O Flamengo teve uma das suas piores atuações na temporada e foi derrotado pelo Central Córdoba, por 2 a 1, nesta quarta-feira, pela segunda rodada da fase de grupo da Libertadores. O Rubro-Negro entrou em campo com um time misto e viu a equipe argentina abrir dois a zero antes do intervalo, com Heredia e Florentín. A equipe de Filipe Luís pressionou na volta do intervalo, com seus titulares em campo, e diminuiu com De la Cruz de falta. Na reta final, bateu na trave com Bruno Henrique e por pouco não conseguiu o empate.
Tabela - Grupo C
Com o resultado, o Central Córdoba chegou a quatro pontos, e ocupa o segundo lugar. Está atrás da LDU, que venceu o Deportivo Táchira e tem a mesma pontuação, mas um saldo melhor.
O Flamengo está fora da zona de classificação, com o terceiro lugar e três pontos conquistados.
Primeiro tempo
O Flamengo começou a partida tomando o controle das iniciativas de ataque e com um minuto teve uma chance clara. Juninho recebeu na área e chutou em cima do zagueiro. Aos 9, foi a vez de Bruno Henrique desperdiçar uma chance de cara para Aguerre. O domínio da posse de bola e a presença ofensiva dava indicadores de que um gol estava próximo, faltava precisão para concretizar. Apesar da pressão, o Central Córdoba não abdicou de atacar e sempre que via uma brecha explorava a velocidade de seus atacantes para tentar surpreender a defesa. Em uma das jogadas de ataque, a bola ficou viva na área, Florentín tentou dar um drible pelo alto e a bola bateu na mão de Léo Pereira. Após checagem do VAR, o árbitro marcou pênalti, que Heredia converteu, aos 23. O time argentino recuou bastante, o Rubro-Negro voltou a ocupar o campo de ataque, mas novamente sem efetividade, com exceção das tentativas individuais de Arrascaeta. Antes do intervalo, o time argentino saiu mais uma vez para abafar a defesa do Flamengo e acabou conseguindo uma falta quase na marca de escanteio. Cufré bateu com precisão e Florentín cabeceou livre para ampliar o resultado.
Segunda etapa
Filipe Luís promoveu mudanças importantes no intervalo, com a entrada dos titulares Gerson, Pulgar e Wesley. O Flamengo aumentou a intensidade, conseguiu acelerar as tramas ofensivas e voltou a incomodar a equipe argentina. Plata teve duas oportunidades claras em cabeçada e chute dentro da área. Wesley também parou em Aguerre, ao ter cruzamento desviado para o gol. Aos 15, De la Cruz chamou a responsabilidade ao fazer um golaço em cobrança de falta. O Central Córdoba já não conseguia repetir com frequência os contra-ataques do primeiro tempo, mas era eficiente em cozinhar o jogo. Por vezes, com faltas, e outras, com pedidos de atendimento médico. O tempo foi deixando o rubro-negro nervoso e muitos erros técnicos foram cometidos. O lado direito era o mais acionado nas ofensivas, mas Wesley acumulou erros que não condizem com a fase do lateral. Nos acréscimos, De la Cruz, um dos poucos que teve atuação razoável, colocou a bola na cabeça de Bruno Henrique, que acertou a trave. Pedro entrou no meio do segundo tempo, mas foi muito marcado. Ele chegou a dar bom passe para Luiz Araújo marcar, mas teve um retorno tímido após seis meses em recuperação de cirurgia no joelho.
Próximos compromissos
O Flamengo volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre, pelo Brasileirão.
O próximo compromisso da Libertadores está marcado para o dia 22 de abril, no Equador, contra a LDU.
ge
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O Palmeiras venceu o Cerro Porteño, do Paraguai, por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, no Allianz Parque, e segue com 100% de aproveitamento após duas rodadas na Conmebol Libertadores. O gol foi feito por Richard Ríos, que na comemoração pediu silêncio à torcida e irritou o público. No fim da partida, o camisa 8 pediu desculpas ao público. O resultado deixa o Verdão na liderança do Grupo G.
Ríos marca, pede silêncio e desculpas
O meio-campista colombiano foi o grande personagem da partida no Allianz Parque. Aos 40 minutos do primeiro tempo, Richard Ríos abre o placar e na comemoração faz o sinal de silêncio para a torcida do Palmeiras. A reação foi imediata: xingamentos das arquibancadas e vaias ao longo do segundo tempo. Substituído aos 38 da etapa final, ele deixou o campo pedindo desculpas e recebeu aplausos por isso. Após o apito final, voltou a campo para reforçar o pedido de perdão:
"Aconteceu de cabeça quente, o pessoal sabe que não sou assim, não falo nada para a torcida. Não quis falar para eles, quis falar para os caras que falam que sou do outro time, quando estou no time que me abriu as portas. Quero pedir desculpa, todos vieram de longe para apoiar o time. Tenho muito respeito por este clube, vou dar sempre a vida, pedir desculpas".
Liderança na chave
Com seis pontos em seis possíveis, o Palmeiras é o primeiro colocado do Grupo G. O Bolívar, que fez 3 a 0 no Sporting Cristal nesta quarta, é o segundo da chave, com três pontos, à frente do Cerro Porteño nos critérios de desempate. O Sporting Cristal é o lanterna, sem pontos.
Próximos jogos
A próxima rodada da Libertadores será apenas daqui a duas semanas. O Palmeiras vai à Bolívia visitar o Bolívia na quinta-feira, dia 24, enquanto o Cerro Porteño receberá o Sporting Cristal, também no dia 24.
Como foi o primeiro tempo
O Palmeiras começou o jogo tentando empurrar o Cerro Porteño e teve chances seguidas aos 5' e 6', com Piquerez e Richard Ríos, mas ambas sem perigo. Aos 11 minutos, Raphael Veiga precisou ser substituído por lesão no ombro esquerdo e deu lugar a Felipe Anderson. O jogo, então, começou a cair o ritmo, e o Cerro aproveitava cada saída de bola para ganhar tempo. A torcida já dava sinais de impaciência pela falta de oportunidades, até que o Verdão, enfim, teve uma jogada bem trabalhada: Murilo lançou Facundo Torres, que cruzou para a assistência de Felipe Anderson. Richard Ríos chegou finalizando para abrir o placar aos 40 minutos e teve uma comemoração polêmica, fazendo sinal de silêncio para a torcida alviverde. Estêvão ainda teve chance de ampliar aos 44 minutos, mas Gatito Fernández fez a defesa.
Como foi o segundo tempo
O Palmeiras teve mais volume no segundo tempo e chegou a ampliar o placar aos cinco minutos, com Vitor Roque. A arbitragem assinalou impedimento do camisa 9 na origem do lance, e após uma análise ajustada do VAR, a decisão de campo foi mantida. O que se viu após isso foi o Verdão com presença no campo de ataque, mas dificuldade para convertê-la em mais gols. Nos minutos finais, com o Cerro dando espaço para contra-ataques, o Palmeiras passou a empilhar chances e teve duas excelentes oportunidades com Flaco López - Gatito Fernández defendeu ambas. O camisa 42 chegou a marcar com o gol aberto, mas Estêvão também foi pego impedido na origem do lance, que acabou anulado.
Sob olhares de Jesus!
A vitória alviverde teve uma presença ilustre: Gabriel Jesus. Cria da base palmeirense, o atacante do Arsenal, da Inglaterra, recupera-se de uma lesão no joelho e voltou ao Allianz Parque para assistir à partida. Ele acompanhou o confronto de um dos camarotes da arena.
ge
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O Cruzeiro perdeu mais uma na Conmebol Sul-Americana. O time mineiro foi derrotado pelo Mushuc Runa, por 2 a 1. O time equatoriano foi superior quase todo o jogo. Marcou o primeiro gol aos 27 minutos do primeiro tempo, com Orejuella. O Cruzeiro finalizou pela primeira vez após os 30 minutos. Na segunda etapa, Dudu sofreu pênalti, e Gabigol converteu, aos 21. Dez minutos depois, o time equatoriano virou e garantiu a vitória, com gol de Bentaberry. Essa foi a primeira viagem da história do Mushuc Runa para o Brasil.
Como fica
O Cruzeiro ficou na lanterna do Grupo E da Sul-Americana. São dois jogos e duas derrotas na competição. O Muschuc Runa se isolou na liderança do Grupo. O time equatoriano fechou a rodada com seis pontos e dois gols de saldo. O Palestino, do Chile, está em segundo lugar, e o Unión Santa Fe, da Argentina, está com a terceira posição.
Agenda
O Cruzeiro volta a campo contra o São Paulo, no domingo, às 17h30 (de Brasília), no Morumbis. Na Sul-Americana, o time celeste volta a jogar no dia 24 de abril, contra o Palestino, no Chile. O Mushuc Runa joga na próxima segunda, contra a LDU, pelo Campeonato Equatoriano. Na Sula, o time enfrenta o Unión no dia 23 deste mês, no Equador.
Sem torcida
A torcida do Cruzeiro não pôde acompanhar o jogo desta quarta-feira. O clube mineiro cumpriu suspensão da Conmebol de um jogo com portão fechado. A punição é por conta do uso de sinalizadores, na semifinal da Sul-Americana, no ano passado, no jogo contra o Lanús.
VAR confuso
O gol do Cruzeiro foi marcado pelo Gabriel Barbosa de pênalti. A marcação da infração foi confusa. O lance aconteceu aos 14 minutos do segundo tempo, quando Dudu entra na área e é calçado pelo adversário. O árbitro de campo ouviu o VAR, mandou o jogo seguir, o Cruzeiro ia bater uma falta quando o árbitro central, Mario Diaz de Vivar, do Paraguai, resolve escutar o árbitro de vídeo mais uma vez e vai até o monitor. Resultado: pênalti para o Cruzeiro. Essa confusão gastou mais de cinco minutos de jogo.
Primeiro tempo
Antes dos 15 minutos da primeira etapa, os dois times já tinham feito substituições. O Cruzeiro perdeu o Matheus Henrique, e o Mushuc Runa ficou sem o Tapiero. Ambos com lesões. Aos 27, Orejuela recebeu a bola na pequena área, tenta de primeira, para em Cássio, mas aproveita o rebote e abre o placar para o time equatoriano. A equipe celeste teve a primeira chance aos 31 minutos, com Wanderson chutando de fora da área. O Mushuc não se acanhou e seguiu tentando ampliar o placar. Orejuela e Penilla tiveram boas chances, mas não arremataram bem. O Cruzeiro suportou a pressão dos minutos finais.
Segundo tempo
Na segunda etapa, pouca coisa mudou na postura do Cruzeiro. O time celeste teve dificuldade no último terço do campo. Aos 21 minutos, Dudu, em um lance individual, conseguiu um pênalti ao ser calçado. Gabriel Barbosa marcou. Dez minutos depois, Mushuc Runa garantiu a vitória, com gol de Bentaberry. O restante do jogo foi de tentativas sem sucesso do time celeste.
ge
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu fora da agenda nesta terça-feira (9) em Brasília com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Na pauta, entre outros temas, os políticos trataram do projeto de lei que busca anistiar (perdoar) quem foi condenado por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
➡️ Bolsonaro e aliados defendem a anistia desse grupo de vândalos – e tentam colher assinaturas para que o projeto sobre isso vá direto ao plenário da Câmara, sem passar pelas comissões.
➡️ Já o grupo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é contrário à anistia. Defende que as penas definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sejam mantidas e o projeto sobre anistia seja arquivado.
➡️ Hugo Motta tem evitado dar opinião sobre o conteúdo – mas vem sendo cobrado pelos dois lados do debate, porque ambos o apoiaram na campanha à presidência da Câmara no começo deste ano.
A assessoria de Motta confirmou o encontro ao g1, sem detalhar a pauta. Bolsonaro também falou sobre o encontro em entrevista a um blog na noite desta terça.
"De vez em quando, a gente se encontra por aí e trata de vários assuntos. Desde quando estava em campanha [à Presidência da Câmara], quando falaram sobre anistia, ele falou que se a maioria dos líderes quisesse priorizar uma pauta, ia atender à maioria. Ele não participa da votação, tanto é que o voto dele é pela abstenção", disse Bolsonaro ao site "Blog do Magno".
"Não precisa lembrá-lo disso aí. Ele sabe muito bem o que está acontecendo e, se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso", completou.
Em busca das assinaturas
Ao longo das últimas semanas, a oposição a Lula tem concentrado esforços para atingir 257 assinaturas em um requerimento de urgência para o PL da Anistia.
O projeto está atualmente em um "limbo" na Câmara. Um despacho de 2024 do então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou que o texto passasse por uma comissão especial – que nunca foi instalada.
O requerimento de urgência que a oposição tenta emplacar dispensaria essa comissão por completo, e permitiria que o texto fosse votado diretamente em plenário.
Para isso, no entanto, o grupo pró-anistia precisa:
Maior bancada da oposição na Câmara, o PL de Bolsonaro chegou a tentar obstruir os trabalhos da Casa por uma semana para tentar convencer partidos de centro a aderir à pauta da anistia. O esforço não deu frutos, no entanto, e o partido abandonou a tentativa.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, nesta quarta-feira (9/4), antes de participar da 9ª Reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos — a CELAC. Após o cumprimento das agendas em Tegucigalpa, capital de Honduras, Lula destacou, em entrevista à imprensa, que quer reforçar as relações comerciais entre o Brasil e o México.
“É muito importante que o México e o Brasil estejam juntos. Não apenas para ajudar a fortalecer a América Latina, mas para fortalecer o comércio entre os dois países”, afirmou.
“O que eu propus para a presidenta Cláudia é que nós precisamos fazer dois grandes eventos empresariais, um no México e um no Brasil, para que os nossos empresários possam prospectar oportunidades de negócios e a gente possa aumentar a nossa relação comercial”, completou.
Lula pontuou que a ideia é realizar esses eventos a cada dois anos no Brasil e no México, num modelo semelhante ao que combinou com o governo japonês, durante a visita oficial que fez ao país asiático no fim de março. Na ocasião, Lula participou do Fórum Empresarial Brasil-Japão.
MULTILATERALISMO — Na conversa com jornalistas, Lula também expressou preocupação com os possíveis impactos das decisões dos Estados Unidos de taxar produtos importados de diversos países, como Brasil e China, e defendeu o multilateralismo. “Querer fazer negociação individual é você colocar fim no multilateralismo. E ele é muito importante para a tranquilidade econômica que o mundo precisa. Não é aceitável a hegemonia de um país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica, sobre os outros. É importante que todo mundo tenha sua soberania respeitada e suas decisões levadas em conta”, disse.
O presidente enfatizou que o governo brasileiro adota uma posição baseada em negociações e em evitar contenciosos. “Tudo no Brasil é feito na base da conversa, na base de uma mesa de negociação. É assim que a gente quer fazer o Brasil se transformar num país de economia forte. É conversando, negociando e acordando”, explicou.
CANDIDATURA UNIFICADA — Lula abordou, ainda, a proposta brasileira de uma candidatura unificada da CELAC para que uma mulher ocupe o cargo de secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “Eu acho que vai dar certo, porque as mulheres estão em ascensão, estão ocupando espaços cada vez melhores. As mulheres estão provando que muitas vezes têm mais competência do que o homem em muitas coisas, a mulher tem mais sensibilidade, e eu acho que o século 21 pode ser, verdadeiramente, o século da mulher”, declarou.
Agência Gov
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou a necessidade de harmonia entre os países da America Latina e do Caribe, nesta quarta-feira, 9 de abril, durante a abertura da 9ª Reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos — a CELAC. A cerimônia, que ocorreu em Tegucigalpa, capital de Honduras, tratou de temas prioritários para a região com o objetivo de reforçar a integração regional.
Lula também defendeu a candidatura unificada da região para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “A CELAC pode contribuir para resgatar a credibilidade da ONU elegendo a primeira mulher secretária-geral da organização”, declarou Lula.
O líder brasileiro falou ainda sobre a necessidade de fortalecer a união dos países da América Latina e Caribe diante do risco de retornar à condição de zona de influência, com a liberdade e a autodeterminação sendo os primeiros elementos a serem atingidos. Lula citou o preparo de outras regiões em resposta às transformações em curso, como a Ásia, com a ASEAN, e a União Europeia, com a reorganização da OTAN.
“É imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam o seu lugar na nova ordem global que se discute. Nossa inserção internacional não deve se orientar apenas por interesses defensivos. Precisamos de um programa de ação estruturado em torno de três temas que demandam ação coletiva”, afirmou Lula.
DEMOCRACIA — Como resposta a essas mudanças globais, o presidente Lula elencou três principais ações a serem trabalhadas em conjunto pelos países latinos e caribenhos: fortalecimento da democracia, mudança do clima e integração econômica e comercial.
“Nenhum país pode impor seu sistema político a outro. Mas foi nos períodos democráticos que o Brasil mais avançou na superação de seus desafios sociais e econômicos. Assistimos nos últimos anos à erosão da confiança na política, o que abriu espaço para projetos autoritários”, disse Lula.
DESINFORMAÇÃO — O presidente citou, ainda, a distorção da liberdade de expressão com o avanço da desinformação e extremismo disseminados nas plataformas virtuais. “Negacionistas desprezam a ciência e a cultura e atacam as universidades. Indivíduos e empresas poderosas, que se consideram acima da lei, investem contra a soberania de nossos países. É trágico que tentativas de golpe de Estado voltem a fazer parte do nosso cotidiano”, afirmou.
COMBATE À FOME — De acordo com Lula, a segurança alimentar e a garantia de oportunidades são um dos pilares para a proteção dos países. O presidente também convidou os participantes da reunião a fazerem parte da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Nossos países só estarão seguros se forem capazes de erradicar a fome, gerar bem-estar e garantir oportunidades para todos. Em linha com o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da CELAC, o Brasil lançou, em sua presidência do G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Convidamos todos a se somarem à iniciativa, que começará seus trabalhos com projetos no Haiti e na República Dominicana”, registrou.
MUDANÇA DO CLIMA — No segundo tema de atuação conjunta, Lula registrou que a região é uma das mais vulneráveis do planeta. Nesse sentido, ele destacou a COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro deste ano, em que será exigido dos países ricos as metas de redução de emissões e de financiamento.
“A COP30, em pleno coração da Amazônia, não será apenas a COP do Brasil, mas de toda a América Latina e Caribe. Precisamos exigir dos países ricos metas de redução de emissões alinhadas ao Acordo de Paris e de financiamento à altura das necessidades da transição justa”, ressaltou.
FUNDO — Outro destaque no discurso do presidente Lula foi o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, uma iniciativa brasileira que será lançada durante a COP 30. O Fundo irá remunerar países em desenvolvimento que conservam suas florestas tropicais.
“O Fundo Florestas Tropicais para Sempre permitirá que nações que preservam sua cobertura florestal sejam remuneradas por esse esforço. Somos berço de imensa biodiversidade e fonte abundante de energias renováveis, incluindo importantes reservas de minerais críticos, que precisam estar a serviço do nosso desenvolvimento”, disse Lula.
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA — A integração econômica e comercial é essencial para proteger os países contra ações unilaterais, afirmou o presidente brasileiro. Como exemplo, Lula citou as cinco Rotas de Integração Sul-Americana que visam reforçar o comércio do Brasil com os vizinhos da América do Sul.
“Em 2023, o comércio entre países da América Latina e Caribe correspondeu a apenas 14% das exportações da região. O volume de comércio anual que o Brasil mantém com os países da CELAC é de 86 bilhões de dólares, maior do que temos com os Estados Unidos e próximo do que possuímos com a União Europeia”, assinalou.
O presidente destacou que é necessário promover o comércio regional de bens e serviços, beneficiados, por exemplo, com a união de redes de transportes e energia. Além disso, é fundamental fortalecer as instituições financeiras regionais.
“Para ampliar nosso intercâmbio, meu governo está determinado a reativar o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da ALADI e a expandir o Sistema de Pagamentos em Moeda Local. Integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas”, pontuou.
ZONA DE PAZ — Ao encerrar o discurso, o presidente Lula reforçou que é primordial manter a América Latina e Caribe como uma zona de paz com a recuperação de suas tradições diplomáticas. “Não queremos guerras nem genocídio. Precisamos de paz, desenvolvimento e livre comércio. Manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz significa trabalhar para que o uso da força não se sobreponha à resolução pacífica de conflitos. O multilateralismo é abalado cada vez que silenciamos ante as ameaças à soberania dos países da região”, ressaltou Lula.
Agência Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta quarta-feira (9) que o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), líder do partido na Câmara, deverá ser o novo titular do Ministério das Comunicações, em substituição a Juscelino Filho, que pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Da mesma forma que o União Brasil tem o direito de me indicar o sucessor para o Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas. Eu vou voltar para o Brasil, amanhã de manhã vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, eu já discuto a nomeação dele", afirmou Lula, durante viagem oficial Hondureas.
O presidente disse ainda que pretende conversar com dirigentes do União Brasil assim que retornar ao país.
“Eu amanhã [quinta], quando chegar, vou convocar o presidente do Senado, [Davi] Alcolumbre, algum dirigente do União Brasil para conversar. Essa é uma coisa tranquila. Isso não está dentro do processo de mudanças no governo que eu venho fazendo no tempo em que eu tiver interesse de fazer”, disse Lula.
Ele destacou que não há um calendário definido para trocas ministeriais mais amplas.
“Ou seja, eu não tenho uma data, eu não tenho um prazo, eu não tenho uma decisão. Eu vou fazendo na hora que eu achar que tem que mudar as coisas. É assim.”
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9), que tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional. Segundo o petista, "guerras comerciais não tem vencedores".
A fala do presidente faz referência à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de promover o chamado "tarifaço", isto é, a imposição de tarifas a países do mundo que, no entendimento da Casa Branca, "roubam" os EUA na relação comercial.
"Agora, nossa autonomia está novamente em cheque. Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região", afirmou o presidente. "Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não tem vencedores".
O discurso de Lula ocorreu durante a cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras.
O evento reúne representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, além de delegados de organismos internacionais e parceiros extrarregionais convidados pela presidência hondurenha.
?A CELAC é o único mecanismo de diálogo que abrange todos os países em desenvolvimento do continente americano.
Na fala, o petista pediu pela cooperação entre os países do grupo. "Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão de superpotências. O momento exige que deixemos as nossas diferenças de lado".
g1
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O deputado Rui Falcão (PT-SP) lançou nesta quarta-feira (8) em Brasília sua candidatura à presidência do PT e minimizou o apoio de Lula ao seu adversário, Edinho Silva.
Falcão representa a ala minoritária do PT, a Novo Rumo. Edinho é da corrente majoritária, chamada de Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Lula.
“Nós temos que cuidar da eleição dele [Lula], não saber se ele é a favor ou contra candidatos do PT. Tenho certeza que quem for eleito vai ter um tratamento respeitoso da parte dele”, afirmou.
O deputado já presidiu o PT de 2011 a 2017. Se eleito, Falcão pretende apresentar uma agenda com prioridade à reeleição de Lula e o fim da escala 6x1.
“Nós estamos ministrando um país, somos governo. Mas o nosso projeto de país é diferente do que está aí. O governo precisa ao mesmo tempo gerir o sistema atual e o PT criar a perspectiva futura de outro tipo de sistema. Não podemos nos transformar em um braço institucional de governo”, disse o deputado.
Conexão com as bases
Falcão destacou que o partido deve dar sustentação ao governo, mas que é fundamental expressar a posição estratégica do partido.
“Quando você tem consensos forçados, você caminha para o erro e para o engano. Quando você tem confronto de ideias, temos soluções criativas”, afirma.
O deputado também disse que defende um PT mais conectado com as suas bases e origens.
“Precisamos valorizar a participação popular. Temos instrumentos esterilizados na Constituição, como por exemplo, iniciativa popular legislativa, plebiscito e referendo e o próprio PT já lançou mão disso. Esse tipo de consulta à base precisa ser mais exercido”", diz Falcão.
O parlamentar afirmou que na segunda-feira (14) vai fazer o lançamento da candidatura em São Paulo, no sindicato dos engenheiros, e depois apresentar o registro no diretório nacional do partido para poder visitar estados em campanha pela presidência.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta quarta-feira (9) que aumentará para 125% a tarifa sobre a importação de produtos da China. A medida tem efeito imediato.
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social.
O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que irá reduzir para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço detalhado na quarta-feira da semana passada (2), que resultou na escalada da guerra comercial global.
"Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump.
O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço.
"Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA", acrescentou.
Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%:
Veja a íntegra do que publicou Donald Trump:
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
A guerra tarifária entre os gigantes mundiais
A nova decisão de Trump vem na esteira das reações chinesas às tarifas impostas pelos EUA. Nesta quarta, os asiáticos anunciaram taxas de 84% sobre os produtos importados dos norte-americanos, com previsão de que a medida passe a valer nesta quinta (10).
O contra-ataque chinês veio em resposta à taxa de 104% aplicada pelos EUA — medida que entrou em vigor já nesta quarta. Esse é mais um capítulo da escalada da guerra comercial entre as duas potências mundiais, que se intensificou na última semana.
Entenda, ponto a ponto, o embate:
Reflexos nos mercados
Apesar da nova ofensiva contra os chineses, o recuo de Trump em relação ao tarifaço fez o humor dos mercados mudar completamente.
Os principais índices dos EUA passaram a disparar, com ganhos que chegavam a 10% por volta das 15h40 desta quarta. Veja abaixo o desempenho:
Os mesmos índices tinham despencado na última semana, chegando a derreter até 10%. Um dia após o detalhamento do tarifaço, por exemplo, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020 — ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19.
Bolsas da Ásia e da Europa também despencaram em consequência da guerra comercial. Aqui no Brasil, o dólar disparou nos últimos dias e se tornou a terceira moeda que mais perdeu valor contra o dólar desde o tarifaço. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, acumulou quedas.
O cenário, no entanto, se inverteu também nos mercados brasileiros após o anúncio de Trump de que irá pausar a aplicação geral de tarifas.
O dólar passou a cair e, perto das 16h, acumulava perdas de 2,28%, a R$ 5,86. Enquanto isso, o Ibovespa disparava 3,39%, aos 128.130 pontos.
g1
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