Mai 01, 2025
Arimatea

Arimatea

Em um dia de euforia no mercado doméstico e internacional, a bolsa subiu mais de 2,5% e atingiu o maior nível desde dezembro. O dólar aproximou-se de R$ 5,70 e fechou no valor mais baixo em três semanas.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta sexta-feira (14) aos 128.957 pontos, com alta de 2,64%. O indicador teve o maior avanço diário desde 20 de fevereiro e está no nível mais alto desde 11 de dezembro do ano passado.

A bolsa brasileira seguiu as bolsas norte-americanas, que se recuperaram nesta sexta-feira após vários dias de queda.

O Ibovespa fechou a semana com alta de 3,14%, o melhor desempenho semanal desde o início de agosto. As bolsas dos Estados Unidos caíram na semana, com o índice Dow Jones acumulando baixa de 3,07%, das empresas industriais, e de 2,27% no S&P 500, das 500 maiores empresas.

No câmbio, o dólar caiu pela quarta vez seguida, fechando a R$ 5,743, com recuo de R$ 0,058 (1%). Em um dia favorável aos países emergentes, a cotação chegou a cair para R$ 5,71 por volta das 14h20, mas diminuiu o ritmo de queda após investidores aproveitarem a cotação barata para comprar dólares.

No menor valor desde 21 de fevereiro, o dólar caiu 0,81% na semana. Em 2025, a divisa acumula queda de 7,07%.

Tanto fatores domésticos como externos contribuíram para o dia de otimismo no mercado financeiro. No cenário internacional, as negociações refletiram o progresso nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, o acordo para a formação de um governo de coalizão na Alemanha e a recuperação de ativos financeiros nos Estados Unidos após a queda dos últimos dias.

No mercado interno, o superávit de R$ 104 bilhões nas contas do setor público em janeiro foi bem recebido. O resultado forte fez a Dívida Bruta do Governo Geral, principal indicador usado nas comparações internacionais, cair para 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) no mês retrasado.

Agência Brasil
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Pelo menos nove palestinos, incluindo três jornalistas locais, foram mortos e outros ficaram feridos neste sábado (15) durante um ataque israelense na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza, informaram médicos palestinos.

O novo ataque ocorreu em meio às negociações de cessar-fogo entre líderes do Hamas no Cairo, Egito.

As informações do ataque foram divulgadas por agências de notícias. À Reuters, médicos afirmaram que várias pessoas ficaram gravemente feridas quando o ataque atingiu um carro, com vítimas dentro e fora do veículo.

Testemunhas e amigos das vítimas disseram que as pessoas no carro estavam em uma missão para a instituição de caridade Fundação Al-Khair em Beit Lahiya, acompanhadas por jornalistas e fotógrafos quando o ataque ocorreu.

Até a publicação desta reportagem, as Forças de Defesa de Israel (IDF) não haviam comentado ou assumido a autoria do ataque.

Acordo de cessar-fogo
Esse novo ataque aéreo destaca a fragilidade do acordo de cessar-fogo, firmado no dia 19 de janeiro, entre Hamas e Israel.

À época, os combates haviam sido interrompidos em larga escala na Faixa de Gaza. Apesar disso, autoridades de saúde palestinas afirmam que dezenas de pessoas foram mortas.

Em resposta aos ataques relatados por médicos de Gaza, o exército israelense afirmou que seus militares intervieram para frustrar ameaças de "terroristas" que se aproximavam ou plantavam bombas perto de suas posições.

Desde que a primeira fase temporária do cessar-fogo terminou em 2 de março, Israel rejeitou a abertura da 2ª fase das negociações, que exigiria a negociação do fim permanente da guerra, principal demanda do Hamas.

Novas negociações
Esse novo ataque, envolvendo jornalistas, coincidiu com a visita do chefe exilado do Hamas em Gaza, Khalil Al-Hayya, ao Cairo para novas negociações de cessar-fogo, visando resolver disputas com Israel que poderiam reativar os combates no enclave.

Nesta sexta-feira (14), o Hamas afirmou que concordaria em libertar um cidadão americano e israelense se Israel iniciasse a próxima fase das negociações de cessar-fogo para um fim permanente à guerra, uma oferta que Israel rejeitou como "guerra psicológica".

Vale lembrar que a guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas.

Desde então, estima-se que os subsequentes ataques de Israel a Gaza mataram mais de 48.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e reduziram grande parte do território a escombros, levando a acusações de genocídio e crimes de guerra que Israel nega.

g1
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Botafogo-PB e Treze se enfrentam pela partida de volta da semifinal do Campeonato Paraibano Unipê 2025. O confronto acontece neste sábado, às 16h30, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. As TVs Cabo Branco e Paraíba transmitem o Clássico Tradição ao vivo e de graça.

No confronto de ida, o Belo venceu pelo placar de 2 a 1, no Estádio Amigão, em Campina Grande. Com isso, o Alvinegro da Estrela Vermelha tem a vantagem do empate para conquistar a classificação. Em caso de vitória do Galo por um gol de diferença, a vaga será decidida nas penalidades máximas.

O Botafogo-PB chega para o confronto embalado. Na última terça-feira, o Belo goleou o Concórdia por 4 a 0 e se classificou para a 3ª fase da Copa do Brasil. O time de João Pessoa não sabe o que é perder há seis jogos, tendo vencido todos eles.

No lado do Treze, a última partida disputada foi o Clássico Tradição do Paraibano. Durante a semana, o clube de Campina Grande realizou a preparação para a semifinal de volta. Para se classificar ainda no tempo normal, o Galo precisará triunfar por dois gols ou mais de diferença.

Transmissão

Onde assistir: as TVs Cabo Branco e Paraíba transmitem o jogo com a narração de Cristiano Sacramento, os comentários de Phillipy Costa e as reportagens de Ademar Trigueiro e Iaco Lopes. O ge Paraíba e o Jornal da Paraíba também transmitem o Clássico Tradição.

Onde ouvir: a CBN Paraíba traz as emoções do confronto na voz de Raelson Galdino, que terá os comentários de Léo Alves. As reportagens serão feitas por Afonso Carlos e Max Oliveira.

Onde acompanhar: uma hora antes da bola rolar, o ge entra em campo com o Tempo Real.

Prováveis escalações

Botafogo-PB — técnico: João Burse
Para o Clássico Tradição, o técnico do Botafogo-PB, João Burse, terá o retorno do volante Thallyson, que estava suspenso no jogo de ida. Entretanto, o comandante do Belo não poderá contar com o atacante Guilherme Santos, expulso no último confronto contra o Treze.

No DM, o Alvinegro da Estrela Vermelha também sete ausências confirmadas. Quatro jogadores estão em transição: o zagueiro Igor Ribeiro, os laterais Diego Ferreira e Ronaldo e o atacante Rafinha. Enquanto isso, outros três atletas estão entregues a equipe médica, o defensor Lucas Balardin, o volante Igor Maduro e o goleiro Edilson.

  • Dúvidas: Diego Ferreira, Igor Ribeiro, Rafinha e Ronaldo.
  • Quem está fora? Edilson (DM), Guilherme Santos (suspenso), Igor Maduro (DM) e Lucas Balardin (DM).

Provável escalação do Botafogo-PB: Wallace; Erick, Reniê, Wendel Lomar e Sidcley; Gama, Thallyson e Bruno Leite; Rodrigo Alves, Henrique Dourado e Gustavo Ramos.

Treze — técnico: Marcelo Martelotte
No jogo deste sábado, o técnico do Treze, Marcelo Martelotte, não poderá contar com seu principal jogador: o meia Dione, que foi expulso na semifinal de ida. O Galo tem duas dúvidas para o clássico: o meio-campista Alex Sandre e o atacante Wandson, que saiu de campo machucado contra o Botafogo-PB.

  • Dúvida: Wandson.
  • Quem está fora? Dione (suspenso) e Alex Sandre (DM).

Provável escalação do Treze: Igor Rayan; Van, Diego Ivo, Marcelo Sousa e Arthurzinho; Juninho, Karl e Rodrigo Gaia; Dudu, Schutz e Rafael Ibiapino.

Arbitragem

  • Árbitra principal: Ruthyanna Camila Medeiros da Silva (CBF/PB)
  • Assistente 1: Luis Filipe Gonçalves Corrêa (CBF/PB)
  • Assistente 2: Paulo Ricardo Alves Farias (CBF/PB)
  • Quarto árbitro: Mário Medeiros Soares de Souza (CBF/PB)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta sexta-feira (14) para convocar apoiadores a atos neste sábado (15) em países da Europa e cidades dos Estados Unidos pela aprovação da anistia aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro, em 2023. Aqui no Brasil, a manifestação com presença de Bolsonaro está marcada para domingo (16), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo é pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos extremistas.

Segundo o ex-presidente, há marchas previstas para Roma (Itália), Zurique (Suíça), Londres (Reino Unido), Barcelona (Espanha), Orlando (EUA), Flórida (EUA), Washington (EUA) e Nova York (EUA). “Pela anistia dos nossos irmãos aqui no Brasil”, declarou Bolsonaro, em vídeo.

A proposta que livra os condenados pelo 8 de Janeiro tramita na Câmara dos Deputados em uma comissão especial, mas sem qualquer perspectiva de data para ser apreciada. A oposição alega ter votos para aprovar o texto, mas ainda precisa de conjuntura e vontade política para isso.

Desse modo, segundo relataram parlamentares à reportagem, as manifestações nas ruas poderiam “acelerar” a tramitação da proposta.

PL da Anistia
Conforme mostrou o R7, a proposta de anistia aos presos do 8 de Janeiro pode ter uma versão mais “branda” a fim de ganhar celeridade e votos na Câmara. Deputados de oposição avaliam uma anistia parcial aos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na visão dos parlamentares, isso tornaria o texto menos radical. Ao todo, os condenados pelo 8 de Janeiro foram enquadrados em cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

Segundo o STF, a maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.

A anistia estudada, em vez de total, perdoaria os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. A oposição acredita que tais condenações são injustas, pois considera que os atos não foram uma tentativa de golpe de Estado.

Assim, as penas poderiam ser reduzidas e enquadradas apenas em dano qualificado e deterioração de patrimônio. Os condenados pelos atos extremistas então poderiam cumprir as penas em regime semiaberto.

O relator da proposta, o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), deve ser mantido, o que para a oposição indica que o apoio do União à proposta estaria “garantido”.

Em 2024, Valadares foi designado como relator do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, mas antes que o texto pudesse ser votado no colegiado, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retirou a matéria da comissão e criou um grupo especial para analisar o mérito.

R7
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A Câmara dos Deputados pode votar, na próxima semana, projeto de lei que tipifica como descumprimento de medida judicial a aproximação do agressor de áreas delimitadas pelo juiz para proteção de vítima de violência contra a mulher.

A regra valerá mesmo que a aproximação ocorra com o consentimento expresso da vítima, mas somente no caso de aproximação voluntária do agressor.

De autoria da deputada Dra. Alessandra Haber (MDB-PA), o Projeto de Lei 6020/23 conta com parecer preliminar da deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), no qual ela acrescenta a punição pela aproximação do agressor da residência ou do local de trabalho da vítima.

Atualmente, a Lei Maria da Penha estabelece pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa para aquele que descumprir decisão judicial sobre medidas protetivas de urgência previstas na lei.

Crimes ambientais
Na pauta consta ainda o Projeto de Lei 3339/24, do deputado Gervásio Maia (PSB-PB), que aumenta as penas para crimes ambientais e proíbe aquele que fizer incêndio em floresta ou demais formas de vegetação de contratar com o poder público ou receber subsídios.

Essa proibição será por cinco anos após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e envolve ainda subvenções ou doações recebíveis da administração pública.

O texto conta com substitutivo preliminar do deputado Patrus Ananias (PT-MG), que tomou como base o PL 4000/24, do Poder Executivo. A redação também inclui na lei, como agravante de todos os crimes tipificados, a consequência de dificultar a plena prestação de serviços públicos, a exemplo de queimadas cuja poluição impeça o trânsito em estradas ou o funcionamento de aeroportos.

Estratégia de saúde
Já o Projeto de Lei 2583/20 institui a Estratégia Nacional de Saúde e fixa regras para estimular parcerias com empresas de desenvolvimento de dispositivos e insumos médico-hospitalares a serem fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De autoria do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) e outros, o texto prevê que as Empresas Estratégicas de Saúde (EES) terão preferência nas compras públicas em produtos e serviços listados no Plano Estratégico em Saúde.

Nos editais, deve estar previsto que essas empresas terão prioridade de contratação se seus preços forem até 20% maiores que o vencedor da licitação (se o vencedor não for uma EES).

Restos a pagar
Os deputados podem votar também o Projeto de Lei Complementar (PLP) 22/25, do Senado, que revalida dotações orçamentárias canceladas vinculadas aos chamados restos a pagar não processados, permitindo sua liquidação até o final de 2026.

Os restos a pagar são dotações que passam de um exercício financeiro ao seguinte e se referem a serviços ou obras, por exemplo, que não foram pagos ainda.

Essas despesas têm os recursos empenhados (uma forma de reserva), diferenciando-se em processadas, quando o órgão já aceitou o objeto verificando o direito do fornecedor de receber o dinheiro (liquidação); e não processadas, quando essa liquidação ainda não ocorreu.

O projeto conta com substitutivo do deputado Danilo Forte (União-CE), que alterou o intervalo de anos ao qual se referem esses restos a pagar. Assim, em vez de serem revalidados aqueles inscritos no período de 2019 a 2024, o relator propõe que a regra se aplica de 2019 a 2022.

Gastos com saúde
Se aprovado o regime de urgência, poderá ser votado o Projeto de Lei Complementar (PLP) 58/25, do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), que permite a estados e municípios usarem, até 31 de dezembro de 2025, recursos represados antes destinados a procedimentos de saúde relacionados à Covid-19.

O texto permite aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) mudarem a destinação também de outros recursos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde aos fundos de saúde locais sem seguir os objetos e compromissos aos quais o dinheiro estava vinculado. Isso valerá para repasses feitos até 31 de dezembro de 2023 em transferências regulares e automáticas.

O Plenário tem sessões a partir de terça-feira (18), às 13h55.

Agência Câmara
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As novas regras para a apresentação e indicação de emendas parlamentares ao Orçamento, aprovadas na quinta-feira (13), em sessão do Congresso, já estão valendo. Foi promulgada nesta sexta-feira (14) a Resolução 1 de 2025 do Congresso Nacional. O texto é oriundo do Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 1 de 2025 e deve destravar a votação do Orçamento, que aguardava uma solução para as emendas.

O projeto, feito em conjunto pelas Mesas do Senado e da Câmara, foi apresentado após questionamentos feitos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), com relação às emendas. O texto traz medidas para aumentar a transparência e também garantir rastreabilidade na sua execução, garantindo o uso eficiente dos recursos públicos. 

Com a promulgação, será possível votar o Orçamento de 2025, cuja análise aguardava a solução das questões relativas às emendas parlamentares.  Os repasses de boa parte dos recursos das emendas estavam suspensos por decisão de Dino, que entendeu não haver respeito aos critérios de transparência na execução. Ainda não há confirmação de data para a votação do Orçamento.

Veja as principais regras promulgadas:

  • As atas de apresentação e indicação de emendas serão elaboradas no sistema eletrônico, sempre que possível. A medida busca digitalizar o processo legislativo para facilitar o controle, a rastreabilidade e o acesso às informações. 
  • As emendas devem seguir as disposições do artigo 166 da Constituição Federal, que impõe restrições para evitar a alocação descontrolada de recursos.
  • Nenhuma emenda poderá ser aprovada em valor superior ao solicitado originalmente, exceto em casos de remanejamento entre emendas do mesmo parlamentar. 
  • As emendas deverão ser apresentadas com a ata da reunião que deliberou sobre elas além de seguir um modelo padronizado. Também deverão ter caráter institucional e atender a interesses nacionais ou regionais, com o respeito à definição de ações estruturantes prevista na Lei Complementar 210, de 2024, que trata da proposição e a execução de emendas parlamentares na lei orçamentária anual.
  • Fica proibida a destinação de recursos a entidades privadas, exceto quando incluídos em programações previamente estabelecidas no projeto. A justificativa de cada emenda deverá conter elementos que permitam avaliar os benefícios sociais e econômicos da política pública proposta. 
  • Cada comissão poderá apresentar até seis emendas de apropriação (cujo valor necessário para inclusão vem da anulação equivalente na reserva de recursos ou em outras dotações definidas no parecer preliminar) e duas emendas de remanejamento (cujo valor necessário para inclusão vem da anulação de dotações constantes do projeto de lei, exceto as da reserva de contingência).
  • As sugestões de emendas das comissões deverão ser encaminhadas exclusivamente pelo sistema eletrônico. Um relator será designado para cada conjunto de emendas a fim de garantir um acompanhamento eficiente da tramitação. 

A maior parte das regras já entrou em vigor com a publicação da resolução. Algumas delas, no entanto, passarão a valer após a aprovação da Lei Orçamentária de 2025, já que o processo de apresentação e de indicação das emendas já ocorreu em 2024.

Agência Senado
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Há 40 anos, após uma madrugada de agonia, apreensão e negociações em Brasília, o maranhense José Sarney assumiu de forma interina a Presidência da República. O ato encerrou o período em que o país foi comandado por uma ditadura militar (1964-1985) e marcou o início da redemocratização do país.

Sarney, então com 54 anos, chegou ao Congresso Nacional na manhã da sexta-feira, 15 de março de 1985, como vice-presidente eleito. Prestou o juramento constitucional e foi empossado como vice-presidente. Depois, rumou ao Palácio do Planalto, onde deu posse aos novos ministros.

Tancredo Neves, o presidente eleito pelo colégio eleitoral, foi hospitalizado na véspera da posse com fortes dores abdominais e precisou passar por uma cirurgia.

Avisado durante a madrugada que tomaria posse e ficaria à frente do governo até a recuperação de Tancredo, Sarney fez um discurso breve no Planalto.

“Eu estou com os olhos de ontem”, afirmou, em referência à noite insone, ao iniciar o discurso de pouco mais de 200 palavras em sua fala de posse do gabinete de ministros escolhidos por Tancredo.

“Os nossos compromissos, meus e dos senhores agora empossados, são os compromissos do nosso líder, do nosso comandante, do nosso grande estadista, e a bandeira que reúne neste instante o país e as nossas vontades, que é a bandeira que se chama Tancredo de Almeida Neves”, discursou.

A internação de Tancredo deixou o país atônito e iniciou a sequência de 39 dias de apreensão que terminou com a morte do presidente, em 21 de abril, aos 75 anos, sem que ele tivesse tomado posse.

Primeiro na linha de sucessão, Sarney assumiu de forma definitiva a Presidência da República e governou até março de 1990. Foi o primeiro civil a presidir o Brasil em 21 anos – o último havia sido João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.

A redemocratização
A volta da democracia foi um processo cauteloso, que exigiu negociações entre as elites política e militar do país. A abertura “lenta e gradual” teve início no governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) e prosseguiu com o general João Baptista Figueiredo (1979-1985), ambos do Exército Brasileiro.

Um dos marcos do esforço da sociedade civil em busca da democracia foi a campanha das "Diretas Já" para aprovar no Congresso a chamada emenda Dante de Oliveira, que modificava a Constituição e determinava a volta da eleição para presidente pelo voto direto dos brasileiros.

Em 1984, apesar da emenda não ter sido aprovada, a mobilização nas ruas reforçou o sentimento de que a ditadura se aproximava do fim. A eleição do novo presidente foi realizada no colégio eleitoral, com os votos de deputados e senadores, em 15 de janeiro de 1985.

Candidato da oposição, Tancredo Neves costurou um acordo político denominado de Aliança Democrática incluindo seu partido, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), outras siglas de oposição e políticos da Frente Liberal, que depois veio a se tornar o Partido da Frente Liberal (PFL). Tratava-se de uma dissidência do Partido Democrático Social (PDS), partido que sucedeu a Arena no apoio ao regime militar.

Ex-presidente do PDS, Sarney era senador pelo Maranhão, já havia sido governador do mesmo estado e deixou a legenda para se filiar ao MDB e ser o vice na chapa da oposição. Ex-governador de Minas Gerais, político de perfil conciliador, Tancredo Neves superou o candidato governista Paulo Maluf (PDS) na eleição do colégio eleitoral.

A vitória gerou a expectativa de grandes mudanças no país que se redemocratizava e cuja população sofria com a inflação acima de 200% ao ano. A posse de Tancredo seria o ponto inicial da Nova República, como o retorno do poder a um presidente civil ficou conhecido à época.

Madrugada de negociações
A internação e a cirurgia de Tancredo colocaram em risco o começo da Nova República. Ao longo da noite de quinta-feira, 14 de março, e da madrugada da sexta, dia 15, pairou o receio de que os militares poderiam se negar a entregar o poder.

Como a chapa eleita ainda não tinha sido empossada pelo Congresso, havia dúvida sobre quem assumiria até que Tancredo deixasse o hospital: o vice-presidente eleito ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães (MDB-SP). Os dois nomes não agradavam a uma parcela dos militares.

Na madrugada, Ulysses foi até a Granja do Ipê, onde morava Leitão de Abreu, ministro da Casa Civil do governo que se encerrava. Leitão, embora civil, era parente do general Aurélio de Lira Tavares, que em 1969 integrou a junta militar que impediu a posse de Pedro Aleixo como presidente e governou o Brasil após problemas de saúde do general Costa e Silva.

Ulysses Guimarães estava acompanhado do presidente do Senado, José Fragelli (MDB-MS), e do general Leônidas Pires Gonçalves, escolhido por Tancredo para ser o ministro do Exército. O encontro pacificou o entendimento para Sarney assumir de forma interina, posição costurada também com líderes dos partidos do Congresso.

Sarney foi comunicado da decisão ainda antes do dia nascer. Em entrevista ao Senado, em 2015, ele relatou que passava das 3h quando recebeu ligações de Fragelli e Leônidas. Ficou marcada na memória do político a forma como o general se despediu: “Boa noite, presidente”.

Às 10h12 do dia 15, Fragelli abriu a sessão do Congresso e informou a ausência de Tancredo. Foi lido um atestado médico, assinado pelo médico Gustavo de Arante Pereira, diretor do Hospital de Base, em Brasília, informando que o presidente eleito passara por cirurgia, seguia internado e não poderia se locomover temporariamente.

Sarney fez o juramento constitucional, foi empossado como vice-presidente e ficou como presidente em exercício diante da expectativa de que Tancredo estivesse apto a tomar posse em uma semana.

“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, jurou.

A ditadura militar estava oficialmente encerrada. No Palácio do Planalto, não houve passagem da faixa presidencial. Figueiredo se recusou a entregar o símbolo do poder a Sarney, a quem considerava um traidor, e deixou o palácio por uma porta de serviço.

A ditadura militar
Sarney substituiu João Figueiredo, o último dos cinco generais que governou o país durante os 21 anos de ditadura.

O regime militar teve início em 1964 com a deposição de João Goulart, vice-presidente eleito em 1960 e que assumiu o governo em 1961 após a renúncia de Jânio Quadros.

Humberto Castelo Branco (1964-1967) foi o primeiro presidente da ditadura, sucedido por Costa e Silva (1967-1969), Emílio Medici (1969-1974) e Ernesto Geisel (1974-1979).

A ditadura teve um período de crescimento, chamado de milagre econômico, porém terminou com inflação em alta e dívida externa em crescimento.

O período foi marcado pela ausência de eleições diretas para Presidente e repressão violenta aos opositores, com fases nas quais o Congresso foi fechado, políticos foram cassados, houve censura à imprensa, tortura e assassinato de adversários políticos.

Governo Sarney (1985-1990)
Sarney governou de março de 1985 a março de 1990, quando foi sucedido por Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde Jânio Quadros, em 1960.

O governo Sarney foi marcado pela convocação e realização da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a atual Constituição Brasileira, em 1988. A Carta, em vigor até hoje, ampliou direitos civis, sociais e políticos, criou o Sistema Único de Saúde (SUS), marcando um avanço na redemocratização do país.

Com o slogan “Tudo pelo social”, Sarney fracassou ao enfrentar a inflação e a recessão econômica. Sucessivos planos não conseguiram conter a alta de preços, e a inflação bateu 1.782% em 1989 (em 2024, foi de 4,83%). O presidente ainda suspendeu o pagamento da dívida externa.

Na área internacional, Sarney buscou uma política mais aberta, se aproximou de países da América Latina e lançou as bases que levaram à criação do Mercosul – bloco atualmente formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

Após deixar a Presidência, Sarney elegeu-se senador três vezes consecutivas pelo Amapá e presidiu o Senado por quatro vezes, tornando-se um político relevante nos governos Fernando Henrique (1995-2002), Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016).

Sarney decidiu não disputar a reeleição em 2014 e, desde então, não concorreu mais a cargos públicos. Próximo de completar 95 anos, que serão completos em 24 de abril próximo, passa maior parte do tempo em Brasília.

Na última semana, esteve no Planalto para posse de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha como ministros das Relações Instituições e Saúde, respectivamente.

g1
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quinta-feira (14) pela rejeição dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa questionava a imparcialidade dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento do caso que investiga a tentativa de golpe de Estado.

Segundo a PGR, os argumentos apresentados pelos advogados do ex-presidente não atendem aos critérios legais para afastamento dos magistrados, já que não há incompatibilidade com as regras previstas no Código de Processo Civil (CPC) e no Código de Processo Penal (CPP).

Sem novos fundamentos
A Procuradoria argumenta que a defesa repetiu alegações já rejeitadas anteriormente, sem apresentar elementos novos que justificassem a reanálise da questão.

“A situação fática e jurídica que autorizou a negativa de seguimento à arguição de impedimento mantém-se inalterada, não havendo nas razões recursais fundamento novo capaz de modificar o entendimento já estabelecido pelo eminente Ministro presidente na decisão de 28.2.2025”, destacou a PGR.

Além disso, o parecer reforça que o STF não admite interpretações ampliadas das regras sobre impedimento de magistrados, reforçando que o pedido da defesa não se enquadra nas hipóteses legais que justificam o afastamento de ministros.

Com essa manifestação da PGR, caberá agora ao Supremo decidir se mantém ou rejeita os recursos da defesa de Bolsonaro.

g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Japão e ao Vietnã entre os dias 24 e 29 de março. No Japão, Lula vai negociar a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira, demanda histórica do Brasil. Além disso, o presidente buscará avançar nas negociações para um acordo comercial entre o gigante asiático e o Mercosul.

No Vietnã, o presidente Lula debate um plano de ação para elevar o país ao nível de Parceiro Estratégico do Brasil, tipo de relação superior à que os dois países mantêm atualmente. Entre as nações do Sudeste Asiático, apenas a Indonésia é um parceiro estratégico do Brasil.

O primeiro destino da viagem do presidente é o Japão, onde Lula chega no dia 24 de março. Esse encontro tem sido tratado pelo Itamaraty como prova do prestígio que o governo japonês concede ao país. Isso porque os japoneses restringem as visitas de chefes de Estado estrangeiros há apenas uma por ano.

Além disso, desde 2019 não havia uma visita oficial de chefe de Estado ao Japão. A última foi a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Isso dá uma indicação da importância dessa relação que já completa 130 anos”, comentou o embaixador Eduardo Paes Saboia, atual secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores.

O Japão é o segundo maior parceiro do Brasil na Ásia, atrás apenas da China, e o 11º maior parceiro comercial do Brasil no mundo. Além disso, o Japão abriga a quinta maior comunidade de brasileiros no exterior, com 200 mil pessoas. O país é ainda o nono que mais investe no Brasil, com estoque de US$ 35 bilhões em 2023, aumento de 23% em relação ao ano anterior.

Carne bovina e Mercosul
De acordo com o Itamaraty, um dos objetivos da viagem é conseguir um compromisso político do Japão para que envie ao Brasil uma missão técnica das autoridades sanitárias japonesas para inspecionar as condições da produção de carne bovina do país. Esse seria um dos passos necessários para o Brasil acessar o mercado de carne bovina japonês.

Em maio de 2024, quando o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, esteve no Brasil, o presidente Lula reforçou a reinvindicação para ter acesso a esse mercado.

O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa cerca de US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país asiático. O Itamaraty conta que, desde 2005, o Brasil tenta, sem sucesso, entrar no mercado japonês de carne bovina.

O embaixador Eduardo Saboia acrescentou que outro objetivo da viagem é avançar nas negociações para um acordo Mercosul-Japão.

“A visita do presidente tem o interesse de avançar nessa área. Claro que não depende apenas do Brasil, depende também do Japão. Os parceiros do Mercosul têm sido bastante favoráveis a esse acordo”, destacou Saboia.

Vietnã
Saindo do Japão, o presidente Lula segue para o Vietnã, onde aterrissa no dia 28 de março. O país do sudeste asiático se tornou o quinto maior consumidor dos produtos agropecuários brasileiros.

Um dos objetivos da viagem é consolidar as etapas necessárias para elevar o Vietnã a parceiro estratégico do Brasil.

“A elevação das relações diplomáticas com o Vietnã ao nível de parceria estratégica possibilitará aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica, intensificar o fluxo de comércio e os investimentos”, explicou o Itamaraty.

Desde que Lula assumiu o terceiro mandato, este é o terceiro encontro entre o presidente brasileiro e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh. Os dois se reuniram em setembro de 2023, em Brasília, e em novembro de 2024, na cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Em 2024, Brasil e Vietnã registraram um volume de comércio de US$ 7,7 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 415 milhões. Em 2002, na última visita de Lula ao país, o comércio entre as duas nações era de apenas US$ 500 milhões.

“A ideia é chegar a meta de US$ 15 bilhões em volume. A expectativa é de abertura desses mercados e isso se dá em um contexto mais amplo de aproximação do Brasil com nações do sudeste asiático”, completou o embaixador Saboia.

R7
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O preço mundial do café subiu 38,8% em 2024 na comparação com a média do ano anterior, apontou relatório publicado nesta sexta-feira (14) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Essa alta é causada, principalmente, pelos problemas climáticos, que prejudicam a oferta e corroem os estoques globais.

O preço do café arábica, por exemplo, se elevou em 70% na bolsa Intercontinental Exchange (ICE) no ano passado e mais de 20% até agora neste ano.

Os valores devem se manter altos. Segundo o relatório, apesar de o encarecimento levar cerca de um ano para chegar aos consumidores ao redor do globo, o impacto deve durar pelo menos quatro anos.

De acordo com a FAO, cerca de 80% desses aumentos de preços serão repassados aos consumidores ao longo de 11 meses na União Europeia, enquanto nos Estados Unidos 80% dos aumentos serão repassados ao longo de 8 meses.

No Brasil, a inflação do café foi de 66,18% no acumulado dos 12 meses em fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça (12).

É provável que os aumentos de preços para os consumidores sejam muito menores do que o aumento do custo dos grãos crus, pois há outros fatores que contribuem para os preços do café no varejo, como transporte, torrefação, embalagem, certificação e margens de lucro no varejo.

De acordo com o relatório da FAO, um aumento de 1% no custo do grão cru na UE se traduz em um aumento de 0,24% no preço de varejo após 19 meses, "com o choque persistindo por vários anos".

Em termos de países produtores, o órgão da ONU disse que os preços para os produtores de café em grão subiram 17,8% na Etiópia, 12,3% no Quênia, 13,6% no Brasil e 11,9% na Colômbia -- muito longe dos ganhos observados em mercados negociados internacionalmente, como a ICE.

Para a FAO, os preços de exportação do café podem aumentar ainda mais em 2025, se as principais regiões produtoras sofrerem novas reduções significativas na oferta.

O que deixou o café mais caro?
Alguns fatores que prejudicaram a produção e elevaram os preços do café, segundo especialistas entrevistados pelo g1, foram:

☕Calor e seca: no ano passado, o clima gerou um estresse na planta, que, para sobreviver, teve que abortar os frutos, ou seja, impedir o seu desenvolvimento. Mas problemas, como geadas e ondas de calor, vêm acontecendo há 4 anos. No período, a indústria teve um aumento de custos de 224% com matéria-prima e, para os consumidores, o café ficou 110% mais caro.

☕Maior custo de logística: as guerras no Oriente Médio encareceram o embarque do café nas vendas internacionais, elevando também o preço dos contêineres, principal meio para a exportação.

☕Aumento do consumo: o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água. Os produtores brasileiros têm aberto espaço em novos mercados internacionais, o que influencia na oferta da bebida internamente.

☕Crise no Vietnã: o país, que é o maior produtor mundial do café robusta, também tem enfrentado prejuízos por causa do clima. O tempo seco prolongado causou uma queda de 20% na produção em 2023/24, com as exportações caindo 10% pelo segundo ano consecutivo.

Deste modo, não apenas o grão do tipo arábica disparou, mas o robusta também tem batido recordes. Em setembro, pela primeira vez em 7 anos, o robusta teve o preço mais elevado do que o arábica.

g1
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