O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não foi informado previamente pela Ucrânia sobre o ataque de Kiev com drones a bases militares da Rússia no fim de semana, disse nesta terça-feira (3) a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
A complexidade da operação — que durou um ano e meio e na qual o serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões — levantou questionamentos sobre a participação do serviço de inteligência dos EUA na ação.
Nesta terça, no entanto, Leavitt disse que Trump não recebeu qualquer informação não foi informado sobre a ação antes do ataque, que destriuiu mais de 40 aviões de guerra russos com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea de Moscou.
Imagens de satélite mostram destruição
Imagens feitas por satélites registraram como ficaram bases militares da Rússia atingidas pelo ataque da Ucrânia com drones escondidos em caminhões no fim de semana.
As imagens foram feitas na base de Bekaya, uma das cinco atacadas pela ação de Kiev que pegou a Rússia de surpresa (leia mais abaixo). E mostram vários bombardeiros destruídos ou gravemente danificados (veja acima).
Os registros foram feitos por duas empresas de satélites e fornecidos à agência de notícias Reuters.
"Com base nos destroços visíveis, na comparação com imagens de satélite recentes e nas imagens de drones divulgadas pelo Telegram e postadas no Twitter, posso ver a destruição de várias aeronaves", disse John Ford, pesquisador associado do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, com sede na Califórnia.
Operação Teia de Aranha
A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.
O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa.
O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto.
As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista.
O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance".
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.
Onde ocorreu a operação?
Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.
A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.
Como foram feitos os ataques?
A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.
Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.
Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.
Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.
Quais aeronaves foram atingidas?
Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.
Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.
Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.
Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.
Quanto tempo levou o planejamento da missão?
A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).
O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.
Reuters
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A Assembleia Legislativa Nacional do Equador aprovou nesta terça-feira (3) uma reforma constitucional que permite a instalação de bases militares estrangeiras no país.
A proposta foi apoiada por 82 parlamentares e, agora, será submetida aos eleitores em um referendo que ainda terá a data definida pelas autoridades eleitorais.
A medida é apoiada pelo presidente Daniel Noboa, que acaba de tomar posse após ser reeleito para um segundo mandato. Ele defende que a cooperação internacional é necessária para combater grupos de tráfico de drogas que operam em todas as jurisdições.
Parlamentares de seu partido disseram que, desde que uma base anterior dos Estados Unidos foi fechada, o Equador se tornou um dos principais centros de tráfico de narcóticos.
A oposição, no entanto, afirma que a presença militar estrangeira por si só não resolverá os problemas de segurança do país e que o governo precisa de um plano claro para combater o crime.
Daniel Noboa e o presidente americano, Donald Trump, tiveram uma reunião informal em março, na Flórida.
Nenhum dos dois forneceu muitos detalhes sobre o que discutiram, porém fontes da Reuters contaram à época que autoridades equatorianas expressaram o desejo de voltar a sediar uma base dos EUA no país a aliados de Trump.
Reuters
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Mais de 200 prisioneiros escaparam de uma prisão na cidade de Carachi, no sul do Paquistão, na madrugada de segunda para terça-feira (3), no horário local, em um motim após uma série de terremotos que atingiram o país, segundo autoridades locais. Uma pessoa morreu.
A fuga começou pouco antes da meia-noite de segunda-feira e continuou nas primeiras horas da terça, após centenas de prisioneiros terem sido retirados de suas celas e colocados em um no pátio da prisão por causa dos tremores, segundo Zia-ul-Hasan Lanjar, o ministro da Justiça da província de Malir, onde fica a prisão.
Quando estavam no pátio, os prisioneiros dominaram os guardas, tomaram suas armas e forçaram a abertura do portão principal após um tiroteio com soldados paramilitares que também faziam a segurança do complexo, segundo a polícia local. Pelo menos um prisioneiro foi morto e três guardas ficaram feridos no tiroteio, declarou o chefe de polícia, Ghulam Nabi Memon.
"Ouvi os disparos por um bom tempo e, algum tempo depois, os prisioneiros saíram correndo em todas as direções", afirmou Bukhsh, um segurança particular de um condomínio vizinho à prisão, à agência de notícias Reuters. Ele não forneceu um sobrenome.
Bukhsh disse ainda que, após escapar a prisão, alguns dos prisioneiros invadiram no condomínio complexo de apartamentos. No entanto, os invasores foram detidos pela polícia, afirmou o segurança.
Após a fuga, o cenário nesta terça-feira na prisão é de destruição, com vidros quebrados e equipamentos eletrônicos danificados. Uma sala de reuniões, onde os prisioneiros podiam ver suas famílias, havia sido saqueada. Familiares de detentos, ansiosos por notícias, reuniram-se do lado de fora da prisão.
A fuga foi uma das maiores já ocorridas no Paquistão, disse o ministro Lanjar. A prisão, que abriga 6 mil detentos, fica no distrito de Malir, em Carachi, a maior cidade do Paquistão.
Os prisioneiros correram pela área durante toda a noite, alguns deles descalços, e a polícia os perseguiu, segundo imagens da TV local. Cerca de 80 dos fugitivos foram capturados, afirmou Murad Ali Shah, o ministro-chefe da província.
Autoridades disseram que os detentos, muitos deles usuários de heroína, ficaram nervosos e "houve pânico" com os terremotos.
O ministro-chefe da província disse que foi um erro as autoridades prisionais terem permitido que os prisioneiros saíssem de suas celas. Ele pediu aos detentos que ainda estão soltos que se entreguem ou enfrentarão uma acusação grave por terem fugido.
g1
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A produção nacional de petróleo e gás natural atingiu, em abril deste ano, um volume recorde de 3,734 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) de petróleo e gás natural.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume é 0,5% maior que o registrado em março e 18,3% superior ao observado em abril de 2024.
Considerando-se apenas o petróleo, a produção diária chegou a 2,895 milhões de barris em abril deste ano, ou seja, 0,4% acima de março deste ano e 16,4% a mais que em abril de 2024. Já a produção de gás natural chegou a 133,33 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), superior em 0,8% ao mês anterior e em 25,6% ao mesmo período do ano passado.
Números
A produção total de petróleo e gás do Brasil, considerando-se campos do pré-sal, pós-sal e em terra, chegou a 4,689 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Ou seja, a produção do pré-sal representou 79,6% do total da produção nacional destes hidrocarbonetos.
A produção total de petróleo chegou 3,632 milhões de barris por dia, um aumento de 0,3% na comparação com o mês anterior (março) e de 13,7% em relação ao mesmo mês de 2024. A média diária de gás natural em todos os campos do país chegou a 168,01 milhões de m³/d, altas de 1,5% ante março e de 22,9% em relação a abril de 2024.
O aproveitamento de gás natural foi de 97,1%. Do total extraído do subsolo, 4,98 milhões de m³/d foram queimados sem ser aproveitados, 13,6% a menos que em março deste ano. Na comparação com abril do ano passado, no entanto, houve aumento de 25,5%.
Em abril deste ano, os campos operados pela Petrobras - sozinha ou em consórcio com outras empresas - foram responsáveis por 89,76% do total produzido. O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor do país, com média diária de 783,91 mil barris de petróleo (21,6% do total) e 39,81 milhões de m³/d de gás natural (23,2% do total).
Agência Brasil
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A proposta do governo federal com alternativas para o cumprimento das metas fiscais para os próximos anos será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta terça-feira (3), até as 15h, antes do embarque à França.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a alternativa prevê, uma emenda constitucional (PEC) e um projeto de lei (PL) “relativamente amplo”.
“Serão dois diplomas legais, mas eu posso precisar, para questões tópicas, de uma medida provisória que entre em vigor imediatamente, para determinadas correções que eu possa ter que fazer. Mas isso ainda não está decidido. Será decidido depois da reunião [com Lula]”, disse Haddad ao chegar no ministério.
A nova proposta substituirá a anterior, que prevê a elevação de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada.
Reuniões produtivas
O ministro voltou a dizer que as reuniões que teve com os presidentes da Câmara, Hugo Motta; e do Senado, Davi Alcolumbre foram bastante produtivas.
“Nós conseguimos apresentar, ponto por ponto, aquilo que já tinha sido sugerido por alguns parlamentares, dentre os quais os próprios presidentes das duas casas, já com uma estimativa de impacto benéfico e estrutural sobre as contas públicas. Será uma coisa que tem impacto duradouro ao longo do tempo”, disse o ministro.
Haddad disse estar otimista também para a reunião de hoje com Lula. “Há ainda pequenos detalhes - de fato pequenos - para serem arbitrados, mas penso que o plano de voo está bem montado”, acrescentou.
Agenda de Estado
O ministro afirmou que sua equipe econômica está em posição confortável e otimista em relação ao respaldo político a ser obtido após a apresentação do novo plano. “Tecnicamente, ele é robusto. Politicamente, está amparado. Teremos oportunidade muito interessante de avançar naquilo que todo mundo está pedindo”, disse.
“Isso nos dá conforto, inclusive porque os governos duram quatro anos. Nós temos que fazer coisas para o país. Tem que ter uma agenda de Estado no Brasil. Tem uma agenda de governo, que cada um tem uma opinião, mas tem uma agenda que é de Estado, para colocar as coisas em ordem”, complementou.
Aval de Motta e Alcolumbre
Na avaliação do ministro, o aval dado pelos presidentes da Câmara e do Senado ajudará no apoio e na tramitação da proposta. “Obviamente, isso vai depender agora de uma avaliação dos partidos políticos”, ponderou, ao considerar como “muito significativo” o apoio de Motta e Alcolumbre antes mesmo de a proposta ser oficialmente apresentada.
“Agora nós vamos, evidentemente, negociar com as bancadas. Mas é um gesto que não pode deixar de ser considerado por parte dos dois presidentes”, acrescentou.
Protocolo
Perguntado sobre a possibilidade de a proposta incluir desvinculação do salário mínimo, Haddad disse que não poderia entrar em mais detalhes, em respeito ao protocolo que deve manter, tanto com Lula, quanto com os presidentes das duas casas legislativas.
“Vou primeiro fechar primeiro com o presidente das duas casas sobre o que é essa estruturação, respeitando o presidente da República, porque temos que primeiro apresentar a ele [antes de tornar as medidas públicas]. Vocês saberão da decisão em algumas horas, assim que ele validar as medidas”, disse.
Haddad criticou a circulação de muitas notícias que não têm correspondência com o que está sendo discutido. “Tem muita gente no mercado que fica especulando, e não é bom especular sobre temas sérios”, complementou ao garantir que o governo vai manter e cumprir as metas fiscais.
Agência Brasil
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A produção industrial brasileira registrou crescimento de 0,1% na passagem de março para abril deste ano. É o que revela a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. Essa é a quarta alta consecutiva do indicador, que acumula crescimento de 1,5% desde janeiro deste ano.
“Isso elimina a queda assinalada nos três últimos meses de 2024, os resultados negativos de dezembro, novembro e outubro que totalizaram naquela ocasião uma perda de 1%”, disse o pesquisador do IBGE André Macedo.
Ele destacou, no entanto, que a alta de 1,5% acumulada em quatro meses foi puxada principalmente pelo aumento de 1,2% em março, porque nos demais meses a produção industrial teve resultados positivos muito próximos da estabilidade: 0,2% em janeiro, 0,1% em fevereiro e 0,1% em abril.
O indicador apresenta altas também no trimestre (0,5%), no acumulado do ano (1,4%) e no acumulado de 12 meses (2,4%). Na comparação com abril de 2024, no entanto, houve uma queda de 0,3%.
Segundo Macedo, o crescimento próximo da estabilidade apresentado pela indústria na passagem de março para abril (0,1%) pode ser explicado por fatores como um cenário de incerteza econômica e a alta taxa de juros básica (Selic).
“Por trás desse comportamento de menor intensidade da produção industrial há fatores que a gente já vem elencando há algum tempo. A taxa de juros em patamares mais elevados traz adiamento nas decisões de consumo das famílias e adiamento nas decisões de investimentos por parte das empresas. E tem o ambiente de incerteza não só no mercado doméstico, mas também no ambiente internacional”, afirmou o pesquisador.
Setores
Três das quatro grandes categorias econômicas da indústria apresentaram alta de março para abril: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,4%), bens intermediários, insumos industrializados usados no setor produtivo (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%). Apenas os bens de consumo semi e não duráveis tiveram queda (-1,9%).
Entre as 25 atividades da indústria, 13 tiveram alta, com destaque para indústrias extrativas (1%), bebidas (3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1%) e impressão e reprodução de gravações (11%). O item produtos químicos apresentou estabilidade.
Entre os 11 ramos da indústria em queda, os maiores recuos foram observados em produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%), celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), máquinas e equipamentos (-1,4%), móveis (-3,7%), produtos diversos (-3,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desconversou nesta terça-feira (3) sobre a possibilidade de o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) assumir o lugar de Márcio Macedo na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ele foi questionado sobre a reforma ministerial, mas respondeu a jornalistas que não iria responder à pergunta.
"Primeiro, não é correto o presidente numa entrevista dizer se vai trocar alguém ou não. Segundo, dizer quem é que vai ser candidato, se vai ser ou não. Vai ter um momento em que a gente vai parar para discutir política. Por enquanto eu estou naquela fase de anunciar mais três programas sociais neste país", afirmou.
"Vou fazer uma reunião ministerial, vou discutir com os outros partidos, inclusive com todos os partidos de oposição que tem ministro dentro do governo para que a gente possa fazer uma decisão política nesse país. A questão da troca de ministro tem uma coisa pessoal minha. Eu tiro quando for necessário tirar e ponho quando for necessário pôr. Então, quando eu fizer isso, você vai ficar sabendo",prosseguiu Lula.
O presidente ainda salientou que está satisfeito com a sua equipe.
"Eu estou satisfeito com o trabalho de todo mundo. Todo mundo que está aqui foi escolhido por mim. Então eu estou satisfeito. Na hora que eu não estiver satisfeito, eu troco", concluiu.
Boulos é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente ocupada por Márcio Macedo. A mudança sinaliza mais um passo da reforma ministerial do governo Lula (leia mais abaixo).
A Presidência da República convocou nesta terça uma coletiva de imprensa onde o presidente falou de diversos assuntos e respondeu as perguntas de jornalistas
A convocação foi atípica e tem relação com a nova estratégia de comunicação na gestão do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira.
Dança das cadeiras
Com Boulos na Secretaria-Geral, Macedo poderá ser realocado para a presidência do Ibama.
Segundo o blog da Andréia Sadi apurou, interlocutores avaliam que, com as eleições do próximo ano no horizonte, Boulos pode contribuir significativamente, especialmente se a atuação da pasta for direcionada à organização dos movimentos sociais.
Embora conte com o apoio da primeira-dama Janja, Macedo tem sido avaliado como de desempenho pífio por setores expressivos do PT e do próprio governo.
Boulos também tem boa articulação nas redes sociais — campo em que o governo Lula patina.
Caso vá para o governo, Boulos pode ter de abrir mão de disputar vaga na Câmara na próxima eleição.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (3) que acredita que o Banco Central vai tomar o que chamou de "atitude correta" e começar a baixar os juros.
Lula foi questionado sobre o assunto e ironizou: "Você acha que não critico os juros porque o [Gabriel] Galípolo está lá? Não é isso", afirmou.
“Eu acho que logo, logo o Banco Central vai tomar a atitude correta de começar a baixar os juros. Os juros estão muito altos", emendou.
Lula ainda ponderou que mesmo com os juros altos a economia está crescendo.
"“Tem muito crédito para os pequenos agricultores, para os microempreendedores, para os médios empreendedores. Há muito crédito nesse país e nós queremos mais crédito para fazer com que a economia cresça mais", justificou.
O presidente deu declaração durante coletiva de imprensa convocada pela Presidência da República nesta manhã.
Galípolo indica juro alto por 'período prolongado'
Apesar das declarações de Lula, Galipolo afirmou em maio que faria sentido que o Banco Central mantenha taxas de juros em um patamar elevado, chamado de "mais restritivo" no jargão técnico, por um período mais prolongado de tempo.
“É normal que comece um pouco a discussão sobre o prazo de manutenção da taxa de juros em um patamar restritivo, porque nesse nível que a gente está começa a ter peso maior o período que você permanece do que essa calibragem na questão da convergência para a inflação", declarou Galipolo, do BC, na ocasião.
Desaceleração da economia
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.
Avalia que isso é um "elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]".
O Banco Banco Central projeta um ritmo mais lento para a economia neste ano. O mercado estima um crescimento de 2,13% em 2025, contra 3,4% no ano passado. O BC projeta uma expansão de 1,9% neste ano.
▶️Na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta semana, o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.
▶️O Banco Central também informou que o juro alto já contribui para a desaceleração da atividade e que o impacto na geração de empregos deve se aprofundar.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta terça-feira (3) as manifestações do governo dos Estados Unidos contra a atuação do ministro do Supremo Tribunal Fedeal (STF) Alexandre de Moraes.
"Eu vou dizer para você o que eu penso, tá? E o que eu pensava vai ser a decisão do governo. Primeiro, é inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país. Se você concorda ou você não concorda, silencie porque não é correto você dar palpite", disse .
"Eu acho que os Estados Unidos tem apenas que compreender que respeito a integridade das instituições de outros países é muito importante. É muito importante. Porque nós achamos, sabe, que num país não pode ficar se intrometer na vida do outro, querendo punir um outro país, isso não tem cabimento", emendou.
Lula também criticou duramente a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – que está nos Estados Unidos, licenciado do mandato e se reunindo com autoridades norte-americanas para pedir sanções a autoridades brasileiras.
"Por enquanto, o que nós temos é fala de pessoas. Mas pode ficar certo de que o Brasil vai defender, não só o seu ministro, mas defender a Suprema Corte. O que é lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos para se meter na política interna do Brasil. É isso que é grave. É isso que é uma prática terrorista. É isso que é uma prática antipatriótica. Um cidadão que é deputado, renuncia ao seu mandato, pede licença do seu mandato, para ir ficar tentando lamber as botas do Trump e de assessor do Trump, pedindo intervenção na política brasileira. Então, não é não é possível aceitar isso. É só ler a entrevista na Veja que vocês vão saber de quem que eu estou falando. Isso sim é desrespeito ao Brasil. Isso sim é provocação."
"É preciso que haja no mínimo de bom senso. Se essa gente pensa que vai ganhar a consciência da sociedade com mentira, é um ledo engano", prosseguiu Lula.
➡️ A fala de Lula faz referência a um oficio que o governo brasileiro recebeu dos Estados Unidos falando sobre a atuação de Moraes. Segundo o Ministério da Justiça, o documento tem caráter meramente informativo e não resultará em qualquer encaminhamento por parte da pasta.
➡️ O documento foi uma resposta dos Estados Unidos às decisões judiciais que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil.
➡️ O movimento é tido como atípico, nos bastidores da diplomacia brasileira, mas visto como um “novo normal” do governo Trump.
De acordo com fontes do governo, o ofício sequer passou pela embaixada os Estados Unidos no Brasil. Foi direto do Departamento de Justiça dos EUA para o Ministério da Justiça brasileiro.
No domingo (1º), Lula já tinha criticado o fato de, segundo ele, Moraes estar sofrendo represálias por querer prender o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – que, nas palavras de Lula, "está lá nos Estados Unidos fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro".
"Que história é essa de os Estados Unidos querer negar alguma coisa, e criticar a Justiça brasileira. Eu nunca critiquei a Justiça deles. Ele faz tanta barbaridade, eu nunca critiquei. Faz tanta guerra, mata tanta gente. Por que que eles vão querer criticar o Brasil", frisou.
EUA vão barrar autoridades estrangeiras
Na quarta-feira (28), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou restrições de visto contra autoridades estrangeiras que são "cúmplices de censura a americanos". Ele não citou quem será afetado, mas Moraes pode ser um dos alvos da medida.
Na semana passada, Rubio disse ao Congresso americano que há uma "grande chance" de o governo dos EUA sancionar o ministro do STF.
Após o anúncio, Jason Miller, um consultor de Trump, marcou Moraes na rede social X, insinuando que ele seria atingido pela medida.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (3) que não quer punir nenhuma entidade de forma precipitada na fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). E que apenas aposentados e pensionistas — vítimas do esquema — não podem ser punidos.
"O que estamos pedindo é que nós estamos dando uma chance às entidades para que elas apresentem prova da veracidade da assinatura das pessoas. Até agora não apresentaram. Se alguma apresentar, será levada muito a sério, será investigada muito corretamente e, se ela não cometeu nenhum erro, ela não tem que pagar o preço, mas as outras vão pagar o preço. Com perda de patrimônio, com a devolução daquilo que puder devolver", afirmou.
Ao ser questionado sobre associações com ligação com pessoas do PT, Lula afirmou que "não terá brincadeira da parte do governo" e que as associações têm que provar a inocência.
"Os pagamentos foram suspensos para todas as entidades. O que eu sei é que nós vamos agir diferente, sempre partindo dos pressupostos que todo mundo merece a presunção da inocência. O que nós estamos dando é um tempo das pessoas provarem se estão certas ou erradas. E as investigações continuam. Essas pessoas serão punidas. A hora que encontrar o chefe, vai ser preso. Vai ter que ter um processo. Não é o presidente da República que manda prender, é a Justiça que manda prender. Isso vai ter um processo", justificou.
"Se elas provarem que são inocentes, nós vamos ter que tomar a decisão. Tem uma decisão que, na minha opinião, é o seguinte: a gente não deve fazer o desconto. Se as pessoas não mandarem documento provando, sabe, com A mais B, não tem por que liberar. Houve um erro, porque houve um afrouxamento no governo passado das regras. As pessoas mandaram nomes sem nenhuma fiscalização, sem nenhum critério. Isso acabou, definitivamente acabou", emendou.
O presidente deu declaração durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto convocada pela Presidência da República nesta manhã.
Ressarcimento das vítimas
O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou na última sexta-feira (30) que o governo vai usar recursos do orçamento federal para ressarcir os aposentados e pensionistas vítimas de descontos não autorizados de associações e entidades conveniadas com o INSS.
Segundo Messias, o governo seguirá cobrando essas entidades na Justiça – mas não vai condicionar o ressarcimento das vítimas à conclusão desse processo.
Desde a semana passada, o governo já vinha anunciando que pretendia concluir a quitação dos ressarcimentos até o fim do ano. Na quarta, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que a intenção era concluir "o quanto antes".
? Ainda não está claro, no entanto, de onde virá o dinheiro – se o orçamento do INSS para 2025 comporta esses gastos, ou se será preciso aprovar um crédito extraordinário no Congresso, por exemplo.
? Isso porque, embora a Justiça já tenha feito bloqueios em bens e contas bancárias dos suspeitos e das entidades, esse dinheiro ainda não está disponível.
? Os valores só poderão ser usados para ressarcir o governo e os beneficiários prejudicados ao fim do processo judicial, se houver condenação definitiva.
Bloqueio na Justiça
A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de empresas e sócios suspeitos de envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e é a primeira em um conjunto de 15 ações ajuizadas para garantir o ressarcimento das vítimas.
A ação original, movida pela AGU em 8 de maio, pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e seus dirigentes, totalizando 60 réus.
A juíza determinou o desmembramento em 15 processos distintos, com no máximo cinco réus por ação.
Além das 12 entidades que são alvo da Justiça, seis empresas também foram incluídas por suspeita de intermediarem vantagens indevidas.
Fraude no INSS
Na semana passada, o governo federal começou a devolver os R$ 292 milhões retidos de forma indevida nas folhas de pagamento de abril. Os valores serão depositados automaticamente até 6 de junho, junto com os benefícios mensais, e não é necessário solicitar o reembolso.
A devolução está sendo feita após o INSS ordenar a suspensão de todos os descontos associativos. Em abril, uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que associações cobravam mensalidades de aposentados e pensionistas sem autorização, ofereciam serviços indevidos e falsificavam assinaturas dos beneficiários.
Segundo a PF, os desvios, que ocorreram entre 2019 e 2024, podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
g1
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