta uma nova licitação para selecionar a gráfica que imprimiria o Enem de 2010 a 2015. A RR Donnelley apresentou sua proposta e venceu. Depois, em 2016, um novo pregão foi realizado e a mesma empresa venceu novamente, com um contrato que permitia a renovação anual até 2020.
A última havia sido feita em julho de 2018, pelo período de 12 meses, e incluía a execução dos serviços do Enem 2019.
Cronograma do Enem 2019
G1
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A Paraíba registrou 174.608 inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta segunda-feira (20). Em todo o Brasil foram contabilizados 6,3 milhões de inscritos.
O período de inscrições terminou na sexta-feira (17), mas 59.985 inscritos da Paraíba ainda precisam realizar o pagamento da taxa, de R$ 85, até o dia 23 de maio.
Conforme o Inep, aqueles que não tiveram a isenção devem efetuar o pagamento por meio de uma GRU Cobrança, em qualquer banco, casa lotérica ou agência dos Correios.
O Enem 2019 também contará com 180 questões. No dia 3 de novembro serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; e ciências humanas e suas Tecnologias. Já no dia 10 de novembro serão aplicados os exames de ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.
Com as notas obtidas no Enem 2019, os estudantes poderão ter acesso à educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de programas como o Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
G1 PB
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Um caminhão brasileiro saiu da pista e parou a centímetros de um precipício na Cordilheira dos Andes na rodovia 60, pela qual se faz a travessia entre Mendoza, na Argentina, e Santiago, no Chile. Segundo o representante da empresa transportadora brasileira no Chile, o motorista teve problemas com o gelo na pista no trecho conhecido como "Los Caracoles", uma sequência de curvas extremamente sinuosa na descida do lado chileno.
O incidente aconteceu na tarde desta segunda-feira (20). Segundo a transportadora, o motorista não se feriu e o caminhão, que tem placa de Caxias do Sul (RS), não teve danos. O veículo foi retirado pela polícia do local e já se encontra na cidade de Los Andes, com o motorista.
G1
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Cerca de 3,7 milhões de pessoas deixaram a Venezuela em decorrência da crise política, econômica e social que atinge o país nos últimos anos e merecem proteção como refugiados, afirmou nesta terça-feira (21) a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Todos os dias, vemos uma média entre 3 mil e 5 mil pessoas saindo da Venezuela. Cerca de três milhões de pessoas que deixaram os país desde 2015", disse Liz Throssel, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
O balanço da ONU indica que, no final de 2018, cerca de 460 mil venezuelanos solicitaram asilo e a maioria deles o fez em países vizinhos da América Latina.
Por volta de 1,4 milhão de venezuelanos receberam autorização de residência ou vistos - de caráter humanitário ou para trabalhar - para se estabelecer legalmente em países latino-americanos.
"Levando em conta a deterioração da situação política, econômica, humanitária e de direitos humanos na Venezuela (...), o Acnur considera que a maioria dos que fugiram do país precisa de um sistema internacional de proteção aos refugiados", explicou Throssel.
"É extremamente importante que, dada a situação na Venezuela, não haja deportações, expulsões ou retornos forçados", disse Liz Throssell
A emigração em massa de venezuelanos é um dos mais importantes deslocamentos na história recente da América Latina.
Venezuelanos no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou em agosto de 2018 que cerca de 30,8 mil venezuelanos viviam no Brasil. O levantamento usou como base dados da Coordenação Geral de Polícia de Imigração da Polícia Federal a partir de 2015. Naquele ano, eram cerca de mil venezuelanos vivendo no país. Assim, em apenas três anos essa população aumentou 3.000%.
Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (20) que o Irã enfrentará uma reação de "grande força" caso faça algo que vá contra os interesses norte-americanos no Oriente Médio. O republicano acrescentou que Teerã tem sido muito hostil em relação a Washington.
Trump disse a repórteres que está disposto a negociar com o Irã "quando eles estiverem prontos", mas que agora não há discussões em andamento.
As declarações de Trump vêm apesar de pressões do governo iraniano para que os EUA tratem o Irã com respeito, e não com ameaças de guerra, em resposta a comentários feitos pelo líder norte-americano no domingo. As declarações ampliaram as preocupações quanto a um possível conflito entre os dois países.
"Com o Irã, veremos o que acontece", disse Trump. "Mas eles têm sido muito hostis. Eles realmente têm sido os provocadores número 1 do terror."
"Acho que o Irã estará cometendo um grande erro se fizer algo. Se fizerem alguma coisa, receberão uma reação de grande força, mas não temos indicações de que eles farão", disse. "Não teremos escolhas", completou.
Trump alertou aos líderes iranianos que não telefonem para conversas a não ser que estejam preparados para negociar.
Porém, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse mais tarde que não há condições para diálogo nas atuais circunstâncias.
"A situação hoje não permite conversas, e nossa escolha é resistir, apenas", declarou Rouhani à agência estatal IRNA.
Irã aumenta enriquecimento de urânio
O Irã anunciou, nesta segunda-feira, que aumentou em quatro vezes a taxa de enriquecimento de urânio, informou a Reuters, conforme divulgado pela agência de notícias Tasnim. O anúncio foi feito dias depois de o país ter suspendido oficialmente alguns compromissos internacionais feitos sob o acordo nuclear.
Um dia antes, Trump subiu o tom contra o governo iraniano. Em mensagem publicada no Twitter, o norte-americano escreveu:
"Se o Irã quiser brigar, será o fim oficial do Irã. Nunca ameace os Estados Unidos novamente!"
Por causa da recente escalada de tensões, a embaixada norte-americana em Bagdá, no Iraque, país vizinho do Irã, foi esvaziada. Ficaram apenas os funcionários essenciais para lidar com emergências.
Reuters
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Ao discursar para comemorar um ano de sua reeleição – considerada ilegítima pela oposição – o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, propôs nesta segunda-feira (20) a antecipação das eleições para a Assembleia Nacional, casa legislativa controlada pela oposição.
"Faço uma proposta para as oposições, vamos nos medir eleitoralmente, façamos eleições, vamos legitimar a única instituição que não o fez nos últimos cinco anos", disse, segundo informações de seu órgão oficial de comunicação.
As eleições para a Assembleia Nacional, em princípio, estão previstas para 2020. Inicialmente, não estava claro se a proposta do chavista resultaria em alguma medida efetiva ou se foi força de expressão para questionar a legitimidade da Assembleia Nacional em seu discurso.
A casa presidida pelo líder oposicionista Juan Guaidó foi considerada "em desacato" pela Justiça venezuelana, também controlada por Maduro, e perdeu seu poder legislativo. Em seu lugar, Maduro convocou uma Assembleia Constituinte, que teve seu funcionamento prorrogado nesta segunda, apesar de não ter apresentado, em dois anos, um novo projeto de Constituição.
"No máximo no ano que vem há eleições. A próxima eleição é da Assembleia Nacional. Eles participarão, sim ou não? Nós vamos participar ", disse o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, numa sessão nesta segunda. Ele questionou a capacidade da oposição de garantir a estabilidade da nação.
"Somos os verdadeiros fiadores da paz deste país, um ano depois de Maduro ter vencido as eleições e consolidar a paz no país. É por isso que vamos nos sentar e conversar ", disse Cabello.
Seguidores de Maduro se mobilizaram nesta segunda em Caracas para demonstrar seu apoio ao presidente no aniversário de um ano de sua reeleição, considerada ilegítima pelo líder opositor Juan Guaidó e seus apoiadores, incluindo os governos de dezenas de países, entre os quais o Brasil e os Estados Unidos.
Sob o lema "Marcha da Vitória", com bandeiras partidárias e camisas vermelhas, símbolo do chavismo, centenas de pessoas se reuniram para se manifestar pelo centro da capital, indo da Plaza Morelos ao palácio presidencial de Miraflores.
G1
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A Conmebol publicou nesta terça-feira as exigências para os clubes disputarem a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana em 2020. E uma delas causou forte reação no Brasil.
"[o clube] deve estar disputando o torneio nacional de sua Associação Membro na divisão principal da competição em 2020 (ou seja, não haver descendido de divisão no torneio nacional."
Consultada pelo GloboEsporte.com, a diretoria de competições de clubes da Conmebol confirmou que só poderá jogar a Libertadores e a Sul-Americana "quem estiver na Série A em 2020".
A Conmebol informou também que vai incluir a exigência nos regulamentos da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Especialistas em direito desportivo afirmam que a mudança pode ser contestada, já que altera o regulamento de competições em andamento – notoriamente a Copa do Brasil.
Palmeiras jogou a Libertadores de 2013 por ter sido campeão da Copa do Brasil de 2012, mas caiu no Brasileirão daquele ano — Foto: Marcos Ribolli
Essa decisão tem consequências práticas na Copa do Brasil de 2019, um torneio já em curso, cujo regulamento prevê ao seu campeão uma vaga direto na fase de grupos da Copa Libertadores de 2020.
A CBF diverge da Conmebol e entende que a Copa do Brasil é, sim, um "torneio nacional" e de "divisão principal" (já que não tem rebaixamento) e que, portanto, seu campeão terá vaga na Libertadores do ano que vem.
A edição de 2019 está nas oitavas de final, com três clubes da Série C – ou seja, sem nenhuma chance de estarem na Série A em 2020, como diz o comunicado da Conmebol: Sampaio Corrêa, Juventude e Paysandu. O Juventude lamentou a decisão da confederação sul-americana:
– É estranho. Campeonatos como o Brasileiro, Copa do Brasil, que classificam para a Libertadores, já começaram. Tem que fazer essa mudança para a edição de 2021, aí as equipes já entram sabendo disso. A competição (Copa do Brasil) já está em andamento, aí muda o critério. Mas não faremos nada, ganhar a Copa do Brasil é um sonho. Mas é estranho – disse o presidente do Juventude, Walter Dal Zotto Jr, ao repórter Lucas Bubols, da RBS.
No mais, há possibilidade de todos os outros clubes, mesmo os da Série A, serem campeões da Copa do Brasil e caírem no Campeonato Brasileiro. O que aconteceria? A CBF diz que o campeão da Copa do Brasil joga a Libertadores, não importa o que aconteça na Série A.
Na Argentina, caso a regra da Conmebol seja mantida, o Tigre também pode ficar fora da Copa Libertadores. Na liga nacional, o time acabou rebaixado nesta temporada, mas na Copa da Superliga Argentina a equipe venceu por 5 a 0 o Atlético Tucumán no jogo de ida e está muito perto da decisão. O torneio, tal como a Copa do Brasil, reserva ao vencedor uma vaga na Libertadores.
O comunicado da Conmebol também causou reações fortes na AFA (Associação do Futebol Argentino). A presidente da AFA, Claudio Tapia, chegou ao poder graças aos clubes pequenos, que viam na Copa da Superliga a única chance de chegar à Libertadores. O cartola já está sendo pressionado no país vizinho.
A Conmebol diz o oposto.
Não seria uma situação inédita. Em 2013, por exemplo, o Palmeiras disputou a Libertadores por ter conquistado a Copa do Brasil do ano anterior. No mesmo ano (2012), o Verdão foi rebaixado para a Série A do Campeonato Brasileiro.
No Paraguai, o Independiente foi rebaixado na temporada passada, mas está disputando a atual edição da Copa Sul-Americana. O caso é o seguinte: terminou em oitavo no Paraguaio, garantiu vaga na competição internacional, mas acabou rebaixado pela média de pontos.
Globo Esporte
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