O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira (29) da cerimônia que oficializa um assentamento para cerca de 450 famílias, no interior do Paraná. A entrega faz parte do programa Terra da Gente, cujo principal objetivo é acelerar a reforma agrária. O acampamento é a comunidade Maila Sabrina, entre os municípios de Ortigueira e Faxinal. De tarde, Lula participa da cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, que chegou a ficar mais de um ano parado, entre 2022 e o início de 2023.
Na agenda no Paraná, Lula deve anunciar crédito para mulheres produtoras e um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Itaipu Binacional para compra de alimentos da agricultura familiar.
O assentamento, no imóvel Fazenda Brasileira, é ocupado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) desde janeiro de 2003. A comunidade foi cadastrada pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em 2023.
A área tem 10.600 hectares. Antes da ocupação, havia a criação de búfalos, atividade que degradou o local. As famílias do assentamento produzem, de forma orgânica, grãos, hortaliças, verduras e frutas e mantêm pequenas criações de animais (caprinos, bovinos, aves e suínos) e agroindústrias.
O Terra da Gente foi criado em abril do ano passado, com expectativa é contemplar 295 mil famílias até 2026. A iniciativa prevê, entre as formas de aquisição e destinação das terras, locais passíveis de adjudicação (transferência para o credor) por dívidas com a União, imóveis improdutivos, imóveis de bancos e empresas públicas, áreas de ilícitos, terras públicas federais, terras doadas e imóveis estaduais.
Com o programa, a intenção do Executivo é aumentar em 877% a quantidade de famílias assentadas, na comparação com o intervalo de 2017 a 2022.
Porto de Itajaí
Além de marcar a retomada das operações do porto, o evento deve apresentar investimentos para o local. O Porto de Itajaí está sob a gestão do governo federal desde janeiro deste ano, por meio da Autoridade Portuária de Santos, ligada ao Ministério dos Portos e Aeroportos.
O superintendente do porto, João Paulo Tavares, foi indicado por Lula para o cargo, assumido em março. A apresentação de Tavares também foi respaldada pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, ex-deputado federal por Santa Catarina.
Entre os investimentos a ser anunciados, estão reformas para impulsionar a movimentação de cargas, com destaque para a modernização de instalações, a segurança, a eficiência logística e a ampliação da capacidade portuária.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (28) as obras de transposição do Rio São Francisco, e disse que "Deus deixou o sertão sem água" porque sabia que ele seria eleito presidente.
A fala ocorreu durante um evento na região de Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba. A cerimônia marcou a entrega de uma das obras do novo PAC, focada em infraestrutura hídrica da região.
"Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá", disse o presidente (leia mais abaixo).
Durante o discurso, Lula lembrou a importância da obra para a região Nordeste. Mais cedo, ele assinou uma ordem de serviço para ampliação das obras de integração do Rio São Francisco em quatro estados, durante visita a Salgueiro (PE).
?O projeto de transposição é a maior obra de infraestrutura hídrica da América Latina, e foi oficialmente lançado em junho de 2007, após décadas de debates sobre a necessidade de levar as águas do "Velho Chico" para regiões historicamente castigadas pela escassez de água.
Na Paraíba, Lula lembrou a importância das obras e disse que a decisão do projeto foi "a mais importante que ele já tomou na vida".
"Porque era uma obra que muita gente não acreditava que a gente pudesse fazer, porque fazia 179 anos, eu não estou falando de 10 anos, estou falando de 179 anos que se prometia água para essa região", afirmou Lula, durante o discurso.
"E eu, graças a Deus, descobri uma coisa. Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá. Ele sabia que somente uma pessoa que tinha passado fome, somente uma pessoa que com sete anos de idade carregava pote de água na cabeça", afirmou o presidente.
Lula disse ainda: "Ele sabia que somente uma pessoa que tinha passado fome, somente uma pessoa que com sete anos de idade carregava pote de água na cabeça. Por isso é que eu não tenho pescoço, vocês percebem que meu pescoço, sabe, de tanto carregar pote na cabeça. Somente uma pessoa que tinha passado por essa experiência era possível trazer água para cá".
Fala em tom eleitoreiro
Mais cedo, em outra cerimônia da transposição em Salgueiro, em Pernambuco, Lula afirmou, em tom de campanha, que não se pode votar em "qualquer tranqueira para governar o país", após fazer críticas ao governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O compromisso que vocês têm que ter não é comigo não, é com os filhos de vocês, é com os netos de vocês, é com os pais de vocês. A gente não pode votar em qualquer tranqueira para governar esse país. É preciso votar em gente que tenha compromisso", disse.
Ele prosseguiu: "É preciso votar em gente que tenha dignidade. É preciso votar em gente que tenha o direito de olhar para vocês olhando nos olhos de vocês. Esse país não pode mais sofrer o retrocesso que nós sofremos nos últimos seis anos".
"Tudo que ele sabia fazer era mentir, era fake news, era contar mentira, era ficar no gabinete do ódio o tempo inteiro. A diferença entre nós e eles é que nós queremos apresentar obras, apresentar melhorias na vida de cada companheiro desse país", continuou Lula.
Lula fez um discurso em tom de campanha em Salgueiro, no interior de Pernambuco. Ocasião em que citou realizações do seu governo e assinou ordem de serviço para a duplicação da capacidade de bombeamento de água do eixo norte da transposição do Rio São Francisco.
Eleições 2026
Lula ainda não definiu se disputará a reeleição em 2026, porém é o principal nome do PT para corrida ao Palácio do Planalto.
Aliados e auxiliares do presidente acreditam que ele disputará a próxima eleição, quando terá 80 anos e poderá buscar o inédito quarto mandato presidencial.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (28) que o governo federal prepara uma linha de crédito para entregadores de aplicativos financiarem a compra de motocicletas. A iniciativa, ainda em construção no Executivo, foi discutida por Lula e ministros com bancos públicos no início deste mês. A ideia é que a proposta tenha juros diferenciados para a categoria. Embora haja no Congresso Nacional um projeto de lei que regulamenta os serviços de transporte de passageiros por aplicativo, o texto não inclui entregadores (leia mais abaixo).
“Também estou pensando num crédito para financiar moto para os entregadores de comida, para eles não passarem privações”, declarou Lula em evento na Paraíba, ao citar a intenção do governo em lançar uma linha de crédito para reforma de casas.
O petista não apresentou detalhes da iniciativa voltada aos entregadores. No início do mês, quando houve a discussão com os bancos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou a elaboração da proposta e afirmou que o lançamento será “em breve”.
A princípio, os entregadores estariam incluídos na proposta de regulamentação, mas o grupo foi excluído das discussões, devido à falta de consenso. A expectativa é que a questão seja tratada em um texto à parte.
O projeto de lei complementar que regulamenta os trabalhadores de aplicativos, exceto os entregadores, foi enviado pelo governo ao Legislativo em março do ano passado.
A discussão da proposta pelos parlamentares tem sido lenta. Na última segunda (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que pretende instalar uma comissão especial na Casa para analisar a proposta, sem indicar data para a criação do colegiado.
O projeto de lei foi elaborado por um grupo de trabalho, formado por representantes dos trabalhadores de aplicativos, das empresas e do governo federal. O objetivo é garantir pisos de remuneração, criar uma previdência para o grupo, reforçar a segurança e a saúde no trabalho e ampliar a transparência do debate.
“Vocês acabaram de criar uma nova modalidade no mundo de trabalho. Foi parida uma criança no mundo trabalho. As pessoas querem autonomia, vão ter autonomia, mas precisam de um mínimo de garantia”, declarou Lula, quando enviou o projeto ao Congresso.
Projeto de regulamentação
As principais alterações propostas incluem medidas abrangentes, como a oficialização do reconhecimento dos motoristas de aplicativos como “trabalhadores autônomos por plataforma” para fins trabalhistas.
O projeto estipula jornada de até oito horas diárias, com a possibilidade de extensão até 12 horas, desde que respeitado o limite de tempo de conexão à plataforma.
Outra mudança é a introdução de piso salarial por hora trabalhada, estabelecido em R$ 32,09. Desse valor, R$ 8,02 são destinados ao serviço prestado, enquanto R$ 24,07 são para cobrir os custos do trabalhador. O projeto prevê, ainda, vale-refeição a partir da sexta hora de trabalho.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta quarta-feira (28) o episódio de labirintite enfrentado por ele na segunda (26). “Eu cheguei no médico, o médico falou ‘você está maravilhosamente bem, você está bonitão. Vá lá para Cachoeira dos Índios que é melhor’. Aí eu tô aqui”, declarou, em agenda no sertão da Paraíba. Lula sentiu-se mal na tarde de segunda, com sintomas de labirintite. Ele chegou a participar de algumas reuniões pela manhã, mas teve de deixar o Palácio do Planalto no início da tarde.
Na terça (27), Lula cancelou a participação em dois eventos em Brasília e despachou do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. Ao fim do dia, o petista foi reavaliado pela equipe médica, e as viagens previstas para esta quarta foram mantidas. De manhã, Lula esteve em Pernambuco.
Segundo o presidente, os exames aos quais foi submetido na segunda duraram uma hora e meia. “Eu passei uma hora e meia dentro de uma máquina para saber se eu tava com algum problema na cabeça, porque senti uma tontura. Era labirintite. Aí eu descobri que labirintite é excesso de inteligência. Aí eu fiquei feliz da vida”, brincou.
Quadro de saúde
Na segunda, a equipe médica do petista explicou que o quadro é de vertigem. Lula passou por exames de imagem e de sangue. “Todos dentro da normalidade”, destaca boletim médico.
Segundo a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), o mal-estar começou depois do almoço. Entre 14h20 e 15h, Lula foi levado a um hospital particular em Brasília. As agendas da tarde, entre elas um encontro com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), não ocorreram.
O presidente passou cerca de duas horas no hospital e chegou ao Alvorada por volta das 17h.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta segunda-feira (26), quadro de vertigem, com diagnóstico de labirintite. Realizou exames de imagem e de sangue no hospital, todos dentro da normalidade. Já se encontra no Palácio da Alvorada, onde deve permanecer em repouso ao longo do dia. É acompanhado pelas equipes médicas lideradas pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio”, destacou o boletim médico de segunda-feira, assinado pelos médicos Rafael Gadia e Luiza Dib.
Lula, que tem 79 anos, sofreu uma queda em um banheiro do Alvorada em outubro do ano passado. À época, ele cortou a nuca e teve de levar pontos na parte posterior da cabeça.
No início de dezembro, o petista precisou passar por cirurgia de emergência, para drenar o hematoma — também foram necessários dois procedimentos complementares. Lula ficou internado e recebeu alta em 15 de dezembro.
Não há informação se o mal-estar desta segunda tem relação com a queda de outubro.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (28), a ordem de serviço para a duplicação da capacidade de bombeamento de água do Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco, em Salgueiro (PE). O investimento é de R$ 491,3 milhões, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A obra ampliará a capacidade de bombeamento de 24,75 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 49 m³/s, beneficiando 8,1 milhões de pessoas em 237 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A duplicação será feita nas estações de bombeamento intermunicipais EBI1, em Cabrobó (PE), onde começa a captação de água do Eixo Norte; EBI2, em Terra Nova (PE); e EBI3, em Salgueiro (PE).
Em discurso, Lula lembrou que a transposição do Rio São Francisco visa dar segurança hídrica para a população do semiárido nordestino e, junto com investimentos em educação, por exemplo, tem o objetivo de desenvolver a região.
“Quando você pensa em fazer uma obra dessa, os técnicos começam a dizer para o presidente: ‘Não, presidente, isso não tem perspectiva econômica, não tem viabilidade econômica. Para que gastar R$ 12 bilhões para levar água para um povo? Deixa eles irem para São Paulo trabalhar de pedreiro’”, lembrou.
“E eles não sabiam que eu não queria mais que a gente fosse para lá para trabalhar de pedreiro. É por isso que nós fizemos universidades [no Nordeste], para ir lá trabalhar de engenheiro, de médico. E essa obra vai garantir que daqui a uns anos esse povo daqui só vai para São Paulo para turismo. Não vai para procurar emprego, não vai para morar. É por isso que eu resolvi fazer essa obra”, afirmou Lula.
Desenvolvimento industrial
Durante a cerimônia, o governo também anunciou uma chamada pública, com R$ 10 bilhões em crédito, visando o desenvolvimento industrial da Região Nordeste, alinhado com as missões da Nova Indústria Brasil. A ação envolve o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
A chamada busca atrair investimentos nas áreas de energias renováveis, bioeconomia para fármacos, hidrogênio verde, bancos de dados, indústria automotiva que inclua maquinas agrícolas e agroindústrias. Uma plataforma será lançada em junho pelo BNDES para receber os projetos das empresas e cooperativas interessadas.
De Salgueiro, Lula segue para Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba, onde participa da cerimônia de entrega do primeiro trecho do Ramal do Apodi, também do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco. Com 115,5 quilômetros de extensão, a estrutura liga a Barragem Caiçara (PB) à Barragem Angicos (RN), com vazão projetada de 40 m³/s.
A obra, iniciada em 2021, está 74,83% concluída e tem entrega total prevista para outubro de 2026, com investimento de R$ 1,45 bilhão. Quando finalizado, o ramal atenderá cerca de 750 mil pessoas em 54 municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Caminho das Águas
As agendas de hoje fazem parte do Caminho das Águas, iniciativa do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional que, desde o dia 25, percorre a trilha da transposição das águas pelo sertão nordestino, passando pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
O objetivo é verificar o andamento de obras de revitalização, reformas em açudes, conhecer iniciativas de irrigação e inaugurar obras que fazem parte do complexo. Atualmente, cerca de 70 ações estão em andamento, todas incluídas no Novo PAC.
Pensado desde o Brasil Império, o Projeto de Integração do São Francisco começou a virar realidade a partir de 2007, dividido em dois eixos, norte e leste, que juntos totalizam 477 quilômetros de canais, túneis, barragens e estações de bombeamento que levam água para a população. São cerca de 400 municípios atendidos nos quatro estados, com irrigação de lavouras e abastecimento de comunidades.
Desde 2007, mais de R$ 12 bilhões de investimentos foram feitos no Projeto de Integração do São Francisco, incluindo os sistemas complementares de distribuição de recursos hídricos.
Agência Brasil
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Pela primeira vez na história, a Dívida Pública Federal (DPF) ultrapassou a marca de R$ 7,6 trilhões, impulsionada pelos juros. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,508 trilhões em março para R$ 7,617 trilhões no mês passado, alta de 1,44%.
Em junho do ano passado, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 7 trilhões. Mesmo com a alta em abril, a DPF continua abaixo do previsto. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no início de fevereiro, o estoque da DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,55%, passando de R$ 7,199 trilhões em março para R$ 7,31 trilhões em abril. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 41,42 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis atrelados a índice de preços. A alta foi reforçada pela apropriação de R$ 70,3 bilhões em juros.
Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 14,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 204,46 bilhões em títulos da DPMFi. Com o alto volume de vencimentos em abril de títulos prefixados (com juros definidos no momento da emissão), os resgates somaram R$ 163,04 bilhões.
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,1%, passando de R$ 309,54 bilhões em março para R$ 306,13 bilhões em abril. O principal fator foi a queda de 1,42% do dólar no mês passado.
Colchão
Após uma queda em março, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) recuperou-se fortemente. Essa reserva passou de R$ 869 bilhões em março para R$ 904 bilhões no mês passado, chegando ao maior nível desde agosto. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a emissão líquida (emissões menos resgates) no mês passado.
Atualmente, o colchão cobre 8,57 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,365 trilhão em títulos federais.
Composição
Com o forte vencimento de títulos prefixados, a composição da DPF mudou. A fatia dos papéis prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu de 21,51% em março para 20,23% em abril. O PAF prevê que o indicador feche 2025 entre 19% e 23%.
Normalmente, os papéis prefixados indicam mais previsibilidade para a dívida pública, porque as taxas são definidas com antecedência. No entanto, em momentos de instabilidade no mercado financeiro, as emissões caem porque os investidores pedem juros muito altos, que comprometeriam a administração da dívida do governo.
A proporção dos papéis atrelados à Selic subiu de 46,38% em março para 47,3% em abril. O PAF prevê que o indicador feche 2025 entre 48% e 52%. Esse papel está atraindo o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Taxa Selic.
A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu levemente, passando de 28,01% para 28,46%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 24% e 28%.
Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública caiu de 4,11% para 4,01%. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2025, entre 3% e 7%.
Prazo
O prazo médio da DPF subiu de 4,12 para 4,17 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio em que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos.
Detentores
As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 30,5% de participação no estoque. Os fundos de pensão, com 23,9%, e os fundos de investimento, com 22,1%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.
Mesmo com a instabilidade no mercado externo, a participação dos não residentes (estrangeiros) subiu de 9,6% em março para 9,7% em abril. Em novembro, o percentual estava em 11,2% e tinha atingido o maior nível desde março de 2018, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública estava em 11,2%. Os demais grupos somam 14,1% de participação.
Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).
Agência Brasil
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As medidas adotadas pelo governo federal para amenizar a inflação que incide sobre alimentos no Brasil já estão apresentando resultados, afirmou, nesta quarta-feira (28), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Segundo Fávaro, o menor índice de alta de preços ao consumidor, obtido em maio, baixou para alimentos importantes na mesa dos brasileiros, como arroz, feijão, ovos e algumas frutas.
O ministro disse que o governo federal está atento à preocupação dos brasileiros com o impacto da inflação nos alimentos, e lembrou que algumas das medidas adotadas já estão surtindo efeito, sem necessidade de qualquer arbitrariedade por parte do poder público.
Entre as medidas adotadas, Fávaro citou a redução a zero da alíquota de importação de alguns produtos que estariam em falta ou em alta no mercado nacional.
“Inclusive percebi, por parte da imprensa, críticas de que as medidas não trariam grandes resultados. Mas esperavam o quê? Pirotecnia? Medidas arbitrárias? Taxação? Contenção de redução de exportação? Intervenção no mercado? Não”, disse o ministro. “As medidas foram cautelosas, mas já surtiram efeito”, acrescentou, referindo-se à redução inflacionária registrada recentemente.
Ele destacou que o último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA 15) mostrou o melhor índice dos últimos cinco anos, de 0,36% em maio. “É ainda positivo, [mas] está em uma decrescente, porque era mais de 1% ao mês em abril”, acrescentou.
Fávaro destacou a redução nos preços do arroz (- 4%), das frutas (-2%), do tomate (-7%), do feijão preto (-7%) e dos ovos de galinha (-2%).
“O aumento de importação ajudou a equilibrar os preços dos alimentos no Brasil. Temos de continuar trabalhando com muita serenidade e responsabilidade para garantir o controle inflacionário. Mas, em hipótese alguma, com qualquer tipo de intervencionismo”, complementou.
Mercado externo
Fávaro aproveitou o encontro com os deputados para citar medidas voltadas à ampliação das exportações brasileiras, por meio da abertura de novos mercados, graças a ações conjuntas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) com os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura e Pecuária.
De acordo com o ministro, tais ações já permitiram, até o dia de hoje, com abertura de um novo mercado, um total de 381 novos mercados.
“E não se trata só de abertura de mercados tradicionais com soja, milho, algodão, café. São mais de 20 mercados abertos. Recentemente, foi aberto o mercado do DDG, que é o produto da nova indústria brasileira voltada à produção de etanol à base de milho. Abrimos o mercado do DDG para a China”, disse Fávaro, ao lembrar que apenas dois países são grandes produtores de etanol de milho: Brasil e Estados Unidos.
“Todos sabem do conflito gerado na relação entre Estados Unidos e China pela questão tarifária. Então, para quem será a oportunidade deste mercado DDG, se não para os produtores brasileiros, que produzem milho e os que produzem DDG?”, complementou.
Ele citou também a abertura de mercados para outros produtos, como gergelim, sorgo, uva e outras frutas, e daqueles voltados para a venda de material genético. “Veja que momento especial. O Brasil passou a exportar material genético de zebuíno melhorado para a Índia. Hoje abrimos o mercado de bovinos para reprodução genética para Camarões. Estão sendo geradas oportunidades em vários setores e em várias cadeias produtivas aqui no Brasil. Vamos continuar nos dedicando a isso”, afirmou.
Gripe aviária
Perguntado sobre os efeitos que o caso da gripe aviária no Rio Grande do Sul pode causar no mercado, Fávaro lembrou que, a até 15 dias atrás, o Brasil era “praticamente o único país sem ter gripe aviária em seus estabelecimentos comerciais”.
Fávaro informou que, atualmente, 11 casos suspeitos de gripe aviária estão sendo investigados no país. “Antes de ontem, estávamos com 21 investigações, estamos hoje com 11″, disse o ministro, ao garantir que a situação está controlada no Brasil.
“Dos 160 mercados abertos para a carne de frango brasileira, 128 continuam abertos”, acrescentou o ministro, ao informar que apenas 24 promoveram restrições no comércio. “Mas estamos mantendo abertos diálogos para diminuir o nível de restrição para o Rio Grande do Sul ou, se melhor, para um raio de 10 quilômetros [da área onde a doença foi constatada]”, acrescentou.
Agência Brasil
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As vendas de títulos do Tesouro Direto somaram R$ 7,091 bilhões em abril deste ano. Já os resgates totalizaram R$ 2,865 bilhões, sendo a totalidade do valor referente às recompras (resgates antecipados). Não houve vencimentos no mês, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Assim, as emissões líquidas de títulos atingiram R$ 4,225 bilhões no mês passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Tesouro Nacional.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à Selic – a taxa básica de juros da economia – que corresponderam a 51,6%. Já os papéis corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) tiveram participação de 35,3% nas vendas, enquanto os prefixados – com juros definidos no momento da emissão – representaram 13,1%.
O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo aumento da Selic, utilizada pelo Banco Central para conter a inflação. A taxa está em 14,75% ao ano e, com a expectativa de manutenção em alta, os papéis continuam atrativos. Os títulos corrigidos pela inflação também têm atraído os investidores em razão do alto patamar em que o IPCA se encontra, em 5,53% no acumulado em 12 meses até abril.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 170,9 bilhões no fim de abril, com aumento de 3,5%, na comparação com o mês anterior (R$ 165,1 bilhões), e de 25,1% em relação a abril do ano passado (R$ 136,5 bilhões).
Investidores
Quanto ao número de investidores, 231.064 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número de investidores atingiu 32.203.383, alta de 13,6% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos – com operações em aberto – chegou a 2.983.932, aumento de 15,3% em 12 meses. No mês, houve incremento de 36.416 investidores ativos.
A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que corresponderam a 78,1% do total de 791.513 operações ocorridas em abril. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 56%. O valor médio por operação foi de R$ 8.958,76.
Os investidores têm preferido papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo de até cinco anos representaram 42,2%. Já aquelas com prazo de cinco a dez anos são 35,4% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo chegaram a 22,3% das vendas.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.
Fonte de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos.
Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
Agência Brasil
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A Alemanha e a Ucrânia pretendem desenvolver a produção industrial de mísseis de longo alcance em parceria, afirmou o primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, nesta quarta-feira (28).
O anúncio foi feito à imprensa em uma coletiva durante uma visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Queremos viabilizar armas de longo alcance e também a produção conjunta. Não falaremos sobre os detalhes publicamente, mas intensificaremos a cooperação", disse Merz.
Zelensky afirmou ainda que os dois países concordaram em cooperar na produção de armas na Ucrânia, incluindo drones, e que acordos para a construção e o desenvolvimento de instalações de produção foram assinados.
Pouco depois das declarações, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na TV estatal russa que os planos mostram que a Alemanha já é um participante da guerra Rússia X Ucrânia.
Afirmou que as decisões de Berlim estão "gerando tensão" e que esperava que "políticos responsáveis" na Alemanha "tomassem a conclusão correta e acabassem com essa loucura".
Vladimir Medinsky, chefe da delegação russa nas negociações de paz sobre a Ucrânia, disse em comunicado no Telegram que enviou proposta à Ucrânia com uma data e local para novas negociações de um cessar-fogo e que espera uma resposta.
Ataque massivo de drones russos aumentou tensão
A visita do presidente ucraniano à Alemanha ocorre dois dias após Kiev receber autorização do país e da França para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos por eles contra a Rússia, que classificou a liberação como "muito perigosa".
Um dia antes, Moscou realizou o maior ataque de drones contra o território inimigo desde o início da guerra, contrariando líderes europeus e até o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou Vladimir Putin de "estar louco".
O ataque, inclusive, foi condenado também pela ONU nesta quarta-feira. Um relatório investigativo de especialistas das Nações Unidas afirmou que as Forças Armadas russas cometeram "crimes contra a humanidade" e "crimes de guerra", e que estão "sistematicamente" atacando civis.
Merz também voltou a condenar a Rússia e disse que os movimentos militares do país não "falam a linguagem da paz" e que a Alemanha continuará a pressionar Moscou para que as negociações de paz avancem e a guerra termine.
"Isto é um tapa na cara de todos aqueles que estão lutando por um cessar-fogo, na própria Ucrânia, mas também na Europa e nos EUA" , disse ele.
As condições da Rússia para o fim da guerra incluem uma exigência de que os líderes ocidentais se comprometam por escrito a parar de expandir a Otan para o leste, disseram três fontes russas à agência de notícias Reuters. Ou seja, que a Ucrânia não seja adicionada como membro.
"Se a Ucrânia não comparecer à cúpula, será uma vitória de Putin, não sobre a Ucrânia, mas sobre a Otan", provocou Zelensky nesta quarta.
Zelensky quer reunião com Trump e Putin
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta quarta-feira (28) uma reunião trilateral com seus homólogos dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para acabar com a guerra que começou com a invasão russa ao território ucraniano em 2022.
Putin rejeitou no início do mês a proposta de uma reunião com Zelensky na Turquia. O Kremlin afirmou que um encontro entre os dois governantes só aconteceria após algum tipo de "acordo" ser alcançado.
"Se Putin não se sente confortável com uma reunião bilateral, ou se todos preferem uma reunião trilateral, não me incomoda. Estou preparado para qualquer formato", declarou Zelensky à imprensa nesta terça-feira (27).
A Ucrânia lançou quase 300 drones contra a Rússia durante a noite desta terça, segundo o Ministério da Defesa de Moscou, que informou que suas forças interceptaram os aparelhos.
Trump frustrado com as negociações
O presidente americano, Donald Trump, que vem tentando liderar as negociações para acabar com a guerra desde que assumiu seu mandato, vem expressando sua frustração com Putin e Zelensky por ainda não terem alcançado um acordo para um cessar-fogo.
Durante a campanha eleitoral, o magnata republicano prometeu acabar com o conflito em 24 horas, mas os bombardeios ainda não cessaram.
Ao falar com a imprensa nesta terça, o presidente ucraniano também disse que esperava "sanções dos Estados Unidos", em particular contra "o setor energético e o sistema bancário" russo, em resposta à recusa de Moscou em aceitar uma trégua.
"Trump confirmou que, se a Rússia não parar, sanções serão impostas. Conversamos com ele sobre dois aspectos principais: a energia e o sistema bancário. Os Estados Unidos poderão impor sanções aos dois setores? Eu gostaria muito", declarou Zelensky.
No fim de semana, Trump escreveu em sua plataforma Truth Social que sempre teve boas relações com Putin, "mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente louco".
Desde que o conflito começou, em fevereiro de 2022, dezenas de milhares de pessoas morreram, muitas zonas do leste e do sul da Ucrânia foram destruídas e o Exército de Moscou controla atualmente quase 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.
O Kremlin mencionou na semana passada um "memorando" no qual apresentaria as condições de Moscou para um acordo de paz duradouro, mas Kiev ainda não o recebeu, segundo Zelensky.
"Vamos ler as propostas e certamente responderemos quando as recebermos", disse.
A diplomacia russa anunciou que transmitiria o documento a Kiev após a conclusão da grande troca de prisioneiros do fim de semana.
g1
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (28) que o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Mohammad Sinwar, foi morto durante uma ofensiva de Israel no território.
Um dos terroristas mais procurados por Israel recentemente, Mohammed Sinwar era irmão mais novo de Yahya Sinwar, o antigo líder do Hamas que também foi morto por Israel em Gaza (leia mais abaixo).
Segundo Netanyahu, Mohammed Sinwar morreu durante um ataque de Israel a um hospital no sul da Faixa de Gaza em janeiro, que tinha como alvo o comandante do grupo terrorista.
"Eliminamos Mohammad Deif, (Ismail) Haniyeh, Yahya Sinwar e Mohammed Sinwar", disse Netanyahu a deputados israelenses durante um pronunciamento do Parlamento de Israel nesta quarta.
Sinwar é o quarto comandante do Hamas morto por Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. As ofensivas do país também mataram outras lideranças do 1º escalão do grupo (leia mais abaixo).
O Hamas ainda não havia confirmado a morte de Sinwar até a última atualização desta reportagem.
Yahia Sinwar
Mohammed Sinwar assumiu o comando do grupo terrorista depois da morte de seu irmão, Yahya, no fim de 2024.
Yahya Sinwar era também considerado o mentor da invasão do Hamas a Israel em outubro de 2023, quando os terroristas mataram mais de 1.200 pessoas e sequestraram centenas de outras.
Então chefe operacional do Hamas, ele virou o líder geral do grupo depois que Israel também matou seu antecessor, Ismail Haniyeh, em um atentado no Irã.
Veja, abaixo, a lista dos líderes do Hamas que Israel diz ter matado ao longo do último ano:
g1
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