O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,26% em maio, conforme dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma queda de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia subido 0,43%.
No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,75%. Na janela de 12 meses, a inflação desacelerou de 5,53% para 5,32%, após um período de aceleração. (veja o gráfico abaixo)
A alta de 0,26% é a menor para o mês desde 2023, quando os preços subiram 0,23% em maio. No ano, o menor índice registrado até agora foi em janeiro, de 0,16%.
Agora, os resultados foram impulsionados, principalmente, pelo grupo de Habitação, que avançou 1,19%. Dentro dele, a energia elétrica residencial subiu 3,62%, por causa da bandeira amarela nas contas de luz.
Por outro lado, as quedas nos preços das passagens aéreas, da gasolina e de alguns alimentos, como o tomate e o arroz, aliviaram o índice. (leia mais abaixo)
A inflação de maio veio melhor do que as projeções do mercado financeiro, que esperavam um avanço de 0,37% nos preços.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em maio
Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta:
Os dois grupos que tiveram queda foram:
Conta de luz e remédios pesaram na inflação do mês
Segundo o IBGE, o que mais pesou na inflação no mês foi o grupo Habitação, que acelerou de 0,14% em abril para 1,19% em maio. A energia elétrica residencial (3,62%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.).
O resultado pode ser explicado pela bandeira amarela nas contas de luz, que adicionou um custo de R$ 1,88 nas faturas dos consumidores para cada 100 kWh utilizados.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a decisão de aumentar os preços foi tomada "devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano".
Além disso, houve reajuste da tarifa de energia em várias capitais, como Recife, Fortaleza, Aracaju, Salvador, Belo Horizonte e Campo Grande.
Outro item que se destacou no resultado do IPCA de maio foi o de produtos farmacêuticos, que subiu 0,69%, por causa do reajuste no preço dos medicamentos autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O plano de saúde também subiu 0,57%, mas o grupo total, de Saúde e cuidados pessoais, desacelerou de 1,18% em abril para 0,54% em maio.
Passagens aéreas, gasolina e alimentação aliviaram o índice
O grupo de Transportes contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, com um recuo de 0,37%.
Essa queda foi impulsionada pelo resultado da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%), todos registrando variação negativa: o óleo diesel de 1,30%, o etanol de 0,91%, o gás veicular de 0,83%, e a gasolina de 0,66%.
Além disso, houve uma importante desaceleração no grupo de Alimentação e bebidas, de 0,82% em abril para 0,17% em maio.
A alimentação no domicílio saiu de 0,83% para 0,02%, como resultado das quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).
No lado das altas, destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
INPC fica em 0,35%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, registrou uma alta de 0,35% em maio. Em abril, o índice havia subido 0,48%.
Com isso, o INPC acumulou uma alta de 5,20% nos 12 meses até maio de 2025.
g1
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