O Cruzeiro saiu na frente do Vila Nova-GO na briga por vaga às oitavas de final da Copa do Brasil. Os mineiros venceram os goianos por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, no jogo de ida da terceira fase. Kaio Jorge marcou os dois gols da Raposa, ambos no primeiro tempo da partida.
Como fica
O Cruzeiro pode até perder por um gol de diferença que avança às oitavas de final da Copa do Brasil. Uma derrota por dois gols de saldo leva a decisão da vaga para a disputa de pênaltis. O Vila precisa de três gols de diferença para se classificar no tempo regulamentar. O duelo de volta entre Cruzeiro e Vila Nova será dia 22, às 19h, no Serra Dourada, em Goiânia.
Pare e siga
O Vila Nova teve a série invicta interrompida. A equipe vinha de quatro jogos sem derrota, todos pela Série B. Já o Cruzeiro, enfim, venceu duas seguidas com o técnico Leonardo Jardim. O time vinha de triunfo sobre o Vasco, pelo Brasileiro.
Agenda
O próximo compromisso do Cruzeiro é pelo Brasileirão. No domingo, o time recebe o Flamengo às 18h30 no Mineirão. O Vila entra em campo na terça-feira que vem, pela Série B, também em Belo Horizonte. Enfrenta o Athletic, às 21h30, no Independência.
Primeiro tempo
O Cruzeiro sufocou o Vila Nova e foi dono de todas as chances de perigo. Gabigol (novamente titular) acertou a trave. William exigiu boa defesa de Halls. Aos 33 minutos, veio o gol: Kaio Jorge fez boa jogada individual, passou pelo zagueiro Tiago Pagnussat e bateu na saída do goleiro para marcar. Três minutos depois, os donos da casa ampliaram, novamente com Kaio Jorge. Desta vez, ele recebeu de Gabigol, deixou Bernardo Schappo no chão e mandou para as redes. O Tigre só chegou em chute de fora da área de Júnior Todinho, e ainda viu Romero quase ampliar para o Cruzeiro.
Segundo tempo
O Vila voltou atacando. Vinicius Paiva bateu com perigo da entrada da área. O Cruzeiro também ameaçou. Marquinhos invadiu a área e bateu cruzado rente à trave. Gabigol, em chute da entrada da área e, depois, de cabeça, finalizou para fora. O Vila Nova voltou a incomodar. Cássio espalmou o chute de Diego Torres. No rebote, Gabriel Poveda tentou uma cavadinha, para fora. Nos minutos finais, Eduardo, de falta, levou perigo ao gol do Vila.
ge
Portal Santo André em Foco
Santos e CRB empataram por 1 a 1 na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, num jogo bem equilibrado. Os times se alternaram em momentos de domínio da partida, com um começo melhor da equipe da casa, mas logo o CRB tratou de assustar o Santos com finalizações perigosas e desde então o personagem da partida surgiu. Gabriel Brazão, goleiro do Santos, garantiu o resultado defendendo finalizações cara a cara, chutes de longa distância e evitando problemas em bolas paradas. O Santos saiu na frente com Rollheiser e foi para o intervalo em vantagem, mas, na volta para o segundo tempo, o CRB subiu o ritmo, conseguiu o empate e teve possibilidades de vencer. No fim do jogo, já nos acréscimos, a equipe de Maceió teve a grande chance do triunfo com uma penalidade, que acabou sendo desperdiçada por David da Hora.
RESUMO DO PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou muito equilibrado, com o Santos tentando propor mais o jogo, mas imediatamente o CRB não se encolheu e se sentiu à vontade para jogar também, tanto que a primeira grande chance da partida foi do time alagoano com Thiaguinho. Rollheiser foi o destaque do Peixe na criação das jogadas pelo corredor central, carimbando todas as bolas no ataque e tentando distribuir o jogo pelas pontas. Após os 15 primeiros minutos, o Santos passou a ter mais as rédeas da partida, mesmo assim o CRB chegou com algumas chances perigosas, porém mais pontuais. A palavra que melhor define a primeira etapa realmente é equilibrio, mas quando o empate parecia certo, o Peixe conseguiu sair na frente a partir de uma bola parada, depois de dois milagres do goleiro Matheus Albino, em uma cobrança de escanteio, Rollheiser colocou a bola para dentro do gol, garantindo uma vantagem para o time da casa.
RESUMO DO SEGUNDO TEMPO
O Santos começou melhor a segunda etapa, buscando ampliar o placar, mas antes dos 15 minutos Gil errou em uma saída de bola entregando a bola nos pés do adversário; Breno Herculano foi acionado na entrada da área, dominou já girando e acertou um chute de muita felicidade para estufar as redes de Gabriel Brazão. O Peixe sentiu o peso do empate, e o CRB teve três chances claras de gol na sequência, isso porque começou a ter muito sucesso em lançamentos longos, os atacantes passaram a levar vantagem sobre os zagueiros do Santos e ficaram vários momentos cara a cara com Brazão a partir de ligações diretas. O personagem do jogo começou a se desenhar ainda mais a partir daí, pois o goleiro santista já havia evitado gols dessa forma no primeiro tempo, evitou outros tantos cara a cara no segundo. Sua consagração veio com o pênalti defendido nos acréscimos, em marcação confirmada após análise do VAR. David da Hora cobrou, mas Brazão voou para impedir a derrota santista.
GARANTIU O EMPATE
Gabriel Brazão termina a partida como o grande personagem do jogo, pois além do pênalti defendido nos acréscimos do segundo tempo para garantir o empate, o goleiro do Peixe prevaleceu nos duelos cara a cara com os atacantes que teve durante toda a partida e foram mais de três se somados o primeiro e o segundo tempo. No gol sofrido, Brazão pouco pode fazer, em um chute de muita potência de fora da área, que entrou em seu canto esquerdo caindo da meia altura para rasteiro.
PRÓXIMOS PASSOS
Santos e CRB voltam suas atenções agora para o Campeonato Brasileiro. Enquanto o Peixe viajará para Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no próximo domingo às 16h pelo Brasileirão da Série A. Já o CRB volta a campo apenas na próxima terça-feira às 19h30, quando receberá o Cuiabá, em casa, pela oitava rodada do Brasileirão da Série B.
ge
Portal Santo André em Foco
Em jogo de pouquíssima inspiração, Operário e Vasco empataram em 1 a 1, nesta quinta-feira, no estádio Germano Krüger, em jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O time carioca abriu o placar com bonito gol de Nuno Moreira, no primeiro tempo, mas caiu de produção e viu a equipe da casa crescer. Foi somente no segundo tempo que veio o empate, em finalização precisa de Boschilia. Depois, as chances de gol e a qualidade do jogo caíram bastante. E o resultado, ao final, fez jus ao que foi apresentado em campo.
Próximos compromissos
A vaga nas oitavas da Copa do Brasil será decidida em São Januário, no jogo de volta, que está marcado para o dia 20 de maio.
Antes, o Operário volta ao Germano Krüger no domingo, para enfrentar o América-MG, pela Série B.
Já o Vasco terá pela frente o Palmeiras, também no domingo, pelo Brasileirão.
Primeiro tempo
Antes do jogo, era possível notar que o gramado seria um personagem importante. Os muitos buracos sobre o campo afetaram bastante a partida, dificultando a construção das jogadas pelo chão e deixando o jogo lento. Neste cenário, o Vasco começou melhor, com mais posse de bola e presença ofensiva, diante de um Operário bem fechado. Aos 19, Coutinho surpreendeu a defesa paranaense em um contra-ataque, tentou passar para Vegetti, mas a defesa cortou e devolveu nos pés de Nuno. O português arriscou de primeira e marcou um bonito gol de longe. A esta altura, a partida era bem truncada, com muitos passes errados e faltas. O Operário, atrás no placar, passou a controlar a posse de bola e ter mais iniciativa no ataque, assim criou boas chances e ficou perto de empatar em finalizações de Feliciano e Daniel Amorim. Na reta final, Daronco chegou a marcar pênalti em Allano, mas após revisão do VAR, voltou atrás. Mais pela falta de pontaria do Fantasma do que por méritos o Vasco foi para o intervalo na dianteira do placar.
Segunda etapa
O Operário manteve o controle das iniciativas no início da segunda etapa e quase chegou ao empate em uma bomba de Daniel Amorim, que Léo Jardim conseguiu salvar, aos 17. Mas a insistência surtiu feito e o gol saiu em boa trama do Fantasma, que terminou nos pés de Boschilia. O meia recebeu na entrada da área um passe de letra de Marcos Paulo e bateu no cantinho para empatar. Os técnicos fizeram muitas mudanças, em alguns casos, com o objetivo de preservar peças importantes para o Brasileirão e, quem ficou em campo, tampouco demonstrou intensidade para sair com a vitória. De modo que o jogo caminhou para fim com muitas faltas, erros de passe e sem grandes chances para os dois lados.
ge
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Fernando Collor de Mello deixou a prisão nesta quinta-feira (1º) e passará a cumprir pena em regime domiciliar, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato, Collor estava detido em uma cela especial em Alagoas, seu estado de origem, desde a última sexta-feira (26), quando Moraes determinou o início do cumprimento da pena após o trânsito em julgado.
A mudança de regime foi autorizada após a defesa comprovar, com mais de 130 exames, que Collor tem Parkinson desde 2019 e sofre de outras comorbidades, como privação crônica de sono e transtorno bipolar.
Prisão domiciliar com restrições
O ex-presidente, que tem 75 anos, usará tornozeleira eletrônica e terá a visitação restrita a advogados. Também está proibido de deixar o país e teve seus passaportes suspensos.
Na decisão, Moraes afirmou que o estado de saúde do ex-presidente justifica o benefício:
“Embora o réu Fernando Affonso Collor de Mello tenha sido condenado à pena total de 8 anos e 10 meses de reclusão e 90 dias-multa, em regime fechado, a sua grave situação de saúde, amplamente comprovada nos autos, sua idade – 75 anos – e a necessidade de tratamento específico admitem a concessão de prisão domiciliar humanitária”.
Pedido de prescrição foi rejeitado
A defesa de Collor também havia solicitado o reconhecimento da prescrição da pena. O pedido foi negado por Moraes, que citou decisões anteriores da Corte:
“Afasto inicialmente o novo pedido da Defesa no tocante à ocorrência de prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime de corrupção passiva, uma vez que essa tese já foi afastada pela maioria do plenário do STF”.
Condenação na Lava Jato
Collor foi condenado pelo STF em 2023 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, em investigação que apurou desvios na BR Distribuidora. Desde então, recorreu diversas vezes, sem sucesso.
A decisão de Moraes de conceder prisão domiciliar segue o entendimento adotado em outros casos semelhantes, segundo o ministro, para garantir a proteção dos direitos humanos na execução penal.
g1
Portal Santo André em Foco
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está respondendo bem ao tratamento, retirou a sonda nasogástrica e vai progredir nesta quarta-feira (30) para a dieta líquida, segundo informou o boletim médico.
De acordo com a equipe responsável, Bolsonaro teve boa aceitação da oferta de água, chá e gelatina, introduzida nessa terça (29), e tem evoluído com "melhora progressiva dos movimentos intestinais espontâneos".
Nos últimos dias, o ex-presidente permaneceu estável clinicamente, sem dor ou febre, e com a pressão arterial controlada. Ele está internado no hospital DF Star, em Brasília, em cuidados pós-operatórios.
"[Bolsonaro] recebe suporte calórico e nutricional por via oral e parenteral (endovenosa), realizando fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Necessita ainda de monitorização e vigilância continua", diz o boletim médico.
Apesar dos avanços, o ex-presidente permanecerá na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não há previsão de alta.
Cirurgia para retirada de aderências
Bolsonaro foi internado depois de passar mal em um evento do PL no interior do Rio Grande do Norte. Primeiramente, ele foi internado em hospitais do estado nordestino. Depois, foi transferido a Brasília para o hospital particular DF Star.
Na capital federal, a equipe médica decidiu operar o ex-presidente. O procedimento foi realizado para tratamento de uma "suboclusão intestinal", em 13 de abril.
Trata-se de uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após as múltiplas cirurgias a que ele foi submetido, em decorrência da facada que levou em 2018.
g1
Portal Santo André em Foco
O Senado dos Estados Unidos deve votar ainda nesta quarta-feira (30) uma resolução para bloquear uma série de tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, em meio às sinalizações de uma economia mais fraca no país.
Nesta quarta-feira, o Departamento do Comércio dos EUA indicou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 0,3% no primeiro trimestre deste ano, abaixo da estimativa dos analistas, de alta de 0,3%. O resultado também marca a primeira contração da atividade norte-americana em três anos.
A medida foi apresentada pelo senador democrata Ron Wyden como uma resolução privilegiada, que requer uma votação da câmara liderada pelos republicanos.
Se aprovado, o projeto encerraria a emergência nacional declarada por Trump e que foi usada como base para a aplicação das tarifas globais de 10% sobre parceiros comerciais dos EUA e das tarifas recíprocas mais altas sobre 57 parceiros comerciais, incluindo a União Europeia.
Há algumas semanas, quatro senadores republicanos se juntaram aos democratas para aprovar um projeto de lei semelhante, com o intuito de acabar com as novas tarifas sobre o Canadá. Nesse caso, a expectativa é que ao menos dois republicanos apoiem a resolução.
O coautor da resolução é o senador republicano Rand Paul, do Kentucky, um crítico ferrenho da política tarifária de Trump. A senadora Susan Collins também afirmou que pretende apoiar a medida.
"Não é perfeito. Acho que é muito amplo. Mas envia a mensagem que eu quero passar: que realmente precisamos ser muito mais discriminatórios na imposição dessas tarifas e não tratar aliados como o Canadá da mesma forma que tratamos adversários como a China", disse Collins, do Maine, a repórteres.
Wyden disse que muitos republicanos podem não apoiar sua medida por medo de serem atacados por Trump.
"Eles podem ficar do lado de seus eleitores que sentem que essas tarifas os estão atingindo como um martelo. Ou podem dizer: 'Bem, Donald Trump pode ser cruel comigo, então não vou votar a favor'", disse o democrata do Oregon.
Na véspera, o Departamento do Comércio dos EUA já havia divulgado um documento que mostrava que o déficit comercial do país atingiu um recorde em março, refletindo o forte aumento de importações, enquanto empresas tentavam estocar produtos para evitar os custos mais altos com as tarifas.
O relatório econômico, que forneceu a primeira evidência tangível dos efeitos econômicos das tarifas de Trump, ocorreu após semanas de turbulência nos mercados de valores mobiliários dos EUA e no dólar, geradas por temores de aumento de preços e relações comerciais interrompidas com grandes parceiros, incluindo Canadá e México.
Reuters
Portal Santo André em Foco
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre, após aumentar 2,4% nos últimos três meses de 2024, de acordo com dados preliminares do Departamento do Comércio dos EUA.
?A taxa anualizada mostra como a economia cresceria em um ano se o ritmo atual for mantido. Essa medida é usada para facilitar a comparação com o crescimento de outros períodos.
O resultado contraria as primeiras expectativas dos analistas, que previam uma alta de 0,3% para o período, e foi puxado por uma grande quantidade de bens importados por empresas que queriam evitar custos mais altos da política de tarifas anunciada pelo presidente dos EUA.
O indicador demonstrou que as importações aumentaram a uma taxa de 41,3%, o maior crescimento desde o terceiro trimestre de 2020, no auge da pandemia de Covid-19. Isso anulou um aumento modesto nas exportações, e gerou um grande déficit comercial (ou seja, importações maiores do que exportações), que reduziu o PIB em 4,83 pontos percentuais.
A economia também foi pressionada por uma queda nos gastos do governo federal, provavelmente ligada aos cortes agressivos da administração Trump, que resultaram em demissões em massa e fechamento de programas.
O PIB dos EUA divulgado nesta quarta-feira reforça os dados do Censo do Departamento de Comércio dos EUA, divulgados na véspera. O documento apontou um déficit comercial em março, à medida que as empresas intensificaram os esforços para comprar mercadorias do exterior antes que as tarifas de Trump passem a valer.
Trump, que acaba de completar 100 dias no cargo, tem visto crescer a desaprovação dos norte-americanos sobre sua gestão à frente da maior economia no mundo. Trump venceu as eleições em novembro passado devido à angústia dos eleitores, especialmente sobre a inflação.
Como mostrou a Reuters, a confiança do consumidor está próxima dos níveis mais baixos em cinco anos e o sentimento empresarial despencou. As companhias aéreas citam incerteza devido às tarifas, e economistas alertam que elas aumentarão os custos para empresas e famílias.
Após a divulgação dos dados, os principais índices de Wall Street registravam queda nesta quarta-feira (30), em meio a aumento das preocupações sobre o impacto econômico das políticas tarifárias de Trump.
Tarifaço mostra resultados ruins
Apesar de Trump ver as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita das contas públicas norte-americanas, compensar os cortes de impostos prometidos durante sua campanha e reviver a economia dos EUA, que está em declínio há muito tempo, os indicadores não trazem perspectivas tão otimistas.
Nesta quarta-feira, Trump afirmou que a contração da economia americana "não tem nada a ver" com as suas tarifas sobre importações e que os índices vão prosperar quando elas entrarem em vigor.
"Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do 'excesso' de Biden", escreveu Trump nas redes sociais.
"Isso levará um tempo, não tem NADA A VER COM TARIFAS, apenas que ele nos deixou com números ruins, mas quando o boom começar, será como nenhum outro. SEJAM PACIENTES!!!", completou.
O presidente americano vem anunciando uma série de tarifas desde que chegou ao cargo. Primeiro, foram taxas a países e produtos específicos. No início do mês, vieram as chamadas "tarifas recíprocas", que atingiram, de forma abrangente, mais de 180 países.
A repercussão foi ruim desde o início, em especial depois que a disputa escalou contra os chineses.
Recentemente, Trump passou a ser pressionado para rever a política de taxas. Na terça-feira, ele assinou uma ordem para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, oferecendo um conjunto de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças.
A mudança foi anunciada no mesmo dia em que Trump viajou para Michigan, berço da indústria automotiva dos EUA, e poucos dias antes da entrada em vigor de uma nova rodada de tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas.
g1
Portal Santo André em Foco
As taxas médias de juros cobrados pelos bancos subiram para famílias e empresas em março, tanto no crédito livre quanto nas concessões de empréstimos direcionados. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o destaque foi o avanço de 2,5 pontos percentuais (pp) na taxa média do cartão de crédito rotativo, chegando a 445% ao ano.
A modalidade é uma das mais altas do mercado. Mesmo com a limitação de cobrança dos juros do rotativo, em vigor desde janeiro do ano passado, os juros seguem variando sem uma queda expressiva ao longo dos meses.
Isso porque a medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, aplicando-se apenas a novos financiamentos. Nos 12 meses encerrados em março, os juros da modalidade subiram 23,7 pp para as famílias.
Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quarta-feira (30), pelo Banco Central (BC). O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar.
Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 0,1 pp no mês e caíram 9,6 pp em 12 meses, indo para 181,1% ao ano.
Crédito livre
No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,3 pp em março, acumulando alta de 3 pp em 12 meses, chegando a 56,4% ao ano.
Compensando os aumentos no mês, estão os juros do cheque especial, que caíram 8 pp em março, mas têm alta de 6,1 pp em 12 meses, alcançando 134,2% ao ano. Desde 2020, a modalidade tem os juros limitados em 8% ao mês (151,82% ao ano).
No caso das operações com empresas, os juros médios nas novas contratações de crédito livre tiveram incremento de 0,8 pp no mês e 3,5 pp em 12 meses, alcançando 24,6%. Destaca-se, nesse cenário, a alta de 9 pp na taxa média das operações de cheque especial, que chegou a 349,2% ao ano.
“Em março, o efeito da alteração na composição dos saldos (efeito saldo) [das diversas modalidades de crédito] mostrou-se determinante para a elevação das taxas médias de juros do crédito livre, atenuado, em parte, pelo efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa)”, explicou o BC.
Taxa média
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado ─ com regras definidas pelo governo ─ é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,4% ao ano em março, com aumento de 0,9 pp em relação ao mês anterior e de 1,6 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa teve alta de 4,7 pp no mês e de 4,9 pp em 12 meses, indo para 18,4% ao ano.
Com isso, considerando recursos livres e direcionados, para famílias e empresas, a taxa média de juros das concessões em março aumentou 0,9 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, alcançando 31,3% ao ano.
A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação.
Ao aumentar a taxa, o órgão visa esfriar a demanda e conter a inflação, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, fazendo com que as pessoas consumam menos e os preços caiam. Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic suba para 15%.
As estatísticas mostram ainda que a taxa de captação de recursos pelos bancos (o quanto é pago pelo crédito) subiu 0,8 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, chegando a 11,9% em março.
Já o spread bancário, que mede a diferença entre as taxas médias de juros das operações de crédito e o custo de captação, aumentou 0,1 pp no mês e manteve-se estável na comparação com março de 2024, situando-se em 19,4 pp. O spread é uma margem que cobre custos operacionais, riscos de inadimplência, impostos e outros gastos e resulta, então, no lucro dos bancos.
Saldos das operações
Em março, as concessões de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) tiveram alta de 2,7%, chegando a R$ 600,5 bilhões, resultado da redução de 0,1% para as pessoas físicas e aumento de 6,3% para empresas. As concessões de crédito direcionado caíram 4,4% no mês, enquanto no crédito livre houve alta de 3,5%.
Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do SFN ficou em R$ 6,483 trilhões, um crescimento de 0,6% em relação a fevereiro. Na comparação interanual, com março do ano passado, o crédito total cresceu 9,9%. O resultado refletiu aumento de 0,5% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,455 trilhões) e o incremento de 0,7% no de pessoas físicas (R$ 4,028 trilhões).
Já o crédito ampliado ao setor não financeiro ─ que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) ─ alcançou R$ 18,782 trilhões, com aumento de 0,2% no mês, refletindo, principalmente, os acréscimos de 0,5% nos títulos públicos de dívida e de 1,6% nos títulos de dívida securitizados, compensados pelo decréscimo de 2% nos empréstimos externos, impactado pela apreciação cambial no mês.
Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 13,3%, com avanços de 16,3% nos títulos de dívida e de 9,3% nos empréstimos do sistema financeiro nacional.
Endividamento das famílias
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,2% em março, sendo 3,8% nas operações para pessoas físicas e 2,2% com pessoas jurídicas.
O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 48,2% em fevereiro, redução de 0,3% no mês e aumento de 0,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,1% no segundo mês do ano.
Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,2% em fevereiro, aumento de 0,1% na passagem do mês e 1,3% em 12 meses.
Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7%. Esse patamar fica acima do registrado no trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%), no entanto, é o menor para os meses de janeiro a março em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.
O recorde anterior era de 2014, quando a taxa de desocupação no período marcou 7,2%. Em 2024, o índice era de 7,9%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30). O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.
Na metodologia do IBGE, pessoas que não trabalham, mas que também não buscam vagas não entram no cálculo de desempregados.
De acordo com a pesquisa, a alta da desocupação na passagem do quatro trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 é explicada pelo aumento no número de pessoas que buscaram emprego, que cresceu 13,1%, representando 7,7 milhões à procura de vaga (891 mil a mais que no período terminado em dezembro). No entanto, quando a comparação é com o mesmo período de 2024, houve redução de 10,5% nesse contingente.
De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o resultado revela comportamento sazonal, "de modo geral, observado nos primeiros trimestres de cada ano".
Setores
Em relação ao número de ocupados, as reduções mais significativas entre o fim de 2024 e o dado apurado em março pertencem aos seguintes setores:
- construção (menos 397 mil pessoas);
- alojamento e alimentação (menos 190 mil pessoas);
- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 297 mil pessoas);
- serviços domésticos (menos 241 mil pessoas);
Carteira assinada
Adriana Beringuy considera que a redução da ocupação no primeiro trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) não comprometeu negativamente o cenário do mercado de trabalho brasileiro.
“Embora tenha havido retração da ocupação, essa retração não comprometeu o contingente de empregados com carteira assinada”.
O número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre encerrado em dezembro e chega a 39,4 milhões, renovando um recorde.
Segundo Adriana, o patamar é sinal de “sustentabilidade” do mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o panorama do emprego é mais resistente a sofrer efeitos do cenário macroeconômico, como os juros altos, utilizados para esfriar a economia em momentos de inflação alta.
A taxa de informalidade, que contempla a população sem carteira assinada, marcou 38% no trimestre encerrado em março – a menor desde o terceiro trimestre de 2020 (também 38%). A mais baixa já registrada foi de 36,5% no segundo trimestre de 2020.
Rendimento
A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio mensal dos trabalhadores foi de R$ 3.410, renovando recorde que pertencia ao trimestre encerrado em fevereiro (R$ 3.401). Esses valores são reais, ou seja, já aplicados os efeitos da inflação.
A massa de rendimentos, o conjunto de dinheiro que os trabalhadores recebem para girar a economia ou poupar, ficou em R$ 345 bilhões, bem perto do maior já registrado (R$ 345,2 no último trimestre de 2024).
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e empresas estatais – registrou, um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025, informou hoje (30) o Banco Central (BC). O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi superavitário em R$ 1,2 bilhão.
Segundo o BC, no mês de janeiro, o Governo Central - composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit de R$ 2,3 bilhões, enquanto os governos regionais registraram superávit de R$ 6,5 bilhões.
Os dados divulgados pela autoridade monetária mostram ainda que as empresas estatais também tiveram um superavit em março. O valor ficou em R$ 566 milhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit primário do setor público foi R$ R$ 13,5 bilhões, o equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB) - indicador relacionado com a atividade econômica de um lugar durante um determinado período . O resultado mostra uma queda no índice na comparação de março com fevereiro, quando o valor deficitário ficou em R$ 15,9 bilhões, correspondendo a 0,13% do PIB.
O BC disse ainda que os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 75,2 bilhões em março, ante os R$ 64,2 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.
Juros nominais
Em relação ao acumulado em 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 935,0 bilhões, o que equivale a 7,8% do PIB, em março deste ano.
Com isso, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 71,6 bilhões em março.
"No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 948,5 bilhões (7,92% do PIB), ante déficit nominal de R$939,8 bilhões (7,91% do PIB) em fevereiro de 2025", disse o BC.
Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – o resultado atingiu 75,9% do PIB, ficando em R$ 9,1 trilhões em março, uma redução de 0,2 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 61,6% do PIB, ficando em R$ 7,4 trilhões em março. O resultado representa uma elevação de 0,2 p.p. do PIB no mês.
"No ano, a DLSP elevou-se 0,1 p.p. do PIB, refletindo, em especial, os impactos dos juros nominais (+1,6 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 7,3% (+0,9 p.p.), do superávit primário do período (-0,7 p.p.), da variação do PIB nominal (-1,2 p.p.) e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,4 p.p.)", disse o BC.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco