Abril 30, 2025
Arimatea

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux pediu vista (mais prazo) nesta segunda-feira (24) e adiou o julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, acusada de ter pichado a frase "Perdeu, mané", na estátua da "A Justiça", que fica em frente à sede do STF.

O julgamento começou na sexta-feira (21) em plenário virtual e, até esta segunda, o placar era de 2 votos a 0 pela condenação. Os votos foram dados pelos ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino.

Pelo rito normal, o julgamento terminaria no próximo dia 28. Agora, com o pedido de vista, a nova data ainda será definida.

Fux indicou a colegas que vai estudar melhor o caso para verificar os crimes apontados pela PGR.

Ministros do Supremo ressaltam que a cabeleireira não foi acusada pela PGR apenas pela pichação, mas por ter aderido ao movimento golpista.

Ela reconheceu, por exemplo, que esteve acampada em frente ao quartel-general do Exército junto ao grupo que pedia intervenção militar, o que é inconstitucional.

➡️No voto, Moraes fixou a pena em 14 anos de prisão — inicialmente em regime fechado —, além de R$ 30 milhões em danos morais.

"A ré dolosamente aderiu a propósitos criminosos direcionados a uma tentativa de ruptura institucional, que acarretaria a abolição do Estado Democrático de Direito e a deposição do governo legitimamente eleito", escreveu o ministro em seu voto.

A pichação ocorreu durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro - quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Denúncia da PGR
A PGR acusou a mulher dos seguintes crimes:

  1. tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão.
  2. golpe de Estado: quando alguém tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos.
  3. associação criminosa armada: quando três ou mais pessoas se associam para cometer crimes. A pena inicial varia de um a três anos de prisão, mas o MP propõe a aplicação do aumento de pena até a metade, previsto na legislação, por haver o emprego de armas.
  4. dano qualificado: quando alguém destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. Neste caso, a pena é maior porque houve violência, grave ameaça, uso de substância inflamável. Além disso, foi cometido contra o patrimônio da União e com "considerável prejuízo para a vítima". A pena é de seis meses a três anos.
  5. deterioração de patrimônio tombado: é a conduta de "destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial". O condenado pode ter que cumprir pena de um a três anos de prisão.

Débora foi presa em março de 2023 em Paulínia (SP) – relembre abaixo:

O que diz a defesa
A defesa de Débora argumentou que o caso não deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal. Também considera que a denúncia deve ser rejeitada por falta de justa causa. Defendeu ainda que ela deve ser absolvida, já que sua conduta não configuraria crime.

Quais os próximos passos
O processo agora está na fase de julgamento. Os ministros vão avaliar as provas e os depoimentos e decidir se ela deve ser condenada ou absolvida. Se for absolvida, o caso será arquivado. Se condenada, os ministros vão fixar uma pena de acordo com as circunstâncias do caso.

Da decisão, caberá recurso no próprio STF.

g1
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A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados vai analisar nesta terça-feira (25) seis pedidos de convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O presidente do colegiado, deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), ainda pautou três moções de repúdio e dois convites ao ministro.

Dos seis pedidos de convocação, cinco pedem explicações sobre a fala do ministro de que “a polícia prende mal, e o Judiciário é obrigado a soltar”. As três moções de repúdio também são sobre a declaração.

“Os detidos são soltos quando a Justiça não vê necessidade de manter as prisões após a audiência de custódia, e não porque as prisões foram malfeitas ou ilegais. Só é possível falar em prisão mal realizada quando se detecta alguma ilegalidade, e certamente essa não é a realidade diuturna das audiências de custódia realizadas no Brasil”, diz um dos requerimentos de convocação sobre a declaração do ministro.

A fala de Lewandowski aconteceu durante uma palestra em Brasília sobre o impacto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, na quarta-feira (19). No dia seguinte, a pasta publicou uma nota justificando a declaração, alegando que a manifestação ocorreu “em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia”.

Na sexta-feira (21), em evento do ministério na Paraíba, o ministro disse que o Brasil tem “uma polícia altamente eficiente e preparada” e que a fala inicial foi tirada de contexto. Autoridades e associações criticaram a declaração do ministro. Em contrapartida, algumas associações ligadas ao Judiciário defenderam Lewandowski.

Outros motivos
Os demais requerimentos não estão relacionados ao caso. O sexto pedido de convocação pede explicações sobre o cancelamento de acordos de cooperação técnica mantidos entre os Ministérios Públicos estaduais com as Polícias Federal e Rodoviária Federal.

Já os dois convites pedem que o ministro apresente o planejamento e as diretrizes da pasta para 2025, além de explicar estratégias e ações previstas para o fortalecimento da segurança pública no Brasil.

R7
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O governo deve complementar ao longo do ano os recursos do Orçamento de 2025 em pelo menos R$ 14,5 bilhões para atender o programa Pé-de-Meia (R$ 12 bilhões) e a Lei Aldir Blanc de fomento à Cultura (R$ 2,5 bilhões). O relator do Orçamento de 2025 (PLN 26/24), senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse que o governo está apenas usando as regras legais e os prazos que têm para fazer estas adequações. Ele concedeu entrevista à Rádio Câmara nesta segunda-feira (24).

Apesar de o Orçamento prever um superávit de R$ 15 bilhões para 2025, este dinheiro não pode ser usado para aumentar o total das despesas porque existe um teto de gastos definido pelo arcabouço fiscal (LC 200/23). Portanto, as mudanças terão de ser feitas com remanejamentos orçamentários.

No caso do Pé-de-Meia, segundo o senador, o Orçamento tem R$ 1 bilhão reservado e o restante será complementado até junho, quando vence o prazo de 120 dias que o Tribunal de Contas da União estabeleceu.

Já a Lei Aldir Blanc sofreu um corte de R$ 2,5 bilhões nos R$ 3 bilhões esperados para o ano; mas o governo já divulgou nota, informando que tudo será recomposto. De acordo com a nota, essa recomposição pode ser feita por ato do Executivo porque a despesa é considerada obrigatória.

Já a recomposição do Pé-de-Meia será feita por projetos de Lei do Congresso Nacional com pedidos de suplementação do Orçamento.

O relator do Orçamento contou que alguns cortes foram enviados pelo governo antes da votação do Orçamento no último dia 20 para atender as demandas das emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado.

O senador Angelo Coronel explicou ainda que as emendas cumprem um papel importante dentro do Orçamento. “Muitas vezes, o governo e seus técnicos não sabem onde é que ficam aquelas cidades, longe dos grandes centros urbanos. É importante ouvir o prefeito, o vereador, os deputados que representam essa cidade, o senador, para que eles façam a alocação de recursos diretamente para atender essas localidades.”

Após a sanção do Orçamento, o governo já informou que vai enviar projeto de lei ao Congresso para elevar o limite de isenção da tabela do Imposto de Renda para dois salários mínimos ainda neste ano. Ou seja, aumentar a isenção de R$ 2.824 para R$ 3.036,00.

Agência Câmara
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A Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou um parecer que conclui que a posição de primeira-dama, ou de primeiro-cavalheiro, é uma função de interesse público e que, portanto, cabe ao Estado arcar com os custos decorrentes dessa função, incluindo despesas com viagens.

Outra conclusão é que as atividades exercidas por uma primeira-dama devem ter total transparência, com divulgação permanente das agendas – a exemplo do que ocorre com pessoas que ocupam cargos de destaque no governo.

O parecer vem sendo construído nos últimos meses pela AGU, num momento em que a primeira-dama, Janja da Silva, é alvo de uma ofensiva da oposição, que questiona o uso de recursos públicos para custear as atividades que realiza.

A existência do documento foi, inicialmente, noticiada pelo jornal "O Globo". A GloboNews confirmou que o parecer está em finalização pela AGU.

Parlamentares da oposição já apresentaram cinco requerimentos ao Executivo cobrando informações sobre as viagens de Janja.

O líder da oposição na Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), afirmou que irá apresentar mais um requerimento para obter informações da viagem da primeira-dama ao Japão.

“Vamos convocar o chanceler Mauro Vieira na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para que ele explique qual é o papel diplomático de Janja”, afirmou Zucco.

Os governistas têm reagido aos movimentos da oposição e também apresentaram requerimentos ao Executivo sobre gastos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro com o cartão corporativo.

“A cada requerimento contra a Janja, vamos apresentar dois contra a Michelle”, disse o líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

Janja viajou a Tóquio uma semana antes de Lula e ficou vários dias sem compromissos na agenda. A primeira-dama viajou na aeronave precursora da viagem presidencial e ficou hospedada na embaixada do Brasil em Tóquio.

Não houve gastos públicos extras com o deslocamento antecipado dela. Mesmo assim, a viagem tem sido alvo de críticas de opositores.

Segurança jurídica e transparência
O parecer da AGU já tramitou por todas as áreas da pasta e deve ser finalizado nesta semana. O objetivo é dar segurança jurídica à atuação de Janja e de quem vier a sucedê-la na posição.

Na visão do órgão, há interesse público nas ações da primeira-dama independentemente de ela não ter cargo oficial no governo ou mesmo algum cargo de honra (não-remunerado).

A AGU analisou a situação em vários outros países e concluiu que o cônjuge do chefe de estado é tratado como uma figura que exerce função pública e tem seus custos bancados por recursos federais.

O órgão também observou a jurisprudência em outras esferas, como decisões judiciais e pareceres da PGR (Procuradoria-Geral da República) e TCU (Tribunal de Contas da União).

Com o parecer, o Palácio do Planalto fica responsável por processar e analisar a pertinência dos convites recebidos por Janja, bem como arcar com despesas com deslocamentos, hospedagens, diárias, segurança e alimentação, assim como ocorre com qualquer figura do governo.

O argumento da AGU é que, sendo a função de primeira-dama de interesse público, não faz sentido que o ocupante do posto use recursos do próprio bolso para custear as atividades.

Em fevereiro, Janja viajou a Roma para participar da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, com despesas pagas pelo governo.

Ela também embarca na quarta-feira (26) a Paris, a convite do governo francês, para acompanhar a Cúpula Nutrição para o Crescimento, também com gastos custeados pelos cofres públicos.

Sem cargo oficial
Mesmo sem ter sido nomeada para cargo no governo, Janja conta com uma equipe à sua disposição, formada por assessores e seguranças, e possui uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto.

No início do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, decidiu que não havia necessidade de criar um cargo para Janja.

No entorno de Lula, muitos defendem que ela tenha cargo e tarefas mais definidas. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, já se posicionou a favor de Janja ocupar um cargo honorífico, sem remuneração.

Sem cargo definido, a primeira-dama não costuma divulgar à sociedade as atividades de que participa.

R7
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Após o mercado reagir mal ao ruído sobre o arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais nesta segunda-feira (24) para explicar sua declaração diante das contas públicas brasileiras. “Eu gosto da arquitetura do arcabouço fiscal, que estou confortável com seus atuais parâmetros e defendo reforçá-lo com medidas. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, disse.

Após o mercado reagir mal ao ruído sobre o arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais nesta segunda-feira (24) para explicar sua declaração diante das contas públicas brasileiras. “Eu gosto da arquitetura do arcabouço fiscal, que estou confortável com seus atuais parâmetros e defendo reforçá-lo com medidas. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, disse.

Mais cedo, Haddad participou de um evento promovido por um grupo de comunicação. Na ocasião, o ministro da Fazenda afirmou que o arcabouço fiscal é uma arquitetura com regras que não existiam antes na Lei de Responsabilidade Fiscal. “A gente procurou corrigir e aproveitar a experiência recente do teto de gastos para aprimorar a política, então teve correção na direção correta, mas sem a fantasia de um teto de gastos igual à inflação, porque quem conhece as finanças públicas brasileiras, sabe que isso é impossível”, disse.

Na sequência, Haddad defendeu a arquitetura do arcabouço fiscal, mas reconheceu que eventuais mudanças dos parâmetros podem ocorrer. “Quando tiver numa situação de instabilidade da dívida/PIB, quando tiver uma Selic mais comportada, quando tiver uma inflação mais comportada, vai poder mudar os parâmetros do arcabouço, mas na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura”.

“Ninguém discorda que vai ter que fazer ajuste na máquina. Está pilotando um carro, você não vai até o seu destino sem parar numa mecânica, num posto de gasolina, vai ter que fazer reparos para andar bem. Mas do ponto de vista da arquitetura, estou confortável com o modelo atual”, ponderou o responsável pela área econômica.

Depois, Haddad foi questionado se o próximo governo vai ter que ter parâmetros diferentes. O ministro respondeu que são níveis diferentes de debate. “Do ponto de vista da arquitetura, que é regra de gasto e meta de primário, eu acho que arcabouço funciona. Ah e o parâmetro de gasto? Isso pode ajustar, não tem problema, não vai estar ferindo o princípio geral. São níveis diferentes e por vezes eu vejo esse debate confuso no debate público. E eu penso que se fatiarmos o debate em questões mais e menos estruturais, vamos ter compreensão maior do que nos resta fazer.”

As declarações foram distorcidas e o mercado reagiu mal ao ruído. O Ibovespa abriu o dia em queda, com o principal índice da bolsa brasileira com 0,14%, aos 132.154,33 pontos, por volta das 10h. O dólar à vista girava a estabilidade diante do real, nas primeiras negociações, por volta das 9h, com R$ 5,71 na venda. Diante do cenário, Haddad usou as redes sociais para explicar as falas.

“Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento do Valor. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, escreveu Haddad.

R7
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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu, nesta segunda-feira (24), que o Banco Central (BC) desconsidere a inflação de alimentos e energia ao definir a taxa básica de juros, a Selic. A declaração vem após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevar a Selic para 14,25% ao ano para conter a inflação.

Alckmin mencionou o exemplo do banco central dos Estados Unidos, que retira esses dois índices do cálculo dos juros básicos da economia estadunidense. “Uma taxa de juros elevada, como a Selic, em 14,25% ao ano, ela atrapalha a economia, porque torna muito caro o custo de capital”, disse, em evento promovido pelo jornal Valor Econômico.

Para o presidente em exercício, os aumentos nos preços de alimentos e energia são impulsionados por fatores externos e de natureza pontual, como eventos climáticos adversos e tensões geopolíticas, como guerras. Segundo o também ministro, esses eventos impactam os preços de forma significativa, mas não possuem uma relação direta com a política monetária e, portanto, com a taxa de juros.

“Alimento é muito clima. Se eu tenho uma seca muito forte, uma alteração climática muito grande, vai subir o preço de alimento. E não adianta eu aumentar os juros que não vai fazer chover. Então eu só vou prejudicar a economia”, disse, lembrando que no caso da energia, os preços do barril do petróleo são definidos internacionalmente.

Embora o Banco Central tenha entre seus objetivos principais o controle da inflação, a visão do ministro sugere uma análise mais flexível e atenta aos choques de oferta que podem influenciar os índices de preços.

“Então, eles [banco central dos EUA] excluem do cálculo [alimentos e energia]. Eu acho que é uma medida inteligente, e a gente realmente [pode] aumentar os juros naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, explicou Alckmin.

“A redução da inflação é essencial. A inflação não é neutra socialmente, ela não é neutra, ela atinge muito mais o assalariado, que tem reajuste, normalmente, uma vez por ano e vê todo mês, todo dia, o seu salário perder o poder aquisitivo. Então, entendo, sim, que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro”, argumentou o presidente em exercício.

Alckmin também alertou para o impacto do aumento da Selic nas contas públicas. Segundo cálculos apresentados por ele, cada elevação de 1 ponto percentual na taxa básica de juros onera a dívida pública em aproximadamente R$ 48 bilhões.

Juros básicos
Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro, a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

O índice está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Copom aumentar mais uma vez os juros, em 1 ponto percentual, na reunião da semana passada, o quinto aumento seguido da Selic, em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Segundo o colegiado, a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços continue alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

Após a taxa básica de juros ser elevada para 14,25% ao ano, as previsões do mercado financeiro para a expansão da economia e o índice de inflação em 2025 foram reduzidas, de acordo com dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira (24), em Brasília. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para este ano, a estimativa para o crescimento da economia caiu de 1,99% para 1,98%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país - foi mantida em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Expansão da economia
Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,95 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.

Inflação
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 5,66% para 5,65% este ano. Para 2026, a projeção da inflação subiu de 4,48% para 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022 quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na reunião da semana passada, o quinto aumento seguido da Selic, em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Segundo o colegiado, a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços continue alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

Próximas reuniões
Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso.

Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Até o fim deste ano, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Agência Brasil
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O editor-chefe da revista americana "The Atlantic" foi incluído sem querer em um grupo de conversas do governo Trump que compartilhou mensagens ultrassecretas, que anteciparam o início de bombardeios americanos contra os rebeldes Houthis, no Iêmen.

A princípio, Jeffrey Goldberg não acreditou que estava recebendo informações de figuras do alto escalão do governo, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário de Defesa, Pete Hegseth e até o vice-presidente, JD Vance. "Eu tinha várias dúvidas sobre se esse grupo era real", afirmou, em reportagem publicada nesta segunda-feira (24), na "Atlantic".

Ele só acreditou na veracidade das mensagens com o início dos ataques lançados de porta-aviões americanos sobre alvos houthis.

Goldberg conta que a história começou em 11 de março, quando ele recebeu uma solicitação do aplicativo de mensagens Signal de um usuário identificado como Michael Waltz.

Apesar de as conversas terem criptografia de ponta a ponta, e o app ser usado por pessoas que buscam mais privacidade, o jornalista acreditava, até então, que a Casa Branca usaria um canal mais seguro para compartilhar informações sensíveis.

Outra desconfiança surgiu da relação difícil entre o governo Trump e jornalistas da imprensa tradicional, que não faz parte do grupo de veículos militantes que defende o presidente abertamente.

"Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes. Eu também não conseguia acreditar que o conselheiro de segurança nacional do presidente seria tão imprudente a ponto de incluir o editor-chefe do 'The Atlantic' em tais discussões com altos funcionários dos EUA, até e incluindo o vice-presidente", escreveu Goldberg.

A partir do dia 14 de março, conta Goldberg, JD Vance e Pete Hegseth passam a discutir assuntos sensíveis, em partivular sobre um bombardeio ao território do Iêmen — de onde os Houthis têm lançado ataques para bloquear rotas marítimas no Mar Vermelho, causando prejuízos ao porto israelense de Eilat.

Os Houthis são aliados do Irã e do grupo terrorista Hamas, e tem lançado bombardeios contra Israel desde o início da guerra entre os dois, em outubro de 2023.

Em dado momento, JD Vance afirma: "Eu apenas odeio salvar a Europa de novo". A visão do governo Trump é que o continente europeu se beneficia das campanhas militares dos EUA no estrangeiro e não oferece contrapartidas suficientes a Washington.

"Eu compartilho totalmente do seu desprezo pelos aproveitadores europeus. É PATÉTICO", concorda Hegseth, em resposta.

Goldberg afirma que, no dia 15 de março, o secretário de Defesa postou no grupo diversas informações sobre alvos e detalhes operacionais sobre ataques aos Houthis. As mensagens não foram reproduzidas em seu artigo porque "as informações contidas neles, se tivessem sido lidas por um adversário dos Estados Unidos, poderiam ter colocado em risco militares e pessoal de inteligência americanos, particularmente no Oriente Médio".

O jornalista só teve certeza de que as mensagens vinham, de fato, do primeiro escalão do governo Trump, no início da tarde do dia 15 de março, quando ele entrou na rede social X e checou o que estava sendo falado sobre o Iêmen, e viu que bombardeios estavam sendo reportados na capital, Sanaa — no mesmo horário em que as mensagens de Hegseth apontava como o início da operação.

Goldberg afirma que conseguiu a confirmação de que o grupo era real dias depois, após questionar o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

Ele aponta que o aplicativo Signal não é um canal autorizado pelo governo para o compartilhamento de informações sigilosas, e que o Executivo americano tem sistemas próprios exclusivos para esse propósito.

Segundo a "Atlantic", Michael Waltz e os integrantes do grupo podem ter violado diversas leis, incluindo a Lei de Espionagem de 1917, que pune quem coloca em risco as relações exteriores e informações sensíveis à segurança dos Estados Unidos.

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Um bombardeio da Rússia na cidade de Sumy, na Ucrânia, deixou 74 feridos, entre eles 14 crianças, informou o Ministério Público ucraniano nesta segunda-feira (24).

O ataque ocorre no mesmo dia em que representantes dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram uma nova etapa das negociações para um cessar-fogo parcial na guerra na Ucrânia em uma reunião na Arábia Saudita. Autoridades de Kiev não estão presentes.

Após o ataque, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia foi ao X criticar o governo russo.

"Moscou fala de paz enquanto realiza ataques brutais em áreas residenciais densamente povoadas nas principais cidades ucranianas. Algumas horas atrás, outro terrível bombardeio russo no centro da cidade de Sumy feriu dezenas de civis, incluindo muitas crianças. Em vez de fazer declarações vazias sobre paz, a Rússia deve parar de bombardear nossas cidades e encerrar sua guerra contra civis. Qualquer diplomacia com Moscou deve ser apoiada por poder de fogo, sanções e pressão", afirmou.

Em um vídeo postado no Telegram, falando do local atingido, o governador da região de Sumy, Volodymyr Artiukh, afirmou que prédios e uma escola sofreram danos:

"O inimigo lançou um ataque de mísseis no centro da cidade. Vários prédios altos e uma escola foram danificados. As crianças estavam em um abrigo".

Nas imagens postadas, fumaça preta pesada e incêndios ainda sendo controlados podem ser vistos ao fundo.

Sumy fica a cerca de 30 quilômetros da fronteira russa e tem sido alvo constante de bombardeios.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (24) que qualquer país que compre petróleo ou gás da Venezuela pagará uma tarifa de 25% sobre negociações feitas com os EUA.

Essa "tarifa secundária" entrará em vigor em 2 de abril, informou Trump em publicação no Truth Social.

Trump afirmou ainda que a Venezuela enviou, propositalmente, "dezenas de milhares de criminosos" — incluindo membros de uma gangue venezuelana chamada de "Tren de Aragua" —, e que tem sido muito "hostil aos EUA e às liberdades" defendidas pelo país.

"Portanto, qualquer país que compre petróleo e/ou gás da Venezuela será forçado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos em qualquer comércio que fizer com nosso país", disse Trump em sua rede social.

No início deste mês, Trump emitiu uma ordem para suspender por 30 dias uma licença que os EUA haviam concedido à Chevron desde 2022 para operar na Venezuela e exportar seu petróleo, depois de acusar o presidente Nicolás Maduro de não progredir nas reformas eleitorais e no retorno de migrantes.

Após o anúncio de Trump, os preços do petróleo no mercado internacional subiam 1%.

Sinais de flexibilidade sobre as tarifas recíprocas
Apesar da publicação sobre novas taxas impostas aos países que compram petróleo e gás da Venezuela, há sinalizações de que o presidente norte-americano pode ser mais flexível com alguns setores específicos na imposição das tarifas recíprocas, prometidas pelo republicano em fevereiro.

Nesta segunda-feira, por exemplo, Trump afirmou que pode dar descontos em tarifas a "muitos países", reiterando que planeja anunciar mais taxas sobre automóveis nos próximos dias.

"Anunciaremos algumas tarifas adicionais nos próximos dias, relacionadas a automóveis e também à madeira", disse o presidente norte-americano em entrevista a jornalistas, acrescentando que nem todas as taxas serão inclusas em 2 de abril.

Mais cedo, no entanto, um funcionário do governo Trump advertiu que a situação era fluida e que nenhuma decisão final havia sido tomada.

O próprio Trump determinará, em última instância, o conteúdo do anúncio de 2 de abril, que ele tem chamado de "Dia da Liberação" para a economia dos EUA. O movimento tem como objetivo reduzir o déficit global de US$ 1,2 trilhão no comércio de mercadorias, elevando as tarifas dos EUA aos níveis cobrados por outros países e contrapondo suas barreiras comerciais não tarifárias.

Trump disse em fevereiro que pretende impor tarifas sobre automóveis "na casa dos 25%" e taxas semelhantes sobre semicondutores e importações de produtos farmacêuticos, mas depois concordou em adiar algumas tarifas sobre automóveis após pressão das três maiores montadoras dos EUA para obter uma isenção.

O Wall Street Journal e a Bloomberg informaram que tarifas a setores específicos devem ser adiadas, citando também um funcionário do governo.

A turbulenta ofensiva tarifária de Trump desde sua posse em janeiro tem sido marcada por ameaças, reversões e atrasos, às vezes horas antes dos prazos de imposição, à medida que sua equipe comercial formula políticas rapidamente.

Até o momento, ele impôs novas tarifas de 20% sobre as importações chinesas, restaurou totalmente as tarifas de 25% sobre as importações globais de aço e alumínio e impôs tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México que não estão em conformidade com um acordo comercial norte-americano.

Duas altas autoridades de Trump — o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o principal assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett — disseram na semana passada que o governo deverá focar o esperado anúncio de tarifas recíprocas em 2 de abril em um conjunto mais restrito de países com os maiores superávits comerciais e altas barreiras tarifárias e não tarifárias.

Bessent se referiu a esses países como os "15 Sujos", uma referência a 15% dos países, enquanto Hassett disse à Fox Business que o foco seria em 10 a 15 países.

Um porta-voz do escritório do Representante de Comércio dos EUA, que está liderando o esforço para determinar as tarifas recíprocas, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz da Casa Branca também não respondeu.

Em uma solicitação de comentários públicos sobre as tarifas recíprocas, o escritório do Representante de Comércio disse que estava particularmente interessado nos maiores parceiros comerciais dos EUA e aqueles com os maiores superávits comerciais de mercadorias.

O escritório do Representante de Comércio indicou Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, União Europeia, Índia, Indonésia, Japão, Coreia, Malásia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Suíça, Taiwan, Tailândia, Turquia, Reino Unido e Vietnã como sendo de interesse particular, acrescentando que eles cobrem 88% do comércio total de mercadorias com os EUA.

g1
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