A combinação entre as cada vez mais frequentes ondas de calor e o crescimento da economia, com geração de emprego e aumento da renda, fez a indústria de eletroeletrônicos crescer 29% em 2024, na comparação com o ano anterior. Foram comercializadas 117,7 milhões de unidades de diferentes produtos, como geladeiras, televisores, ventiladores e filtros, entre outros, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), divulgados nesta segunda-feira (17).
O destaque foi o ar-condicionado, que registrou um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades fabricadas, aumento de 38% entre 2023 e 2024, fazendo com que o Brasil saltasse da quinta para a segunda posição entre os maiores fabricantes do produto no planeta, atrás apenas da China.
"São dois fatores preponderantes que fizeram com que a gente alcançasse esses resultados. O primeiro é o econômico. Tivemos aumento na geração de empregos, controle maior da inflação no primeiro semestre do ano passado, redução da taxa de juros em parte do ano, o que facilita a aquisição dos nossos produtos, que normalmente são parcelados, e a parcela precisa caber no bolso da população. Outro fator preponderante foi o climático. A elevação das temperaturas fez com que a população buscasse conforto, comodidade e bem-estar", afirmou Jorge Nascimento, presidente da Eletros, após participar de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria a Comércio, Geraldo Alckimin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
No caso da linha marrom, que inclui televisores, o ano passado registrou a maior produção dos últimos 10 anos, e a segunda maior produção da história, com 13,5 milhões de unidades vendidas, com aumento de 22% em relação a 2023. Na linha branca, que abrange geladeiras, fogões, refrigeradores e máquinas de levar, a indústria nacional registrou crescimento de 17% em 2024, com 15,6 milhões de unidades, praticamente os mesmos indicadores do período pré-pandemia.
Durante a reunião com o presidente e ministros, os empresários do setor apresentaram os números expressivos da indústria de eletrodomésticos e pediram a retomada de um cenário econômico similar ao do ano passado.
"O que a gente conversou agora, inclusive com o ministro Haddad, é que é importante que se tenha um ambiente econômico ainda próspero – estamos falando de ajuste fiscal, de controle da inflação, da questão dos juros referenciais. Se isso for tratado com o mesmo cuidado que aconteceu no primeiro semestre do ano passado, a gente tem uma expectativa de pelo menos repetir os números de 2024, em uma versão mais otimista, e crescer 10%", estimou Nascimento, da Eletros. A associação reúne 36 empresas, que empregam cerca de 200 mil trabalhadores e respondem por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional.
"Não é só forno que traz boa notícia, mas geladeira, máquina de lavar roupa, televisor, enfim, e é um fato a ser comemorado, porque crescer 29% uma indústria de bens duráveis é algo excepcional no mundo hoje", enfatizou, em tom de brincadeira, o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele também citou os fatores econômicos, como aumento do emprego, da renda e as políticas industriais do governo como importantes no resultado dessa expansão.
Agência Brasil
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O papa Francisco pede o fim dos conflitos armados no mundo em uma carta publicada nesta terça-feira (18), escrita no quarto em que está hospitalizado em Roma há mais de quatro semanas para tratar uma pneumonia.
"A guerra parece ainda mais absurda (...) nos momentos de doença", disse o papa, hospitalizado desde 14 de fevereiro no hospital Gemelli de Roma por uma pneumonia dupla.
"A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos diante do que dura e do que passa, do que faz viver e do que faz morrer", completou o pontífice, destacando ainda que as armas "devastam as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer solução para os conflitos".
No texto, o papa também faz também um apelo a jornalistas, "a todos aqueles que dedicam seu trabalho e inteligência a informar", com o pedido para que "captem toda a importância das palavras".
"Nunca são apenas palavras: são fatos que estruturam os ambientes humanos. Podem unir ou dividir, servir à verdade ou abusar dela", disse. Por sua vez, "as religiões podem apoiar-se na espiritualidade dos povos para reavivar o desejo de fraternidade e de justiça, a esperança de paz".
"Temos que desarmar as palavras, para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de senso de complexidade".
Após uma longa fase crítica e diversas crises respiratórias, o estado de saúde de Francisco melhorou nos últimos dias e permanecia estável, segundo o último boletim médico. O pontífice, no entanto, permanecerá hospitalizado por um período ainda não determinado, segundo o Vaticano.
No fim de semana, o Vaticano divulgou pela primeira vez uma foto do papa Francisco no hospital. Na imagem, ele aparece de costas e rezando em um capela do local. Em boletim na segunda-feira (17), o Vaticano afirmou que a mão do pontífice está inchada por conta da mobilidade reduzida.
France Presse
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A Conmebol realizou na noite desta segunda-feira, em Luque, no Paraguai, o sorteio que definiu os grupos da Libertadores 2025. O Brasil terá sete times nesta fase: Botafogo, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Fortaleza e Bahia.
Veja os grupos da Libertadores 2025:
Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Grupo E
Grupo F
Grupo G
Grupo H
Datas
A fase de grupos da Libertadores começa na primeira semana de abril, com jogos a partir de 1 de abril. As últimas partidas dessa fase serão disputadas até 29 de maio. A final da competição será no dia 29 de novembro, ainda sem local definido. Esse formato, da decisão em jogo único, começou em 2019.
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Os grupos da Copa Sul-Americana estão definidos. Nesta segunda-feira, a Conmebol sorteou os oito grupos da competição. O Brasil tem sete participantes nesta fase: Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, Vasco e Vitória.
São seis jogos por equipe na fase de grupos, e times do mesmo país não podem ser enfrentar nesta fase. Os primeiros colocados avançam diretamente às oitavas de final. As equipes que ficarem em segundo lugar nas chaves vão disputar um mata-mata contra os terceiros colocados dos grupos da Libertadores. Os vencedores também vão às oitavas da Sul-Americana.
A fase de grupos começa no dia 1 de abril e termina no dia 29 de maio. Os playoffs entre os segundos colocados da Sul-Americana e os terceiros da Libertadores serão entre 16 de julho e 23 de julho.
A decisão está marcada para o dia 22 de novembro e será no disputada na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no estádio Ramón Tahuichi Aguilera.
Veja os grupos:
Veja as datas da Copa Sul-Americana:
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta segunda-feira (17), a regulamentação das redes sociais ao afirmar que há uma "concentração de poder sem precedentes" no que chamou de oligarquias digitais, e compará-las a um poder absolutista.
"Nos deparamos com desafios civilizatórios típicos do nosso tempo. Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais. Diante de uma falta de regulamentação adequada, temos observado uma tendência de concentração de poder sem precedentes nas oligarquias digitais", afirmou o presidente.
Segundo Lula, trata-se de "um poder absolutista, que desconhece fronteiras e visa subjugar as jurisdições nacionais".
A fala do presidente ocorreu durante solenidade de posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na noite desta terça. Na ocasião, Beto Simonetti foi reconduzido ao comando do órgão.
Também participaram do evento os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além de outros representantes das instituições democráticas.
Lula defende a regulamentação das redes sociais e critica com frequência a atuação das big techs.
O presidente não citou o discurso desta terça o empresário Elon Musk, dono da rede X e agora integrante da equipe do governo de Donald Trump, mas costuma usar o bilionário como exemplo de quem tenta concentrar poder e ignorar regras dos países.
A posição de Lula, no entanto, não garantiu o avanço no Congresso Nacional de projetos que tratam da regulamentação das redes.
"É imperativo avançar na criação de um arcabouço jurídico robusto, que promova a concorrência justa e proteja as crianças, as mulheres, e as minorias", prosseguiu.
O petista também frisou que "é preciso assegurar que todos tenham acesso equitativo as oportunidades no ambiente digital e e que estejamos todos protegidos da ameaça de uma nova forma de colonialismo, o chamado colonialismo digital".
Democracia
Ao longo do discurso, Lula destacou o discurso o papel da OAB na defesa da democracia em diferentes períodos da história do país, como o Estado Novo e a ditadura militar.
O presidente mencionou a tentativa de golpe de Estado em 2022 e o plano para matá-lo revelado pela Polícia Federal. Ele também citou o caso da secretária da OAB Lyda Monteiro, morta em um atentado em 1980 após abrir uma carta-bomba endereçada à ordem.
“Por trás dos episódios estão os mesmos ideais autoritários, métodos violentos e agentes saudosos da ditadura”, disse o presidente.
Lula ainda afirmou que é preciso reconstruir as bases da democracia. “Precisamos estar vigilantes. Democracia não é um dado adquirido”, disse.
Lava-Jato
Lula também citou no discurso o trabalho de seus advogados durante os processos que respondeu em decorrência da Operação Lava Jato. O presidente foi condenado por corrupção e chegou a ficar 580 dias preso.
Um dos advogados de Lula nos processos foi Cristiano Zanin, atualmente ministro do STF, indicado pelo próprio presidente para o cargo.
"Não é demais lembrar que, graças à atuação de uma advocacia combativa, pude ver minha inocência prevalecer frente ao abuso do poder perpetrado por um grupo que quis tomar a justiça e o direito para si", declarou Lula.
Lula foi politicamente reabilitado em 2021, após Supremo Tribunal Federal anular suas condenações por entender que a 13ª Vara Federal, em Curitiba, não tinha competência para julgar quatro processos do petista — o sítio de Atibaia, o triplex do Guarujá, e os ligados ao Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo.
g1
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O assassinato de um cantor fez com que o governo do Peru decretasse estado de emergência na capital, Lima, no domingo (16). A medida autoriza as Forças Armadas a atuarem em conjunto com a polícia no combate a gangues de criminosos responsáveis por uma onda de extorsões que vem afetando praticamente todos os setores da sociedade peruana.
"Foi decidido que, nas próximas horas, será decretado estado de emergência em toda a província de Lima e na Província Constitucional de Callao, com o deslocamento de tropas das nossas Forças Armadas em apoio à Polícia Nacional", anunciou o chefe do gabinete ministerial do Peru, Gustavo Adrianzén.
O estopim para o decreto foi o assassinato de um cantor Paul Flores, que era de uma conhecida banda de cúmbia — ritmo popular em países de língua espanhola. O crime provocou indignação no Peru e elevou a pressão sobre o governo da impopular presidente Dina Boluarte.
Flores, conhecido como "El Ruso", de 40 anos, estava no ônibus que transportava integrantes banda Armonía 10, quando o veículo foi abordado por criminosos em uma moto após uma apresentação em San Juan de Lurigancho, um distrito no leste de Lima.
Segundo testemunhas, o vocalista foi atingido por pelo menos dois disparos efetuados por "sicários" – como são chamados os assassinos ligados a gangues em vários países da América Latina.
Após o assassinato, membros da banda afirmaram à imprensa peruana que vinham sendo alvo de organizações criminosas que exigiam altas somas de dinheiro para que o grupo continuasse a se apresentar. O caso não é isolado.
"Hoje foi Paul Flores, 'El Ruso' do Armonía 10. Ontem, alguém na porta de casa ou alguém dirigindo um ônibus. Amanhã, [será] outro nome na lista", desabafou a apresentadora e cantora peruana María Pía Copello nas redes sociais.
"Eles nos matam enquanto estamos vivendo e tentando progredir e aqueles que deveriam nos proteger dizem que está tudo bem. Até quando?"
Epidemia de extorsões
O caso do cantor Paul Flores é apenas o último de uma onda de crimes ligados ao que analistas vem chamando de uma "epidemia de extorsão" no Peru e que vem se intensificando nos últimos anos.
O atentado contra a banda Armonía 10 não foi nem mesmo o primeiro. Em dezembro, o ônibus do grupo já havia sido atingido por disparos na cidade de Callao.
Ainda em 2024, outras bandas peruanas denunciaram à imprensa que vinham sendo alvos de tentativas de extorsão. Segundos os relatos, em vários casos, os criminosos deixaram claro em mensagens que tinham detalhes sobre a rotina dos artistas e de seus familiares.
A prática criminosa também vem afetando milhares de motoristas de ônibus, empresários, pequenos comerciantes, mototaxistas e até funcionários de escolas particulares.
Em abril do ano passado, uma escola na cidade de Trujillo, a terceira mais populosa do país, foi alvo de um atentado a bomba após o diretor da instituição receber mensagens ameaçadoras que exigiam um pagamento de US$ 2.500 (R$ 14 mil).
No mesmo ano, motoristas de ônibus de todo o país organizaram greves para protestar contra a falta de ação das autoridades em combater gangues que vêm extorquindo os profissionais.
"Antes vivíamos em paz, mas agora estamos arriscando nossas vidas apenas indo ao trabalho", disse o motorista de ônibus José León, de 63 anos, ao jornal Financial Times em janeiro.
"Se você não pagar, eles te matam", completou o motorista, que ainda relatou que boa parte do seu salário tem sido direcionado para pagar gangues de extorsionários.
Em janeiro, um jornalista da cidade de Ica que havia elaborado reportagens sobre a prática de extorsão foi assassinado a tiros. No mesmo dia, em Trujillo, o gabinete de um promotor que também investigava gangues foi alvo de um atentado a bomba.
Em 2024, autoridades policiais do Peru receberam mais de 18 mil denúncias de extorsão em todo o país, bem acima dos 4.500 casos documentados em 2021. No entanto, analistas alertam que a grande maioria dos casos não é denunciada devido ao medo de retaliação.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos Peruanos (IEP) em janeiro estimou que 20% dos peruanos já foram vítimas de extorsão. Em números absolutos, pequenos comerciantes são o grupo mais afetado.
Motoristas de ônibus do descentralizado setor de transportes, caracterizado por centenas de pequenas empresas, também são um alvo frequentes por lidarem com dinheiro vivo.
Mas há também funcionários públicos, estudantes e até donas de casa. Uma associação de escolas e colégios particulares apontou que mais de 300 instituições de ensino do país foram alvos de extorsão em 2024 e que o número nos dois primeiros meses de 2025 já ultrapassa 400.
Expansão de gangues e fraqueza do governo
Segundo analistas, gangues e grupos do crime organizado que antes se dedicavam a outras atividades, como tráfico de drogas, passaram nos últimos anos a se concentrar na extorsão.
"A extorsão fornece aos grupos do crime organizado algo de que eles mais precisam: fluxo de caixa", apontou Ricardo Valdes, ex-vice-ministro do Interior do Peru em entrevista ao FT.
A crise de extorsão também coincidiu com a expansão da presença no Peru de grupos criminosos internacionais, notadamente da Venezuela, da Colômbia e do Equador, que se aproveitaram do vácuo deixado pela crise política que afeta o país há quase uma década.
Entre esses grupos está o venezuelano Tren de Aragua, que recentemente ganhou destaque nos EUA após o presidente Donald Trump determinar a deportação de 238 acusados de pertencerem à organização criminosa para prisões em El Salvador.
Na semana passada, o Congresso peruano passou a designar o Tren de Aragua como uma "organização terrorista", seguindo o exemplo dos EUA.
A polícia peruana estimou em 2023 que máfias estrangeiras operavam em pelo menos 16 dos 43 distritos de Lima, segundo site Infobae. Mas nem todos os criminosos são estrangeiros.
Segundo dados da polícia peruana, entre 2019 e 2023, mais de 2.000 pessoas foram presas por extorsão no país – destas, cerca de 300 tinham origem estrangeira, segundo o site de fact-cheking Checa.pe.
Entre os grupos peruanos que se dedicam à prática está Los Pulpos, que opera principalmente em Trujillo, considerado o epicentro da extorsão no país, e que recentemente tem se expandido para o vizinho Chile.
De acordo com dados compilados pela ONG Capital Humano e Social Alternativo (CSHA), atividades criminosas movimentaram US$ 9,8 bilhões no Peru em 2023. O garimpo ilegal de ouro é de longe a maior atividade criminosa, com US$ 4 bilhões. Já a prática de extorsão movimenta US$ 758 milhões.
Diante da força do crime, as deficiências do Estado peruano têm ficado evidentes. Em 2024, o orçamento do Ministério do Interior, responsável pela polícia, foi de apenas US$ 3 bilhões. E o do Ministério da Defesa, US$ 2,3 bilhões.
Mesmo o estado de emergência decretado no domingo não é novo. Em setembro passado, diante das atividades de grupos criminosos, o governo peruano já havia imposto um decreto semelhante em vários distritos de Lima, permitindo a convocação de militares.
Analistas apontam que a crônica fraqueza dos governos peruanos na última década criou um cenário propício para as gangues e ineficiência das autoridades. Desde 2016, o país já teve seis diferentes presidentes e quatro ex-mandatários foram presos na última década.
No momento, a Presidência é ocupada por Dina Boluarte, que conta com apenas 3% de aprovação, segundo uma pesquisa divulgada em dezembro. Ela assumiu o cargo em 2022, após o antecessor, Pedro Castillo, ser destituído na esteira de uma tentativa de autogolpe.
Em setembro, mais de 20 associações empresariais do Peru denunciaram que o país estava "perdendo a batalha" para o crime organizado.
"Vivemos sob o cerco do crime organizado, que assumiu o controle do país na ausência alarmante do Estado", disseram as associações em uma declaração conjunta.
"Nenhuma de nossas atividades, independentemente do tamanho ou do setor, está a salvo de extorsão", dizia o documento.
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O Vaticano afirmou em nota nesta segunda-feira (17) que a mão do papa Francisco estava inchada na imagem divulgada no dia anterior por conta de sua mobilidade reduzida.
A foto divulgada no domingo é a primeira do pontífice desde que ele iniciou seu tratamento médico no hospital Policlinico Gemelli de Roma, há mais de um mês, por conta de uma bronquite que evoluiu para um pneumonia nos dois pumões (veja abaixo).
Na imagem, o Pontífice aparece de costas celebrando a Santa Missa na capela do apartamento localizado no décimo andar do hospital Policlínico Gemelli, em Roma, na Itália.
O boletim médico desta segunda afirma que a situação do papa "é estável, com pequenas melhoras com o tratamento respiratório e motor".
"[O papa Francisco] utiliza menos oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais e, em alguns momentos, pode ficar sem oxigenoterapia. À noite, ele usa vetilação mecânica não invasiva", diz o comunicado da Santa Sé.
Na última sexta-feira (14), o Vaticano anunciou que forneceria atualizações médicas sobre o papa com menos frequência, após o "desenvolvimento positivo" do quadro.
Os avisos matinais de que Francisco havia dormido bem também foram interrompidos. A próxima atualização da saúde do pontífice só deverão ser divulgadas na quarta-feira (19).
Os médicos disseram que o pontífice não está mais em estado crítico — mas enfatizaram que, ainda assim, as condições de saúde continuam complexas (devido à sua idade, à falta de mobilidade e à perda de parte de um pulmão quando era jovem).
No sábado (15), o Vaticano informou que o papa permanece estável no hospital, "confirmando o progresso" da semana passada. Por causa disso, os médicos estão "reduzindo gradualmente" o uso de ventilação mecânica à noite.
Histórico da internação
Francisco foi internado no hospital em 14 de fevereiro, após um surto de bronquite que o impediu de falar. Os médicos logo comunicaram um diagnóstico de pneumonia dupla e uma infecção polimicrobiana (bacteriana, viral e fúngica) .
As três primeiras semanas de sua hospitalização foram marcadas por uma montanha-russa de contratempos, incluindo crises respiratórias, insuficiência renal leve e um forte ataque de tosse.
Mas as atualizações médicas dessa última semana se concentraram em sua terapia física e respiratória contínua, bem como na rotação de oxigênio de alto fluxo por tubos nasais durante o dia e uma máscara de ventilação não invasiva à noite para ajudar a garantir seu descanso. Um raio-X confirmou que a infecção estava desaparecendo.
O papa participou esta semana de exercícios espirituais quaresmais no hospital, o que autoridades do Vaticano disseram que implicava uma carga de trabalho mais leve. Ele recebeu um bolo e centenas de mensagens desejando-lhe boa sorte no 12º aniversário de seu papado na quinta-feira.
Nos últimos quatro domingos, a tradicional bênção que o papa dá de uma janela com vista para a Praça de São Pedro foi divulgada como um texto.
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A porta-voz da Casa Branca fez uma provocação à França nesta segunda-feira (17) ao responder a jornalistas sobre uma declaração polêmica dada por um político francês.
O deputado de centro-esquerda Raphael Glucksmann afirmou em uma convenção, neste domingo (16), que os Estados Unidos deveriam devolver a Estátua da Liberdade porque não representam mais os valores que levaram a França a oferecê-la.
Karoline Leavitt, então, relembrou a ajuda dos EUA ao país durante a Segunda Guerra Mundial e afirmou:
"Meu conselho para esse político francês anônimo e de baixo nível seria lembrá-lo de que é somente graças aos Estados Unidos da América que os franceses não falam alemão atualmente, então eles deveriam ser muito gratos ao nosso grande país".
A Estátua da Liberdade, projetada pelo francês Auguste Bartholdi, foi inaugurada no porto da cidade de Nova York em 28 de outubro de 1886 para o centenário da Declaração de Independência dos Estados Unidos, como um presente do povo francês para a América.
Glucksmann, o político citado, é um defensor ferrenho da Ucrânia e criticou duramente a mudança radical da política dos EUA sobre a guerra desde o começo do governo Donald Trump.
"Vamos dizer aos americanos que escolheram ficar do lado dos tiranos, aos americanos que demitiram pesquisadores por exigirem liberdade científica: 'Devolvam-nos a Estátua da Liberdade'. Nós demos a você como um presente, mas aparentemente você o despreza. Então ficará bem aqui em casa", bradou o deputado à multidão.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã é responsável pelos ataques dos Houthis em um post na rede social Truth Social, nesta segunda-feira (17). Na publicação, ele também acusou o país de se colocar como "vítima inocente" e afirmou que haverá consequências "terríveis" pelas ações.
"O Irã se faz de 'vítima inocente' de terroristas desonestos sobre os quais eles perderam o controle, mas eles não perderam o controle. Eles ditam cada movimento, dando-lhes armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo a chamada 'Inteligência'. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!", escreveu Trump no post.
Os Estados Unidos realizaram novos ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen nesta segunda, informou a TV Al Masirah, ligada ao grupo rebelde.
Trump, assim que assumiu o seu segundo mandato na Casa Branca, restaurou a política de pressão máxima contra o governo iraniano e intensificou sanções para tentar pressionar o país a negociar o seu programa nuclear. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, vem negando, repetidamente, que o país esteja produzindo armas nucleares e afirma que o apelo do presidente americano por negociações é apenas uma "enganação".
"Que ninguém se deixe enganar! As centenas de ataques feitos pelos Houthis - os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, que são odiados pelo povo iemenita - emanam e são criados pelo Irã. Qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força, e não há garantia de que essa força pare aí", afirmou Trump.
Ataque dos EUA aos Houthis
O novo ataque contra os Houthis faz parte de um plano em larga escala contra o grupo ordenado no sábado (15) por Trump. O número de mortes causadas pelos bombardeios americanos subiu para 53 nesta segunda.
A investida é a maior operação militar dos EUA no Oriente Médio desde o retorno de Trump à Casa Branca, e aumenta a pressão sobre o grupo aliado ao Irã para a interrupção de ataques a navios cargueiros no Mar Vermelho.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou no domingo (16) em entrevista à TV "Fox News" que a ação militar contra os Houthis será "implacável" e vai acabar apenas quando o grupo rebelde se desmobilizar completamente.
"Trata-se de colocar um fim nos disparos contra ativos naquela hidrovia tão importante, para retomar a liberdade de navegação, que é um interesse nacional central dos Estados Unidos, e o Irã tem capacitado os Houthis por tempo demais. É melhor eles recuarem", disse Hegseth.
Os ataques dos EUA no Iêmen podem continuar por semanas, segundo um oficial americano ouvido pela agência de notícias Reuters.
O que dizem os Houthis
O gabinete político dos Houthis descreveu os ataques dos Estados Unidos contra o grupo como um "crime de guerra" e disse que as forças armadas do Iêmen estão "totalmente preparadas para responder à escalada com escalada".
Um porta-voz dos Houthis, Yahya Sarea, afirmou nesta segunda-feira que o grupo realizou um segundo ataque contra o porta-aviões americano Harry Truman com mísseis balísticos e de cruzeiro, que teria forçado caças americanos a recuarem. No entanto, Sarea não forneceu comprovação do ataque. O Exército americano não reportou ataque iemenita contra suas forças.
O histórico do conflito
Os ataques a embarcações pelos Houthis estão entre as justificativas utilizadas por Trump para iniciar os bombardeios.
Em outubro de 2023, após o início da guerra entre o Hamas e Israel, o grupo rebelde começou a atacar navios militares e comerciais em um dos corredores de navegação mais movimentados do mundo. Os alvos eram embarcações de Israel e de seus aliados — em especial os Estados Unidos e o Reino Unido —, alegando solidariedade aos palestinos.
Desde então, mais de 100 ataques foram realizados contra navios mercantes e militares. Dois deles afundaram, e quatro marinheiros foram mortos. As ofensivas foram interrompidas com o atual cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor em janeiro.
Mas, na quarta-feira (12), os Houthis anunciaram que voltariam a abrir fogo, depois de Israel interromper a ajuda humanitária a Gaza para pressionar o Hamas durante as negociações do cessar-fogo.
Quem são os Houthis?
Os Houthis pertencem ao chamado "Eixo de Resistência", uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al Assad.
A organização surgiu em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas.
Os Houthis ganharam força ao longo dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como "Morte aos Estados Unidos", "Morte a Israel", "Maldição sobre os judeus" e "Vitória ao Islã", o grupo não demorou para se declarar parte do "eixo da resistência" liderado pelo Irã contra Israel e o Ocidente.
g1
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A União pagou, em fevereiro, R$ 1,33 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Tesouro Nacional. No acumulado do ano, já são R$ 1,88 bilhões de débitos honrados de entes federados.
Em 2024, o valor chegou a R$ 11,45 bilhões de dívidas garantidas pela União.
Do total pago no mês passado, R$ 854,03 milhões são débitos não quitados pelo estado de Minas Gerais; R$ 319,76 milhões do Rio de Janeiro; R$ 75,94 milhões de Goiás; R$ 72,95 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 2,81 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 73,85 mil do município de Santanópolis (BA).
De R$ 1,88 bilhões de dívidas de entes federados honradas pela União em 2025, R$ 1,07 bilhão são de Minas Gerais; R$ 399,73 milhões do Rio de Janeiro; R$ 150,10 milhões de Goiás; R$ 149,76 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 109,73 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 140 mil de Santanópolis (BA).
Desde 2016, a União pagou R$ 77,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.
As garantias representam os ativos oferecidos pela União - representada pelo Tesouro Nacional - para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.
Recuperação de garantias
Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto de repasses federais ordinários – como receitas dos fundos de participação e compartilhamento de impostos, além de impedir novos financiamentos. Sobre as obrigações em atraso incidem ainda juros, mora e outros encargos previstos nos contratos de empréstimo, também pagos pela União.
Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias pela adoção de regimes de recuperação fiscal, por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução ou por legislações de compensação das dívidas. Dos R$ 77,32 bilhões honrados pela União, cerca de R$ 68,11 bilhões se enquadram nessas situações.
Desde 2016, a União recuperou R$ 5,68 bilhões em contragarantias. Os maiores valores são referentes a dívidas pagas pelos estados do Rio de Janeiro (R$ 2,77 bilhões) e de Minas Gerais (R$ 1,45 bilhão), além de outros estados e municípios. Em 2025, a União já recuperou R$ 116,13 milhões em contragarantias.
Agência Brasil
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