Um ataque a tiros em uma escola de ensino médio na Áustria deixou 10 mortos e 12 feridos nesta terça-feira (10), segundo autoridades austríacas. Policiais, unidades especiais e helicópteros foram enviados para responder ao incidente, ocorrido na cidade de Graz, no sudeste do país e a cerca de 140 km da capital Viena.
O chanceler austríaco, Christian Stocker, chamou o ataque de "hediondo" e "tragédia nacional", e confirmou que quatro homens e seis mulheres morreram no ataque, entre eles o atirador, um ex-aluno de 21 anos que tirou sua própria vida. Outros 12 alunos ficaram feridos, alguns em estado crítico. O atirador agiu sozinho.
Duas armas foram utilizadas no ataque, segundo a polícia do estado de Estíria, onde Graz está localizada. Mais de 300 policiais responderam ao ataque, dos quais 56 deles chegaram na escola em poucos minutos após denúncias de disparos. As autoridades evacuaram os alunos da escola, rapidamente controlaram a situação e isolaram o local para investigação.
A prefeita de Graz, Elke Kahr, chamou o ataque de "tragédia horrível" e afirmou que adultos e estudantes estão entre os mortos, e que diversas vítimas foram levadas ao hospital. Já o presidente, Alexander Van der Bellen, falou em "horror que atinge o coração" da Áustria. "Este é um dia sombrio na história de nosso país", disse Stocker, que declarou três dias de luto oficial. O governo brasileiro lamentou o ataque —veja nota na íntegra abaixo.
A Áustria tem uma das populações civis mais armadas da Europa, com cerca de 30 armas de fogo a cada 100 pessoas, segundo o Small Arms Survey, um projeto de pesquisa independente.
O ataque ocorreu por volta das 10h no horário local (5h em Brasília). A polícia austríaca afirmou que ainda não se sabe os motivos do ataque, e abriu uma investigação para apurar detalhes do caso. Os estudantes da escola foram levados para um local seguro na região para servir de ponto de encontro com os pais.
Segundo o jornal austríaco "Salzburger Nachrichten", o atirador teria utilizado uma pistola e uma espingarda —compradas legalmente—, e atirado contra alunos de sua antiga turma.
"É incompreensível e insuportável. Minha solidariedade e meu luto vão para as vítimas e suas famílias. Ninguém consegue imaginar esse sofrimento; como mãe de três filhos, isso parte meu coração", escreveu no X a ministra austríaca para Assuntos Europeus e Internacionais, Beate Meinl-Reisinger.
A ministra das Relações Exteriores, Beate Meinl-Reisinger, lamentou o ataque, que chamou de "massacre".
O ministro do Interior, Gerhard Karner, disse que irá a Graz nas próximas horas, segundo a "ORF".
Metralhadoras e espingardas de ação por bombeamento (pump action) são proibidas na Áustria, enquanto revólveres, pistolas e armas semiautomáticas são permitidos apenas com autorização oficial. Rifles e espingardas são permitidos com uma licença de armas ou licença válida de caça, ou ainda para membros de clubes tradicionais de tiro.
Quatro pessoas morreram e 22 ficaram feridas quando um jihadista condenado abriu fogo no centro de Viena em 2020. Em novembro de 1997, um mecânico de 36 anos matou seis pessoas na cidade de Mauterndorf antes de tirar a própria vida.
Governo brasileiro lamenta atentado na Áustria
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do ataque ocorrido em uma escola pública na cidade de Graz, na Áustria, na manhã desta terça-feira, 10 de junho. O ataque deixou dez pessoas mortas, inclusive o autor do crime, além de vários feridos.
O governo brasileiro reitera seu firme repúdio a qualquer ato de violência, cometido sob qualquer pretexto, e expressa sua solidariedade às famílias das vítimas, ao povo e ao governo da República da Áustria.
O plantão consular da Embaixada do Brasil em Viena (+43 699 1 512 0600, com Whatsapp) permanece à disposição para atender cidadãos brasileiros em situação de emergência na Áustria. Até o momento, não foi possível confirmar se haveria brasileiros entre as vítimas."
g1
Portal Santo André em Foco
Em busca de gols e da classificação para a Copa do Mundo de 2026, Carlo Ancelotti armou a seleção brasileira com três mudanças na escalação no último treino antes de enfrentar o Paraguai. A partida acontece nesta terça-feira, às 21h45 (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo.
Do time que enfrentou o Equador, na última quinta, saíram Gerson, Estêvão e Richarlison. Nos lugares deles entram Gabriel Martinelli, Raphinha e Matheus Cunha. Com isso, a expectativa é que a Seleção ganhe mais poderio ofensivo e mobilidade no ataque.
Assim, a formação testada nesta segunda e que deve iniciar a partida é: Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro e Bruno Guimarães; Raphinha, Gabriel Martinelli, Matheus Cunha e Vini Jr.
Este esquema já havia sido observado no último domingo. Na ocasião, Ancelotti também trabalhou outras formações, tanto com Richarlison na frente quanto com Gerson no time.
A única alteração confirmada pelo técnico italiano em entrevista coletiva, nesta segunda, foi a volta de Raphinha. O atacante do Barcelona não pôde enfrentar o Equador por estar suspenso.
Para se garantir na Copa de 2026, a Seleção tem de vencer o jogo e torcer para o Uruguai ganhar da Venezuela. Se houver empate nesta partida, em Montevidéu, o Brasil precisa que a Argentina derrote a Colômbia.
ge
Portal Santo André em Foco
Em busca de gols e da classificação para a Copa do Mundo de 2026, Carlo Ancelotti armou a seleção brasileira com três mudanças na escalação no último treino antes de enfrentar o Paraguai. A partida acontece nesta terça-feira, às 21h45 (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo.
Do time que enfrentou o Equador, na última quinta, saíram Gerson, Estêvão e Richarlison. Nos lugares deles entram Gabriel Martinelli, Raphinha e Matheus Cunha. Com isso, a expectativa é que a Seleção ganhe mais poderio ofensivo e mobilidade no ataque.
Assim, a formação testada nesta segunda e que deve iniciar a partida é: Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro e Bruno Guimarães; Raphinha, Gabriel Martinelli, Matheus Cunha e Vini Jr.
Este esquema já havia sido observado no último domingo. Na ocasião, Ancelotti também trabalhou outras formações, tanto com Richarlison na frente quanto com Gerson no time.
A única alteração confirmada pelo técnico italiano em entrevista coletiva, nesta segunda, foi a volta de Raphinha. O atacante do Barcelona não pôde enfrentar o Equador por estar suspenso.
Para se garantir na Copa de 2026, a Seleção tem de vencer o jogo e torcer para o Uruguai ganhar da Venezuela. Se houver empate nesta partida, em Montevidéu, o Brasil precisa que a Argentina derrote a Colômbia.
ge
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta terça-feira (10), autorização para transmitir vídeos durante os interrogatórios no STF (Supremo Tribunal Federal) da ação sobre tentativa de golpe de Estado em 2022. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, admitir ou negar o pedido.
A mensagem, formalizada pela defesa do ex-presidente requer “autorização para transmitir vídeos durante o interrogatório, com a utilização de telão e quaisquer outros recursos midiáticos e audiovisuais que se façam necessários”.
Até o momento, nenhum dos réus já escutados pediu uma autorização do tipo.
Antes da retomada da sessão, Bolsonaro previu um interrogatório longo. “[Se puder] ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, adiantou. Ele pretende “fazer retrospectiva”, de modo a defender que a tentativa de golpe “não cai na presidência”.
Além da expectativa, o ex-presidente também afirmou que “o golpe não existiu”.
Dinâmica
Dos oito réus do “núcleo 1″, Bolsonaro será o sexto a depor. Isso porque foi estabelecida uma ordem alfabética para organizar os interrogatórios, com exceção de Mauro Cid que, por ser o delator da ação, foi o primeiro a falar.
Os réus estão sentados da direita para a esquerda, na seguinte ordem:
Os interrogatórios dos réus do “núcleo 1″ começaram nessa segunda-feira (9), com as falas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem.
Braga Netto é o único que será interrogado por videoconferência, visto que o militar está preso de forma preventiva desde dezembro de 2024.
Crimes dos réus
Quase todos os réus do “núcleo 1″ são acusados de cinco crimes:
A única exceção é Alexandre Ramagem, que responde por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
Por decisão do STF, a ação penal contra o deputado em relação aos outros dois crimes só vai ser analisada ao fim do mandato dele.
R7
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Jair Bolsonaro previu, nesta terça-feira (10), que realizará um interrogatório longo ao STF (Supremo Tribunal Federal) na ação sobre tentativa de golpe de Estado em 2022. “ [Se puder] ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, adiantou.
Bolsonaro pretende “fazer retrospectiva”, de modo a defender que a tentativa de golpe “não cai na presidência”.
Além da expectativa, o ex-presidente também afirmou que “o golpe não existiu”.
Dos oito réus do “núcleo 1″, Bolsonaro será o sexto a depor. Isso porque foi estabelecida uma ordem alfabética para organizar os interrogatórios, com exceção de Mauro Cid que, por ser o delator da ação, foi o primeiro a falar.
Os réus estão sentados da direita para a esquerda, na seguinte ordem:
Dinâmica
Os interrogatórios dos réus do “núcleo 1″ começaram nessa segunda-feira (9), com as falas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem.
Braga Netto é o único que será interrogado por videoconferência, visto que o militar está preso de forma preventiva desde dezembro de 2024.
Crimes dos réus
Quase todos os réus do “núcleo 1″ são acusados de cinco crimes:
A única exceção é Alexandre Ramagem, que responde por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
Por decisão do STF, a ação penal contra o deputado em relação aos outros dois crimes só vai ser analisada ao fim do mandato dele.
R7
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se encontrar nesta terça-feira (10) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aprovar o novo decreto que vai rever o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O recuo do governo federal na medida criticada por empresários foi anunciado por Haddad após reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), no domingo (8).
Na ocasião, Haddad adiantou que todos os pontos do primeiro decreto anunciado pela Fazenda serão revistos, mas que o texto só seria apresentado com a chegada de Lula ao Brasil após viagem oficial à França. Lula estava no país europeu desde quarta-feira (4), onde teve reunião bilateral com o presidente francês, Emmanuel Macron, assinou acordos e participou da 3ª Conferência da ONU sobre os Oceanos.
Segundo Haddad, como alternativa para manter as contas públicas, o governo vai publicar uma medida provisória revendo isenções fiscais.
Hugo Motta comemorou o resultado da reunião, que chamou de “noite histórica”. Segundo ele, além do acordo sobre o IOF, foi muito importante o debate sobre as isenções fiscais. “Para resolver a situação, uma medida provisória menos danosa do que a continuidade do IOF. Tivemos a oportunidade de inaugurar um debate que é discutir as isenções fiscais, que está chegando a um nível insuportável”, afirmou.
Davi Alcolumbre também ressaltou esse ponto. “Nós estamos juntos para buscar uma solução estrutural para o Estado brasileiro em relação às contas públicas e ter a coragem de enfrentar um tema muito sensível, a possibilidade de iniciarmos um debate em relação às isenções tributárias no Brasil”, destacou.
Corte de benefícios
Na reunião de domingo, o governo federal e os presidentes da Câmara e do Senado chegaram a um compromisso de cortar 10% dos chamados gastos tributários de natureza infraconstitucional, que hoje somam cerca de R$ 800 bilhões por ano, segundo estimativas do Ministério da Fazenda.
O corte de 10% representaria uma redução de R$ 80 bilhões nas renúncias tributárias. “Nós concordamos aqui na redução do gasto tributário, em pelo menos 10% dos gastos tributários de natureza infraconstitucional. Isso está mais ou menos pacificado. Obviamente que tudo que eu estou dizendo vai ser objeto de deliberação do Congresso como um todo. A iniciativa do Executivo está sendo feita com base naquilo que foi ouvido aqui dos dois presidentes [da Câmara e do Senado] e dos líderes que participaram na reunião”, disse Haddad.
O ministro destacou que a proposta será enviada ao Congresso e seguirá os trâmites legais, como o respeito à noventena (prazo de 90 dias para a medida entrar em vigor) e, em alguns casos, à anualidade.
Motta reforçou a importância do acordo e do início de um debate mais estruturante sobre os incentivos fiscais no Brasil. Ele alertou para o peso crescente dessas isenções no orçamento público, que já estão se tornando, segundo ele, “insustentáveis”.
“O ministro apresentou para a gente o número que pode chegar a R$ 800 bilhões em isenções. Então, é necessário rever. Nós acertamos que vamos, nos próximos dias, principalmente atacar as isenções que estão caracterizadas no modelo infraconstitucional”, disse Motta.
Embora tenha defendido que o corte possa ser implementado de forma gradativa, o presidente da Câmara reforçou o comprometimento político com a meta de 10%, que passará por discussão tanto na Câmara quanto no Senado.
Outras alternativas ao IOF
Após a reunião com os parlamentares, Haddad explicou algumas medidas fiscais e tributárias que serão sugeridas pelo governo para substituir parte do decreto que aumentou o IOF.
Entre os destaques, está o aumento da alíquota do imposto sobre o GGR (Gross Gaming Revenue) das casas de apostas, que deve subir de 12% para 18%. Esse imposto incide sobre o lucro real das empresas, ou seja, o total arrecadado em apostas menos os prêmios pagos aos usuários.
Outra mudança importante será o fim da isenção de imposto de renda sobre títulos como LCI e LCA, investimentos emitidos por bancos ligados aos setores imobiliário e do agronegócio. A nova alíquota será de 5%, mas Haddad afirmou que esses papéis continuarão atrativos, mantendo vantagens em relação aos títulos públicos. A medida busca corrigir distorções no mercado de crédito, onde empresas conseguem crédito mais barato que o próprio governo.
Outra proposta é a uniformização das alíquotas da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) para fintechs e instituições de pagamento, que passarão a pagar 15% ou 20%, como os bancos, eliminando o tratamento tributário desigual. Haddad também comentou que o governo discutirá com o Congresso ajustes nos gastos primários, antes de formalizar novas propostas.
Sobre o decreto que elevou as alíquotas do IOF, Haddad disse que haverá recalibração, já que parte da arrecadação virá agora da taxação de apostas e do fim das isenções. A maior mudança será na tributação das operações conhecidas como “risco sacado”, cuja cobrança fixa será eliminada, e a diária ajustada, para manter coerência no sistema de crédito.
R7
Portal Santo André em Foco
Durante o intervalo do interrogatório do tenente-coronel Mauro Cid na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) desta segunda-feira (9), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que está com a “consciência tranquila” e que “não tem por que ser condenado” nas investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
“Eu não tenho preparação para nada. Não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro também foi questionado sobre Mauro Cid, que firmou delação premiada e revelou bastidores da tentativa de golpe.
“Falei que ele era como um filho, porque o pai dele é da minha turma. Foram 4 anos juntos. Hoje? Não tenho problema com ele. Só não quero entrar em detalhes.”
Ainda durante a conversa, o ex-presidente tentou justificar as discussões sobre supostos decretos de exceção.
“Quando falo em assinar o decreto, não é decreto pessoal. É um decreto de defesa. O primeiro passo seria convocar os conselhos da República e de Defesa. Isso foi feito.”
R7
Portal Santo André em Foco
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou, nesta segunda-feira (8), que não há compromisso do Legislativo com a aprovação da medida provisória (MP) que deve ser a alternativa ao decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Não há do Congresso, é importante aqui registrar, o compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. A MP será enviada apenas para que, do ponto de vista contábil, não se tenha que aumentar o contingenciamento”, disse Motta em seminário organizado pelo Grupo Globo com representantes do mercado financeiro.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindberg Farias (PT-RJ), avalia como natural o comentário de Motta.
“Nós vamos para o debate. A fala do Hugo agora não é nada demais. É uma fala natural porque, inclusive, não tem texto da medida provisória. E isso vai ser uma construção”, disse a jornalistas, em Brasília.
O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto sobre IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano.
A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF.
Sem essa alternativa, o governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas parlamentares dos deputados e senadores.
Alternativas
Entre as medidas alternativas da MP estão o aumento da taxação das casas de apostas on-line, as chamadas bets, assim como a taxação de 5% de títulos hoje isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). As LCAs são letras de crédito para financiar o agronegócio e a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) já se manifestou contra a medida.
Outras propostas debatidas são a taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) e o corte de 10% nos benefícios tributários concedidos a diversos setores e que não estão previstos na Constituição. O governo estima que gasta R$ 800 bilhões em isenções tributárias todos os anos.
Ontem, o presidente da Câmara havia comemorado o “recuo” do governo que decidiu rever o decreto do IOF. “Foi uma vitória do bom senso - e da boa política”, disse Motta, em uma rede social.
O líder governista Lindbergh Farias avalia que a MP negociada com o governo foi uma vitória dos presidentes da Câmara e do Senado.
“A gente calcula, inclusive, que os ganhos fiscais vão ser um terço do que era no decreto IOF. Vocês vejam, por exemplo, que o risco sacado teve uma redução de até 80%”, completou, se referindo a uma das medidas do decreto do IOF.
Saúde e educação
O presidente da Câmara, Hugo Motta, voltou a defender hoje cortes mais estruturais e sugeriu a desvinculação dos pisos da saúde e da educação que, segundo a Constituição, tem uma porcentagem mínima que deve ser respeitada.
“Não havia interesse do governo em debater essas pautas, as pautas estruturantes, debater o corte das isenções fiscais, debater o que nós podemos avançar na desvinculação sobre saúde e educação, poder debater o crescimento do gasto primário em diversas áreas”, disse.
Ao desvincular os gastos da saúde e educação, em tese, os valores destinados a essas áreas podem sofrer cortes maiores que os permitidos atualmente pela legislação. Outra proposta que vem sendo levantada no debate é desvincular o reajuste das aposentadorias dos aumentos do salário-mínimo.
São medidas defendidas pelo relator da reforma administrativa, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), nomeado por Motta para apresentar um texto sobre o tema.
O líder do PT na Câmara disse que a legenda é contrária a esse tipo de proposta.
“Nós somos contra, muito contra. Nós não vamos topar isso. Desvincular salário mínimo da Previdência, sinceramente, um aposentado que ganha um salário mínimo. Essa desvinculação é criminosa. É a gente tratar o ajuste em cima dos mais pobres”, defendeu Lindbergh Farias.
Corte de gastos
O presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu cortes de gastos maiores e destacou que não dá para o Congresso ser o “policial mal”, enquanto o governo banca o “policial bonzinho”.
“Chegou um momento da discussão que um determinado ator importante do governo disse que vai ter um shutdown [paralisação da máquina pública] se derrubar a medida do IOF. E talvez seja o que o país esteja precisando para todo mundo sair da sua zona de conforto. Porque está todo mundo olhando a situação, mas ninguém quer abrir mão de nada”, acrescentou.
O deputado Lindberg Farias avalia que o governo já fez cortes importantes, citou o contingenciamento de R$ 30 bilhões e também o pacote de ajuste fiscal do ano passado, que limitou a valorização real do salário-mínimo. Estima-se que o pacote do ano passado reduza as despesas em R$ 327 bilhões em cinco anos.
“Quando aperta, o andar de cima não quer pagar nada. Só gosta de fazer ajuste em cima de programa social, de corte na saúde e na educação, mas não quer dar sua contribuição. Esses temas têm que ser enfrentados”, acrescentou o petista.
Entenda
O arcabouço fiscal aprovado no primeiro ano do atual governo, que substituiu o teto de gastos aprovado no governo de Michel Temer, obriga a União a cumprir uma meta fiscal de gastos primários, que são os gastos totais, deixando de fora as despesas com a dívida pública.
Como as despesas sociais com previdência, saúde e educação crescem mais rápido do que o arcabouço comporta, há necessidade de a União buscar novas receitas ou cortar despesas para cumprir com a meta estabelecida na lei.
O setor empresarial, em especial o mercado financeiro, cobra que o governo apresente cortes de gastos maiores para atingir a meta fiscal, e rejeita medidas de aumento da arrecadação. Porém, o Executivo tem apresentado algumas medidas de aumento de receitas, a exemplo do decreto do IOF.
Contribui para pressionar a dívida pública brasileira os juros praticados pelo Banco Central de 14,75% ao ano, o terceiro maior em valores reais do mundo. Impulsionada pela alta dos juros, a dívida pública federal cresceu 1,44% em abril. A alta foi reforçada pela apropriação de R$ 70,3 bilhões em juros.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
A taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), anunciadas neste domingo (8) pela equipe econômica e por parlamentares, vão encarecer os preços da casa própria e dos alimentos no país, segundo representantes dos setores que serão afetados.
As avaliações foram divulgadas nesta segunda-feira (9) pela Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
A explicação é que, como as LCI e as LCA são utilizadas para captar recursos para a construção e financiamento da compra de casas próprias, assim como para o agronegócio, sua taxação também elevará o custo do capital a esses segmentos da economia — o que será repassado ao consumidor final.
Até o momento, as LCI e as LCA estão isentas da cobrança do Imposto de Renda. Pela proposta do governo, elas passariam a ser taxadas com uma alíquota de 5%.
O objetivo é de compensar, em parte, o que deixará de ser arrecadado com o recuo na elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) – que sofre forte resistência no Congresso Nacional.
Agronegócio
De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), as LCA são a base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Diz a entidade:
"A conta será paga pelo consumidor que receberá o repasse no preço dos alimentos. A tributação tende a afastar investidores e encarecer o crédito para quem produz. Mais uma vez, o ajuste fiscal foca apenas na arrecadação, sem enfrentar despesas obrigatórias nem revisar privilégios. Enquanto LCIs e LCAs serão taxadas, outros títulos permanecem isentos, sem critérios claros que justifiquem a diferenciação", avaliou a FPA, por meio de nota.
Setor imobiliário
De acordo com a Abecip, as LCIs têm desempenhado um "papel cada vez mais relevante" na sustentação do mercado de crédito imobiliário, especialmente em um cenário em que a caderneta de poupança vem apresentando queda nos volumes disponíveis.
"É importante reforçar que a LCI não deve ser analisada unicamente sob a ótica do investimento financeiro. Alterações que aumentem seu custo, como o eventual fim da isenção de Imposto de Renda, resultam na elevação do custo da moradia e podem comprometer o acesso à casa própria", diz a entidade.
Acrescenta que o fortalecimento do mercado imobiliário passa necessariamente por uma estrutura de funding (financiamento) estável, previsível e com condições atrativas, e a "LCI tem cumprido com eficácia esse papel".
De acordo com a Associação das Empresas de Loteamento Urbano (Aelo), com a Câmara Brasileira da Construção (CBIC), com a Secovi-SP e com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a retirada da isenção do IR sobre as LCIs "afetará diretamente o financiamento da casa própria".
"Na prática, a medida aumenta em 0,5% o valor da taxa de financiamento SBPE, onerando ainda mais o valor da parcela. Isso em um contexto de alta na Taxa Selic, em que as taxas de financiamento a pessoa física já se encontram em elevado patamar", dizem as entidades, acrescentando que a medida, se levada adiante, desestimulará o investimento em habitação.
Os empresários do setor dizem reconhecer a importância de buscar o equilíbrio fiscal e reduzir a taxa básica de juros (Selic), que impacta toda a economia, mas avaliam que o governo insiste em aumentar tributos sem enfrentar a verdadeira raiz do problema: a ineficiência do gasto público.
"A elevação do IOF, somada à tributação das LCIs, cria ainda mais obstáculos em um ambiente já desafiador para quem produz e penaliza o consumidor e o contribuinte", concluem.
g1
Portal Santo André em Foco
O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (9) que o PIX bateu recorde ao registrar 276,7 milhões de transações financeiras em um único dia — a última sexta-feira (6).
Segundo o BC, essas operações movimentaram R$ 135,6 bilhões.
?O recorde anterior havia sido registrado em 20 de dezembro do ano passado, com 252,1 milhões de transações.
"Os números são mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional", informou o Banco Central.
PIX Automático
Na quinta (2), o Banco Central lançou uma nova modalidade para a ferramenta: o PIX Automático, que pode ser usado para pagamentos recorrentes.
O serviço estará disponível a partir da próxima segunda (16).
Essa modalidade de PIX poderá ser usada para despesas como:
A ideia é permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas.
Hoje, isso também pode ser feito no débito automático – mas as empresas precisam fechar parceria com cada banco para que o serviço esteja disponível.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a novidade vai beneficiar os brasileiros que já usam o PIX.
"O PIX é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo. E acho que vai ampliar o bem-estar e a possibilidade de fazer negócios para essas pessoas, que são 80% das empresas e 90% das pessoas físicas, que têm hoje já aderência ao PIX", declarou.
g1
Portal Santo André em Foco