Junho 14, 2025
Arimatea

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O Banco Central do Brasil (BC) lança nesta quarta-feira (4) o PIX Automático, uma nova modalidade de pagamento para contas recorrentes, como de energia, de água, mensalidades escolares, taxas de condomínio e assinaturas.

A ferramenta é uma alternativa ao débito automático tradicional. Com ela, o usuário poderá autorizar a cobrança uma única vez e as contas serão pagas automaticamente, sem precisar repetir o processo a cada novo vencimento.

De acordo com o BC, a funcionalidade vai estar disponível a partir do dia 16 de junho.

1. Como configurar o PIX Automático?
A configuração do PIX Automático vai estar disponível a partir do dia 16 de junho e depende que a empresa responsável pela cobrança (escola, academia, etc) solicite uma autorização do cliente para descontar os pagamentos por meio da nova modalidade.

  1. Esse pedido vai aparecer no aplicativo do banco do cliente, que poderá aceitar ou recusar. Se aceitar, ele ainda pode definir algumas regras — como o valor máximo de cada pagamento e se a cobrança pode usar o limite do cheque especial.
  2. Depois da autorização, a empresa envia a cobrança ao banco, que agenda o pagamento e avisa o cliente. Ele poderá conferir se o valor está correto e se terá saldo suficiente.
  3. No dia do vencimento, o banco faz o pagamento, seguindo as regras que o cliente definiu na autorização. A cobrança poderá ser semanal, mensal, trimestral ou anual.

A empresa também poderá solicitar a autorização por meio de um QR Code ou pelo próprio site ou app do estabelecimento, direcionando o cliente para a liberação da ferramenta no app do banco.

2. Quais as vantagens da modalidade?
O PIX Automático procura facilitar o pagamento de contas recorrentes, segundo o BC, evitando esquecimentos e oferecendo mais praticidade e conveniência para o dia a dia.

A expectativa é que a nova modalidade ajude a reduzir custos operacionais e torne mais simples a gestão de cobranças para empresas de diferentes tamanhos e setores, como academias, escolas, marketplaces e serviços de assinatura, diminuindo também a inadimplência.

3. Qual é a diferença da ferramenta para o débito automático?
Diferentemente do débito automático tradicional, o PIX Automático não depende de convênios diretos entre empresas e bancos específicos, e funciona por meio da infraestrutura do BC.

Na prática, isso significa que, por exemplo, uma escola pequena poderá oferecer o PIX Automático mesmo que não tenha acordo com todas as instituições financeiras.

Além disso, o controle também muda: hoje, para cancelar ou gerenciar um débito automático, normalmente você precisa falar com a empresa. Com o PIX Automático, tudo poderá ser feito direto no app do seu banco — autorizar, cancelar ou revisar os débitos.

Outro ponto importante é que o débito automático costuma funcionar só em dias úteis. Já o PIX Automático pode fazer o pagamento em qualquer dia, inclusive aos finais de semana.

4. E para o PIX Agendado e o PIX Agendado Recorrente?
▶️ O PIX Automático é voltado para cobranças feitas por empresas — como escolas, academias, serviços de assinatura e condomínios.

▶️ O PIX Agendado Recorrente é feito pelo próprio usuário, e não tem ligação com empresas. Ele é ideal para transferências que a pessoa costuma repetir todo mês, com valor fixo — como a mesada dos filhos, uma ajuda para um parente ou o pagamento de um serviço como jardinagem ou limpeza. Basta programar uma única vez que o PIX será feito automaticamente, mês a mês.

▶️ Já o PIX Agendado permite que o usuário programe, uma única vez, um pagamento para uma data futura.

5. Há cobrança de taxas para utilizar?
Para pessoas físicas, o uso do PIX Automático será gratuito. Já para empresas que receberem pagamentos por meio da funcionalidade, poderá haver cobrança de tarifas, conforme a política da instituição financeira responsável pelo recebimento.

6. O que acontece se eu não tiver dinheiro na conta?
Caso não haja recursos suficientes na conta ou ultrapasse o limite PIX Automático na data programada, o usuário será notificado pelo banco e, na mesma data, terá uma nova oportunidade para recompor seu saldo ou solicitar o aumento do limite.

7. É possível cancelar o PIX Automático?
Sim. O pagador pode cancelar a autorização a qualquer momento pelo aplicativo da sua instituição financeira.

8. A ferramenta é segura?
O PIX Automático segue os mesmos padrões de segurança do sistema tradicional, incluindo criptografia, autenticação e rastreabilidade das transações. Além disso, os débitos só serão realizados após autorização expressa do pagador, que poderá cancelar essa autorização a qualquer momento.

g1
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Mais de 20 mil pessoas precisarão sair de casa em Colônia, na Alemanha, nesta quarta-feira (4), por causa da retirada de bombas da Segunda Guerra Mundial não detonadas que foram encontradas na cidade. Os explosivos são dos Estados Unidos e foram lançados pelos Aliados há 80 anos.

A ação representa a maior operação para retirada de pessoas na cidade desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. As bombas foram encontradas durante uma obra realizada próximo a um estaleiro.

Segundo o governo, uma das bombas pesa uma tonelada, enquanto as outras duas têm cerca de 500 kg cada. Agentes de segurança foram enviados à cidade para desativar os explosivos.

Para que a operação ocorra com segurança, as autoridades estabeleceram um perímetro de risco com raio de 1.000 metros, que será interditado. Todas as pessoas que moram ou trabalham na área deverão deixar o local.

A região abriga vários museus e empresas, incluindo 58 hotéis e diversos restaurantes. Além disso, um hospital e dois lares para idosos foram esvaziados. Nove escolas e várias creches tiveram as aulas canceladas. Serviços de transporte público também foram afetados.

Segundo a prefeitura de Colônia, a expectativa é que os trabalhos para a retirada das bombas sejam concluídos ainda nesta quarta-feira. Durante o período de isolamento da área, moradores poderão recorrer a dois pontos de acolhimento.

Operações do tipo não são raras em Colônia. A cidade foi alvo de vários bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. Em outubro do ano passado, por exemplo, três hospitais precisaram ser esvaziados após uma bomba da Segunda Guerra ter sido encontrada em uma obra.

g1
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Carlo Ancelotti esboçou a escalação da seleção brasileira pela primeira vez nesta terça-feira. E com direito a despiste: a formação indicada aos jornalistas, que puderam acompanhar o início da atividade, foi diferente da que treinou na maior parte do campo com os portões fechados.

Em trabalho tático no CT do Corinthians, em São Paulo, Ancelotti armou a Seleção para enfrentar o Equador num 4-3-3, com um triângulo invertido no meio. Sem a bola, o time se fecha num 4-4-2.

A formação ensaiada teve: Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estêvão, Richarlison e Vini Jr.

Enquanto a imprensa teve acesso ao local, a comissão técnica deixou 11 jogadores de linha de colete. Entre eles estavam Danilo, Andreas Pereira e Andrey Santos, que depois trabalharam entre os reservas. Bruno Guimarães e Gerson, que não figuravam entre os titulares, entraram no time depois que os jornalistas deixaram o CT.

A principal novidade na escalação treinada é o zagueiro Alexsandro, que joga no Lille, da França, e foi convocado pela primeira vez.

Estêvão, do Palmeiras, também pode ganhar sua primeira chance como titular com a amarelinha. Vale lembrar que Raphinha, embora convocado, está suspenso da partida desta quinta. Ele ficará à disposição para enfrentar o Paraguai, na terça que vem.

O Brasil ainda faz mais um treinamento antes de encarar o Equador. A atividade será no fim da tarde desta quarta, em Guayaquil, local do jogo.

Na preparação para este duelo, Ancelotti destacou que este será um confronto de muitos duelos e imposição física, e que a Seleção não deve deixar o Equador intimidar neste sentido.

O Brasil ocupa o quarto lugar das Eliminatórias, com 21 pontos. Já o Equador é o segundo, com 23.

ge
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A desaprovação de Lula (PT) oscilou para cima dentro da margem de erro e chegou a 57% dos eleitores brasileiros, aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). É o pior índice desde o início do mandato.

Já a aprovação da gestão do presidente oscilou para baixo dentro da margem de erro, para 40%, e é a menor desde o início do mandato.

Veja os números:

  • Aprova: 40% (eram 41% na pesquisa feita no final de março e divulgada em abril);
  • Desaprova: 57% (eram 56%);
  • Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%).

A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.

O levantamento aponta que:

pela 1ª vez, católicos desaprovam o governo mais do que aprovam. Até janeiro, a aprovação era maior e, na pesquisa anterior, houve empate técnico entre os dois grupos;

Lula deixou de ser mais aprovado que desaprovado entre quem tem ensino fundamental. Agora, há um empate técnico inédito entre os dois grupos;

no Nordeste, por outro lado, Lula voltou a ter aprovação maior que desaprovação (na pesquisa anterior, houve empate, também inédito);

Entre os eleitores mais pobres (que ganham até 2 salários mínimos), houve oscilação para baixo (dentro da margem de erro) da aprovação e para cima, da desaprovação, e os dois grupos seguem em empate técnico. Entre os que ganham mais, Lula segue mais desaprovado, mas a aprovação oscilou para cima e a desaprovação, para baixo.

Ainda de acordo com a pesquisa, caiu de 56% para 48% a parcela dos brasileiros que consideram que a economia piorou. Também diminuiu a fatia de entrevistados que dizem ter notado aumento nos preços. A maioria dos brasileiros, no entanto, ainda considera que o poder de compra é menor do que há um ano.

Os entrevistados também foram questionados sobre o escândalo do INSS e o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras. Pra 31%, o governo Lula é o principal responsável pelo desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas. Sobre o IOF, 50% dizem que o governo errou ao manter ao aumento para compra de dólares.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números representam uma estabilidade resultante, por um lado, do anúncio de uma série de medidas amplamente aprovadas pela população — como isenção de IR até 5 mil, novo vale gás e isenção na conta de luz para inscritos no CadÚnico — e, por outro, de sinais de melhora na percepção da economia. No entanto, o escândalo do INSS estancou os efeitos positivos.

"Quando estimulado, o escândalo no INSS foi reconhecido por 82% da população. Ou seja, trata-se de um tema de ampla repercussão. Um tema que ganhou duas vezes mais atenção do público do que as políticas ou programas anunciados pelo governo", disse.

Veja, abaixo, a avaliação do presidente em cada segmento:

Região
A Quaest mostra que Lula voltou a ser mais aprovado que desaprovado no Nordeste (54% a 44%). Antes, os indicadores estavam tecnicamente empatados (52% e 46%). A margem de erro nesse segmento é de 4 pontos para mais ou menos.

No Sudeste, são os piores resultados ao desta gestão petista: a desaprovação oscilou para 64% (eram 60% em abril), e a aprovação, para 32% (eram 37%). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Na Sul, 62% desaprovam o governo petista (eram 64% na pesquisa anterior), enquanto a aprovação é de 37% (eram 34%). A margem de erro é de 6 pontos para mais ou menos.

Apuradas em conjunto, as regiões Centro-Oeste e Norte registraram oscilação tanto na desaprovação, que ficou em 55% (eram 52%), quanto na aprovação, que é de 42% (eram 44%). A margem de erro é de 8 pontos para mais ou menos.

Gênero
O governo Lula segue mais desaprovado que aprovado pelas mulheres: 54% a 42%. Na pesquisa anterior, eram 53% e 43%, respectivamente.

Entre homens os números se mantiveram iguais aos de abril: 59% desaprovam o governo Lula e 39% aprovaram. A margem de erro também é de 3 pontos.

Raça e cor
A desaprovação manteve alta entre os entrevistados que se autodeclaram pardos: 56%, frente a 52% em abril. A aprovação neste público, que era de 59% em julho de 2024, está em 40% (era 45% em abril deste ano).

Brancos seguem com maior desaprovação ao governo petista, com 62% (eram 61%), enquanto 37% aprovam (36%). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos tanto para pardos quanto para brancos.

Pretos voltaram a aprovar mais (52%, eram 46%) o governo federal do que desaprovar (46%, eram 51%). A margem de erro é de 6 pontos para mais ou menos.

Faixa etária
Entre os grupos etários, 60% dos jovens de 16 a 34 anos desaprovam o governo federal, oscilação positiva (dentro da margem de erro, que é de 4 pontos) de 4 pontos em relação à pesquisa divulgada em abril (eram 64%). A aprovação neste grupo é de 37%, também oscilação positiva de 4 pontos (eram 33%).

Entre a população de 35 a 59 anos, Lula é desaprovado por 59% (eram 54%). Outros 38% aprovam a gestão (eram 44%). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos

Entre os eleitores com 60 anos ou mais, segue o empate técnico: 52% dizem aprovar o governo de Lula (eram 50% em abril), enquanto 45% desaprovam (eram 46%). A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Escolaridade
A pesquisa Quaest indica que, pela primeira vez desde o início do mandato, há empate técnico entre a aprovação e a desaprovação ao governo Lula entre quem tem até o ensino fundamental completo: 50% aprovam (eram 53%) e 47% desaprovam (45%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Para os entrevistados com ensino médio completo, a desaprovação se manteve em 61%, enquanto a aprovação oscilou um ponto para cima: 37% (eram 36% em abril). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Já entre os entrevistados com ensino superior completo, 64% desaprovam o governo Lula (eram 65%) e 33%, aprovam (eram 34%). A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Renda familiar
A aprovação e a desaprovação provação de Lula entre os mais pobres (renda de até 2 salários mínimos) seguem empatadas tecnicamente: 50% (eram 52%) a 49% (eram 45%). Até a pesquisa de abril, a aprovação do presidente era maior que desaprovação nesse segmento.. A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Nas famílias com renda acima de 5 salários mínimos, 61% desaprovam o governo Lula, ante 64% em abril. A aprovação neste grupo é de 38% (eram 34%). As oscilações estão dentro da margem de erro do segmento, que é de 4 pontos.

A desaprovação entre quem tem renda familiar de 2 a 5 salários mínimos está em 56% (eram 61%), enquanto a aprovação está em 43% (eram 36%). As oscilações também estão dentro da margem (4 pontos).

Religião
Pela primeira vez no terceiro governo Lula, os católicos mais desaprovam a gestão federal: 53% (eram 49% em abril), enquanto 45% aprovam (eram 49%). Antes do empate técnico na pesquisa de abril, Lula era mais aprovado do que desaprovado por este segmento. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Entre os evangélicos, 66% desaprovam a gestão de Lula (eram 67% em abril), contra 30% que aprovam o trabalho do presidente (eram 29%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Bolsa família
Os beneficiários do Bolsa Família dizem mais aprovar (51%) do que desaprovar (44%) o governo Lula.

Entre aqueles que não recebem o benefício social, 61% desaprovam a gestão federal, contra 37% que aprovam.

A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos entre os beneficiários e de 3 pontos entre os não-benficiários.

Voto para presidente no 2º turno de 2022
A aprovação de Lula teve oscilação para cima entre os que votaram no presidente no 2º turno de 2022: 74% desses eleitores aprovam (eram 72% em abril). A desaprovação teve oscilação para baixo, e foi de 26% para 24%. Margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL), 91% desaprovam (eram 92%) e 9% aprovam (eram 7%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos

Os entrevistados que disseram ter votado em branco, nulo ou não votaram na eleição de 2022, 65% disseram desaprovam a gestão Lula (eram 62%), já 27% aprovam (eram 31%).

Avaliação geral do governo
O levantamento da Quaest divulgado nesta quarta-feira questionou aos eleitores como eles avaliam o governo Lula no geral. Houve oscilação tanto entre quem avalia o governo como negativo quanto quem considera positivo.

Veja os números:

  • Positivo: 26% (eram 27% em janeiro)
  • Negativo: 43% (eram 41%)
  • Regular: 28% (eram 29%)
  • Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%)

Comparação com primeiros mandatos de Lula
Em relação aos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, 56% dos entrevistados responderam que o atual governo está "pior que os anteriores" (eram 53%), 20% "igual aos anteriores" (eram 23%) e 20%, "melhor que os anteriores" (eram 20%). Já 4% não souberam ou não responderam.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira (3), que vai destinar R$ 825,7 milhões ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os recursos visam o projeto FortFisc – Fortalecimento da Fiscalização Ambiental para o Controle do Desmatamento Ilegal na Amazônia.

O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

A iniciativa se alinha a diretrizes do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), da Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+) e da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

Com prazo de 60 meses para execução, o FortFisc promete ampliar a presença do Estado na Amazônia Legal e modernizar a resposta ao desmatamento. O projeto investirá na compra de helicópteros de grande porte com proteção balística, drones de alta tecnologia e a construção de bases aéreas e helipontos na floresta.

Detalhes do investimento
O projeto também inclui a instalação de um centro de treinamento, bases móveis de fiscalização, depósitos para bens apreendidos e novos sistemas digitais para monitoramento ambiental e aplicação de sanções. A iniciativa prevê o uso de inteligência artificial para autuação remota e o fortalecimento da gestão institucional do Ibama.

"O Fundo Amazônia é fruto do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. É resultado de doações realizadas a partir da redução do desmatamento que obtivemos no bioma", diz a ministra Marina Silva.

Segundo Aloizio Mercadante, o apoio financeiro reafirma o compromisso do governo federal com o cumprimento das metas ambientais e com a construção de um modelo de desenvolvimento com base no uso racional dos recursos naturais e na legalidade.

"Fortalecer o Ibama com recursos, tecnologia e estrutura significa proteger nossas florestas, garantir a aplicação da lei e combater a impunidade ambiental", afirma.

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, destaca que "a assinatura do projeto FortFisc no valor de R$ 825,7 milhões representa o maior aporte individual já realizado pelo Fundo Amazônia".

Esse investimento, ele diz, reforça a capacidade operacional do Ibama no combate aos ilícitos ambientais, consolidando os avanços obtidos nos últimos anos e impulsionando-nos rumo à meta de desmatamento zero até 2030."

Eixos de atuação do FortFisc
O projeto se estrutura em cinco eixos principais:

Fortalecimento da capacidade aérea (R$ 522,7 milhões). Destinado à aquisição de aeronaves de asa rotativa com capacidade de transporte e lançamento de água, com proteção balística. Inclui sistemas de drones de asa fixa com decolagem e pouso vertical. Prevê a instalação de quatro bases operacionais com hangares e oito helipontos em áreas-chave da Amazônia Legal. O objetivo é a execução de operações de comando e controle em áreas de acesso difícil, como garimpo ilegal e exploração florestal em terras indígenas.

Fortalecimento dos meios operacionais da fiscalização (R$ 139,6 milhões). Visa a construção de um centro nacional de treinamento operacional do Ibama e estruturas de armazenagem para bens apreendidos nos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso. Prevê a aquisição de equipamentos como bases móveis em contêineres e trailers off-road, barracas de campanha, sistemas de comunicação via rádio VHF e kits de conectividade via internet satelital. Esses recursos permitirão maior presença territorial e agilidade nas ações em campo.

Sistemas informatizados da fiscalização ambiental (R$ 81,6 milhões). Busca aumentar a eficácia do Ibama na aplicação de sanções administrativas ambientais. Envolverá o desenvolvimento de sistemas digitais para gerenciamento de autos de infração, emissão de certidões ambientais, controle da cadeia de mercúrio e rastreamento de produtos florestais. Também inclui a implementação do Sistema de Monitoramento do Desmatamento Zero (LabDeZ) e a contratação de técnicos para triagem de processos, além de cursos para agentes ambientais.

Modernização da Fiscalização Remota (R$ 66,4 milhões). A proposta inclui a automatização da aplicação de sanções e o uso integrado de geotecnologias, inteligência artificial e sensoriamento remoto para detectar, embargar e monitorar áreas desmatadas. Entre as entregas estão sistemas para autuação remota, monitoramento de planos de manejo e atividades ilegais em áreas protegidas e terras indígenas, além da criação de uma plataforma de dados geoespaciais.

Gestão do Projeto (R$ 15,5 milhões). Prevê a criação de uma Unidade Gestora do Projeto (UGP), com servidores do Ibama e consultores. Essa equipe coordenará a execução técnica, financeira e institucional do FortFisc, além de promover eventos técnicos, cursos de capacitação e cooperação com órgãos estaduais e países vizinhos no enfrentamento ao desmatamento.

Fortalecimento Institucional
Atualmente, o Ibama lavra cerca de 10 mil autos de infração por ano no país. Somente na Amazônia Legal, entre 2019 e 2023, foram mais de 20 mil autos, 8,4 mil embargos e R$ 9 bilhões em multas aplicadas.

Segundo a ata, com o fortalecimento institucional proporcionado pelo projeto, há expectativa de maior agilidade e integração no processo administrativo, desde a detecção do ilícito até a execução das penalidades.

O Fundo Amazônia
Gerido pelo BNDES e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Amazônia capta recursos para prevenir, monitorar e combater o desmatamento, e promover a conservação e o uso sustentável da Amazônia Legal. Ele também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no Brasil e em outros países tropicais.

Com 128 projetos apoiados e um valor de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, o Fundo Amazônia já aprovou recursos para projetos em todos os eixos de execução do PPCDAm. As iniciativas incluem a promoção da produção sustentável, geração de renda e melhores condições de vida para povos e comunidades tradicionais que mantêm a floresta, atingindo mais de 500 organizações comunitárias e mais de 200 mil pessoas.

O Fundo Amazônia também apoia ações de monitoramento, comando e controle. Recentemente, aprovou projetos dos Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal para combate e prevenção de incêndios florestais. Informações sobre os projetos apoiados estão disponíveis no site do Fundo Amazônia.

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A necessidade de fortalecer o multilateralismo e a preocupação com a expansão de medidas protecionistas nortearam o debate na primeira sessão da Reunião de Presidentes das Comissões de Relações Exteriores (CREs) dos Parlamentos do Brics, na manhã desta terça-feira (3). O encontro, que prossegue à tarde, é parte da 11ª edição do Fórum Parlamentar do Brics, sediada no Congresso Nacional até quinta-feira (5).

Pela manhã, parlamentares do Brasil, China, Índia, África do Sul, Emirados Arábes Unidos, Irã, Egito, Belarus, Indonésia, Bolívia, Cuba e Nigéria discutiram o tema “Fortalecendo o comércio do Brics no atual cenário internacional”.

Presidente da CRE no Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS) presidiu os trabalhos. O senador destacou que na atual conjuntura internacional — marcada por tensões geopolíticas, competição estratégica entre nações, desaceleração econômica, medidas protecionistas e crises migratórias —, o agravamento de antagonismos “não nos conduzirá à paz e à prosperidade que defendemos e aspiramos”.

— O Brics propicia aos países em desenvolvimento uma plataforma relevante para expressar suas preocupações e interesses, bem como para participar ativamente da promoção de uma ordem internacional mais justa e inclusiva. Estamos seriamente preocupados com a perspectiva de fragmentação da economia global e enfraquecimento do multilateralismo — afirmou.

Para o senador, é preciso haver um sistema multilateral de comércio aberto, transparente, previsível, não discriminatório e baseado em regras mutuamente acordadas, tendo a Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu centro. O tema comércio é de fundamental importância para todos os países do bloco e seus parceiros, sendo que a promoção do comércio intra-Brics e extra-Brics é tema de interesse comum, disse Nelsinho:

— O comércio internacional é importante motor do crescimento inclusivo, da erradicação da fome, da diminuição da pobreza e da promoção do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: ambiental, econômica e social.

O parlamentar também demonstrou preocupação com o aumento de medidas protecionistas unilaterais injustificadas, inconsistentes com as regras da OMC, incluindo o incremento indiscriminado de medidas tarifárias e não tarifárias e o uso abusivo de políticas verdes para fins protecionistas. 

A vice-presidente da CRE no Senado, senadora Tereza Cristina (PP-MS), lembrou que inicialmente Brics se referia a grandes economias emergentes, com potencial de transformar substancialmente o centro de gravidade dos fluxos econômicos, comerciais e financeiros globais. Mas hoje, segundo a parlamentar, "nosso grupo de países logrou transcender, em muito, essa acepção original, tornando-se uma voz coletiva legítima e inescapável do novo cenário mundial".

— Devemos responder, conjuntamente, ao recrudescimento do protecionismo, à erosão do multilateralismo, à crise de confiança, à perda de canais de diálogo e às ameaças a uma paz duradoura. Temos uma oportunidade histórica, e a inação não será perdoada. É o momento de agir. E, enquanto parlamentos, temos essa responsabilidade perante nossos povos.

Presidente da CRE na Câmara, o deputado federal Felipe Barros (PL-PR) enfatizou que essa reunião de parlamentares representa um marco significativo, ao se consolidar como uma plataforma essencial ao fortalecimento da democracia parlamentar. Por meio do diálogo franco e da cooperação, segundo ele, é possível construir "um Brics mais integrado".

— É preciso fortalecer e intensificar as relações comercias intrabloco — expôs Barros.

O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), deu as boas-vindas em nome do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

— Acreditamos muito na caminhada do Brics. O fortalecimento e a busca de objetivos comuns que possam fazer prosperar os nossos países, as nossas populações, devem estar no foco de todos os parlamentares.

Multilateralismo 
O multilateralismo também foi defendido por grandes potências como a China e a Índia. Vice-presidente da CRE do Congresso Nacional do Povo da China, o deputado Wang Ke disse que os conflitos geopolíticos estão crescendo, ao mesmo tempo em que guerras exacerbam a instabilidade política e econômica.

Para o representante da China, é preciso apoiar o multilateralismo por meio da legislação, de forma a construir uma cooperação não discriminatória. Para Wang Ke, também é necessário promover mais áreas coorporativas em cadeias, além de trocas comerciais em benefício da população.

— Os países do Brics são muito importantes para os países em desenvolvimento. Ele [Brics] está compromissado a ajudar o multilateralismo. É por causa disso que o Brics tem um reconhecimento extenso pelo mundo, tem virado a espinha dorsal da política do “Sul global”.  

Representante do Legislativo da Índia, o deputado Vijay Baghel também disse que seu país acredita nos princípios do multilateralismo e numa “ordem global equilibrada e justa”.

— No atual cenário, são grandes as oportunidades, diante dos complexos desafios econômicos e as tensões geopolíticas, incluindo as tendências protecionistas e sanções que causam crise global.

De acordo com o deputado indiano, as trocas com os parceiros dos Brics saltaram de US$ 59,6 milhões em 2008 para US$ 108 milhões em 2018, com as exportações aumentando a cada ano; por isso, “a Índia vê muito potencial em basear suas trocas comerciais com membros do Brics”.

O deputado Ali AlNuaimi, chefe da Divisão Parlamentar dos Emirados Árabes Unidos, enfatizou que a ordem mundial, após a 2ª Guerra, não existe mais, e isso tem um impacto nos investimentos, no comércio e na economia como um todo.

— Eu acredito que os fundadores do Brics tinham essa visão. A gente vê a importância de ter o Brics agora, quando nós precisamos de verdade de uma parceria para agregar valor, priorizar nossos povos e focar em construir as pontes, em servir ao interesse comum.

Parcerias 
Presidente da Comissão de Cooperação Interparlamentar da Câmara dos representantes da Indonésia, o deputado Mardani Ali Sera salientou que no Brics há oportunidade de expandir e buscar cooperação financeira, transferência de tecnologia, financiamento e investimento para infraestrutura.

— Isso não vai só melhorar a operação, como também vai aumentar a nossa resiliência aos desafios globais. Entretanto, é também importante para nós promover mais investimento e comércio entre os membros do Brics, garantindo locais e opções de pagamento para reforçar a nossa resiliência econômica para que nós possamos lidar com os desafios econômicos recentes.

O deputado Sergei Rachkov, presidente da CRE da Câmara dos Representantes de Belarus, assinalou que seu país sempre demonstrou abertura comercial a parceiros. Ele afirmou que Belarus é um dos líderes globais de exportação de fertilizantes e tecnologia e maquinários e quer estreitar relações com os membros do Brics.

Para o deputado Supra Mahumapelo, representante da Comissão de Relações Internacional e Cooperação da Assembleia Nacional da África do Sul, seu país também tem experimentado grandes benefícios com o Brics.

— Hoje, o Novo Banco de Desenvolvimento está proporcionando financiamento a muitos projetos. A nossa parceria com o Brics tem trazido uma contribuição na implementação do plano de reconstrução, por meio do comércio e do desenvolvimento.

Ahmad Naderi, membro da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, disse que, apesar de o país enfrentar muitas sanções internacionais, a cooperação econômica com o Brics deve estar fundada em respeito mútuo e justiça econômica. Para o parlamenetar iraniano, o “Brics é ponte de inovação global na era digital, promovendo o desenvolvimento do comércio eletrônico e dando acesso ao comércio global por meio da tecnologia, logística e alfândega”.

Presidente da Comissão de Política Internacional da Câmara de Senadores da Bolívia, Felix Ajpi Ajpi disse que o país — que é parceiro do Brics—  tem muito a oferecer.

— Temos as mesmas potencialidades, que não são bem exploradas. E nós fomos submetidos ao unilateralismo. Por isso a gente contribui para trabalhar juntos com solidariedade e complementando os membros do Brics, para adicionar mais países a esse sistema moderno.

Também participaram o deputado Mohamed Soliman, do Egito; o deputado Alberto Núñez Betancourt, de Cuba;  e o deputado Busayo Oluwole Oke, da Nigéria.

No período da tarde, a reunião prossegue com mais duas sessões de trabalho. Às 14h, inicia-se o debate sobre a "Promoção de investimentos e transferência de tecnologia para o desenvolvimento sustentável" e, às 15h, os representantes das CREs debruçam-se sobre a questão dos "Instrumentos financeiros para um Brics mais resiliente e sustentável". 

Agência Senado
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O Congresso Nacional recebe nesta quarta-feira (4) representantes dos parlamentos dos países do Brics e dos países aliados desse bloco. Eles participarão da abertura oficial do 11º Fórum Parlamentar do Brics. A sessão solene, que deve começar às 10h30, será presidida pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Também estará presente o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Pouco antes, por volta das 10h, os representantes das delegações se reúnem no Salão Negro do Congresso Nacional para a foto oficial. Em seguida, eles seguem para o Plenário do Senado, onde ocorrerá para abertura da solenidade.

Os líderes devem destacar em seus discursos a importância do diálogo entre os países para a construção de uma governança global mais justa, inclusiva e sustentável. 

No período da tarde, as delegações participam de duas sessões temáticas. A primeira, a partir das 14h, terá como tema a Aliança Interparlamentar do Brics pela Saúde Global, com foco em ações conjuntas no enfrentamento de pandemias e no fortalecimento dos sistemas públicos de saúde. Nesse debate, está prevista a participação de representantes de Rússia, África do Sul, Índia, Indonésia, Irã e Cuba. 

Já na segunda sessão temática, que começa às 15h30, os participantes discutem novos caminhos para o desenvolvimento econômico por meio da ação parlamentar integrada. Devem participar do encontro representantes de Índia, Irã, China, África do Sul, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Cuba e também do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que é presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

O período da tarde também será destinado a reuniões bilaterais. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se encontra com representantes de Cuba, China, Emirados Árabes Unidos, Índia, Irã e Rússia.

As atividades de quarta-feira se encerram oficialmente com um jantar no Palácio Itamaraty que começa às 19h30.

Agência Senado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não foi informado previamente pela Ucrânia sobre o ataque de Kiev com drones a bases militares da Rússia no fim de semana, disse nesta terça-feira (3) a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

A complexidade da operação — que durou um ano e meio e na qual o serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões — levantou questionamentos sobre a participação do serviço de inteligência dos EUA na ação.

Nesta terça, no entanto, Leavitt disse que Trump não recebeu qualquer informação não foi informado sobre a ação antes do ataque, que destriuiu mais de 40 aviões de guerra russos com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea de Moscou.

Imagens de satélite mostram destruição
Imagens feitas por satélites registraram como ficaram bases militares da Rússia atingidas pelo ataque da Ucrânia com drones escondidos em caminhões no fim de semana.

As imagens foram feitas na base de Bekaya, uma das cinco atacadas pela ação de Kiev que pegou a Rússia de surpresa (leia mais abaixo). E mostram vários bombardeiros destruídos ou gravemente danificados (veja acima).

Os registros foram feitos por duas empresas de satélites e fornecidos à agência de notícias Reuters.

"Com base nos destroços visíveis, na comparação com imagens de satélite recentes e nas imagens de drones divulgadas pelo Telegram e postadas no Twitter, posso ver a destruição de várias aeronaves", disse John Ford, pesquisador associado do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, com sede na Califórnia.

Operação Teia de Aranha
A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.

O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa.

O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto.

As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista.

O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance".

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.

Onde ocorreu a operação?
Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.

A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.

Como foram feitos os ataques?
A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.

Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.

Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.

Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.

Quais aeronaves foram atingidas?
Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.

Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.

Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.

Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.

Quanto tempo levou o planejamento da missão?
A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).

O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

Reuters
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A Assembleia Legislativa Nacional do Equador aprovou nesta terça-feira (3) uma reforma constitucional que permite a instalação de bases militares estrangeiras no país.

A proposta foi apoiada por 82 parlamentares e, agora, será submetida aos eleitores em um referendo que ainda terá a data definida pelas autoridades eleitorais.

A medida é apoiada pelo presidente Daniel Noboa, que acaba de tomar posse após ser reeleito para um segundo mandato. Ele defende que a cooperação internacional é necessária para combater grupos de tráfico de drogas que operam em todas as jurisdições.

Parlamentares de seu partido disseram que, desde que uma base anterior dos Estados Unidos foi fechada, o Equador se tornou um dos principais centros de tráfico de narcóticos.

A oposição, no entanto, afirma que a presença militar estrangeira por si só não resolverá os problemas de segurança do país e que o governo precisa de um plano claro para combater o crime.

Daniel Noboa e o presidente americano, Donald Trump, tiveram uma reunião informal em março, na Flórida.

Nenhum dos dois forneceu muitos detalhes sobre o que discutiram, porém fontes da Reuters contaram à época que autoridades equatorianas expressaram o desejo de voltar a sediar uma base dos EUA no país a aliados de Trump.

Reuters
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Mais de 200 prisioneiros escaparam de uma prisão na cidade de Carachi, no sul do Paquistão, na madrugada de segunda para terça-feira (3), no horário local, em um motim após uma série de terremotos que atingiram o país, segundo autoridades locais. Uma pessoa morreu.

A fuga começou pouco antes da meia-noite de segunda-feira e continuou nas primeiras horas da terça, após centenas de prisioneiros terem sido retirados de suas celas e colocados em um no pátio da prisão por causa dos tremores, segundo Zia-ul-Hasan Lanjar, o ministro da Justiça da província de Malir, onde fica a prisão.

Quando estavam no pátio, os prisioneiros dominaram os guardas, tomaram suas armas e forçaram a abertura do portão principal após um tiroteio com soldados paramilitares que também faziam a segurança do complexo, segundo a polícia local. Pelo menos um prisioneiro foi morto e três guardas ficaram feridos no tiroteio, declarou o chefe de polícia, Ghulam Nabi Memon.

"Ouvi os disparos por um bom tempo e, algum tempo depois, os prisioneiros saíram correndo em todas as direções", afirmou Bukhsh, um segurança particular de um condomínio vizinho à prisão, à agência de notícias Reuters. Ele não forneceu um sobrenome.

Bukhsh disse ainda que, após escapar a prisão, alguns dos prisioneiros invadiram no condomínio complexo de apartamentos. No entanto, os invasores foram detidos pela polícia, afirmou o segurança.

Após a fuga, o cenário nesta terça-feira na prisão é de destruição, com vidros quebrados e equipamentos eletrônicos danificados. Uma sala de reuniões, onde os prisioneiros podiam ver suas famílias, havia sido saqueada. Familiares de detentos, ansiosos por notícias, reuniram-se do lado de fora da prisão.

A fuga foi uma das maiores já ocorridas no Paquistão, disse o ministro Lanjar. A prisão, que abriga 6 mil detentos, fica no distrito de Malir, em Carachi, a maior cidade do Paquistão.

Os prisioneiros correram pela área durante toda a noite, alguns deles descalços, e a polícia os perseguiu, segundo imagens da TV local. Cerca de 80 dos fugitivos foram capturados, afirmou Murad Ali Shah, o ministro-chefe da província.

Autoridades disseram que os detentos, muitos deles usuários de heroína, ficaram nervosos e "houve pânico" com os terremotos.

O ministro-chefe da província disse que foi um erro as autoridades prisionais terem permitido que os prisioneiros saíssem de suas celas. Ele pediu aos detentos que ainda estão soltos que se entreguem ou enfrentarão uma acusação grave por terem fugido.

g1
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