O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (21) que quem quiser disputar as eleições presidenciais em 2026 contra ele vai ter que "ir pra rua" e enfrentá-lo na busca por eleitores.
O petista participou da assinatura de concessão de um Terminal do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
O evento, no entanto, ganhou cores de ato de campanha com o discurso de Lula, no qual ele também atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro – a quem chamou de "aloprado" – e afirmou ter "obsessão" por alimento barato.
"A partir de agora, quem quiser disputar comigo tem que ir pra rua, tem que me enfrentar na rua, na porta de fábrica, na porta do estaleiro, na porta da Petrobras, do Banco da Brasil, na rua, conversando com o povo, porque é para isso que eu fui eleito, para melhorar a vida do povo brasileiro", disse.
Lula comentou a queda que sofreu no banheiro em outubro de 2024, quando bateu a cabeça e ficou impedido de fazer viagens por alguns meses.
Ele disse que, após procedimentos e uma série de exames, está "melhor aos 79" do que estava quando tinha 50 anos de idade.
Sem mencionar a queda na popularidade, Lula afirmou também que trabalhará para aumentar "salários" e a qualidade de vida dos trabalhadores.
"Vou trabalhar para provar que um metalúrgico, sem diploma universitário, pode não ter entendimento dos livros que lê, mas ninguém entende a alma do trabalhador e da trabalhadora como eu, porque eu nasci no meio de vocês, me criei no meio de vocês e vivo entre vocês", disse.
Ataques a Bolsonaro
Também em tom de campanha, Lula fez uma série de ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro – denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe.
O petista, no entanto, não citou diretamente o nome do adversário político.
O presidente disse que o antecessor, quando governou o país, foi responsável por milhares de mortes registradas na pandemia da Covid-19, em razão do discurso negacionista e de ataque às vacinas contra o coronavírus.
Lula declarou ainda que Bolsonaro e seus familiares "só sabem mentir" e afirmou que o político do PL é um "aloprado".
"Ontem, eu fui fazer um check-up, cinco horas e meia dentro do hospital, fiz tudo que um ser humano tem que fazer, exame da cabeça, do coração, tudo. E, quando eu terminei os exames, às 23h30, os médicos falaram: 'Lulinha, você tem 70 com saúde de 30 e com vontade política de 20", disse.
"Se alguém pensava como o aloprado, que fez um plano para me matar, se alguém pensava que eu ia parar de fazer política por causa da cabeça, se prepare, porque o Lulinha tá melhor aos 79 do que aos 50", completou.
O plano ao qual Lula se referiu no discurso é o chamado "Punhal Verde e Amarelo", uma trama para matar autoridades elaborada por militares das Forças Especiais do Exército, com apoio do general Walter Souza Braga Netto – candidato a vice na chapa do PL em 2022,
Segundo a PGR, o planejamento teve a concordância de Bolsonaro e a autorização do ex-presidente.
Em meio a altas, Lula diz ter 'obsessão' por alimento barato
Criticado por adversários pela inflação dos alimentos – e as recentes altas nos preços do ovo, da carne e do café –, o petista afirmou ter "obsessão" por alimento barato.
"A gente quer comer carne, quem gosta, frango, quem gosta, peixe... Por isso eu tenho obsessão de fazer o alimento barato para que vocês possam comprar", disse Lula.
Ele também comentou as mudanças no mercado de trabalho e disse que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tirou o povo da "escravidão".
"Muita gente hoje não dá valor à CLT, mas a CLT tirou o povo brasileiro da escravidão. Não tinha jornada de trabalho, não tinha férias, a semana era direto e as crianças trabalhavam a partir de 10 anos de idade", disse Lula.
"Temos que levar em conta, uma coisa importante, nem todo mundo quer assinar carteira. Tem gente que quer ser empreendedor. Papel do Estado é ajudar essas pessoas a terem direitos. É bom trabalhar livre, mas quando tem uma desgraça essas pessoas não tem proteção, e nós precisamos garantir proteção", concluiu o presidente.
g1
Portal Santo André em Foco
Cerca de 61 mil produtores rurais da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetados pela seca terão um ano a mais para pagar as parcelas da linha emergencial de crédito concedida ou renegociada no ano passado. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a prorrogação dos financiamentos.
As parcelas com vencimento em 2025 poderão ser pagas até um ano após o fim do contrato. O mutuário deverá pedir, até 30 de junho, a prorrogação nas agências bancárias e justificar a dificuldade no pagamento das prestações neste ano.
Segundo o Ministério da Fazenda, a medida beneficiará 60.804 agricultores familiares e produtores rurais, no total de R$ 941,54 milhões. Desse total, 50.290 são operações de crédito rural de custeio e 11.549 operações de investimento.
Em fevereiro do ano passado, o CMN tinha concedido uma linha especial de crédito de custeio pecuário para os agricultores familiares e demais categorias de produtores rurais afetados pela seca na área da Sudene, que abrange o Nordeste e municípios do norte de Minas Gerais.
Além de instituir a linha emergencial de crédito rural de custeio pecuário, a resolução do CMN de 2024 autorizou a renegociação de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE). A medida beneficiou produtores de municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública por causa da estiagem na área de atuação da Sudene.
A linha de crédito emergencial ficou disponível até 30 de junho do ano passado. Os pedidos de renegociação do FNE puderam ser feitos até 30 de dezembro.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
As empresas ligadas ao turismo terão à disposição R$ 1,4 bilhão do Banco do Nordeste (BNB) para financiamento de projetos em 2025. O valor faz parte da programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). As empresas instaladas na área de atuação do BNB, que engloba estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo, poderão solicitar o crédito para incrementar atividades como hospedagem, transporte, eventos, alimentação e agências de viagens.
Nos últimos dois anos, as atividades de turismo vêm apresentando recuperação, o que impacta em oportunidades de ocupação e renda. De acordo com o Ministério do Turismo, 2024 foi o melhor ano da história para o turismo internacional, com o recorde de 6,6 milhões de turistas estrangeiros visitando o País. A recuperação da imagem do Brasil no exterior tem ajudado a atrair visitantes, levando as empresas a investir mais em estrutura e melhor atendimento.
O volume contratado por empresas de turismo com o BNB em 2024 cresceu 87% em relação ao ano anterior, saltando de R$ 752 milhões para R$ 1,4 bilhão. O número de operações também aumentou, fechando 2024 com 1.702 contratos. Para este ano, o Banco do Nordeste está mantendo, inicialmente, o mesmo patamar de recursos disponíveis para que as empresas continuem investindo em qualidade para atender os visitantes.
Agência Gov
Portal Santo André em Foco
Os policiais civis, militares e penais da Paraíba realizam, na manhã desta sexta-feira (21), mais um protesto em frente à Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa. Na última sexta-feira (14), eles haviam feito uma manifestação no mesmo local.
O objetivo da manifestação, segundo a organização, é a busca por melhorias na remuneração de toda a categoria, como detalhou Suana Melo, uma das representantes da movimentação.
"Aqui o interesse dos profissionais da segurança é valorização e reconhecimento. Os policiais trabalharam para produzir os melhores resultados, mas infelizmente as propostas que o governo apresentou ontem, as propostas que apresentaram, não fazem com que os policiais cheguem à média nordeste", disse à radio CBN.
Suana Mels, presidente da Asociação dos Policiais Civis, disse à TV Cabo Branco que a categoria recebeu, da Secretaria de Segurança Pública, uma proposta de 10% de reajuste salarial parcelado, que não foi aceita pela categoria.
Segundo a representante dos policiais, um policial civil investigador, no início de carreira, ganha na faixa salarial de R$ 6 mil. Ela disse que a categoria exige a média do Nordeste, que chega por volta de R$ 13 mil.
Os manifestantes interditaram uma das faixas da Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira-Rio, onde a Granja Santana fica localizada. Eles realizaram uma assembleia geral unificada para deliberar os próximos passos do movimento e, em seguida, liberaram a via.
Quarta manifestação em 2025
O protesto desta sexta-feira (21) é o quarto em 2025. Na última sexta-feira (14), eles protestaram tambén na Granja Santana. Já nos dias 8 e 22 de janeiro, os policiais realizaram manifestações em outros pontos de João Pessoa.
No dia 22 de janeiro, os policiais se reuniram na Epitácio Pessoa. De acordo com informações da TV Cabo Branco, os policiais realizaram uma assembleia unificada na orla de Tambaú e, em seguida, participaram de uma passeata pela avenida, uma das principais vias da capital. O trânsito ficou lento no local, com uma das faixas sendo interrompida. A manifestação seguiu em direção à sede da Vice-Governadoria da Paraíba.
“O Governo desvaloriza a polícia quando vem e faz uma proposta que não coaduna com nossas necessidades. Na verdade, ele apresentou 5% de aumento para os servidores de uma forma geral, situação que não nos atende.. Primeiro que, para polícia, não cai como 5% porque há uma incorporação de uma bolsa que ele diz que é um aumento de 20%, não. É uma bolsa de desempenho que está atrelada ao nosso vencimento que já temos essa bolsa, quando essa bolsa é atrelada começa a incidir imposto. Ou seja, o policial perdeu dinheiro”, afirmou Wágner Falcão, presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba.
Já no dia 8 de janeiro, o protesto teve início na frente do Centro Administrativo do Estado da Paraíba, em Jaguaribe, e seguiu com destino ao Centro.
Em nota, o Governo do Estado disse que tem investido na “valorização profissional e na melhoria da infraestrutura para assegurar melhores condições de trabalho”. Entre as medidas adotadas, a administração estadual cita a incorporação da bolsa desempenho ao salário, e o reajuste linear de 5%.
Disse ainda que reforçou os quadros das forças de segurança, com mais de 2.800 vagas, e o ingresso de novos oficiais.
Os policiais cobram uma negociação com o Governo da Paraíba, e dizem que até o momento não houve nenhuma sinalização nesse sentido.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
Uma mulher grávida de 24 anos foi morta a tiros, na noite desta quinta-feira (20), em Mamanguape, na Região Metropolitana de João Pessoa. Segundo o delegado Sylvio Rabelo, ela foi identificada como Amanda Vitória dos Santos Venâncio.
De acordo com a Políci Civil, a vítima estava sentada na calçada com a família, quando dois homens chegaram em uma moto atirando.
A mulher morreu no local. Até a última atualização desta notícia, nenhum suspeito tinha sido identificado ou preso.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
O papa Francisco, que está internado há uma semana para tratar de uma pneumonia bilateral, não corre risco de vida nesta sexta-feira (21), mas também não está fora de perigo por ser um "paciente frágil", afirmou a equipe médica do pontífice.
Por conta disso, Francisco, de 88 anos, permanecerá internado por pelo menos mais uma semana, ainda de acordo com a equipe.
Nesta sexta, pela primeira vez desde a internação do papa, os médicos fizeram uma entrevista coletiva para atualizar o quadro clínico do pontífice. Eles também disseram que o pontífice:
"O papa está fora de perigo? Não. É uma infecção importante, com tantos micróbios, em um senhor de 88 anos", afirmou o médico Sergio Alfieri, um dos membros da equipe médica do pontífice. Ele disse ainda que "o papa é durão" e está confiante que ele vai se recuperar.
"Não existe o 'se' neste caso. Ele vai se recuperar", declarou Alfieri. "O papa é durão. Quantas outras pessoas suportariam tantas infecções com a carga de compromissos dele?".
Questionado sobre o maior risco que o pontífice pode enfrenter neste momento, Alfieri disse que uma sepse poderia complicar muito a situação.
"Pode acontecer de os microorganismos que estão nas vias respiratórios e pulmões entrarem no sangue, e nesse caso qualquer paciente teria uma sepse, que nessa idade pode ser difícil de curar. Nesse momento, ele não tem sepse", afirmou.
Os médicos foram questionados também sobre por que nenhuma imagem do papa foi divulgada desde que ele foi internado, algo considerado atípico pela imprensa italiana.
"Não queremos uma foto do papa de pijama do jornal", retrucou Alfieri. "Ele não está na cama com roupa de papa. Vamos respeitar a intimidade de qualquer pessoa".
Francisco foi internado no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite, na sexta-feira (14). No hospital, foi diagnosticado como pneumonia bilateral e infecção polimicrobiana.
Após um primeiro período estável, os médicos disseram que seu quadro era complexo e que a internação seria mais longa. Depois, na quinta-feira (20), o Vaticano divulgou comunicado da equipe médica de que a condição física do papa estava melhorando "ligeiramente".
"As condições clínicas do Santo Padre melhoraram ligeiramente. Ele está sem febre, e os parâmetros hemodinâmicos continuam estáveis. Esta manhã, recebeu a Eucaristia e posteriormente dedicou-se às atividades laborais", detalha o comunicado.
Na quarta-feira, o pontífice chegou a receber uma visita da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que o chamou de alerta, responsivo e de bom humor.
Durante todo esse período, diz o Vaticano, Francisco tem trabalhado e se mantido informado através da leitura de jornais. O papa também consegue se movimentar dentro de seu quarto no hospital, atende algumas ligações telefônicas e continua com alguns afazeres administrativos, ainda de acordo com o Vativano.
Nos últimos anos, o papa tem enfrentado problemas de saúde, incluindo episódios regulares de gripe, dor ciática e uma hérnia abdominal que exigiu cirurgia em 2023. Quando jovem, ele desenvolveu pleurisia, que causa dor no peito e dificuldade de respirar, e teve parte de um pulmão removido.
Conforme o Vaticano, todos os compromissos públicos do papa foram cancelados.
g1
Portal Santo André em Foco
O Senado dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou um projeto de lei orçamentária que libera fundos que o governo Trump está exigindo para a segurança na fronteira e outras prioridades, nesta sexta-feira (21).
O texto não tem o apoio do presidente americano. De estrutura reduzida, o projeto não prevê cortes de impostos, como deseja Donald Trump.
A votação durou a noite toda por causa de várias emendas apresentadas pelos democratas.
Agora, o projeto será encaminhado à Câmara dos Representantes dos EUA, onde os republicanos têm uma estreita maioria e seus líderes insistem em querer aprovar seu próprio texto orçamentário.
A liderança republicana na Câmara prefere o projeto de lei "grande e bonito" que inclui créditos fiscais e outras medidas emblemáticas.
Programas federais como o Medicare e o Medicaid, que fornecem seguro-saúde a milhões de americanos, podem ser alvo para os conservadores ferrenhos, pois eles tentam compensar o custo da extensão dos créditos fiscais de Trump.
Os republicanos do Senado estão pressionando para aprovar o orçamento reduzido para ajudar Trump a obter vitórias políticas iniciais em questões como a migração.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O grupo terrorista Hamas divulgou nesta sexta-feira (21) os nomes dos seis reféns que disse que libertará no sábado (22).
Segundo o Hamas, eles são:
Hisham al-Sayed e Avera Mengisto são civis que entraram em Gaza há uma década e estão detidos no território palestino desde então. Os outros quatro foram sequestrados pelo Hamas durante os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.
Como contrapartida, Israel deve libertar 602 prisioneiros palestinos, segundo o Hamas.
Até o momento, 23 dos 33 reféns israelenses que o Hamas teria que devolver para Israel na primeira fase do acordo de cessar-fogo já foram entregues. Desses, 19 foram libertados em vida, e quatro mortos. Segundo estimativas, ainda há 66 reféns sob o poder do Hamas na Faixa de Gaza, dos quais Israel acredita que 30 estejam mortos.
Também nesta sexta, o Hamas admitiu que os restos mortais de Shiri Bibas foram trocados na Faixa de Gaza. A família Bibas teve quatro membros sequestrados pelo grupo nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023: A mãe, Shiri, o pai, Yarden, os filhos Ariel, de 4 anos, e de Kfir, de 9 meses. A família e se tornou um símbolo do sofrimento dos reféns israelenses em Gaza, e apenas Yarden sobreviveu.
O Hamas alegou que houve um possível erro na identificação do corpo, e que vai investigar. Seus restos mortais teriam sido misturados com outros corpos sob os escombros de um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde ela estava sendo mantida. O grupo terrorista atribui a morte dos quatro reféns entregues em caixões pretos na quinta-feira ao bombardeio, mas Israel não confirmou.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram na noite de quinta-feira que o corpo identificado como sendo de Shiri não era o dela após análises de DNA em um centro forense de Tel Aviv. O anúncio ocorreu horas após a devolução dos corpos, que incluiu os restos mortais de Ariel e Kfir, filhos de Shiri.
A Cruz Vermelha afirmou nesta sexta-feira à agência de notícias Reuters estar "preocupada e insatisfeita" com a forma como as operações de liberação de reféns pelo Hamas têm ocorrido. A ONU também condenou a forma como o Hamas entregou os corpos dos reféns, que chamou de "abominável" e "desumano".
A entrega dos corpos na quinta-feira colocou novamente a trégua em risco. Recentemente, o acordo ficou "por um fio" de ser rompido após ambos os lados se acusaram de violações e o Hamas ter ameaçado suspender a entrega de novos reféns.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de ter cometido uma "violação cruel" da trégua em Gaza pela troca dos corpos, e disse que Israel atuará "com determinação" para trazer Shiri Bibas de volta ao país. Ainda na quinta-feira, Israel pediu a devolução do corpo dela imediatamente e considerou o caso uma "violação de extrema gravidade".
A entrega dos corpos dos reféns causou comoção nacional em Israel. Horas após a entrega dos corpos, Netanyahu prometeu eliminar o Hamas e trazer todos os reféns de volta.
Devolução de corpos
O grupo terrorista Hamas entregou os restos mortais de quatro reféns israelenses no início da manhã desta quinta-feira (20), no horário de Brasília. Entre eles, está o corpo de um bebê de oito meses, o mais jovem de todos os reféns na Faixa de Gaza.
A entrega, que faz parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, aconteceu em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Os restos mortais foram entregues em caixões pretos para integrantes de Cruz Vermelha, responsáveis por levá-los até Israel. O governo israelense confirmou a entrega dos corpos, que voltaram ao país ainda na manhã desta quinta-feira.
O Hamas já havia afirmado em novembro de 2023 que os meninos e a mãe haviam sido mortos em um ataque aéreo israelense, mas as mortes nunca foram confirmadas pelas autoridades de Israel. Os corpos passarão por exames de DNA.
"Shiri e as crianças se tornaram um símbolo, disse Yiftach Cohen, morador de Nir Oz, comunidade que perdeu cerca de um quarto de seus habitantes, entre mortos e sequestrados, durante o ataque de 7 de outubro.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que " retorno a Israel dos corpos dos reféns é um drama nacional e nossos corações estão devastados".
"Agonia. Sofrimento. Não há palavras", escreveu o Herzog na rede social X: "Nossos corações — os corações de uma nação inteira — estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não trazê-los para casa com vida".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em uma breve declaração em vídeo que esta quinta-feira seria "muito difícil para o Estado de Israel. Um dia angustiante, um dia de luto."
Netanyahu foi alvo de protesto de familiares de reféns que ainda estão em poder do Hamas, na segunda-feira (17), quando foram completados 500 dias de cativeiro. Com fotos dos reféns, dezenas de pessoas marcharam até a casa do primeiro-ministro entoando palavras de ordem.
2ª fase do acordo em negociação
Segundo a agência de notícias, as negociações para uma segunda fase do cessar-fogo, que deve garantir o retorno a Israel de cerca de 60 reféns restantes. A Reuters informou que menos da metade deles são considerados vivos.
A trégua deverá contemplar também a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza para possibilitar o fim da guerra. No entanto, as perspectivas para um acordo permanecem incertas
Na quarta-feira (19), o Hamas informou que está disposto a libertar todos os reféns que permanecem na Faixa de Gaza durante a segunda fase do acordo, conforme declaração de Taher al-Nunu, um líder do grupo terrorista palestino.
"Informamos aos mediadores de que o Hamas está disposto a libertar todos os reféns de uma só vez durante a segunda fase do acordo, e não por etapas como na primeira fase em curso", disse ele à agência de notícias AFP.
g1
Portal Santo André em Foco
Em entrevista nesta sexta-feira (21) ao ICL Notícias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a primeira providência do governo federal para conter a inflação de alimentos é a expansão do Plano Safra, que apóia o setor agropecuário e oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas aos produtores rurais.
“A primeira providência é a seguinte: vamos fazer planos safras cada vez mais robustos, maiores e melhores. E o governo [do presidente] Lula vai para o seu terceiro ano preparando um terceiro grande plano. Nós batemos dois recordes em 2023 e 2024 e queremos fazer o mesmo em 2025. Assim que o orçamento for aprovado, vamos lançar o Plano Safra para a próxima colheita e quero crer que o Brasil tem todas as condições de continuar ampliando a produção de forma adequada, sem desmatamento, que caiu vertiginosamente no país”, disse.
De acordo com o ministro, os problemas causados pela seca e as enchentes em 2024, além da manutenção dos juros americanos em patamares elevados e que impactaram o valor do dólar em todo o mundo, contribuíram para a alta da inflação no Brasil. Esses problemas, ressaltou, precisam ser contornados pelo atual governo.
“Tivemos episódios que precisam ser contornados. Tivemos problema de seca e inundação no ano passado, isso afetou. Tivemos a manutenção dos juros americanos em patamares muito elevados, o que faz com que o dólar fique muito forte no mundo inteiro. E quando o dólar está muito forte, ele causa inflação no mundo inteiro”, disse.
Durante a entrevista aos jornalistas Leandro Demori e Deborah Magagna, do ICL Notícias, Haddad ressaltou que a expectativa parea este ano é de que haja grande safra, talvez recorde, o que deve ajudar a baixar o preço dos alimentos. “Provavelmente vamos colher uma grande safra a partir do final deste mês, começo de março. Uma grande safra, se não for a maior vai ser uma das maiores. E é assim que vamos continuar exportando muito alimento e garantindo o abastecimento interno”, garantiu.
Essa safra recorde, aliada à queda do dólar, disse o ministro, deve ajudar na queda do preço dos alimentos. “Com a queda do dólar, que começou a baixar para patamares mais aderentes aos fundamentos da economia brasileira, e com a safra que vai entrar a partir do final do mês, acreditamos que esses preços vão se estabilizar num patamar mais adequado”.
Outra medida necessária para ajudar na queda dos preços dos alimentos, disse Haddad, vem sendo tomada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro: a expansão das produções de determinada cultura agrícola para outras regiões do país. “Ele tem feito vários instrumentos novos sobre a produção de alimentos pelo território nacional. Esse é o caso do arroz, por exemplo, que tá muito concentrado numa região e agora há uma tentativa de espalhar as culturas por vários estados. Estamos num período de crise climática. Vamos ter que lidar hoje com a questão da mudança climática, diversificando as culturas pelo território”, acrescentou.
Orçamento
Na entrevista, Haddad criticou a demora do Congresso na aprovação do orçamento. Para ele, o orçamento precisa ser aprovado o quanto antes para que o governo possa continuar subsidiando os produtores rurais. Hoje de manhã, o Ministério da Fazenda disse ter encaminhado ofício para o Tribunal de Contas da União buscando “respaldo técnico e legal para a imediata retomada das linhas de crédito com recursos equalizados do Plano Safra 24/25”.
Segundo o ministro, os juros altos acabam tornando as políticas públicas de subsídio aos pequenos e médios produtores rurais ainda mais importantes para garantir a safra. "Em geral, a gente compensa o aumento da Selic para não comprometer a produção", explicou.
Sem a aprovação do orçamento, disse o ministro, esse subsídio ao pequeno ou médio produtor se torna difícil de ser feito. “O orçamento não foi aprovado ainda. Eu, inclusive, mandei para uma das lideranças da FPA [Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária] um comunicado, dizendo que nós estamos oficiando o TCU hoje sobre esse problema da não aprovação do orçamento. Não queremos nenhuma descontinuidade das linhas de crédito [do Plano Safra]”, afirmou.
Quero crer que, aprovado o orçamento, um orçamento equilibrado, vamos ter, no médio prazo, taxas de juros menores e com sustentabilidade fiscal, sem penalizar a população que depende do Estado, inclusive os produtores que também dependem do Estado para continuar produzindo alimentos baratos”.
Governo anterior
Durante a entrevista, Haddad criticou a atuação do governo anterior durante o ano eleitoral. Para ele, o medo de perder as eleições em 2022 resultou em uso de recursos públicos sem controle para tentar ganhar.
De acordo com o ministro, isso levou a uma perda de controle sobre os gastos. Ao contrário do que, segundo ele, vem sendo feito pelo atual governo, que está melhorando a gestão de programas como o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
“Não tem nada a ver com corte, tem a ver com racionalidade e responsabilidade de garantir que isso vai ter vida longa, não vai acabar em um governo, vai virar política de Estado e ninguém vai depois relar a mão para tirar um direito social garantido por lei”, disse.
Agência Brasil
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Cerca de 106 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco podem saber se receberão restituição. Às 10h desta sexta-feira (21), a Receita Federal libera a consulta ao lote da malha fina de fevereiro. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.
Ao todo, 105.919 contribuintes receberão R$ 314,38 milhões. Desse total, R$ 211,85 milhões irão para contribuintes com prioridade no reembolso.
Em relação à lista de prioridades, a maior parte, 60.333 contribuintes, informou a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usou a declaração pré-preenchida. Desde 2023, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento.
Em segundo, há 17.603 contribuintes entre 60 e 79 anos. Em terceiro, vêm 4.272 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. O restante dos contribuintes prioritários inclui 3.159 idosos acima de 80 anos e 2.505 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.
A lista é concluída com 18.047 contribuintes que não informaram a chave Pix e não se encaixam em nenhuma das categorias de prioridades legais.
A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.
O pagamento será feito em 28 de fevereiro, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar pendência, pode enviar declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.
Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".
Agência Brasil
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